Você está na página 1de 2

BANCO DE EXERCÍCIOS BioGeoFOCO 10

DOSSIÊ DO PROFESSOR

Grupo XII

Efeito de bicarbonato de potássio sobre a severidade do oídio em plantas de soja

Na cultura da soja, dezenas de doenças são causadas por fungos, bactérias, nematoides e vírus. De
entre as doenças, o oídio, causado pelo fungo Erysiphe diffusa, requer, em algumas condições, a utilização
de fungicidas para garantir a produção, caso contrário as perdas podem atingir até 40%. O oídio da soja,
causado por Erysiphe diffusa, é considerado uma doença esporádica podendo ocasionar perdas quando
atinge proporções epidémicas. No contexto da procura de tratamentos alternativos, foi realizado um estudo
em ambiente de estufa, tendo-se utilizado uma variedade de soja suscetível de ser infetada pelo oídio. Em
vasos de plástico de 5 litros de volume, contendo uma mistura de solo vermelho e substrato de casca de
pinheiro (80%:20%, respetivamente), foram semeadas quatro sementes, mas deixando desenvolver apenas
duas plantas por vaso. Foram realizados seis tratamentos diferentes com cinco repetições, totalizando 30
vasos. As plantas foram mantidas na estufa e no 30.° dia foi realizada a primeira aplicação dos produtos. Os
tratamentos semanais consistiram na pulverização das plantas com concentrações de 0%, 0,25%, 0,50%,
0,75% e 1% (p/v) de bicarbonato de potássio, princípio ativo do produto Kaligreen ®, e um fungicida
(piraclostrobina + epoxiconazole) na dosagem recomendada.
A inoculação do oídio foi feita através de dispersão, colocando na estufa plantas já infetadas, sobre as
quais foi aplicada ventilação forçada. As avaliações da severidade da doença foram realizadas
semanalmente, antes das pulverizações, sempre no período da manhã. Paralelamente, verificou-se que as
plantas que receberam 0,5%, 0,75% e 1% do produto apresentaram sinais de fitotoxicidade, traduzidos pelo
reduzido desenvolvimento e alteração morfológica da área foliar (Tabela 1).

Tabela 1 – Efeito do bicarbonato de potássio (Kaligreen ®) sobre a percentagem de área afetada por Erysiphe diffusa em plantas
de soja mantidas em estufa.
1.a avaliação 30 2.a avaliação 38 3.a avaliação 44 4.a avaliação 51 5.a avaliação 58
Tratamento
dias após dias após dias após dias após dias após

20,85* a D 31,50 a C 41,67 a B 86,25 a A 84,17 a A


0
9,08 b B 11,30 b B 23,25 b A 23,08 b A 31,33 b A
0,25‰
3,43 b A 4,65 b A 10,75 c A 7,43 c A 10,55 c A
0,50‰
4,22 b A 5,23 b A 2,50 c A 2,75 c A 0,60 d A
0,75‰
2,98 b A 4,12 b A 6,33 c A 0,62 c A 0,10 d A
1,00‰
0,98 b A 0,95 b A 2,21 c A 2,63 c A 1,63 d A

*Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna e pela mesma letra maiúscula na linha não diferem estatisticamente. A
primeira avaliação foi realizada no 30.º dia após a emergência e as demais no 38.º, 44.º, 51.º e 58.º dia após a emergência.

Figura 3 – Efeito do bicarbonato de potássio (Kaligreen®) nas concentrações de 0,25% (A), 0,5% (B), 0,75% (C) e 1% (D) no
controle de Erysiphe diffusa de soja. Fonte: Medice, R.; Bettiol, W.; Altéa, U.Q.M. Efeito de bicarbonato de potássio sobre a
severidade do oídio em plantas de soja. Summa Phytopathologica, v.39, n.1, p.35-39, 2013. (adaptado)
1. O bicarbonato de potássio mostrou-se capaz de controlar o oídio da soja

© Areal Editores 1
BANCO DE EXERCÍCIOS BioGeoFOCO 10

DOSSIÊ DO PROFESSOR

(A) apenas em concentrações superiores a 0,50%.


(B) apenas em concentrações inferiores 0,75%.
(C) em todas as concentrações em que em que houve aplicação deste produto.
(D) de forma inversamente proporcional ao aumento da sua concentração.

2. O objetivo do estudo foi


(A) avaliar a eficiência do bicarbonato de potássio no controle do oídio da soja.
(B) avaliar a eficiência do fungicida no controle do oídio da soja.
(C) determinar a concentração que produzia toxicidade.
(D) determinar a concentração mínima de bicarbonato de potássio capaz de controlar o oídio da soja.

3. A translocação floémica que ocorre nas plantas da soja implica


(A) diminuição da pressão de turgescência nas células dos tubos crivosos que se encontram nas
zonas de produção de compostos orgânicos.
(B) consumo de ATP por parte das células dos tubos crivosos.
(C) um gradiente de concentração entre os locais de produção e os de armazenamento de compostos
orgânicos.
(D) uma diminuição da pressão osmótica nas células dos tubos crivosos que se encontram nas zonas
de produção de compostos orgânicos.

4. Durante a fase química da fotossíntese, ocorre


(A) fixação do CO2 e redução do NADPH.
(B) consumo de ATP e redução de NADPH.
(C) fixação de CO2 e libertação de O2.
(D) consumo de ATP e oxidação de NADPH.

5. Em situações de stress hídrico (carência de água), nas células estomáticas das plantas de soja, ocorre
(A) diminuição do volume dos vacúolos.
(B) aumento da pressão de turgescência.
(C) entrada de iões K+.
(D) aumento do volume dos vacúolos.

6. Os fungos do género Fusicoccum produzem uma toxina – a fusicocina – que tem a capacidade de
estimular as bombas de protões, presentes nas membranas celulares, a bombear iões H + para o
interior das células. Em condições extremas, as plantas morrem por desidratação.

Explique o processo que provoca a morte das plantas quando as células-de-guarda são infetadas por
este fungo.

© Areal Editores 2

Você também pode gostar