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Transgêni

cos
Monitora: Cintia
Conceito
 Transgênicos ou OGMs são organismos
manipulados geneticamente, de modo a
fornecer características desejadas pelo
homem.

 OGMs possuem alterações em seu genoma


realizadas através da tecnologia do DNA
recombinante ou da Engenharia genética.
Objetivos
 A geração de transgênicos visa à obtenção de
características específicas por um organismo de
interesse.

 Resultados na área de transgenia já são


alcançados desde a década de 70, época na qual
foi desenvolvida a técnica do DNA recombinante.

 O primeiro transgênico foi a bactéria Escherichia


coli, que sofreu adição de genes humanos para a
produção de insulina na década de 1980.
Alimentos
Transgênico
s
Alimentos
Transgênicos
 Os alimentos transgênicos são modificados
geneticamente em laboratórios com o objetivo de
conseguir melhorar a qualidade do produto.

 Os genes de plantas e animais são manipulados


e muitas vezes combinados.

 Os organismos geneticamente modificados,


depois da fase laboratorial, são implantados na
agricultura ou na pecuária.
Alimentos
Transgênicos
Alimentos
Transgênicos
 Na agricultura, por exemplo, uma técnica
muito utilizada é a introdução de genes
que conferem tolerância a herbicidas.
Gerações de
Transgênic
os
Primeira Geração
 Nas culturas transgênicas que atualmente estão sendo
comercializadas foram incorporadas características da
chamada primeira geração (input traits), capazes de
conferir vantagens agronômicas simples, ou seja,
dependentes de genes únicos ou de alguns poucos
genes, dirigidas para a solução de estresses
ambientais.

 Essas incluem, em primeiro lugar, a tolerância a


herbicidas, seguida pela resistência a insetos e alguns
produtos resistentes a vírus. Neste grupo de plantas
transgênicas incluem-se, ainda, aquelas que
incorporaram vantagens como a tolerância a metais
tóxicos do solo, ao frio e a outros estresses abióticos.
Primeira Geração
 A alta taxa de adoção de culturas com tais
características reflete a satisfação dos agricultores
com produtos que oferecem benefícios
significativos, como manejo mais flexível, menor
trabalho e mais alta produtividade, além de
benefícios econômicos e ambientais, pelo
decréscimo no uso de agroquímicos.

 Exemplos: o mamão papaia (vírus da mancha


anelar), o milho, soja e algodão que são fortalecidos
contra insetos que devoram as plantações, a batata
que resiste a pragas e reduz absorção de óleo
durante o processo de fritura.
Primeira Geração
 A empresa Monsanto recebeu parecer favorável da
CTNBio à produção em escala comercial da
semente de soja transgênica Roundup Ready
resistente à aplicação de herbicida à base de
Glifosate da mesma empresa, em dezembro de
1998.

 O parecer técnico-científico baseia-se na conclusão


de que a soja geneticamente modificada não oferece
riscos a saúde humana ou animal, e nem ao meio
ambiente.
A decisão da CTNBio está embasada nos
seguintes

argumentos:
O cultivar da soja não é passível de polinização cruzada com espécies
silvestres;

 Não há razões para se prever a sobrevivência de plantas derivadas fora de


ambientes agrícolas;

 Não haverá aumento da pressão de seleção sobre as plantas daninhas, com


a introdução de cultivares tolerantes ao herbicida Glifosate;

 Não há nenhuma constatação de que a utilização do herbicida Glifosate nas


lavouras de soja no Brasil tenha efeito negativo no processo de fixação
biológica de nitrogênio;

 Não há indícios de que o uso de cultivares derivadas dessa linhagem possa


alterar o perfil e a dinâmica das populações de insetos associados à cultura
de soja convencional; a introdução do transgene não altera as características
da composição química da soja, com exceção do acúmulo de proteína
transgênica, tendo comprovada sua segurança quanto aos aspectos de
toxicidade e de alergenicidade humana e animal (Comissão Técnica 1999).
Segunda Geração
 A segunda geração de características introduzidas
em culturas transgênicas inclui aquelas capazes de
conferir a melhoria na qualidade do produto. Tais
características resultam em benefícios que serão
mais evidentes para os consumidores.

 A primeira característica de qualidade introduzida


numa cultura transgênica foi o amadurecimento
retardado no tomate Longa Vida, aprovado para
comercialização nos Estados Unidos em 1994.
Outros Exemplos
 A cenoura mais doce e contendo doses extras de
betacaroteno;

 O arroz com mais proteínas;

 A batata com retardo de escurecimento;

 A soja com genes de castanha-do-pará que


aumenta seu valor nutritivo.
Outros produtos com características de
qualidade
que estarão disponíveis em curto prazo
incluem:
 Produtos mais nutritivos e saudáveis para a
alimentação humana e animal;

 Produtos para sanar deficiências de micronutrientes;

 Produtos com melhor sabor, aroma e/ou aumento na


qualidade e armazenamento de compostos como amido
ou proteínas;

 Produtos com melhor qualidade em fibras;

 Produtos que estão sendo desenvolvidos como remédios


para deficiências de vitaminas.
Outros produtos com características de
qualidade
que estarão disponíveis em curto prazo
incluem:
 O produto que promete um grande impacto na saúde
pública é uma variedade de arroz, desenvolvida pela
empresa Syngenta, com maior concentração de
betacaroteno.

 A substância é usada pelo organismo para


metabolizar vitamina A.

 Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de


500 mil crianças ficam cegas todo ano em países
pobres por falta de vitamina A em sua dieta - em
grande parte composta de arroz.
Outros produtos com características de
qualidade
que estarão disponíveis em curto prazo
incluem:
O único produto desse tipo já
comercializado é a soja com ômega 3,
disponível no mercado americano desde
2005. A Kellog's utiliza este grão nos seus
produtos.
Terceira Geração
 Vacinas Comestíveis
 Animais Transgênicos
 Proteínas Recombinantes
Vacinas
Comestívei
s
Vacinas Comestíveis
 A grande vantagem é que não necessitam ser refrigeradas, pois o
alimento protege as proteínas da degradação. E, dentro das células
vegetais, as vacinas encontram-se protegidas do suco gástrico, sendo
liberadas gradativamente já no intestino delgado.

 Desde o início das pesquisas com vacinas em alimentos, os


pesquisadores desconfiavam que estas vacinas também teriam ação
sobre a imunidade mucosal.

 Muitos agentes patológicos entram no corpo via nariz, boca ou órgãos


genitais; a primeira defesa do organismo é uma série de membranas
mucosas, localizadas nestas regiões. As vacinas injetáveis, em geral,
não estimulam a defesa mucosal; as vacinas comestíveis,
teoricamente, deveriam ser mais ativas nesta imunidade, pois entra
em contato íntimo com a mucosa do intestino. Deveriam, portanto,
serem capazes de ativar a imunidade mucosal e sistêmica.

 Este efeito seria ótimo contra doenças como a diarréia, por exemplo.
Vacinas Comestíveis
 A maior parte dos cientistas envolvidos com vacinas
comestíveis está pesquisando formas de combater a diarréia,
que é provocada por vários agentes, como o Norwalk virus, o
Vibrio cholerae e Escherichia coli.

 Cerca de 3 milhões de crianças morrem anualmente por


causa destes agentes, que são capazes de perturbar as
células do intestino delgado, provocando a liberação
excessiva de água dos tecidos.

 A única terapia disponível é a re-hidratação, mas algumas


vezes não é suficiente. Não existe vacina, ainda, de alcance
mundial para a doença. No Brasil, a morte por diarréia é,
infelizmente, muito comum em várias regiões.
Vacinas Comestíveis
 Em 1995, Arntzen conseguiu obter plantas de
tabaco que produziam uma proteína antígena para
o vírus da hepatite B, testou em ratos e estes se
tornaram imune à doença.

 Também neste ano, William H. R. Langridge da


Loma Linda University obteve tomates e batatas
com vacinas para as três principais causas da
diarréia. Alimentando animais (ratos, coelhos e
macacos) com estas frutas ou tubérculos,
conseguiram resultados excelentes: as cobaias
tiveram respostas positivas de imunidade mucosal
e sistêmica, e não contraíram a doença quando
expostas aos agentes patológicos reais.
Vacinas Comestíveis
 Estes e outros testes preliminares, em animais,
serviram para indicar que os humanos também
deveriam ser testados.

 Arntzen foi o primeiro cientista a testar vacinas


comestíveis em pessoas. Em 1997, vinte voluntários
comeram batatas não cozidas, contendo a sub-unidade
B da toxina da E. coli. Todos apresentaram estímulos
das imunidades sistêmica e mucosal. O mesmo grupo
comeu outras batatas, contendo vacina contra o
Norwalk virus; 19 dos vinte tiveram resultados
positivos. No ano seguinte, Hilary Koprowski do Thomas
Jefferson deu alface geneticamente modificada para
conter um antígeno da hepatite B para três voluntários;
dois ficaram imunes a doença.
Vacinas Comestíveis
 Estes resultados parecem deixar claro que as vacinas
comestíveis são, de fato, eficazes. A comunidade científica vê
com bons olhos e vários órgãos de saúde pública, como a NIH
e a Unicef, já investem bastante dinheiro nesta área.
Entretanto, várias questões ainda devem ser respondidas, e
vários problemas precisam ser resolvidos, antes da liberação
em massa destas vacinas.

 Dentre os obstáculos, está a escolha das plantas corretas - e


cada planta apresenta seu próprio desafio.

 As batatas são ideais: se propagam rapidamente e


podem ser estocadas por longos períodos. A
desvantagem é que devem ser ingeridas sem cozimento,
o que não é uma prática comum.
Vacinas Comestíveis
 As folhas de tabaco, extensivamente estudadas,
não fazem parte da dieta de nenhuma população.

 As bananas não precisam ser cozidas, mas suas


árvores levam anos para dar frutos, e estes são
sazonais. Além disso, após colhidas as bananas
apodrecem rapidamente.

 Por isso, mais plantas tem sido testadas, como


alface, cenouras, amendoins, trigo, milho arroz e
soja.
Vacinas Comestíveis
 Outra questão: o consumo cotidiano de vacinas poderia
causar um fenômeno conhecido como tolerância oral - o
organismo pode simplesmente passar a desligar suas
defesas contra estas proteínas, se tornando suscetível
ao ataque do agente patológico real.

 Além disso, alguns cientistas advertem para o fato de


que a mãe que come o alimento com vacina estaria
indiretamente vacinando o seu filho, quer seja o feto,
através da placenta, ou o bebê, pela amamentação.
Animais
Transgênicos
Animais Transgênicos
 Em 1997, o primeiro bovino transgênico, a vaca Rosie, produzia
leite enriquecido com a proteína humana lactoalbumina.

 Esse leite transgênico é mais nutritivo para humanos que o leite


natural, e poderia ser introduzido na alimentação de crianças
com carência de nutrientes específicos.

 Há também pesquisas em curso voltadas para a produção de


leite transgênico contendo as proteínas necessárias para o
tratamento de doenças como fenilcetonúria, enfisema
hereditário e fibrose cística.

 Por exemplo, o Instituto A. I. Virtanen, da Finlândia, gerou um


bovino contendo um gene cuja proteína correspondente
promove o crescimento de hemácias em humanos.
Animais Transgênicos
 Em razão do impacto e da complexidade ética da
criação de animais transgênicos para o consumo
humano, a Comissão do Codex alimentarius (Lei
alimentar ou Código alimentar, em latim),
estabelecida conjuntamente pela FAO (Organização
das Nações Unidas para a Agricultura e a
Alimentação) e pela OMS (Organização Mundial da
Saúde), está trabalhando em colaboração com
vários países, dentre eles o Brasil, com o objetivo
de criar normas de aplicação internacional visando
a segurança de alimentos produzidos a partir
desses animais
Animais Transgênicos
 Recentemente foi aprovada pela Agência Européia de
Medicina a produção pioneira de antitrombina humana
pela empresa americana GTC Biotherapeutics, valendo-
se de cabras transgênicas como biorreatores.

 O novo medicamento se chama Atryn e será


comercializado no próximo ano na Grã-Bretanha e em
outros países europeus.

 A antitrombina é uma proteína presente no sangue com


propriedades anti-coagulantes e antiinflamatórias, que
pode ser utilizada no tratamento de portadores de uma
doença genética rara conhecida como deficiência
hereditária de antitrombina.
Animais Transgênicos
 A glândula mamária pode ser considerada
atualmente um excelente candidato a biorreator
animal.

 Estudos extensos têm demonstrado a possibilidade


da produção de uma grande variedade de proteínas
recombinantes no leite; muitas delas são proteínas
complexas, como:

 Eritropoietina humana e hormônio da paratireóíde


humano. Assim espera-se obter uma produção de
anticorpos monoclonais em grandes quantidades.
Animais Transgênicos
 A tecnologia utilizada para o desenvolvimento de
animais trangênicos, conduz de alguma forma a
dois grandes problemas cruciais: a eficiência e a
velocidade com que um produto comercial pode ser
produzido.

 Os métodos em andamento, levam à baixa


natalidade e pouco sucesso de vida (10%) dos
animais transgênicos. A eficiência da transferência
nuclear é baixa e muitos embriões sofrem
anomalias e são inviáveis.
Exemplos

Suínos alterados
geneticamente
em laboratório produzem
gordura Mosquito Transgênico
que faz bem para o coração! Incapaz de transmitir a
dengue!
Futuras Gerações
 A combinação de anticorpos recombinantes e
engenharia da planta, têm resultado na expressão
de uma diversidade de formas moleculares em
diferentes espécies de plantas
 Várias proteínas farmacêuticas têm sido
produzidas em plantas transgênicas, incluindo a
lipase e a eritropoietina.
 O hormônio do crescimento somatotrofina é usado
para o tratamento de nanismo hipopituitário em
crianças e, futuramente existe possibilidade de uso
na síndrome de Turner, insuficiência renal crônica
e síndrome debilitante do HIV.
Países
Produtores
de
Transgênicos
Países Produtores de
Transgênicos
Países Produtores de
Transgênicos
 A soja geneticamente modificada foi a principal
lavoura de transgênicos em 2005, ocupando
54,4 milhões de hectares (60% da área GM
global), seguida pelo milho (21,2 milhões de
hectares com 24% da área GM global), algodão
(9,8 milhões hectares com 11%) e canola (4,6
milhões de hectares com 5,0% da área global
semeada com lavouras GM).
Nos próximos anos, dezenas de variedades
geneticamente modificadas poderão ser
cultivadas no
Brasil., tais como:
 Arroz

• Desenvolvido pela multinacional Bayer


CropScience, o arroz Liberty Link é
resistente a herbicidas, o que permite ao
agricultor eliminar as ervas daninhas que
aumentam o custo da produção e reduzem
a qualidade do produto que chega ao
consumidor.
Nos próximos anos, dezenas de variedades
geneticamente modificadas poderão ser
cultivadas no
Brasil., tais como:
 Milho

• Resistente a herbicidas e a insetos, não é atacado


pelas micotoxinas, agentes que podem causar
alergias, intoxicações e câncer. A empresa americana
Syngenta Seeds trará para o Brasil a tecnologia do
milho, empregada na Argentina e nos Estados
Unidos.
Nos próximos anos, dezenas de variedades
geneticamente modificadas poderão ser
cultivadas no
Brasil., tais como:

 Batata

• O desenvolvimento da batata resistente promete


livrar o agricultor do mosaico, a principal doença
da lavoura, responsável por perdas de até 80% da
safra. O estudo, da Embrapa, vem sendo feito há
mais de dez anos.

• Nos EUA, já é comercializada há cinco anos.


Nos próximos anos, dezenas de variedades
geneticamente modificadas poderão ser
cultivadas no
Brasil., tais como:
 Feijão
• Desenvolvido pela Embrapa, tem resistência à doença do
mosaico dourado, capaz de causar perdas de 40% a 85% da
produção. Os pesquisadores já conseguiram quatro variedades:
preto, carioca, jalo e roxinho.

 Cana-de-açúcar
• O Centro de Tecnologia Canavieira conseguiu desenvolver uma
cana com mais açúcar. As experiências mostram que a planta
geneticamente modificada pode ter uma concentração até 18%
maior que a da canade-açúcar convencional.
Segurança de
Alimentos
Transgênicos
Segurança dos Alimentos
Transgênicos
 No desenvolvimento de uma metodologia
para a avaliação de segurança de novos
alimentos, era essencial estabelecer uma
definição de alimento seguro.
 Segundo a OECD (Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico),
um alimento é considerado seguro se
houver certeza razoável de que nenhum
dano resultará de seu consumo sob
condições previstas de uso.
Segurança dos Alimentos
Transgênicos
 Em 1993, a OECD formulou o conceito de
equivalência substancial (ES) como uma
ferramenta a ser utilizada como guia na
avaliação da segurança de alimentos
geneticamente modificados, a qual tem sido
aperfeiçoada ao longo dos anos.
 O conceito de ES se baseia na idéia de que
alimentos já existentes podem servir como
base para a comparação do alimento
geneticamente modificado com o análogo
apropriado.
Segurança dos Alimentos
Transgênicos
 Os fatores considerados incluem a identidade,
fonte e composição do OGM, os efeitos do
processamento/cocção sobre o alimento
geneticamente modificado, o processo de
transformação, a potencial toxicidade, entre outros
fatores.
 O fato de um alimento geneticamente modificado
ser substancialmente equivalente ao seu análogo
convencional não significa que ele seja seguro, nem
elimina a necessidade de se conduzir uma
avaliação rigorosa para garantir a sua segurança
antes que sua comercialização seja permitida.
Segurança dos Alimentos
Transgênicos
 Na avaliação da segurança de alimentos
geneticamente modificados, além dos estudos de
composição, e da avaliação de segurança, um outro
componente a ser considerado é a equivalência
nutricional.
 Esta avaliação é realizada através de estudos em
que animais são alimentados com rações
produzidas a partir do alimento geneticamente
modificado.
 Não é muito utilizado na avaliação da qualidade de
novas variedades de alimentos desenvolvidos.
Segurança dos Alimentos
Transgênicos
 Nenhuma das plantas resultantes dos cruzamentos
interespecíficos existiu ou existe na natureza. Portanto,
sob qualquer definição, tais plantas foram
geneticamente modificadas por intervenção humana.
Nesse processo, mesmo que o melhorista esteja
interessado em uma ou poucas características, grandes
blocos de genes são transferidos da planta doadora
para a receptora. Isso significa que centenas de genes
não-conhecidos e indesejáveis podem ser introduzidos
concomitantemente ao gene de interesse, com o risco de
que algum(ns) codifique(m), por exemplo, toxinas ou
produtos alergênicos que são importantes para a
sobrevivência das plantas selvagens na natureza.
Segurança dos Alimentos
Transgênicos
 É importante enfatizar que alimentos
oriundos de plantas mutantes espontâneas
ou induzidas, bem como daquelas
resultantes de cruzamentos
interespecíficos, apesar de serem avaliados
agronomicamente pelos melhoristas, não
são submetidos a testes especiais,
rotulagem ou qualquer regulamentação
e/ou inspeção governamental sobre os
métodos de obtenção e sobre os riscos
alimentares ou ao meio ambiente
decorrentes das alterações genéticas.
Segurança dos Alimentos
Transgênicos
 Tanto os genótipos obtidos pelos métodos convencionais
como os obtidos pela transgenia devem ser devidamente
avaliados. Essa orientação está enfaticamente apresentada
em declaração redigida pelo Dr. C.S. Prakash da Tuskegee
University, e assinada por mais de 3.300 cientistas de todo o
mundo, na qual é afirmado que: “Nenhum produto alimentar,
seja produzido com técnicas de DNA recombinante ou com
métodos mais tradicionais, é totalmente sem risco. Os riscos
apresentados por alimentos são uma função das
características biológicas dos alimentos e dos genes que
foram utilizados, e não do processo empregado para o seu
desenvolvimento. Nosso objetivo como cientistas é assegurar
que qualquer novo alimento produzido com a utilização de
DNA recombinante seja tão ou mais seguro do que aqueles
que já vêm sendo consumidos” (http://www.agbioworld.org/
declaration/petition/petition.phtml/ Janeiro de 2000).
Segurança dos Alimentos
Transgênicos
 Já o Instituto Brasileiro de Defesa (1999) salienta
os riscos dos alimentos transgênicos, para a saúde
da população e para o meio ambiente. Pode ocorrer
o aumento das alergias com o consumo dos OGMs,
pois novos compostos são formados no novo
organismo, como proteínas e aminoácidos que
ingeridos poderão desencadear processos alérgicos,
e aumento de resistência aos antibióticos, pois são
inseridos nos alimentos transgênicos genes que
podem ser de bactérias usadas na produção de
antibióticos. Com o consumo pela população
desses alimentos, poderá ocorrer resistência a
esses medicamentos, reduzindo ou anulando a
eficácia dos mesmos.
Segurança dos Alimentos
Transgênicos
 Pode ser desencadeado também, um aumento das
substâncias tóxicas quando o gene de uma planta
ou de um microorganismo for utilizado em um
alimento, e é possível que o nível dessas toxinas
aumente inadvertidamente, causando mal às
pessoas, aos insetos benéficos e aos animais.
Estudos a respeito têm demonstrado que a
inserção de genes resistentes aos agrotóxicos em
alguns alimentos transgênicos conferem às pragas
e às ervas daninhas maior resistência, tornando-se
super-pragas, desequilibrando os ecossistemas,
implicando uso de uma maior quantidade de
agrotóxicos, que resultará no aumento de resíduos
nos alimentos, rios e solos.
Legislaçã
o
Resolução - RDC nº 214, de 30 de julho de
2002
 Estabelece condições para  
importação, comercialização, e
exposição ao consumo dos produtos incluídos na RDC nº
213 de 30 de julho de 2002. 

DECRETO N° 4.680, DE 24 DE ABRIL DE


2003
Art. 1° Este Decreto regulamenta o direito à informação,
assegurado pela Lei n° 8.078, de 11 de setembro de 1990,
quanto aos alimentos e ingredientes alimentares destinados
ao consumo humano ou animal que contenham ou sejam
produzidos a partir de organismos geneticamente
modificados, sem prejuízo do cumprimento das demais
normas aplicáveis.  
Art. 2º Alimentos destinados ao consumo humano,
produzidos a partir de OGMs com presença acima do limite
de 1% do produto geneticamente modificado, deverão ser
informados ao consumidor.
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1, DE 1º DE
ABRIL DE 2004

REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE ROTULAGEM


DE ALIMENTOS E INGREDIENTES ALIMENTARES
QUE CONTENHAM OU SEJAM PRODUZIDOS A
PARTIR DE ORGANISMOS GENETICAMENTE
MODIFICADOS. 
1.1. Este Regulamento se aplica à
comercialização de alimentos e ingredientes
alimentares destinados ao consumo humano ou
animal, embalados ou a granel ou in natura, que
contenham ou sejam produzidos a partir de
Organismos Geneticamente Modificados - OGM,
com presença acima do limite de um por cento do
produto; 
1.1.1. A verificação do limite do OGM no produto
será efetuada com base na quantificação do Ácido
Desoxirribonucléico - ADN inserido ou da proteína
resultante da modificação genética ou, ainda, de
outras substâncias oriundas da modificação
genética, por métodos de amostragem e de análise
reconhecidos pelos órgãos competentes. 
3.1.2. Deverá ser informado, no rótulo, o nome
científico da espécie doadora do gene responsável
pela modificação expressa do OGM, sendo
facultativo o acréscimo do nome comum quando
inequívoco.
A informação deverá ser feita da seguinte forma: 
a) após o(s) nome(s) do(s) ingredientes(s); 
b) no painel principal ou nos demais painéis
quando produto de ingrediente único.
Alimentos Com
e Sem
Transgênicos
Guia GreenPeace
Dúvidas
?

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