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FACULDADE DE FARMÁCIA
DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO E CONTROLE DE MEDICAMENTOS
DISCIPLINA DE SAÚDE COLETIVA
SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE
(LEI 8.080/90; 8142/90)
Profa. Christiane
Colet
CONSTITUIÇÃO
BRASILEIRA
Regionalizado
Hierarquizado
Descentralizado
Participação Popular
EQUIDADE INTEGRALIDADE
LEI 8080/90
DISPOSIÇÕES GERAIS
I – a execução de ações:
a) de vigilância sanitária;
b) de vigilância epidemiológica;
c) de saúde do trabalhador; e
d) de assistência terapêutica integral, inclusive
farmacêutica;
III – a ordenação da formação de recursos humanos
na área de saúde;
LEI 8080/90
CAMPOS DE ATUAÇÃO DO SUS
VII – o controle e a fiscalização de serviços, produtos
e substâncias de interesse para a saúde;
VIII – a fiscalização e a inspeção de alimentos, água
e bebidas para consumo humano;
LEI 8080/90
PRINCIPIOS E DIRETRIZES
I - universalidade
II - integralidade de assistência
IX–descentralização político-
administrativa
LEI 8080/90
PRINCIPIOS E DIRETRIZES
• O Conselho de Saúde, em caráter permanente e
deliberativo, órgão colegiado composto por
representantes do governo, prestadores de
serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na
formulação de estratégias e no controle da
execução da política de saúde na instância
correspondente, inclusive nos aspectos econômicos
e financeiros, cujas decisões serão homologadas
pelo chefe do poder legalmente constituído em
cada esfera de governo.
LEI 8142/90
Art. 4 Para receberem os recursos de que trata o art. 3º
desta Lei, os municípios, os estados e o Distrito Federal
deverão contar com:
• Fundo de Saúde;
• Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo
com o Decreto nº 99.438 de 7 de agosto de 1990.
• Plano de Saúde ;
• relatórios de gestão que permitam o controle de que trata
o § 4º do art. 33 da Lei nº 8.080 de 19 de setembro de
1990;
• contrapartida de recursos para a saúde no respectivo
orçamento;
• Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e
Salários (PCCS), pre-visto o prazo de dois anos para sua
implantação.
QUESTÕES ATUAIS
Exemplo: bevacizumabe
QUESTÕES ATUAIS
Problemas no RS
-Entendimento engessado da legislação
-Procuradoria Geral do Rio Grande do Sul não contesta as ações em que são demandados medicamentos excepcionais
prescritos de acordo com os protocolos do Ministério da Saúde. Entretanto, segundo ela, a maioria das ações judiciais
propostas no país reclamando o fornecimento de medicamentos excepcionais não observa esses protocolos.
-No RS, em 2008, 41% do orçamento daquele órgão são gastos com a política de assistência farmacêutica. Há, segundo
tais dados, 87.966 pacientes atendidos pela via administrativa e 20.497 pela via judicial.
- Ela ressaltou que, na via judicial, apenas 14,31% dos processos envolvem demanda de medicamentos especiais e 9,4%
de excepcionais, prescritos de acordo com os protocolos do Ministério da Saúde, que são os medicamentos cujo
fornecimento compete ao estado. Enquanto isso, 76,23% das demandas judiciais contra o estado abrangem medicamentos
que não são de sua competência, sendo que 18,25% são relativas a medicamentos prescritos em desacordo com os
protocolos clínicos e 46,84% a produtos que não são fornecidos pelo SUS, entre eles medicamentos importados e sem
registro na Anvisa.
Em razão das decisões judiciais, o estado é obrigado a fornecer 3.300 apresentações farmacêuticas, das quais somente
cerca de 500 fazem parte dos elencos atendidos administrativamente e 2.800 são fornecidos por força de decisões judiciais,
em antecipação de tutela para fornecimento em 48 ou 72 horas, sob pena de bloqueio de verbas orçamentárias.
Ela propôs que só seja permitido o acesso a medicamento pela via judicial quando o produto for registrado na Anvisa e que,
fora da lista do SUS ou com registro na Anvisa, só se determine o fornecimento em casos muito excepcionais e somente em
sentença final.
QUESTÕES ATUAIS
CASO HEPATITE C
A corte decidiu não atender reivindicações para limitar o acesso a remédios por via judicial. Mas
enfatizou, porém, que “deverá ser privilegiado o tratamento fornecido pelo SUS em detrimento de
opção diversa escolhida pelo paciente sempre que não for comprovada a ineficácia ou a
impropriedade da política de saúde existente”.
“Como ressaltado pelo próprio ministro da Saúde na audiência pública, há necessidade de revisão
periódica dos protocolos existentes e de elaboração de novos protocolos. Assim, não se pode afirmar
que os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas do SUS são inquestionáveis, o que permite sua
contestação judicial”, anotou o presidente do STF, Gilmar Mendes, ao determinar que um
medicamento não coberto pelo SUS fosse fornecido a um paciente. Três decisões do ministro
favoráveis aos pacientes foram divulgadas no site do STF no último sábado.
Em primeiro lugar, no SUS não é possível que você disponibilize medicamentos para os quais
você não tem evidências cientificas suficientes. Eles têm que ser seguros e eficazes.
Preferencialmente, o fornecimento tem que ter por base protocolos clínicos e diretrizes
terapêuticas que sejam elaborados pelos gestores, com base na melhor evidência, mas que
sejam submetidos à consulta publica que permitam a participação da sociedade cientifica e
até civil, para que o Ministério da Saúde possa responder aceitando ou não as sugestões que
vêm da sociedade.
Outra questão é fazer com que os pacientes que tenham iniciado seus tratamentos e tenham
tido acesso a tratamentos mediante estudos clínicos, tenham assegurado o seu tratamento
posterior pela própria indústria farmacêutica. É muito comum que pacientes participem de
estudos clínicos e trabalhos clínicos, e a industria, depois, larga esses pacientes e, para
continuarem seus tratamentos, venham para a área publica demandando que o fornecimento
seja feito pelo gestor. Isso não é justo; ao menos enquanto esse medicamento não tenha sido
incorporado oficialmente para fornecimento pelo SUS.
Deve ser feita na academia maior divulgação de como o SUS se estrutura, quais as suas
normas, etc. Eu acho que, muitas vezes, deixamos de lado a figura central da questão da
judicialização que é o prescritor. Sem prescrição não há judicialização.
QUESTÕES ATUAIS
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PRONTO ATENDIMENTO