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24 de maio de 2010
23 de maio de 2010 Por: Lu Aiko Otta e Leandro Colon
Por: Lu Aiko Otta e Leandro Colon Governo pagou R$ 3,3
Sindicato vira negócio lucrativo milhões a sindicato que
e País registra uma nova entidade terceiriza mão de obra
por dia O governo federal pagou R$ 3,3 milhões
O imposto sindical, um bolo tributário de quase R$ nos últimos sete anos pelos serviços
2 bilhões formado por um dia de trabalho por ano prestados por um sindicato de fachada
de toda pessoa que tem carteira assinada, que, em vez de representar os
alimenta um território sem lei. Os 9.046 sindicatos interesses dos trabalhadores, atua
que dividem esse dinheiro não são fiscalizados. como empresa de terceirização de mão
de obra.
Visão comentada Antônio Carlos Pannunzio (PSDB/SP)
As conseqüências são nefastas como prevíamos, e o são tanto para os contribuintes, que
pagam os impostos, quanto para os próprios trabalhadores que verão em muito pouco tempo
a erosão de suas centrais sindicais. A proliferação de sindicatos motivada pela atratividade do
dinheiro é reflexo direto do sentimento de impunidade que o Presidente Lula promoveu ao
vetar da lei o dispositivo que determinava a prestação de contas do uso dos recursos ao
Tribunal de Contas da União (TCU).
O surgimento de oportunistas, como o aliciador de mão-de-obra do Estado de Goiás que a
reportagem do jornal O Estado de S.Paulo denunciou, é apenas uma faceta desse erro do
Presidente da República.
Prestar contas do uso do dinheiro público é um princípio republicano que não pode ser
confundido com liberdade de sindicalização, como alegou o governo para vetar a fiscalização.
Nesse primeiro momento, os prejuízos que começam a aparecer com os sindicatos de
fachada demonstram de forma muito clara que a impunidade atrai os oportunistas e abriga
criminosos. O aliciador de Goiás faturou, com sua rede de sindicatos, mais de R$ 3 milhões
junto ao Ministério da Agricultura, um órgão da administração direta do Governo Federal.
De acordo com as manifestações de líderes de centrais sindicais à reportagem do Estadão, já
há uma percepção dessas entidades de que está em curso “O banditismo sindical” nesse
processo de “... desmembramento de sindicatos, muitos deles artificiais e piratas”.
É de se esperar que o governo tome a iniciativa de corrigir esse erro antes que o sindicalismo
perca a representatividade e a confiança de seus afiliados.