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Índice Página
1. Introdução ……………………………………………………………………………………… 2
9. Conclusão ……………………………………………………………………………………… 7
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1. Introdução
Este projecto foi elaborado com o objectivo de criar uma estratégia de intervenção para a
promoção de uma cultura de convivência em contexto escolar.
Abrange uma série de estratégias de intervenção, dentro e fora da sala de aula, que
envolvem, além dos agentes educativos, os alunos de uma determinada turma e os seus
familiares.
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CED – Centro de Educação e Desenvolvimento.
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Era, no início do presente ano lectivo, constituída por dezoito alunos, todos do sexo
masculino, com idades compreendidas entre os 16 e 19 anos, sendo 10 alunos de origem
africana, 7 caucasianos/portugueses e 1 brasileiro mestiço. Na sua maioria, estes alunos
têm uma família monoparental, predominando a figura materna.
Durante o primeiro período, a turma ficou reduzida a 12 alunos devido à falta de
assiduidade e abandono escolar.
5. Intervenção Primária
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problema. De referir que o levantamento continuado das diversas respostas às propostas
de mediação, foi o elemento base facilitador de algum sucesso das soluções
apresentadas durante toda a intervenção.
6. Projecto de Intervenção
Apesar de a situação de conflito ter sido controlada e amenizada durante o presente ano
lectivo, prevê-se que a mesma possa voltar a ocorrer, uma vez que se continuam a
verificar alguns obstáculos à boa convivência dos elementos da turma, especialmente no
que se refere ao K..
O projecto que pretendo delinear visa um acompanhamento do K. e uma
consciencialização global da turma no sentido de eliminar, através da educação e
formação para a cidadania, as questões étnicas que estão na origem do conflito. Este
projecto deverá ser extensível às famílias, para que exista um acompanhamento e
esclarecimento ao nível cultural e pautar-se-á pela articulação interna dos diferentes
agentes do contexto educativo.
7. Constituição do Projecto
Este processo será regulado por uma carta de compromisso estabelecida entre os
principais intervenientes e baseado em micro projectos, de acordo com a acção a
desenvolver. Da Direcção do CED dependerá a aprovação para a concretização dos
mesmos.
Sendo este um projecto a nível micro, apenas serão envolvidos os seguintes elementos:
• Direcção do CED (Assessor responsável pelos CEF)
• Coordenador do Curso
• Directora de Turma
• Professores do Conselho de Turma
• Equipa Técnica (Psicóloga e Assistente Social)
• Professor Tutor
• Auxiliares de Acção Educativa
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• Dinamizadores do Espaço Teu
• Alunos
• Familiares
b) Tutoria – O início do projecto será constituído por uma acção de tutoria ao K., com
o objectivo da sua integração em contexto escolar, ao seu relacionamento com os
pares e do aumento da sua autoestima. Pretende-se criar uma relação de
vinculação que ajude ao sentido de segurança emocional, conferindo protecção e
permitindo a sobrevivência (Costa e Matos, 2006:46).
• Os debates onde a voz e a opinião dos alunos seja uma mais valia a
considerar;
• A análise de situações concretas com outros intervenientes que lhes
permitam ter uma visão externa do processo de conflito;
• Actividades integradoras dos pontos fortes da vítima que contribuam para a
valorização do grupo;
• A criação de um blogue onde os alunos possam dar voz às suas fragilidades
e lhes permita reflectir sobre os temas abordados. Este blogue poderá ser
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monitorizado no âmbito de um projecto já existente no CED, o Espaço Teu,
que são salas de recursos espalhadas pela escola onde os alunos têm
acesso a um enorme e diferenciado tipo de actividades, misturando o lúdico
com o pedagógico, e onde predomina a cooperação. Será valorizada a
participação interdisciplinar com a exploração de diferentes vertentes
culturais;
• Criação de uma assembleia de turma semanal (à segunda-feira), onde se
avaliem os resultados da semana anterior, com um carácter regulador, e se
(re)definam os objectivos e projectos de convivência para serem
desenvolvidos durante a semana que se inicia, estabelecendo-se
compromissos entre os pares.
Destas dinâmicas pretendem-se obter, como referem Costa e Matos (2006:75), efeitos
positivos, tais como, o incentivar a discussão sobre diferentes assuntos, promover formas
construtivas de clarificação de divergências, bem como da sua resolução, encorajar uma
comunicação mais aberta e espontânea, levando ao crescimento nas diferentes partes
envolvidas na relação.
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os indivíduos para lidarem com muitos dos desafios da vida, reforçariam uma
abordagem construtiva à resolução de problemas e (…) poderiam demonstrar aos
outros os feitos positivos da comunicação e negociação.
8. Avaliação do Projecto
9. Conclusão
Este projecto é baseado no Educar na Tolerância. Com ele pretende-se constituir a escola
como uma instituição de intervenção social, enquanto promotora de valores de
convivência da tolerância, do diálogo e da solidariedade entre populações de diferentes
etnias e culturas. Como diz Leite (2000:7) em sociedades onde a diversidade e o
multicultural são cada vez mais aspectos que as caracterizam, não faz sentido a
continuação do privilégio dos currículos nacionalistas e etnocêntricos, onde apenas
alguns se revêem e se sentem legitimados. Uma «escola para todos» e em que «todos
são diferentes» exige dos professores a capacidade e a flexibilidade para inovar na linha
de um paradigma que proporcione o êxito e a mudança, sem despersonalizar e aculturar.
Aceitar a diferença, seja ela de que tipo for, é um desafio para qualquer sociedade. Cabe
a nós, agentes educativos, promover essa aceitação. Na nova realidade multiétnica
devem ser plantadas sementes não só de tolerância mas também de solidariedade.
Temos de saber transmitir aos pequenos que o diferente enriquece, que o arco-íris é belo
pela sua policromia (Urra, 2006:135).
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10. CALENDARIZAÇÃO
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11. Referências Bibliográficas
http://www.theworldcafe.com/twc.htm