Os Censos definem-se essencialmente pela contagem e caracterização
da população e condições de habitabilidade de um país através do método clássico de entrega e recolha de questionários à população.
Olhão tem uma área de 130,89 km, o número de habitantes é 44 319
hab.
Diz-se que Olhão, terá derivado da palavra árabe, «AL-HAIN», que
significa fonte nascente, e que sofrendo as modificações fonéticas e fonológicas, naturalmente terão levado ao aparecimento do termo «ALHAM», depois «OLHAM» e finalmente OLHÃO. Na versão popular e segundo velhos testemunhos, Olhão é o aumentativo do substantivo comum "olho", com origem num grande "Olho de Água" (fonte, nascente ou poço de grande caudal), já que na zona existiam abundantes olhos de água, o que originou a construção das primeiras "palhotas", feitas em cana e colmo. O município, que inclui uma parte continental e a Ilha da Armona, na Ria Formosa, é limitado a norte e leste pelo município de Tavira, a oeste por Faro, a noroeste por São Brás de Alportel e a sueste tem litoral no Oceano Atlântico.
Os cubos das casas brancas, com janelas e platibandas debruadas a
cinzento e azul, deram a Olhão o epíteto de cidade "cubista". As ruas apertadas e sinuosas do Bairro da Barreta ou do Levante, perto dos Mercados Municipais, merecem um passeio despreocupado e sempre muito agradável... Os Mercados Municipais são um dos ex-líbris da cidade: trata-se de dois edifícios construídos em 1915: um para a venda de peixe e outro para venda de hortaliças e frutas. Estes mercados foram recentemente remodelados, sendo actualmente dos melhores do País em higiene e qualidade. Este é o Olhão antigo, terra de pescadores e industriais das conservas, e o Olhão moderno, terra de um turismo ainda a dar os seus primeiros passos... As esplanadas na Rua do Comércio, primeira rua pedonal do País, inaugurada em 1933, assim como as esplanadas à beira-mar, perto dos Mercados, convidam ao lazer... O primeiro passeio de barco às ilhas é sempre uma grande e agradável surpresa. De Olhão partem carreiras regulares para a Ilha da Armona e a Ilha da Culatra-Faro.
Segundo edifício de pedra de Olhão, construído com contributos dos
pescadores (1698-1715?). Na torre do seu sino está uma inscrição: "À custa dos homens do mar deste povo se fez este templo novo, no tempo em que só havia umas palhotas em que viviam". Tem uma majestosa fachada barroca com frontão decorado com volutas. Ao centro um escudo ladeado por anjos (veja aqui uma visão em 3 dimensões da Igreja!) O interior é coberto por uma abóbada de berço. A capela-mor é definida por um retábulo e arco-triunfal em talha dourada (séc. XVIII), sendo o tecto decorado com fresco e uma imagem de Nossa Senhora do Rosário (séc. XVII). Os altares laterais têm também retábulos de talha. Entre as imagens destacam-se o Senhor Crucificado e um Santo Apóstolo (séc. XVIII). Paramentos e peças de ourivesaria constituem o tesouro sacro. Numa arrecadação, um núcleo de imagens do séc. XVII e XVIII. Na retaguarda da igreja, a Capela do Senhor dos Aflitos, muito da devoção da gente do mar. Não se esqueça de subir à torre da Igreja para desvendar o segredo das centenas de casas com o telhado substituído pelo terraço, ou seja, a típica açoteia olhanense