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RESUMO
Augusto de la Torre
Pablo Fajnzylber
BANCO MUNDIAL
ISBN 978-0-8213-7920-2
John Nash
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Resumo 1
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Fonte: Raubach et al, 2007. Emission trajectories corresponding to the main scenarios studied by the IPCC’s
Special Report on Emission Scenarios (2001).
Nota: Os detalhes de cada cenário podem ser encontrados na nota em anexo.8
2 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
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Fonte: Cálculos da equipe do Banco Mundial com base no Emergency Events Database (EM-DAT): O Banco
de Dados sobre Desastres Naturais do Office of United States Foreign Disaster Assistance (OFDA)/Centre for
Research on the Epidemiology Disasters (CRED), da Universidade Católica de Louvain. 14
6 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
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concordância concordância pluviométrico:
concordância
Fonte: Cálculos da equipe do Banco Mundial usando oito modelos globais de circulação atmosfera-oceano. Os
quatro mapas na parte inferior indicam a concordância entre as previsões dos diversos modelos. A
concordância é medida pelo número de modelos cujas previsões de alteração nas temperaturas ou nos
padrões pluviométricos têm o mesmo sinal.
Resumo 7
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8 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
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Resumo 13
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14 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
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Tabela 1. Perdas cumulativas causadas por ciclones tropicais, histórico e projeções
(milhões de US$ em 2007)
Histórico das perdas a Perdas médias em 4 cenários
cada 5 anos a cada 5 anos (2020–2025)
(1979–2006)
País/Região
México 8.762 91.298
América Central 2.321 6.303
Grandes Antilhas 6.670 28.037
Pequenas Antilhas 925 2.223
Total 18.678 127.861
Fonte: Cálculos dos autores a partir de Curry et al, 2008. Os números indicados são as médias dos quatro
cenários considerados.
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16 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
Figura 4. Estimativa do impacto da elevação do nível do mar sobre o PIB nos países da
América Latina e do Caribe
Tabela 2. Valor provável da perda de serviços econômicos dos recifes de coral, circa 2040–
2060 em US$ de 2008 (supondo que 50% dos corais no Caribe foram perdidos)
Baixa Estimativa Alta Estimativa
Proteção da costa 438 1.376
Turismo 541 1.313
Pesca 195 319
Biodiversidade 14 19
Uso farmacêutico 3.651 3.651
Total 4.838 6.678
Fonte: Toba (2008b).
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18 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
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Resumo 23
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24 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
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Resumo 25
Figura 6. Tendências históricas do PIB per capita e das emissões per capita de CO2
relacionadas à energia
Fonte: Cálculos da equipe do Banco Mundial usando dados de Angus Maddison e do Instituto de Recursos
Mundiais (WRI).
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26 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
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Resumo 27
Figura 7. Um possível esquema para a incorporação gradual dos países em
desenvolvimento
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28 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
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30 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
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32 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
Figura 8. Composição das emissões de GEE na ALC e em outras regiões do mundo
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28% 18,3%
Outros GEE (agricultura, lixo, etc., excluindo CO2) Outros GEE (agricultura, lixo, etc., excluindo CO2)
Emissões da mudança no uso do solo (CO2) Emissões da mudança no uso do solo (CO2)
Emissões relacionadas à energia (CO2) Emissões relacionadas à energia (CO2)
18%
25% 23%
Outros GEE (agricultura, lixo, etc., excluindo CO2) Outros GEE (agricultura, lixo, etc., excluindo CO2)
Emissões da mudança no uso do solo (CO2) Emissões da mudança no uso do solo (CO2)
Emissões relacionadas à energia (CO2) Emissões relacionadas à energia (CO2)
Fonte: Ferramenta de Indicadores para Análise Climática (Climate Analysis Indicators Tool – CAIT) do Instituto
de Recursos Mundiais (WRI).
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Renda alta ALC Renda alta ALC
China e Índia Mundo China e Índia Mundo
Fonte: Ferramenta de Indicadores para Análise Climática (Climate Analysis Indicators Tool – CAIT) do Instituto
de Recursos Mundiais (WRI).
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34 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
Figura 10. Decomposição das mudanças nas emissões de CO2 associadas à energia
(1980–2005)
410% 272%
64%
310%
210% 128%
141%%
25% 309% 69%
80%
70%
110% 96% 31%
19% 58%
44% 80% 82%
51% 23%
10% 12% 4% -9% 15% -6% -9%
-12% -17%
-25% -95% -35%
-35%
-90%
-190%
Renda baixa Renda média Renda alta ALC China e Índia Mundo
(excluindo ALC,
China e Índia)
Intensidade de carbono (CO2/TPES) Intensidade de energia (TPES/PIB) Renda per capita (PIBpc) População
Fonte: Consumo Primário de Energia: Energy Information Administration, International Energy Annual 2005;
CO2: Agência Internacional de Energia e Marland et al (2007); PIB (ajustado pela PPC) e população:
Indicadores do Desenvolvimento Mundial (WDI). Nota: TPES - Suprimento básico total de energia –
aproximado pelo consumo primário de energia.
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Resumo 35
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36 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
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Figura 11. Emissões de GEE per capita em países selecionados na ALC (2000)
Emissões de GEE per capita (2000, tCO2/pc)
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15,8
15 13,4
10,1 9,9 9,9 9,6
10 7,3 7,9 7,2 8,1 8 7,5
5,9 7,0 6 6,8 6,6 6.4
5,5 4,8 5,1 5.4
3,2 4,1 4
5 2,7 2,4 2,7 2,5
1,5 1 1.0
0
-5 Bolívia Venezuela Brasil Peru Argentina Equador Guatemala México Restante da ALC Colômbia Chile
-10
Total de emissões de GEE p/c (CO2, CH4, N2O, PFCs, HFCs, SF6) Emissões de CO2 p/c da mudança no uso do solo Total de emissões de GEE p/c, excluindo a mudança no uso do solo
Fonte: Ferramenta de Indicadores para Análise Climática (Climate Analysis Indicators Tool - CAIT, Versão 5.0)
e Indicadores do Desenvolvimento Mundial (WDI).
Resumo 37
Figura 12. Crescimento das emissões de GEE e coeficiente em relação ao PIB
Emissões de CO2 relacionadas à energia: crescimento (1990-2004) Emissões de GEE não relacionadas à energia: crescimento (1990-2000)
e coeficiente de emissões-PIB (2004) e coeficiente de emissões-PIB (2000)
Belize -300 200 700 1200 1700 2200 2700
Honduras
1300
El Salvador
-0,200
0 100 200 300 400 500 600 700 -1200
CO2/PIB CO2/PIB
Fonte: Ferramenta de Indicadores para Análise Climática (Climate Analysis Indicators Tool - CAIT, Versão 5.0)
e Indicadores do Desenvolvimento Mundial (WDI).
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38 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
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42 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
Quadro 1. A demanda por automóveis cresce rapidamente na América Latina
O crescimento da classe média tem contribuído para o aumento da demanda por
veículos privados. Em 2005, um estudo feito em São Paulo com famílias de baixa renda
64
em locais onde antes existiam favelas mostrou que 29% delas possuíam um carro. Ao
longo dos anos, o aumento da eficiência e competitividade da indústria produziram um
lento declínio no preço dos veículos, que se tornaram mais acessíveis a maiores grupos
de pessoas. Este processo foi facilitado pela importação de automóveis baratos da Ásia
e à expansão do mercado de carros usados. Na América Latina, as vendas de carros
estão batendo recordes e a expectativa é de que continuem a gerar sólidos ganhos
estimulados pelo crescimento econômico. O Brasil e o México são os maiores mercados
de veículos, mas o do Peru é o que mais avança na região. Durante os três primeiros
trimestres de 2006, as vendas no Peru aumentaram 41%. As tendências mais recentes
mostram que no mundo inteiro os fabricantes estão desenvolvendo veículos robustos e
baratos, anunciados especificamente e com sucesso para as classes média e média-
baixa. Por exemplo, na cidade de São Paulo a frota está crescendo a uma taxa de 7,5%
ao ano, com vendas em torno de 1000 novos carros ao dia. Esse fato acelerou a taxa de
motorização em cidades que já estão congestionadas, causando uma rápida
deterioração dos sistemas e da infra-estrutura de transporte existentes. Isso resultou na
degradação da qualidade do ar, em numerosas mortes e vítimas do tráfego, em milhões
de horas de produtividade perdidas, em um maior consumo de combustível e no
conseqüente agravamento das emissões de GEE. De acordo com a revista Time, São
65
Paulo tem os piores engarrafamentos de tráfego do mundo. Em 2008, o índice
acumulado de engarrafamentos atingiu em média mais de 190 km durante as horas de
maior movimento e, no dia 9 de maio, alcançou o recorde ainda não superado de 266
km, o que significa que 30% das estradas monitoradas estavam obstruídas.
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Resumo 43
Quadro 2. Análise do custo-benefício das medidas de atenuação no setor de transporte do
México
Uma análise das opções de atenuação das emissões relacionadas aos transportes no
México mostra os seus diversos benefícios complementares, entre os quais a economia
financeira e de tempo, assim como a melhoria do meio ambiente local. Entre as ações
que podem proporcionar o mais alto grau de redução de GEE no País estão os
programas de inspeção e manutenção de veículos, o planejamento otimizado dos
transportes, padrões de eficiência para os veículos (Corporate Average Fuel Economy,
CAFE) e políticas de densificação (veja a figura abaixo neste quadro). Os benefícios
econômicos resultantes dessas intervenções incluem vantagens financeiras quando
comparadas aos meios de transporte alternativos; economia de tempo para os
indivíduos, por exemplo, pela redução dos congestionamentos de trânsito; e melhoria da
saúde devido à menor taxa de poluição (tanto para as pessoas que viajam
constantemente quanto para os habitantes locais) — o que leva um custo negativo de
muitas intervenções para reduzir as emissões de GEE que foram avaliadas. Como é
comum nesses estudos, outras despesas importantes difíceis de estimar não são
quantificadas, como aquelas assumidas para implementar sistemas de monitoramento,
solucionar a falta de informação, ou as decorrentes de mudanças nas normas e políticas.
No entanto, esses gastos foram calculados de modo qualitativo por especialistas em
transporte que os consideraram “superáveis”.
200
100
0
Transporte Sistemas de Empresas Densificação Optimização do Verificação Ferrovia de carga CAFE
Não motorizado transporte de integração das áreas transporte público de veículos
de massa urbanas
-100
-200
-300
Nota: As opções de redução das emissões, em ordem decrescente de seu potencial são:
transporte não motorizado, sistemas de transporte público de massa, integração das empresas de
transporte, densificação das áreas urbanas, otimização das rotas de transporte público, inspeção
de veículos (incluindo a verificação do seu grau de poluição), transporte rodoviário de carga e
padrões de eficiência dos veículos.
44 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
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Resumo 45
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46 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
Tabela 4. Maior Potencial Hidrelétrico na América Latina e no Caribe (MW, % desenvolvido)
Potencial da capacidade
instalada planejado para
2015
Capacidade
instalada em
a
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Resumo 47
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48 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
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Resumo 49
Quadro 3. Incorporação da Volatilidade dos Preços de Combustíveis ao Planejamento e
Investimento em Eletricidade
A geração de eletricidade a partir de fontes renováveis, usando energia hidrelétrica ou eólica, por
exemplo, caracteriza-se pela disponibilidade local do recurso, pelo alto custo de capital e por
gastos operacionais baixos e estáveis. Esses atributos diferem daqueles das usinas
termoelétricas, que implicam em um menor custo de capital e maiores despesas operacionais,
principalmente com combustíveis. Enquanto as futuras cotações do petróleo são sempre incertas,
os níveis atuais da volatilidade de preços não tem precedentes, conforme foi demonstrado pela
queda de US$150 para US$50 no valor do barril em 2008. Essa instabilidade aumenta o risco
associado ao preço da eletricidade de uma usina termoelétrica. Os planejadores de sistemas de
energia vêm tentando acomodar a volatilidade de preços usando em seus cálculos diferentes
níveis de cotação do petróleo, do gás e do carvão. Embora esses métodos produzam estimativas
pontuais do risco de um determinado projeto ou da sensibilidade de uma carteira de projetos de
geração ao nível dos preços do petróleo, eles não abordam a questão do risco causado pela sua
instabilidade. Novas técnicas estão sendo desenvolvidas para considerar o valor de uma opção
com preço mais elevado porém estável, comparada a outra mais barata porém mais volátil.
Essas técnicas permitem aos analistas estabelecer compensações específicas entre, de um lado o
custo de investimento e o retorno de uma opção de geração e, de outro lado, o risco
correspondente. Essa compensação entre risco e retorno também pode enfatizar o papel das
energias renováveis que não utilizam combustível entre as opções de geração de eletricidade de
modo geral. Ao combinar a poder dos modelos tradicionais de expansão da geração de energia
com as novas técnicas de análise de carteira, é possível avaliar a os riscos e retornos relativos de
uma ampla gama de carteiras de projetos de geração e quantificar as suas diferenças. O uso
desses métodos permite que o planejador do sistema ou o analista de investimento examine os
riscos da participação de modo mais sistemático do que no passado. Um novo protótipo de
instrumento de otimização de carteira foi desenvolvido em um projeto Accounting for Fuel Price
Risk in Power Systems Planning [Considerando o Risco de Preço dos Combustíveis no
Planejamento dos Sistemas de Energia], financiado pelo Programa de Apoio à Gestão do Setor
Energético (ESMAP, na sigla em inglês).
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Resumo 51
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medida em que os segundos compensam os GEE liberados na sua queima, seqüestrando carbono
no processo de cultivo de suas matérias-primas (a cana de açúcar, por exemplo). Após considerar
de modo adequado esse fator e outros efeitos do “ciclo de vida” dos biocombustíveis (as emissões
ocorridas durante o cultivo e processamento de matérias-primas), estima-se que as emissões de
GEE atribuídas diretamente à produção e queima do etanol brasileiro da cana-de-açúcar sejam
70% a 90% menores que as da gasolina. Por outro lado, a diminuição de GEE gerados pelo etanol
81
de milho nos Estados Unidos está na faixa de apenas 10% a 30%.
Mas a história não termina aqui. A terra utilizada para produzir as matérias-primas destinadas à
fabricação de biocombustíveis como, por exemplo, o milho, pode ter sido desviada de outras
culturas ou de algum outro uso corrente. Se a terra para o cultivo do milho tiver sido convertida de
outras finalidades (florestas, campos e pastagens), os GEE serão liberados quando o solo for
modificado e a vegetação que for retirada – e que está seqüestrando carbono - seja queimada ou
se desintegre. Ao avaliar os impactos dos biocombustíveis, essa liberação única de GEE é
semelhante a um investimento inicial que deve ser “recuperado” ao longo do tempo pelo fluxo
contínuo de redução nas emissões gerado pela substituição da gasolina por biocombustíveis.
Se a terra para produzir mais milho for retirada de outras culturas, esse processo poderá reduzir a
oferta e aumentar os preços desses produtos. O preço mais alto causa uma retração no consumo
em alguma medida e também estimula os outros agricultores a aumentar a sua produção. Esse
incremento na oferta pode ser gerado pela troca de ainda outras culturas e/ou da conversão de
terras não agrícolas. Na medida em que o solo é convertido, ocorre o efeito de liberação de GEE
descrito acima.
O primeiro aumento na produção de milho inicia assim uma reação em cadeia nos mercados
agrícolas, resultante da mudança no uso do solo. Como os mercados globais são muito
integrados, as alterações originais na cotação do milho repercutem no mundo inteiro e, por isso, as
mudanças indiretas no uso do solo podem ocorrer em qualquer local e não apenas no país onde a
matéria-prima para a fabricação do biocombustível é cultivada. Uma avaliação geral do impacto
dos biocombustíveis sobre a redução de GEE também precisa considerar as emissões geradas
pelas mudanças diretas e indiretas no uso do solo.
Esse tipo de alteração indireta no uso do solo é especialmente difícil de avaliar e, por causa dessa
complexidade, é negligenciada nos exames de sustentabilidade dos biocombustíveis. No entanto,
as suas implicações são enormes. Por exemplo, conforme foi mencionado acima, a análise do
ciclo de vida indica uma economia anual em torno de 20% nas emissões de CO2 em relação ao
petróleo, quando o etanol é derivado do milho nos Estados Unidos. No entanto, um estudo recente
52 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
estima que a conversão do solo nos EUA e em outros países para produzir mais milho pode
resultar, de fato, na duplicação das emissões de GEE em um período de 30 anos e em uma
82
elevação desses gases na atmosfera durante 167 anos. Usando um modelo global, o estudo
projetou a expansão das terras agrícolas para todas as grandes culturas de clima temperado e de
cana-de-açúcar e para a pecuária, como resultado do aumento de 56 bilhões de litros em 2016 na
produção de etanol derivado do milho nos EUA. De acordo com esse modelo, o desvio resultante
de 12,8 milhões de hectares de terras agrícolas nos Estados Unidos disponibilizaria uma área
adicional de 10,8 milhões de hectares para o cultivo, dos quais 2,8 milhões estão no Brasil, 2,3
83
milhões na China e na Índia, e 2,2 milhões nos EUA, com um impacto sobre as emissões que
varia segundo o tipo de solo a ser convertido. Excluindo a mudança indireta no uso do solo, a
cana-de-açúcar brasileira deverá reduzir as emissões em 86% (com um período de retorno do
investimento em carbono de apenas quatro anos) se a conversão para o plantio da cana-de-
açúcar abranger somente pastagens tropicais. Uma avaliação nesse estudo coincide com a
conclusão de outras análises de que os biocombustíveis derivados de resíduos sólidos promovem
um equilíbrio de carbono mais favorável, e questiona a viabilidade da redução nas emissões por
84
meio do cultivo de matérias-primas específicas mesmo em terras marginais. Essas afirmações
relacionadas ao custo ambiental e à mudança no uso do solo são corroboradas por avaliações que
calculam o tempo de retorno do carbono na conversão de tipos de solo específicos, o que indica
85,86.
que o etanol brasileiro de cana-de-açúcar é claramente o mais eficiente sob esse aspecto
(veja a figura neste quadro).
Resumo 53
Quadro 4 (continuação)
Years needed to repay Biofuel Carbon Debt from Land Conversion (*)
(Ethanol from Corn or Sugarcane, Biodiesel from Soybean or Palm Oil)
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Como o investimento e o retorno ocorrem em períodos de tempo diferentes, alguns afirmam
que os fluxos de retorno dos investimentos precisam ser descontados, o que pode reduzir
um pouco os períodos de retorno do carbono, mas a escolha de uma taxa de desconto
87
adequada gera controvérsias políticas e poucas análises abordaram a questão. Um
estudo recente aplicou uma ampla gama de taxas de desconto para avaliar o período de
retorno, usando diversos tipos de solos convertidos para fabricação de etanol nos Estados
Unidos e no Brasil, e indicou um custo-benefício favorável para alguns tipos de terras pouco
88
produtivas no Brasil, adotando-se qualquer uma das taxas de desconto consideradas.
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60 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
Quadro 5: Projetos Relacionados à Mudança Climática na América Latina e no Caribe
Os atuais projetos implementados em alguns países se concentram no fortalecimento da
capacidade e na produção de conhecimento para avaliar as vulnerabilidades e os riscos
associados à mudança climática, especialmente aqueles pertinentes aos ecossistemas. Alguns
exemplos dessas atividades, que estão sendo realizadas em parceria com as universidades e
institutos de pesquisa locais, incluem:
• Expansão da rede de monitoramento dos recifes de coral por meio da instalação de
uma estação de alerta prévio para os recifes de coral (CREWS, na sigla em inglês),
na Jamaica, e a atualização das estações de monitoramento do nível do mar em 11
países do Caribe.
• Criação de cenários de projeções climáticas no Caribe, que se concentrem na
adaptação dos modelos globais de mudança climática existentes, para desenvolver
modelos locais reduzidos dinâmica e estatisticamente adequados, que sejam
relevantes para a região. Os resultados desse esforço serviram como subsídio na
preparação das estratégias de adaptação nacionais.
• Aplicação dos dados do Earth Simulator (Simulador da Terra) do Instituto de Pesquisa
Meteorológica do Japão para o desenho de mapas de vulnerabilidade das bacias nos
Andes tropicais (Bolívia, Equador e Peru). Essa iniciativa está sendo complementada
com a instalação de uma rede de monitoramento com oito estações meteorológicas
em montanhas elevadas, para medir o processo gradual de retração das geleiras e
desenvolver um sistema de monitoramento do clima, com o objetivo de analisar o
ciclo do carbono e da água nos ecossistemas dos Andes tropicais (os páramos).
• Desenvolvimento de uma metodologia para avaliar os impactos de furacões mais
intensos sobre os pântanos costeiros, e quantificar os seus efeitos no caso do
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Essa notável realidade pode ser atribuída à eficácia do Fundo Hondurenho de Investimento Social
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comunidades pobres. Originalmente concebido como um antídoto aos efeitos adversos das
políticas de ajuste estrutural, o FHIS se tornou rapidamente uma espécie de programa de resposta
emergencial, depois que o Mitch devastou o País em 1998.
O FHIS impediu com êxito que o desastre agravasse a pobreza, estimulando a atividade
econômica e restaurando os serviços sociais básicos. Passados 100 dias do furacão, o programa
aprovou recursos no valor de US$40 milhões para 2100 projetos comunitários e, no final de 1999,
o Fundo investiu em 3400 projetos, ou seja, quatro vezes o número de investimentos, comparado
a um período anterior ao furacão. Os projetos priorizaram a retirada dos escombros e o conserto e
reconstrução do encanamento de água, dos sistemas de saneamento, das estradas, pontes,
centros de saúde e escolas, acelerando assim a recuperação nacional e gerando cerca de
100.000 empregos por mês nos três meses seguintes à crise.
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Os documentos de projeto (Readiness Plan Idea Notes) apresentados até agora pelos países da
região que participam do FCPF sugerem que a maioria de seus programas e atividades planejados
para reduzir as emissões do desmatamento e da degradação se enquadra nas seguintes
categorias: (a) políticas e normas econômicas gerais; (b) políticas e normas para o setor florestal;
Resumo 79
(c) mecanismos econômicos para a conservação de florestas; (d) programas de desenvolvimento
rural; e (e) programas sociais.
As políticas e normas para o setor florestal constituirão provavelmente a maior parte dos
programas e atividades de REDD na região. A Argentina, o México e a Nicarágua estão
estabelecendo práticas alternativas de manejo florestal que incentivam a criação de oportunidades
econômicas para as comunidades que dependem da floresta. A Bolívia e o México estão
promovendo atividades florestais comunitárias. A Colômbia e a Guiana preferem a extração de
maneira de baixo impacto. A Costa Rica, a Guiana, o México, a Nicarágua e o Panamá oferecem
incentivos para reflorestamento e plantação de árvores com o objetivo de mitigar a pressão sobre
as florestas naturais. A Costa Rica e o México consideram a possibilidade de reforçar a
conservação e o manejo dos seus sistemas de áreas protegidas. Diversos países enfatizam a
necessidade de melhorar a aplicação da lei florestal. O Paraguai está empenhado na
descentralização do manejo florestal visando delegar poder aos governos locais na área de
conservação e uso sustentável dos recursos florestais. A Guiana recorre à identificação e
rastreamento da madeira para reduzir a extração ilegal.
Diversos tipos de mecanismos econômicos para a conservação de florestas estão sendo utilizados
ou elaborados nos países da América Latina e do Caribe. A Costa Rica e o México continuarão a
se valer de pagamentos por serviços ambientais em troca de proteção, reflorestamento e
regeneração florestal, e a Colômbia poderá começar a fazê-lo. A Guiana vem utilizando as
concessões de florestas. O Panamá poderá ampliar a sua experiência com as trocas de dívida por
conservação da natureza. A Bolívia está analisando a possibilidade de fazer experiências com as
permissões negociáveis de desmatamento.
Finalmente, diversos países da América Latina e do Caribe estão propondo uma ampla gama de
programas sociais para gerar benefícios diretos ou indiretos em termos de REDD. A Argentina
sugere a concessão de direitos de propriedade de florestas para os índios e as comunidades
rurais com o objetivo de interromper o deslocamento interno dos povos indígenas. A Bolívia deseja
promover o uso sustentável dos recursos florestais não derivados da madeira, e dos serviços da
fauna e do meio ambiente pelas comunidades rurais e as populações indígenas, de acordo com os
seus conhecimentos, usos e costumes. A Guiana mobilizará as comunidades ameríndias para
utilizar as suas terras tituladas de modo sustentável. O Panamá deverá se apoiar no Programa de
Desenvolvimento Rural Sustentável que está sendo implementado na região indígena de Ngöbe
Buglé, com o objetivo de reduzir a pobreza e o desmatamento a ela relacionado.
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Resumo 81
na Malásia, estabelecido por uma empresa de investimento australiana, New Forests, que espera
receber um retorno de 15% a 25% com a venda de “créditos de biodiversidade”. Esses exemplos
enfatizam o potencial das florestas de gerar recursos financeiros mesmo fora do mercado de
carbono.
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Resumo 83
Figura 13. As economias de tempo resultantes do TransMilenio são desproporcionalmente
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84 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
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Resumo 85
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Resumo 91
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92 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
Tabela A2. Importância relativa do potencial de mitigação das liberações de carbono da
produção de energia com base nas taxas de crescimento das emissões e da energia, e no
115
coeficiente emissões-energia
Intensidade de Energia: Transporte: Indústria e
energia (por Intensidade de Intensidade de Prédios:
US$ do PIB) carbono carbono Intensidade de
carbono
Brasil Média Média Baixa Média
México Média Média Baixa Média
Venezuela Alta Baixa Baixa Média
Argentina Média Média Média Média
Colômbia Baixa Baixa Baixa Média
Peru Baixa Média Baixa Média
Bolívia Alta Média Média Alta
Chile Baixa Média Média Alta
Equador Média Alta Média Média
Guatemala Alta Alta Alta Média
Panamá Baixa Alta Alta Média
Paraguai Média ND Alta Baixa
Honduras Média Alta Alta Média
Costa Rica Média Média Média Baixa
Uruguai Baixa Baixa Média Baixa
El Salvador Média Média Média Média
Haiti Alta Baixa Média Média
Tabela A3. Importância relativa do potencial de mitigação das emissões não relacionadas à
116
energia com base nas taxas de crescimento das emissões e no coeficiente emissões-PIB
Resumo 93
Figura A1. Taxas de crescimento das emissões e coeficiente emissões-PIB
Emissões de CO2 da energia: crescimento (1990-2004) Emissões de GEE não relacionadas à energia: crescimento (1990-2000)
e coeficiente de emissões-PIB (2004) e coeficiente de emissões-PIB (2000)
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México Paraguai
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México Guiana
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Guiana
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Venezuela
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CO2/PIB CO2/PIB
Eficiência energética: nível (2005) e crescimento (1990-2005) Energia: crescimento das emissões (1990-2005) e intensidade
de carbono da energia (2005)
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0.10
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Brasil
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Chile
Argentina
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0,10
Haiti
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Energia/PIB, 2005 0 0,50 1 1,50 2 2,50 3
Emissões/Energia, 2005
Transporte: crescimento das emissões (1990-2005) e intensidade de Outras emissões da energia: crescimento (1990-2005)
carbono da energia (2005) e intensidade de carbono (2005)
Crescimento das emissões de CO2, 1990 - 2005
Guatemala
Chile
0,90 Brasil
Haiti
Honduras
0,70 Chile
Colômbia
Paraguai Panamá
0,80 Equador
0,50
Mexico Venezuela
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0,30 Argentina
Paraguai Peru
0,30 Uruguai
Brasil Peru 0,10
Argentina Costa Rica
México Venezuela
-0,10
Colômbia
-0,20 -0,30
2,45 2,55 2,65 2,75 2,85 2,95 0 0,50 1 1,50 2 2,50 3
Emissões/Energia, 2005 Emissões/Energia, 2005
94 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
Emissões de CO2 da mudança no uso do solo: crescimento (1990-2000) Emissões da agricultura diferentes de CO2: crescimento (1990-2000)
e coeficiente de emissões-PIB
e coeficiente de emissões-PIB (2000)
-800 -300 200 700 1200 1700 2200 2700
-0,297 1100
Bolívia
Chile Jamaica
-0,298 0,900
Costa Rica
Peru Panamá
-0,299 0,500 Colômbia
Brasil
México Peru
Venezuela Guatemala Bolívia Uruguai
-0,299 Argentina Honduras 0,300
Guiana
Paraguai 0 100 200 300 400 500 600
-0,300 0,100 Chile
Belize
Venezuela Argentina
El Salvador
-0,300 Haiti -0,100
Equador
-0,301 -0,300
CO2/PIB CO2/PIB
Antigua e Barbuda
0,270 Belize
Venezuela 0,950
Equador Bolívia
Colômbia
0,220 0,750
Crescimento das emissões de CO2
Peru México
Guiana
0,550 Guatemala
0,170 Trinidad e Tobago
Haiti
Chile Paraguai
Colômbia
Brasil 0,350 Peru Suriname
Brasil Uruguai
0,120
Argentina
Uruguai 0,150 Argentina
México
0,070 Chile Venezuela
El Salvador Nicarágua
-0,050 Jamaica República Dominicana
Honduras
0,020 Equador
Panamá
10 20 30 40 50 60 70 -0,250
Costa Rica
CO2/PIB CO2/PIB
Resumo 95
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96 Desenvolvimento com Menos Carbono: Respostas da América Latina ao Desafio da Mudança Climática
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Resumo 97
5 2
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Resumo 117
ESTUDOS DO BANCO MUNDIAL SOBRE A
AMÉRICA L ATINA E O CARIBE
RESUMO
Augusto de la Torre
Pablo Fajnzylber
BANCO MUNDIAL
ISBN 978-0-8213-7920-2
John Nash
SKU 17920