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Curativo de feridas

e Queimaduras
Darlla Katiela
Fernanda Simão
Ibrahim Massuqueto
João Peron Moreira
Michelly Nayara
Tricia Caroline
Queimaduras
QUEIMADURAS

Injúrias causadas quando o corpo


recebe mais energia do que pode
absorver
As queimaduras podem lesar :


 Pele
 Músculos
 Vasos sanguíneos
 Nervos e ossos.

E têm o potencial de:

 Desfigurar
 Causar incapacitações
 Morte.
Classificação das Queimaduras

• Agente causador

• Profundidade ou grau

• Extensão ou severidade

• Localização

• Período evolutivo
Agente causador
 Físico
o Temperatura
o Eletricidade
o Radiação

 Químico
o Produtos químicos

 Biológico
o Animais
o Vegetais
Queimaduras térmicas:

Podem ser causadas por:


 exposição ao calor (fogo, vapores, líquidos,
quentes ou objetos quentes)
 exposição ao frio (gelo, objetos congelados).
Queimaduras elétricas:
 São conseqüência do contato com a eletricidade.
 Os danos na pele são causados pela produção de calor
provocada pela corrente elétrica ao atravessar o tecido.
 São difíceis de avaliar, e até mesmo as lesões que
parecem ser superficiais podem causar danos
profundos a músculos e nervos.
 Pode causar:
 parada respiratória ou cardiorespiratória
 danos ao SNC (cefaléia, perda de consciência, convulsões, etc.)

 lesões em órgãos internos.


Queimaduras Elétricas
Queimaduras Elétricas
Queimaduras Químicas:
 São causadas pelo contato com substâncias
tóxicas, normalmente ácidos ou bases fortes,
ou seus vapores.
 Há necessidade de cuidados especiais com os
olhos e vias respiratórias.
Queimaduras Químicas:

 O produto deve ser removido da pele da vítima com água


corrente abundante pelo menos por 10 minutos.
 Se a lesão for nos olhos, lavá-los por pelo menos 15 minutos
com água corrente e depois cobrir com um curativo estéril
úmido.
 Caso o produto seja em pó, escove os resíduos da pele antes
da limpeza com água.
 Não se deve tentar equilibrar queimaduras de ácidos
utilizando se bases, e sim lavar a queimadura para retirar o
ácido.
Queimaduras Químicas
Queimaduras Químicas
Queimaduras por radiação;

 São resultantes da exposição solar (raios


ultravioletas) ou fontes nucleares.
PROFUNDIDADE
Queimaduras de 1º Grau:
 envolvem apenas a camada superficial da
epiderme.
 A região fica avermelhada (hiperemiada)
 inchada (edemaciada)
 e muito dolorosa.
 Ex.: queimadura por exposição ao sol.

 Tratamento:
hidratantes tópicos.
Queimaduras de 2º Grau:

 envolvem a epiderme e a derme em graus


variados
 sem atingir o tecido subcutâneo
 há a formação de bolhas (flictena)
 é bastante dolorosa.
Queimaduras de 3º Grau:

 Ultrapassam a derme, atingindo o tecido


subcutâneo, ou até mais profundamente.
 a área queimada fica ressecada e anestesiada
pela destruição das terminações nervosas
 Ocorre zona de morte tecidual (necrose)
 A área circunjacente é extremamente
dolorosa.
Extensão ou severidade

 Área corporal atingida


 Baixa: Menos de 15 % da superfície corporal
atingida.
 Média: Entre 15-40 % da pele coberta.
 Alta: Mais de 40 %.

Técnica de avaliação: Comparar com a superfície da


palma da mão do paciente que equivale a 1%.
Extensão ou severidade

PARA QUE CALCULAR A ÁREA


QUEIMADA???

PROGNÓSTICO HIDRATAÇÃO
Cálculo da área queimada
 LUND BROWDER
Cálculo da área queimada
 Regra dos 9
ÁREA ADULTO CRIANÇA

Cabeça e Pescoço 9% 18%


Membro superior D 9% 9%
Membro superior E 9% 9%
Tronco anterior 18% 18%
Tronco posterior 18% 18%
Genitália 1% 1%
Coxa D 9% 4,5%
Coxa E 9% 4,5%
Perna e Pé D 9% 4,5%
Perna e Pé E 9% 4,5%
Quando internar um paciente??

 Queimadura em face, mãos e genitália;

 Queimadura de terceiro grau, com mais de 10%de área


queimada;

 Queimadura associadas com fraturas ou que envolvem


o trato respiratório;

 Queimadura elétrica;

 Queimadura de segundo grau profunda em criança.


Fisiopatologia

 Aumenta da permeabilidade capilar;

 Edema;

 Choque hipovolêmico.
 Choque hipovolêmico
Fisiopatologia  Perda de Eletrólitos

Agressão ao
tecido Histamina
EDEMA +
TRANSUDATO +
Mastócitos
HEMOCONCENTRAÇÃO
Exposição
De Sist. Calicreína
Colágeno
Cininas
Ac. Araquidônico

Prostaglandinas
Tratamento de
queimaduras:
Atendimento ao Queimado

Todo paciente queimado deve ser


avaliado como paciente
traumatizado. ABC do trauma
(intubação, ventilação, acesso
vascular e ressuscitação).
Hipovolemia
TERAPÊUTICA DA REPOSIÇÃO

Independe da profundidade, agente térmico,


idade.

 Soro Fisiológico/soro Glicosado;


 Dextran
 Albumina/Ringer Lactato.

1. Esquema de Evans
2. Esquema de Brooke
3. Esquema de Parkland
Esquema de Evans

1) Solução Colóide: 1ml/kg/% área queimada;


2) Solução eletrolítica: 1ml/kg/área queimada
3) Soro glicosado a 5%: 1.500-2.00ml
 Vol. Total: 50% administrados nas primeiras 8hs;
 + 25% a cada 8 horas seguintes;
 Início: solução cristalóide;
 Soluções colóides são administradas no 2° dia;
 Contra-indicado do uso do sangue nas 72 horas
iniciais.
Esquema de Brooke

 Solução
Colóide: 0,5 ml/kg/% área
queimada;
 Solução
Eletrolítica: 1,5ml/kg/% área
queimada;
 Soro Glicosado a 5%: 1.500 – 2.000ml.
Esquema de Parkland

 Solução Eletrolítica: 4 ml/kg/% área


queimada
 Ringer Lactato – primeiras 24hs;
 Vol. Total é dividido em 2 partes:
 Metade é difundida nas primeiras 8 h;
 2° parte nas 16 horas seguintes
 Nas 24 h posteriores administra-se soro
glicosado a 5%
Produtos de Uso
Tópicos
Sulfadiazina de Prata 1%
 Tem a finalidade de desbridar tecidos
necrosados e combater infecção local,
 efetivo contra uma ampla microbiota de gram-
negativas, além de incluir bactérias gram-
positivas como S. aureus e Candida albicans
Ácidos Graxos Essenciais (AGE)

 São compostos por ácido linoleico, ácido


caprílico, vitamina A, E e lecitina de soja.

 precursores de substâncias envolvidas no


processo de divisão celular e diferenciação
epidérmica.

 Agem acelerando o processo de granulação


tecidual.
Pomadas enzimáticas

 Ex: Colagénase

 apresentam caráter enzimático e debridante,

 estimulando indiretamente a formação do


tecido de granulação e a reepitelização
Mel
 inibe o crescimento de cepas gram-negativas e gram-positivas,
devido ao baixo pH

 promove uma barreira viscosa que impede a invasão de


microorganismos, bem como a perda de fluidos das lesões.

 Também, contém enzimas como a catalase, que auxilia no processo


de cicatrização

 Promove efeito osmótico suficiente para inibir o crescimento


microbiano

 quando diluído, produz peróxido de hidrogênio, que é um agente


antimicrobiano.
Substitutos temporários de pele
 substitutos de origem animal:
como enxerto homólogo, membrana amniótica,
pele de porco, pele de embrião bovino e colágeno;

 substitutos elaborados à base de substâncias


sintéticas: tais como silicone, poliuretano e hydrom;

 substitutos associados à matéria orgânica e uma


película sintética:
tal como colágeno e silicone.
Substitutos temporários de pele

 Propriedades:

 Aderência,
 Transporte do vapor de água
 Elasticidade
 Durabilidade
 Baixa antigenicidade e toxicidade
 Capacidade hemostática
 Ação antibacteriana
Soluções
 São utilizadas para a realização de anti-sepsia de pele e
mucosas, porém também são utilizadas em curativos
úmidos

 Ex:
 A solução de Dakin (hipoclorito de sódio a 0,5%)
 ácido acético
 o nitrato de prata
 a tripla solução de antibiótico
 Gluconato de Clorexidina
 PVP-I (Polivinil Pirrolidona Iodada)
Referências
 Monteiro, Ernesto Lest de Carvalho. Técnica
Cirurgica. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2006
 Ferreira, Enéas. Curativo do paciente queimado:
uma revisão de literatura. Rev Esc Enferm USP
2003; 37(1): 44-51.
 Fernandes, Luís Roberto Araujo. Fisiologia da
Cicatrização. Disponivél em: http://www.unimes.br/
 Victória, Marilú Barbieri. Curativos. Disponivél em:
http://www.fmt.am.gov.br/
FIM...

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