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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

VISITA

TÉCNICA

EDIFÍCIO QUOTA ANGÉLICA


AVENIDA ANGÉLICA, 2250

PROJETO ARQUITETÔNICO II

DIEGO VILASBOA MELO CM: 405.0832-3


RICARDO AUGUSTO MACHADO KOLBE CM: 305.2083-5
AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Empresa Quota Empreendimentos Imobiliários Ltda. por ter nos


propiciado a apreciação e estudo de um de seus investimentos mais interessantes ligado
ao tema do nosso trabalho.

Agradecemos também à Engenheira Talita Martins da Quota Empreendimentos


Imobiliários, por nos ter acompanhado e explicado tudo e um pouco mais a respeito do
imóvel Edifício Quota Angélica, foco deste trabalho.

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ÍNDICE

1- Identificação do Edifício ..................................................................pg.4

2- Contexto Histórico e Urbano ......................................................... pg.4


Características do Bairro
Histórico do prédio

3- Características Arquitetônicas ........................................................pg.6


Implantações, Acessos e Detalhes Construtivos
Circulação Horizontal
Circulação Vertical
Materiais Construtivos

4- Dados Complementares ...................................................................pg.7

5- Plantas ...............................................................................................pg.8

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1- Identificação do Edifício

Edifício Quota Angélica


Avenida Angélica, 2250
Bairro: Higienópolis
Construtora: Quota Empreendimentos Imobiliários Ltda.
Projeto: Quota Empreendimentos Imobiliários Ltda.
Finalidade: Edifícios de Escritórios
Responsável pela visita: Engª Talita Martins

2- Contexto Histórico e Urbano

Características do Bairro

Higienópolis é um bairro central da cidade de São Paulo. O bairro é essencialmente


residencial e caracterizado por uma população de rendas média-alta e alta, sendo
também conhecido pela presença de relevantes instituições culturais. A região na qual se
constitui são ocupadas desde o século XVI, de forma a que o seu desenvolvimento tenha
se dado paralelamente àquele da própria cidade de São Paulo. O bairro também se
destaca pela presença aí de uma grande quantidade de exemplares da arquitetura
moderna paulistana.

História do Bairro

Primeiramente a região na qual hoje se encontra Higienópolis foi habitada por jesuítas,
havia sido doada a então "sesmaria do Pacaembu". Assim permaneceu até o início do
século XX, quando configurou-se como um dos primeiros bairros planejados e pensados
especificamente para a elite em São Paulo. Isso se deu por estar longe da Estação da
Luz, ao contrário dos Campos Elíseos (bairro de segregação voluntária da elite
paulistana no período imediatamente anterior) e também por se encontrar em uma área
alta e com ruas abertas, largas e arborizadas, longe do centro velho, local caracterizado
por alguma insalubridade. Daí provém o nome do bairro em si, Higienópolis, que
significa basicamente "cidade da higiene".

O bairro guarda até hoje alguns poucos vestígios dessa época, mesmo que isolados.
Entre os mais destacados exemplos estão a mansão francesa da família Prado que hoje
abriga um clube situada na avenida Higienópolis esquina com rua Dona Veridiana, e a
Vila Penteado que é sede dos cursos de pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de São Paulo na rua Maranhão.

Foi, no entanto, a partir da década de 1950 que o bairro começou a assumir o caráter
pelo qual é conhecido hoje, recebendo uma grande quantidade de investimentos
imobiliários que levaram à demolição de grande parte dos antigos casarões que o
caracterizavam. Com tal fenômeno, o bairro tornou-se um ponto de destaque na cidade
como um "mostruário" de exemplares diversos da arquitetura moderna, ocupado quase
que predominantemente por edifícios de apartamentos de múltiplos andares. No período

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entre as décadas de 1970 e 1990, Higienópolis manteve-se uma exceção frente ao
afastamento do centro de São Paulo das camadas de renda superiores, constituindo-se
ainda em um espaço de segregação social, ainda que celebrado pela sua arquitetura e
pelas instituições culturais que abriga. Em comparação ao bairro de Campos Elíseos no
distrito de Santa Cecília, por exemplo, que passou a abrigar uma grande quantidade de
cortiços e população de menor renda, Higienópolis manteve o perfil social de sua
população.

O bairro ocupa área apenas no distrito da Consolação, e qualquer outro que esteja no
contexto é considerado apenas como anexações; como é o caso de outros bairros que
estão dentro do distrito tais como a Vila Buarque que ocupa três distritos, maior parte no
distrito da Consolação, pequena parte do distrito de Santa Cecília e parte do distrito da
República; o distrito dos Jardins como o bairro de Cerqueira César também faz parte do
distrito da Consolação.

Arquitetura

Mesmo após a abertura de outras áreas elitizadas (Avenida Paulista, Jardim América,
entre outras), Higienópolis manteve-se uma área de grande valor e ainda se adiantou na
evolução urbanística paulistana.

Devido ao desejo da elite local por espaços segregados e próprios para seu consumo,
Higienópolis se tornou junto com a avenida São Luís (centro de São Paulo) uma das
primeiras áreas a se verticalizar e abrigar edifícios de alto e altíssimo padrão. Esse
processo se iniciou na década de 40, sendo logo depois acompanhado por aquela que
seria considerada uma revolução na arquitetura residencial paulistana - a arquitetura
modernista de seus edifícios de apartamentos.

Toda a cidade de São Paulo se caracterizava até então pelos traços da arquitetura
eclética, de perfil historicista e europeizante. Edifícios como os de Rino Levi tornaram-
se logo exemplares do novo momento, tendo no Edifício Louveiras, de Vilanova
Artigas, um caso paradigmático. Seguiram-se a ele outros arquitetos influenciados pelo
modernismo, como o Edifício Prudência de Franz Heep. Foi também local de
surgimento de exemplares também de uma arquitetura caracterizada por um ecletismo
tardio e de pouca expressividade, como o Edifício Bretagne, de João Artacho Jurado.

Histórico do prédio

O prédio foi inaugurado em Julho de 2007, portanto uma construção recente sem
grandes históricos. Hoje já abriga alguns escritórios de advocacia, de consultoria
financeira, seguro, e etc.

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3- Características Arquitetônicas

Implantações, Acessos e Detalhes Construtivos

O Edifício Quota Angélica possui 13 andares, sendo que o térreo e o último andar têm o
pé direito duplo; e 3 subsolos, tal que:

• No 1º subsolo estão localizados a sala de telefonia, o centro de medição, a


cabine de barramento (onde estão localizados os fios que saem do transformador
da Eletropaulo), caixa de retenção (local onde é guardada a água da chuva para
que não haja alagamento, devido o fato de que o solo foi impermeabilizado) ;
• No 2º subsolo está localizada a sala de geradores;
• No 3º subsolo está localizada a sala de exaustão mecânica, que faz com que o ar
circule.

Abaixo do terceiro subsolo foi construída uma área onde estão localizados os
reservatórios: inferior, de água pluvial (água da chuva) e de água servida (água utilizada
para lavar as garagens).

O térreo foi feito com pé direito duplo, forro acartonado (forro constituído de gesso
natural, é resistente a fogo e flexível), e piso porcelanato. Sua parte externa é feita com
ladrilho hidráulico na rampa (antiderrapante) e piso inter-travado (não necessita de
cimento na sua colocação, é colocado em cima de areia, devido ao atrito o piso não
desloca).

No segundo andar localizam-se os depósitos de cada escritório, a sala de segurança,


vestiário, copa, sala de motorista e sala da administração. O forro desse andar foi feito
de dry-wall.

O andar-tipo possui 1 escritório de 360m², piso elevado (utilizado para passagem da


fiação), 4 banheiros e 2 copas, ou 2 escritórios com 2 banheiros e uma copa cada.

Circulação Horizontal

A circulação horizontal do edifício no pavimento térreo é feita através de um hall de


acesso à recepção e aos elevadores no térreo. Nos andares-tipo a circulação entre o
elevador e os escritórios também é feito através e um hall. No andar de deposito
observou-se a ocorrência de um hall entre os elevadores e a área dos depósitos, cuja a
qual a circulação é feita por corredores.

Circulação Vertical

A circulação vertical do edifício é feita exclusivamente por 3 elevadores e pelas escadas


de emergência. Cada um dos elevadores tem capacidade de transportar 15 pessoas ou
1125 kg, e velocidade de 2,5 m/s.

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Materiais Construtivos

Materiais usados no andar tipo:

• 90m³ de concreto;
• 66m² de alvenaria (banheiro e copa);
• 4,5t de ferro;
• 120m² de massa de revestimento;
• 120m² de vidro com esquadrinha de alumínio.

O forro é opcional, normalmente usa-se forro mineral que é bom para a acústica.

A construção do edifício foi feita com laje protendida e plana. Esse tipo de laje tem
maior resistência sem necessidade de colocação de pilares para a sustentação devido à
existência de cabos tensionados no interior da laje. O edifício tem fachada cega, pois
teve valorização da vista para o Pacaembu.

4- Dados Complementares

Visita ao edifício realizada no dia 20 de setembro de 2007, mediante entrega da carta de


recomendação da Universidade e agendamento com a engenheira responsável.
Infelizmente, não pudemos tirar fotografias do interior do edifício por falta de
informação sobre a necessidade de autorização da diretoria da construtora. No entanto, a
engenheira Talita Martins, sensibilizada com a nossa situação, enviou-nos por e-mail
fotografias tiradas na fase de acabamento do edifício.

Contamos ainda com a colaboração da construtora Quota Empreendimentos


Imobiliários Ltda. que gentilmente nos cedeu as plantas do edifício.

5-Plantas

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