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A

Apresentação
IV Conferência Estadual de Educação da APEOESP, que se realizará entre 17 e 19
de novembro de 2009, na cidade de Serra Negra, se constitui em momento impor-
tante de reflexão e debate sobre a situação e as perspectivas da educação pública.

A presente publicação contém textos que, com seus limites, conforme a delibe-
ração do Conselho Estadual de Representantes, têm como foco principal subsidiar
a reflexão e o debate sobre questões que dizem respeito às diretrizes para a educa-
ção no Brasil e no estado de São Paulo. Tais textos refletem a pluralidade de ideias,
concepções e propostas existentes nas instâncias deliberativas e na base do nosso
Sindicato e da nossa categoria.

No momento histórico em que ocorrem debates em todo o país sobre a educa-


ção nacional, tendo como principal diretriz a construção do Sistema Nacional Arti-
culado de Educação, faz todo o sentido trazer para o âmbito do movimento dos
professores o debate sobre esses grandes temas, articulando-os também com a
realidade do estado de São Paulo.

Vale ressaltar que, pela primeira vez, um debate dessa envergadura e amplitude
ocorre em todo o território nacional. É verdade que ocorreram outros momentos
importantes de debate na educação brasileira, como aqueles realizados pelo movi-
mento da Escola Nova, de Anísio Teixeira e outros. Entretanto, o processo que hoje
vivemos - com a realização de conferências municipais e intermunicipais preparató-
rias à Conferência Estadual (em outubro) e à Conferência Nacional de Educação
(CONAE), que se realizará em abril de 2010 – escreve uma nova página, envolven-
do os mais diversos segmentos da sociedade, desde o chão da escola, como os
pais, os alunos, os professores e outros atores sociais no debate sobre os seis
eixos temáticos da CONAE.

Desejamos a todos e todas uma proveitosa participação em todo este processo,


para que a nossa entidade possa sair ainda mais fortalecida para enfrentar os desa-
fios com os quais temos nos defrontado.

Maria Izabel Azevedo Noronha


Presidenta da APEOESP

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set/2009

VI Conferência Estadual de Educação


CONTRIBUIÇÃO DA ARTICULAÇÃO

1 CONTRIBUIÇÃOAO AO DEBATE -
SINDICAL E DA ARTNOVA PARA A IV
CONFERÊNCIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
A educação brasileira vive importantes mo- - Ampliação do direito à educação pública, de
mentos de definição de estratégias para o fu- qualidade social, inclusiva, democrática, laica,
turo, que terão grandes impactos no desenvol- de tempo integral, especialmente através do
vimento do país. financiamento público (aumento do
A Conferência Nacional de Educação percentual do PIB, conversão da dívida e fim
CONAE), que se realizará no primeiro semes- da DRU) e da valorização dos educadores”.
tre de 2010, buscará definir o papel do Esta- - Aplicação dos recursos do pré-sal na educa-
do na garantia do direito à educação de qua- ção e no combate à pobreza, através de fun-
lidade, como um elemento fundamental no dos específicos
projeto de desenvolvimento nacional sobera-
- Formação inicial dos professores compatí-
no, com valorização da força de trabalho, com
vel com as necessidades da escola pública, o
pleno emprego, preservação e ampliação dos
que exige uma Política nacional de forma-
direitos sociais.
ção de educadores;
Para tanto, é necessária a definição de uma
política educacional de Estado e a imple- - Formação continuada, no próprio local de
mentação do Sistema Nacional Articulado trabalho, em convênio com universidades
públicas;
de Educação, envolvendo financiamento (com
a implementação do Custo Aluno Qualidade), - Aplicação integral da lei do Piso Salarial Pro-
formação e valorização profissional, gestão de- fissional Nacional;
mocrática, currículo, segurança nas escolas e - Implementação das Diretrizes Nacionais para
outras políticas que atendam o conjunto das os Planos de Carreira do Magistério;
necessidades educacionais da população; - Jornada compatível, carreira, e condições de
O SNAE precisa garantir, em seu desenvolvi- trabalho adequadas;
mento, a gestão democrática das escolas e do
- Igualdade de gênero;
sistema, autonomia dos conselhos de escola, a
eleição de diretores, assegurando a participa- - Combate ao racismo e a toda forma de dis-
ção da comunidade em todos os momentos. criminação;
Hoje, alguns governos, como o do estado de - Promover e participar de campanhas nacio-
São Paulo, aplicam processos de avaliação nais e internacionais pela paz, pelo respeito
excludentes e de caráter punitivo. Para nós, a ao meio ambiente e à dignidade humana.
avaliação deve ser processual, qualitativa e de Pela erradicação da pobreza;
caráter sistêmico e democrático, como instrumen- - Apoiar a luta indígena, quilombola e de ou-
to de aperfeiçoamento do processo educacional. tras etnias ou grupos minoritários;
È preciso aprofundar o debate sobre a esco- - Aplicação integral da lei que determina a
la de tempo integral com o objetivo de atender obrigatoriedade das disciplinas de Sociolo-
à demanda por educação de qualidade. gia e Filosofia no ensino médio e da Lei
10.639/03, que insere a cultura da África nos
Para o pleno desenvolvimento do processo currículos escolares.
educacional, é necessário assegurar: - Inclusão de alunos portadores de necessida-
- Destinação de 10% do PIB para a educação; des especiais.
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VI Conferência Estadual de Educação


CONTRIBUIÇÃOAO AO DEBATE - CORRENTE PROLETÁRIA NA EDUCAÇÃO
1. A política colaboracionista ensino, devemos rechaçar as avaliações ex-
e a política proletária ternas e defender um sistema único de ensino
para melhorar as condições de trabalho e ensi-
Há duas políticas possíveis no sindicato: a
no nas escolas públicas;quanto à formação e
colaboracionista e a proletária. A primeira, leva a
valorização dos profissionais, devemos de-
um atrelamento das reivindicações e das propos-
fender reajuste salarial imediato, sem qualquer
tas aos interesses dos burocratas e às necessida-
vínculo com a formação acadêmica. O profes-
des do Estado. A segunda, luta pela indepen-
sor deve receber o necessário para viver com
dência de classe e se ancora nas reivindicações
sua família e ampliar seus conhecimentos. O
ligadas à defesa do emprego, do salário, de me-
Plano de Carreira deve priorizar o tempo de
lhores condições de trabalho e na necessidade
serviço;quanto ao financiamento e à gestão
de transformação socialista da sociedade.
democrática, defendemos que não haja de-
A primeira política é a que tem dominado a
terminação das verbas pelos governos, mas sim
APEOESP e tem levado a burocracia não se
pelos trabalhadores da Educação e que as as-
opor às medidas do governo federal e não
sembléias de escola, regionais e gerais sejam o
combater as que se implantam no estado de
instrumento para efetivar a democracia nas
São Paulo, pois estas refletem aquelas. Um
escolas. A incorporação de todos, em igual ní-
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exemplo disso, são as “críticas” que a burocra-


vel de oportunidade, depende da transforma-
cia faz à avaliação desempenho em nível esta-
ção da sociedade que originou essa escola,
dual (expressa recentemente no PLC 29) e sua
depende do fim do capitalismo e surgimento
aceitação em nível federal (PDE de Lula). O
de uma sociedade socialista.
resultado é a aceitação dessas medidas através
das emendas que os deputados petistas fazem
aos projetos de Serra, em vez da luta nas ruas Nossas bandeiras:
contra tais projetos. Independência da APEOESP/CUT em rela-
A segunda, a proletária, é a política que ção ao Estado e aos governos;Defesa dos mé-
defende um salário que atenda às necessida- todos da ação direta;Estabilidade a todos os
des do professor e de sua família, que defende professores;Salário Mínimo Vital;Escala Móvel
estabilidade para todos, que defende o derru- das Horas de Trabalho e de Reajuste;Fim das
bada das reformas educacionais dos governos, reformas governamentais;Fim da avaliação-
defende a Escola pública, gratuita e para todos desempenho, fim da avaliações externas;Fim
em todos os níveis, que se apoia na democra- da rede privada de ensino;Um Plano de Car-
cia sindical e nos métodos de luta próprios reira aprovado pelos professores, fim da 836/
dos trabalhadores (greves, passeatas, atos etc.). 97; Derrubada do PLC 29/2009;Reajuste salari-
al já, com base no Salário Mínimo Vital; Escola
2. Combater as políticas governamentais pública, estatal, gratuita, laica, vinculada à pro-
Quanto à avaliação e qualidade do dução social e para todos.

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INDEPENDÊNCIA DE CLASSE FRENTE

3 CONTRIBUIÇÃOAO AO DEBATE -
À POLÍTICA EDUCACIONAL DOS
GOVERNOS E PATRÕES
O capitalismo atravessa uma crise estrutu- vas, assistimos a ataques com a desestruturação
ral que se agrava cada vez mais e a educação da carreira via LC 836/97, a tentativa de transfe-
passa a sofrer ataques crescentes. Lula, na ló- rência dos OFAs para o INSS, a municipalização,
gica da flexibilização e retirada de direitos, a superlotação de salas e o fechamento de ou-
estabeleceu no PDE que o plano de carreira tras, a desestruturação do EJA, etc.
cargos e salários “privilegie o mérito, a for- A direção majoritária da APEOESP se alinha
mação e a avaliação do desempenho”, me- a Lula e defende políticas que contribuem com
didas também previstas nas 10 metas de Serra os ataques à educação pública-estatal. Não se
e contidas no PLC 29/09. Culpam os professo- pode confundir o papel do sindicato com o
res para convencer a opinião pública que é dos governos.
preciso puni-los pela crise da educação Defendemos um projeto estratégico de re-
provocada pelos próprios governos. sistência ao liberalismo, retomando amplas mo-
A vinculação de verbas para a educação foi bilizações e discutindo o papel da escola para
burlada por FHC através da DRU, mantida por combater seu caráter elitista e de instrumento
Lula, acarretando uma perda de quase 33 bi- de controle social.
lhões. A pretensa melhoria das verbas para a A escola pública-estatal deve ser laica,
educação com recursos do pré-sal é pura de- propiciadora da construção/apropriação do co-
magogia. A proposta de marco regulatório fei- nhecimento e um dos instrumentos de cons-
ta por Lula permite que 70% do petróleo vá trução do socialismo. A luta por ela implica na
para as multinacionais; e a burguesia reclama unidade das lutas sindical e educacional;
por achar pouco. Exigimos uma Petrobrás 100% é impossível que ela tenha qualidade sem o
estatal, com toda sua arrecadação voltada para atendimento das nossas reivindicações salari-
as áreas sociais, garantindo 15% do PIB para a ais e funcionais; é uma utopia reacionária pen-
educação. sar em melhorar o ensino sem melhorar as
FHC normatizou o financiamento da educa- condições de trabalho.
ção fundamental com o FUNDEF, causando tam- Nossas reivindicações salariais e funcionais
bém danos à organização dos demais níveis de são educacionais e vice-versa. Exigimos piso
ensino. Acelerou a municipalização, gerou do DIEESE por 20 h/aula, incorporação dos
distorções nas matriculas, sem contar os desvios abonos e gratificações com extensão aos apo-
de verbas. Lula, não rompeu com o financiamento sentados, reposição das perdas salariais, fim
por fundos, e com o FUNDEB aprofundou os da promoção automática e redução do núme-
problemas. O CONAE está organizado para vali- ro de alunos por sala, 1/3 de hora-atividade
dar as políticas de educação do Banco Mundial rumo aos 50%, reequipamento de todas as es-
patrocinadas por Lula, como no caso da Refor- colas e melhoria da infra-estrutura didático-
ma do Ensino Médio. Em São Paulo, desde Co- pedagógica, etc.

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CONTRIBUIÇÃOAO AO DEBATE - CONTRIBUIÇÕES DA CSC/CTB -
CENTRAL DOS TRABALHADORES
E TRABALHADORAS DO BRASIL
Está na Constituição de 1988, na LDB/1996 e às diversidades étnico racial, cultural, religio-
no PNE 2001-2010 o pressuposto que cabe ao sa, de gênero, orientação sexual e acesso de
Estado Brasileiro a garantia do direito à educa- pessoas com deficiência. A educação laica é
ção de qualidade. No entanto a universalização premissa de democracia. Fundamental também
e a qualidade da educação estão longe dos ní- é direito à organização estudantil e sindical
veis necessários à formação cidadã. como instâncias democráticas. Deve-se ressal-
São causas históricas para a má qualidade tar o caráter normativo/deliberativo de Fóruns
na educação no Brasil: conflitos recorrentes de Educação e Conselhos de Escola. Somente
entre as instâncias do público e do privado; a haverá gestão democrática de fato com elei-
universalização da educação, embora ções diretas para diretorias das escolas.
prioritária, não é efetiva; a educação tratada É necessária a revalorização de docentes,
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frequentemente como política de governo e trabalhadores e trabalhadoras em educação,


não de Estado. como protagonistas da educação plena e uni-
A fim de diminuir abismos sociais e promo- versal.
ver a educação frente a diversidades, o Siste- Piso salarial compatível com função social
ma Nacional de Educação é alçado a condição da educação; jornada de trabalho numa única
para a democracia plena, pois, considerando- escola; planos de carreira com progressão e
se os desafios específicos da desigualdade so- níveis de formação; adequação do número de
cial pode-se garantir universalidade no acesso, alunos por sala; condições salutares de traba-
permanência e desempenho satisfatório. O lho; carga horária remunerada para formação
grande entrave à universalização tem base na permanente, atividades de planejamento e aten-
concepção “privatista” e liberalista que trans- dimento à comunidade são pré-requisitos para
forma o direito à educação em mercadoria, de a qualidade educacional.
oferta não exclusiva do Estado, sujeita à espe- É necessária uma Política Nacional de Ava-
culação mercantil. É necessário o resgate do liação, vista como processo contínuo nas insti-
caráter social das instituições de ensino. tuições públicas e privadas, resultando num
O Plano de Desenvolvimento da Educação ensino de qualidade socialmente referenciada.
deve estar intimamente ligado a um Projeto de É urgente a superação da ideia de “ranking”
Nação Democrática. de instituições de ensino e de conceitos como
A participação de movimentos sociais, apon- docentes “melhores” ou “piores”.
tando demandas específicas, é importante mas Dado o caráter social e humano da educa-
os mesmos devem estar representados também ção, é impensável que se propaguem cursos
nos Colegiados de Gestão Democrática. de graduação à distância. A formação de edu-
Gestão democrática, inclusão, permanência cadores deve se dar exclusivamente em regi-
e desempenho estão relacionados ao respeito me presencial.

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VI Conferência Estadual de Educação


CONTRIBUIÇÃO DA FRENTE DE OPOSIÇÃO

5 CONTRIBUIÇÃOAO AO DEBATE -
SOCIALISTA – FOS¹ À IV CONFERÊNCIA
ESTADUAL DA EDUCAÇÃO DA APEOESP
Primeiramente, observamos, neste breve tex- por sujeitos fora do processo educativo;
to, que consideramos um grande erro, por parte 8) Aplicação imediata dos 10% do PIB em
da direção majoritária da entidade, impor uma educação. As políticas assistencialistas não
quantidade mínima de laudas para a apresen- servem à educação, aumento de verbas já!
tação de nossas proposições acerca da educa- 9) Fim da Reforma do Ensino Médio que
ção no Estado e no país. possibilita desemprego e privatização;
Neste sentido, solicitamos a compreensão 10) Abaixo o PDE de Lula/Haddad;
dos professores (as) quanto à insuficiência das 11) Fim do FUNDEB;
proposições e argumentos aqui apresentados. 12) Piso Salarial do Dieese, nenhum rebaixa-
Diferentemente do texto referência da mento salarial, defesa de 50% de aulas com
CONAE, não utilizaremos como base para a aluno e 50% fora da sala de aula;
nossa análise, a Constituição Federal ou a LDB, 13) Pelo fim do vestibular: universidade pú-
uma vez que tais textos legais não contem- blica a todos – unidade entre ensino e pes-
plam as nossas reais reivindicações. Os traba- quisa para todos os educadores – da edu-
lhadores devem ter como matriz reivindicatória, cação básica e superior.
não textos elaborados pelos governos, mas suas
reais demandas. Portanto, defendemos: Estadual
1) Acabar com a bipartição entre ensino pri- 1) Reajuste salarial: pelo piso do Dieese por
vado e ensino público; 20 horas aula;
2) Verbas públicas exclusivamente para a rede 2) 30% de aplicação imediata de verbas em
pública de ensino; educação;
3) Pelo fim da utilização de verbas públicas 3) Reabertura das salas e escolas fechadas;
por instituições privadas, como as OSCIPs, 4) 25 alunos por sala no ensino fundamental
OS e PPPs, bem como as associações e fun- e médio;
dações previstas no Código Civil brasileiro; 5) Pelo EJA presencial e abaixo a Resolução 82;
4) Elaborar um PNE que atenda os interesses 6) Aplicação imediata de um Plano de Car-
dos usuários e trabalhadores e suas entida- reira Aberta;
des de representação, portanto, que seja for- 7) Contra a política de bonificação e abaixo
jado por todos os envolvidos no processo o PLC 29/09 - fim da “meritocracia
educativo. Que não seja um projeto elabo- excludente”;
rado, majoritariamente, pelas cúpulas aca- 8) Abaixo o SARESP;
dêmicas e sindicais, governos e patronais; 9) Pelo reconhecimento das doenças profis-
5) Que no conceito “sociedade civil”, seja sionais da carreira: voz, varizes, depres-
excluída toda forma de participação pa- são etc;
tronal; 10) Política de inclusão com adequação estru-
6) Que a qualidade da educação seja avalia- tural e profissional;
da pelos trabalhadores e usuários – nas 11) Nenhuma dicotomia entre ensino técnico
escolas, comunidades e entidades dos tra- e regular: educação em tempo integral,
balhadores; com condições adequadas de trabalho;
7) Nenhuma avaliação externa, elaboradas 12) Concurso público e estabilidade aos OFAs.
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¹A FOS é uma organização política que atua no movimento sindical e popular, contatos 8684-0543 e fos2000@bol.com.br set/2009

VI Conferência Estadual de Educação


CONTRIBUIÇÃOAO AO DEBATE - CONTRIBUIÇÃO À CONFERÊNCIA
Sobre Financiamento do professor o pouco tempo de descanso se-
Em outubro de 2008 a CNTE apresentou um manal.
estudo que apontava o Custo Aluno-Qualida- A segunda, segue a política de atrelar o pro-
de Inicial (CAQi) no financiamento da educa- jeto político pedagógico aos interesses dos gru-
ção básica pública no Brasil, onde a remune- pos que essas ONGs estão ligadas. Um exem-
ração e formação de profissionais, materiais plo: a “parceria” com o Instituto Unibanco e
didáticos, estrutura do prédio e equipamentos Itaú. Presente em 46 escolas, o Instituto
deveriam ser os referenciais que determinari- Unibanco “atende” 66 mil alunos. Nestas ex-
am o valor necessário de investimento por alu- periências o magistério percebe o
no em todas as etapas da educação básica. amordaçamento do trabalho docente, inclusi-
Portanto, aproximadamente 10% do PIB (R$ ve com as mãos no próprio HTPC, indicando
2,9 trilhões em 2008) o que deve ser feito ou não em sala de aula. E
Foi a partir do CAQi - que também estipu- a escola “premiada” recebe R$ 100,00 por alu-
lava 30 alunos por sala no Ensino Médio e no no no Ensino Médio!
Ensino Fundamental 25 alunos - que a CNTE Para combater essas políticas antidemo-
defendeu o Piso Nacional do Magistério de R$ cráticas e privatistas, é necessária a defesa de
uma formação continuada no local de trabalho
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1050,00 e R$ 1575,00 O Piso é um avanço, pois


regulamenta quando a ordem do dia (nas últi- e sob responsabilidade das nossas universida-
mas duas décadas) é a desregulamentação. É des publicas.
positivo porque coloca em questão a política Serra também propõe bonificação baseada
de municipalização do ensino e porque é um nos índices de faltas e retenção e reprovação,
acerto quando indica 30% das jornadas exis- não considerando as condições humilhantes de
tentes para atividade extra-classe, possibilitan- trabalho e agora o PL 29 propõe aumentos di-
do uma melhoria na qualidade de ensino. ferenciados os professores avaliados, fatiando
É necessária uma verdadeira campanha da a categoria os reavaliados.
Apeoesp nas escolas pela Implementação do Chega da cortina de fumaça de uma guina-
Piso Nacional debatendo com a categoria os da da educação pela via da gestão privatista e
seus avanços, para, inclusive caminhar rumo da bonificação!
ao Piso do Dieese! Reajuste de 27,5%! - Por uma campanha nas escolas contra as
“parcerias” com ONGs e Bancos! Pela liberda-
Valorização dos profissionais de de cátedra! Pela revogação da Lei das OSs!
O governo Serra coloca a solução da for- Adir de A. Mota (Poá);
Francisco Donizeti(RE - Lapa);
mação continuada nos cursos e palestras on
Francisco P. Gretter (Membro do Coletivo
line e na gestão pedagógica compartilhada com de Sociologia e Filosofia da Apeoesp);
as ONGs . Marcio J. Palharini (RE - Subsede Norte); Rogério
A primeira, fadada ao fracasso, pois rouba Tadeu (RE - Lapa).

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VI Conferência Estadual de Educação


QUALIDADE DA EDUCAÇÃO

7 CONTRIBUIÇÃOAO AO DEBATE -
A política educacional do estado de São tam nas escolas, com a falta de funcionários,
Paulo a tempos vem se mostrando ineficaz visto a violência nas escolas. Essas são as razões
que na tentativa de atender as novas deman- para piorar a saúde dos professores e profes-
das da educação, vende a idéia que aumentou soras. É preciso oferecer condições digna de
quantitativamente o acesso à escola o que le- trabalho.
galmente é direito subjetivo do cidadão, no É urgente nos dirigirmos à CNTE para enca-
entanto, diminuiu drasticamente a qualidade minhar a Lula: plebiscito pela redução de alu-
do ensino. nos por sala de aula!
Nós profissionais da educação exigimos de O papel das organizações sindicais é de-
fato e de direito melhores condições de traba- fender com unhas e dentes os empregos, salá-
lho para exercer nossas funções, a saber: dimi- rios e direitos dos trabalhadores no atual cená-
nuição da carga horária atrelado ao aumento rio de crise mundial, onde se busca fazer o
de salário possibilitando um maior tempo para trabalhador pagar a conta perdendo seu em-
aperfeiçoamento profissional, visto que na atual prego.
conjuntura o professor é obrigado a cumprir Qual a saída que empresários propuse-
jornadas de até 16h diárias; ram: desoneração tributária para manter em-
- Redução de alunos por sala, visando aumen- pregos! Ou seja, menos dinheiro para o ser-
tar a qualidade de ensino; viço público!
- Retirada do PLC-29/09 e revogação das Leis Só a mobilização da categoria pode fazer o
1093/09 e 1094/09; governo Serra atender às nossas reivindicações
- Estabelecer critérios transparentes para a evo- como: a implementação da Lei do Piso Salarial
lução funcional Nacional da Educação, aplicação de1/3 de ati-
- Incorporação do bônus ao salário estendido vidades extraclasse, onde criaria mais 60 mil
aos aposentados; novos empregos, aumento salarial para todos
- Reposição salarial de 27,5 % e Piso salarial os professores sem a avaliação de desempe-
conforme o estabelecido pelo DIEESE; nho, inclusive os aposentados, concurso pú-
- Medico do trabalho da APEOESP; blico para todos os profissionais da educação
- Aposentadoria especial para os professores (professores, diretores de escola, coordenador
readaptados pedagógico com total independência e sem
Entendemos que somente com a mobiliza- atrelamento a qualquer governo). Portanto, só
ção da categoria nossas reivindicações serão com unidade dos trabalhadores para derrubar
atendidas. a política de destruição da educação como a
municipalização do ensino.
Qualidade da Educação e Avaliação.
Professores que contribuíram:
A qualidade da educação passa por: salário
Reinaldo (EE Amadeu),
digno, melhoria das condições no trabalho, re- Ivan (EE Fabio Eduardo),
dução de alunos por sala de aulas. Maria Eni (EE Amadeu),
Não há pedagogia que resiste, com as con- Maria Inês (EE Pedro Madoglio) e
dições de trabalho que os professores enfren- Marina Martins (EE Anecondes) – subsede Diadema.

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VI Conferência Estadual de Educação


CONTRIBUIÇÃOAO AO DEBATE - PROPOSIÇÕES DO MOVIMENTO UNIDADE
E DEMOCRACIA NA EDUCAÇÃO
(CUT Socialista e Democrática)
I-Papel do Estado na garantia do Direi- lorização profissional de gestão democrática e
to à Educação: Cabe ao Estado promover o currículo. III-Acesso, Permanência e suces-
Sistema Único e articulado da educação, ga- so escolar: democratização do acesso, perma-
rantindo preceitos constitucionais: igualdade de nência e sucesso escolar consolidar-se-ão com
acesso/permanência; planos de cargos e salá- creche e educação infantil obrigatória, supera-
rios; ingresso por concurso público ção da ruptura do EF, da histórica dualidade
classificatório e gestão democrática da educa- do EM entre regular/profissionalizante própria
ção. Combater políticas neoliberais focadas da divisão entre trabalho manual/intelectual;
(municipalização, contra-reformas do ensino), propomos a politecnia pois não há trabalho
contrárias a um projeto de educação para o manual/intelectual totalmente puros. reforma
país. O Estado deve fiscalizar o setor privado educacional que integre ambos com acesso e
8

de educação. II-Qualidade da educação, ges- qualidade a tod@s. A consolidação de uma polí-


tão democrática e avaliação: a) gestão de- tica de EJA com formação integral, alfabetiza-
mocrática amplia a consciência e participação ção e demais etapas de escolarização, minis-
direta dos educadores, mães e estudantes nos trada por professores licenciados. garantia da
colegiados e sistema de ensino. Cargos de di- transversalidade na educação especial, de sis-
reção devem ser eleitos pela comunidade, coi- temas educacionais inclusivos, contemplando
bindo designação politica. b)A manutenção de a diversidade, visando a igualdade, mediante
mecanismos de avaliação como Prova Brasil, estrutura física e recursos materiais.V-Finan-
SAEB/SARESP, improdutivas por aferir o óbvio ciamento da educação: o governo federal
quando não acompanham investimentos, tor- deve superar entraves do financiamento der-
naram-se punição aos educadores em Estados rubando vetos de FHC ao PNE: ampliar os
e municípios. Em SP M. Helena instituiu bônus atuais 4% do PIB para 7% até 2010 tendo meta
mérito por desempenho/escola. O PLC 29 de 10% até 2014. A sanção do FUNDEB em 2007
P. Renato condiciona reajuste à realização de unificou a educação básica, mas a política
provas individuais, distorce a carreira e quebra focalizada permanece. substituição dos fun-
a isonomia salarial. Avaliação desenvolve-se dos pelo aumento do PIB na educação e o
para melhorar formação, valorização e qualifi- fim da DRU; capacitação permanente dos
cação dos educadores, aliado à condições de conselheiros sindicais atuantes em colegiados
trabalho. Superar a meritocracia/ranqueamento públicos de fiscalização do FUNDEB/educa-
de escolas/professores (fundamentos capitalis- ção; modelo público de previdência para
tas), substituindo-os por avaliações com a co- educadores, fim do fator previdenciário, re-
munidade escolar.c) A política educacional forma tributária que taxe grande capital, re-
sistêmica associa oferta da creche ao ensino vogação da LRF e substituição por Lei de
superior, entrelaça financiamento, formação, va- Responsabilidade de Social.

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VI Conferência Estadual de Educação


A TECNOCRACIA E A CRISE DA

9 CONTRIBUIÇÃOAO AO DEBATE -
EDUCAÇÃO: RESISTIR É PRECISO!
Coletivo Estadual “Apeoesp na Escola e na Luta”
Este texto sintetiza nossa tese à Conferência,
disponível em http://naescolaenaluta.blogspot.com/
Vivemos em uma “sociedade administrada”, nos engajamos em sala de aula, que se tra-
em que os mecanismos de controle, definidos duz como exploração de nossas forças físi-
pela tecnocracia, destituiram a política de seu cas, morais e intelectuais.
lugar. É uma racionalidade avessa à transfor- Perdemos aquilo que nos diferenciava e
mação do real, cuja regra é otimizar a relação identificava, reduzidos a nada mais que mer-
de custo e benefício: conter gastos. cadorias: a seguir o padrão, torna-se absoluta-
O projeto tecnocrático ganhou no governo mente indiferente quem compareça à sala de
Serra contornos mais nítidos, tornando-se um aula, desde que se cumpra a cartilha. Não há
todo único e coerente. Na educação serão pro- autonomia docente, e tampouco da escola.
fundas as transformações nas práticas docen- A tecnocracia exige obediência, aniquilan-
tes e no perfil dos professores, dificultando do outras opções metodológicas, ou tratamen-
ainda mais a resistência. — A não ser que te- to diverso dos conteúdos escolhidos. As resis-
nhamos claro contra o que lutamos. tências aos padrões estabelecidos, aferidas nas
A tecnocracia arranca de nós a definição avaliações também devidamente padronizadas,
de rumos a serem tomados, terceiriza a res- serão punidas. Não é ao acaso a aplicação das
ponsabilidade do planejamento curricular e da apostilas, da avaliação do estágio probatório.
concepção educacional, definidos agora por Diante da despolitização e da prolongada
especialistas detentores de um saber técnico, precarização da carreira docente, ganhos sala-
enquanto professores tentamos cumprir o que riais pelo “mérito” individual é um forte indutor
nos foi imposto. do comportamento coletivo: não faltar jamais,
À tecnocracia é necessário padronizar os seguir a cartilha, obedecer ao superior, prepa-
procedimentos pedagógicos e os conteúdos rar os alunos para as avaliações, responder o
a serem administrados, a despeito da diver- que se espera nas provinhas – numa “adesão
sidade entre as escolas, a fim de mensurar voluntária à imposição”, política essa iniciada
resultados e exercer controle sobre o pro- com os bônus.
cesso. A racionalidade tecnocrática estabe- Contudo, a tensão se mantém porque as
lece parâmetros abstratos de aferição, des- causas do problema da qualidade não são re-
colados da experiência cotidiana, desconside- solvidas: infraestrutura escolar, redução de alu-
rando a própria experiência e formação nas no por sala, redução de salas por professores,
quais nos forjamos e onde nosso fazer ga- jornada, etc. Tudo isso exige mais recursos para
nha sentido. Quando o sentido de nossa ex- educação, quando a tecnocracia contém os
periência é extorquido somos incapazes de recursos para desviá-los para o pagamento dos
compreender o significado daquilo pelo que juros da dívida pública. Resistir é preciso!

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VI Conferência Estadual de Educação


CONTRIBUIÇÃOAO AO DEBATE - PROPOSTAS PARA A 4ª CONFERÊNCIA
ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DA APEOESP
I - Papel do Estado na Garantia do Direi- • Atividades extra-classe em períodos di-
to à Educação de Qualidade: Organiza- ferenciados aos de aula;
ção e Regulação da Educação Nacional • 25 alunos por sala.
Propomos:
• O fim da seriação em todo território IV - Formação e Valorização dos Profissio-
nacional, de modo que todos os alu- nais em Educação
nos em idade escolar tenham a livre Defendemos:
oportunidade de completar a educação • Redução da jornada de trabalho para 20
básica; horas semanais, com piso salarial segun-
• A implantação de medidas legais que ga- do o DIEESE;
rantam de fato uma educação de quali- • Incentivo à pesquisa;
dade, com a responsabilização penal das • Formação e Incentivo à pós-graduação
autoridades que não cumprirem critéri- nas Universidades Públicas;
os objetivos mínimos relativos à quali- • Reposição de todas as perdas salariais;
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dade da educação, definidos por lei; • Incorporação de todas as gratificações


• Estabelecimento de metas de curto pra- ao salário, abrangendo os aposentados;
zo para a erradicação do analfabetismo. • Isonomia salarial.

II - Qualidade da Educação, Gestão Demo- V - Financiamento da Educação e Contro-


crática e Avaliação le Social
Propomos: Propomos:
• Critérios processuais na avaliação da qua- • Fim do repasse de verbas públicas para
lidade da educação, tais como relação quaisquer entidades educacionais que
professor-aluno, oferta-demanda, fluxo não forem estatais;
escolar, relação verba-investimento, es- • Estatização de universidades particula-
trutura de funcionamento das escolas e res que estejam em dificuldades finan-
outros, de modo a construir um concei- ceiras; fim do Prouni;
to multi-dimensional de qualidade; • Garantia constitucional de investimento
• Fim do concurso público para equipe de 7,5% do PIB em educação;
gestora das escolas em todo território na- • Criação de conselhos gestores regionais para
cional e instituição de eleição direta de a fiscalização da aplicação dos recursos.
colegiados gestores;
• Incentivos governamentais à participação VI - Justiça Social, Educação e Trabalho: In-
da comunidade escolar nos órgãos clusão, Diversidade e Igualdade
colegiados, tais como dispensa de ponto Acreditamos que a educação deva:
do trabalho. • Ser laica;
• Formar pessoas com senso crítico;
III - Democratização do Acesso, Permanên- • Romper com todas formas de preconcei-
cia e Sucesso to, seja racial, religioso, étnico ou sexual;
Defendemos: • Igualdade de oportunidade a todos;
• Que o Estado ofereça todas as condi-
ções necessárias aos alunos, como ali- Assinam estas propostas:
mentação e transporte de qualidade; Unidade Classista, ASS e independentes.
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VI Conferência Estadual de Educação


Sonho Impossível
Sonhar, mais um sonho impossível,
Lutar, quando é fácil ceder,
Vencer o inimigo invencível,
Negar, quando a regra é vender.
Sofrer a tortura implacável,
Romper a incabível prisão,
Voar, num limite improvável
Tocar o inacessível chão.

É minha lei, é minha questão,


Virar este mundo, cravar este chão.
Não importa saber se é terrível demais,
Quantas guerras terei de vencer
por um pouco de paz.
E amanhã,
Se esse chão que eu beijei for meu leito e perdão,
Vou saber que valeu delirar e morrer de paixão.

E assim, seja lá como for, vai ter fim e infinita aflição.


E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão.

J. Darion & M. Leigh, The Impossible Dream


Tradução de Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra

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VI Conferência Estadual de Educação


DIRETORIA DA APEOESP – TRIÊNIO 2008/2011
EXPEDIENTE
DIRETORIA EXECUTIVA: Presidenta: Maria Izabel Azevedo Noronha; Vice-Presidente: José Geraldo
Corrêa Júnior; Secretário Geral: Fábio Santos de Moraes; Secretário Geral Adjunto: Odimar Silva;
Secretária de Finanças: Luiz Gonzaga José; Secretária Adjunta de Finanças: Suely Fátima de
Oliveira; Secretário de Administração e Patrimônio: Silvio de Souza; Secretário Adjunto de
Administração e Patrimônio: Fábio Santos Silva; Secretário de Assuntos Educacionais e Culturais:
Pedro Paulo Vieira de Carvalho; Secretário Adjunto de Assuntos Educacionais e Culturais: Rita de
Cássia Cardoso; Secretário de Comunicações: Paulo José das Neves; Secretário Adjunto de
Comunicações: Roberto Guido; Secretária de Formação: Nilcéa Fleury Victorino; Secretária Adjunta
de Formação: Magda Souza de Jesus; Secretário de Legislação e Defesa dos Associados: Francisco
de Assis Ferreira; Secretária Adjunta de Legislação e Defesa dos Associados: Zenaide Honório;
Secretário de Política Sindical: João Luis Dias Zafalão; Secretária Adjunta de Política Sindical:
Eliana Nunes dos Santos; Secretária de Políticas Sociais: Francisca Pereira da Rocha; Secretário
Adjunto de Políticas Sociais: Marcos de Oliveira Soares; Secretária para Assuntos de Aposentados:
Silvia Pereira; Secretário Adjunto para Assuntos de Aposentados: Gilberto de Lima Silva; Secretária
Geral de Organização: Margarida Maria de Oliveira; Secretário de Organização para a Capital:
Ariovaldo de Camargo; Secretário de Organização para a Grande São Paulo: Douglas Martins
Izzo; Secretário de Organização para o Interior: Ezio Expedito Ferreira Lima; Secretário de
Organização para o Interior: Ederaldo Batista.

DIRETORIA ESTADUAL: Ademar de Assis Camelo; Aladir Cristina Genovez Cano; Alberto Bruschi; Ana
Lúcia Santos Cugler; Ana Paula Pascarelli dos Santos; Anita Aparecida Rodrigues Marson; Antonio Jovem
de Jesus Filho; Ariovaldo de Camargo; Ary Neves da Silva; Benedito Jesus dos Santos Chagas; Carlos
Alberto Rezende Lopes; Carlos Amado; Carlos Barbosa da Silva; Carlos Eduardo Vicente; Carmen Luiza
Urquiza de Souza; Cilene Maria Obici; Cláudio Juhrs Rodrigues; Deusdete Bispo da Silva; Dorival Aparecido
da Silva; Edgard Fernandes Neto; Edith Sandes Salgado; Edna Penha Araújo; Eliane Gonçalves da Costa;
Elizeu Pedro Ribeiro; Emma Veiga Cepedano; Fernando Borges Correia Filho; Fláudio Azevedo Limas;
Flávio Stockler de Ramos Lima; Floripes Ingracia Borioli Godinho; Geny Pires Gonçalves Tiritilli; Gerson
José Jório Rodrigues; Gisele Cristina da Silva Lima; Idalina Lelis de Freitas Souza; Inês Paz; Janaina
Rodrigues; Josafa Rehem Nascimento Vieira; Jose Luiz Moreno Prado Leite; José Reinaldo de Matos Leite;
Josefa Gomes da Silva; Jovina Maria da Silva; Jucinéa Benedita dos Santos; Juvenal de Aguiar Penteado
Neto; Leandro Alves Oliveira; Leovani Simões Cantazini; Lindomar Conceição da Costa Federighi; Luiz
Carlos de Sales Pinto; Luiz Cláudio de Lima; Luzelena Feitosa Vieira; Maisa Bonifácio Lima; Mara Cristina
de Almeida; Marcio de Oliveira; Maria José Carvalho Cunha; Maria Lícia Ambrosio Orlandi; Maria
Liduina Facundo Severo; Maria Sufaneide Rodrigues; Maria Teresinha de Sordi; Maria Valdinete Leite
Nascimento; Mariana Coelho Rosa; Mauro da Silva Inácio; Miguel Leme Ferreira; Miguel Noel Meirelles;
Moacyr Américo da Silva; Orivaldo Felício; Ozani Martiniano de Souza; Paulo Alves Pereira; Paulo Roberto
Chacon de Oliveira; Ricardo Augusto Botaro; Ricardo Marcolino Pinto; Rita de Cássia Cardoso; Rita Leite
Diniz; Roberta Iara Maria Lima; Roberta Maria Teixeira Castro; Roberto Mendes; Roberto Polle; Ronaldi
Torelli; Sandro Luiz Casarini; Sebastião Sérgio Toledo Rodovalho; Sergio Martins da Cunha; Severino
Honorato Silva; Silvana Soares de Assis; Solange Aparecida Benedeti Penha; Sonia Aparecida Alves de
Arruda; Stenio Matheus de Morais Lima; Suzi da Silva; Tatiana Silvério Kapor; Telma Aparecida Andrade
Victor; Teresinha de Jesus Sousa Martins; Tereza Cristina Moreira da Silva; Uilder Cácio de Freitas; Ulisses
Gomes Oliveira Francisco; Vera Lúcia Lourenço; Vera Lúcia Zirnberger; Wilson Augusto Fiúza Frazão.

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