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Propostas de resolução 181

Química
Química
Domínio 2 Reações em sistemas aquosos
Domínio 2 Reações em sistemas aquosos
Subdomínio 1 Reações ácido­‑base
Subdomínio 1 Reações ácido-base

Ácidos e bases
• evolução histórica
• ácidos e bases segundo Brönsted e Lowry

1.
1.1. Um ácido é um composto de hidrogénio que, em solução aquosa, dá origem a iões H+; uma base é
um hidróxido que, em solução aquosa, dá origem a iões OH–.
1.2. Estava limitada ao comportamento dos compostos em soluções aquosas; não explicava o facto de
muitas substâncias que não são compostos de hidrogénio fazerem aumentar a concentração de H+
nem o de compostos que não são hidróxidos fazerem aumentar a concentração de OH–.
1.3. Eletrólitos.
2.
2.1. HF; H2SO4
2.2. NaOH; Mg(OH)2

3.
3.1. (A)
3.2. (D)
3.3. O carácter ácido ou básico das espécies é explicado com base na respetiva cedência ou aceitação
de um ião H+. Como este ião resulta do átomo de hidrogénio que perde o seu único eletrão e como
o isótopo mais abundante do hidrogénio não tem neutrões (tem apenas um protão no núcleo), o H+
pode ser identificado como protão.

4. (C)

5.
5.1. (D)
6 protões e eletrões em cada átomo de C, 1 protão e eletrão em cada átomo de H e
8 protões e eletrões no átomo de O.
5.2. (C)
Como é um ião monopositivo, retirar apenas 1 eletrão ao total.
5.3. Ácido clorídrico, HCℓ .

5.4. Ocorre transferência de um protão entre as espécies reagentes (do ácido clorídrico para a
propanona).

6.
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6.1. CH3 COOH(aq) + H 2 O( ℓ ) ⇌ CH 3 COO − (aq) + H 3 O + (aq)

6.2. C – base (aceita H+); D – ácido (cede H+)


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7.
7.1. A metilamina aceita um protão (H+) cedido pela molécula da água, transformando-se no seu ácido
conjugado CH3NH3+ .

7.2. CH3NH3+

É a espécie que cede um protão.

8. (A)

É a única em que não se verifica troca de protões entre espécies.

9. HF(aq) + H 2 O ( ℓ ) ⇌ F − (aq) + H 3 O + (aq)

Acidez e basicidade de soluções


• escala de Sorensen
• pH e concentração hidrogeniónica

10. (D)

11.
11.1. (A)
11.2. 7
É o valor médio da escala.
11.3. (C)

pH = −logH3O+  = −log(0,050) = 1,3

12. (B)

H3O+  = 10−pH = 10−3 mol dm−3

13. (B)

O aumento de pH traduz uma diminuição da concentração de H3O+, logo, uma diminuição da acidez da
solução.

14. B – A – C

15. (D)

O valor de pH diminui uma unidade cada vez que a concentração de iões H3O+ aumenta 10 vezes, pois
H3O+  = 10−pH . Assim, se a concentração de A é 10 vezes maior que a de B, então o pH da solução A
será menor que o da B em 1 unidade: p H (B ) = p H ( A ) − 1 .
Por exemplo, se a concentração em iões hidrónio de uma solução B for 0,01 mol dm–3, o seu pH é 2; uma
solução com concentração em iões hidrónio 10 vezes superior (0,1 mol dm–3) tem pH = 1.
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16. (D)

H3O+  = 10−pH  H3O+  = 10−3 = 1,0 ×10−3 mol dm−3

A concentração de H3O+ aumenta para o triplo, ou seja:

H3O+  = 3,0 ×1,0 ×10−3 = 3,0 ×10−3 mol dm−3

O respetivo valor de pH é:

pH = −log H3O+  = −log(3,0 ×10−3 ) = 2,5

Logo, o pH sofre uma variação de:

Δ pH = 2,5 − 3,0 = −0,5

n  N 
17. pH = − log H3O  = − log   = − log 
+

V   NA ×V 

 6,02 × 1015 
 pH = − log 23
−8
 = − log(1,0 × 10 ) ⇔ pH = 8
 6,02 × 10 × 1,0 

Logo, de acordo com a escala de Sorensen, a 25 °C a solução é básica.

Autoionização da água
• produto iónico da água
• relação entre as concentrações de H3O+ e de OH−
• efeito da temperatura na autoionização da água

18. Autoionização das moléculas de água.

Uma molécula cede um protão, a outra recebe-o.

19. (A)

Tem uma pequeníssima quantidade de iões H3O+ e OH–, resultantes da sua autoionização.

20. (B)

A concentração da água líquida (solvente) é praticamente constante, pois a taxa de ionização é muito
baixa. Por isso a expressão da constante de equilíbrio da autoionização é traduzida pelo seu produto
iónico.

21. (D)

22. (A)

Numa amostra de água, as concentrações de H3O+ e OH– são iguais, logo, o seu valor corresponde a
Kw .
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23. (C)

Numa amostra de água, as concentrações de H3O+ e OH– são iguais, logo:

H3O+  × OH−  = Kw  H3O+  = OH−  = Kw

Assim, o valor de pH é:

pH = −log H3O+   pH = −log Kw

24.
24.1. (C)
As concentrações são inversamente proporcionais entre si, pois o seu produto para cada
temperatura é sempre constante:
Kw
Kw = H3O+  × OH−   H3O+  =
OH− 

24.2.

25. (D)
pH + pOH = pK w

A 25 °C :

pH + pOH = 14  pH = 14 − −log( 0,010)  ⇔ pH = 12

26. (B)

A 25 ⁰C:
pH + pOH = 14 ⇔ pH + 5 = 14  pH = 9

H3O+  = 10−pH  H3O+  = 10−9 mol dm−3

27. (D)

Numa solução básica, H3O  < OH  e a H3O  é menor do que a de uma solução neutra.
+ − +

28. (D)

A menores valores de pOH correspondem maiores valores da concentração de iões OH– em solução.
Quanto maior for a concentração de iões OH–, menos ácida é a solução.
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29.
29.1. (D)
O gráfico mostra que Kw aumenta com o aumento da temperatura, logo, a extensão da
autoionização da água aumenta com o aumento da temperatura, o que se traduz num aumento da
concentração de iões H3O+ e OH– em solução.
29.2.
29.2.1. No gráfico lê-se que, à temperatura de 34 ⁰C, Kw é 2,0 × 10 −14 . Assim:
H3O+  × OH−  = Kw  H3O+  = OH−  = Kw = 1,4 ×10−7 mol dm−3

(
pH = −logH3O+  ⇔ pH = −log 1,4 ×10−7 = 6,9 )
29.2.2. H3O  = 10  H3O  = 10 mol dm
+ −pH + −8 −3

H3O+  × OH−  = Kw  10−8 × OH−  = 2,0 ×10−14 ⇔ OH−  = 2,0 ×10−6 mol dm−3

(
pOH = −logOH−   pOH = −log 2,0 ×10−6 = 5,7 )
29.3. No gráfico lê-se que, à temperatura de 40 ⁰C, Kw é 3,0 × 10 −14 . Assim:

H3O+  × OH−  = Kw  10−7 × OH−  = 3,0 ×10−14 ⇔ OH−  = 3,0 ×10−7 mol dm−3

Como H3O  < OH  , a solução é básica.


+ −

29.4. O gráfico mostra que a constante de autoionização da água, Kw , aumenta com o aumento da
temperatura, ou seja, aumenta a concentração dos produtos e diminui a dos reagentes e a reação
torna-se mais extensa no sentido direto. Como, segundo o Princípio de Le Châtelier, o aumento da
temperatura favorece os processos endotérmicos, conclui-se então que a autoionização da água é
um processo endotérmico.

30.
n N 1,76 × 1016
30.1. OH  = = 2,92 × 10 −7 mol dm −3

= =
V NA ×V 6,02 × 10 23 × 0,1000

(
pOH = −log OH−   pOH = −log 2,92 ×10−7 = 6,53 )
30.2. Como a solução é neutra:
OH−  = H3O+  = 2,92×10−7 mol dm−3
Logo:
2
(
K w = H3O+  × OH−   K w = 2,92 × 10−7 ) = 8,5 × 10−14

Através da análise do gráfico pode verificar-se que este valor corresponde, aproximadamente, à
temperatura de 58 °C .

31.
31.1. No gráfico lê-se que, à temperatura de 40 °C , Kw é 3,0 × 10 −14 . Assim:

( )
pKw = pH + pOH  −log 3,0 ×10−14 = pH + 2pH ⇔ pH = 4,5

31.2. pOH = 2pH = 2 × 4,5 = 9


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OH  = 10  OH−  = 10−9 mol dm−3


− −pOH

n = c × V  n = 10 −9 × 500,0 × 10 −3 = 5,0 × 10 −10 mol


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32.
32.1. Para θ = 20 °C :
pK w = 14,90 − 0,036 × 20 = 14,18

K w = 1 0 − p K w  K w = 1 0 − 1 4,1 8 = 6, 6 × 1 0 − 1 5

32.2. Como o hidróxido de sódio se dissocia completamente:

OH−  = [NaOH] = 0,050 mol dm−3

Para θ = 15 °C :
pK w = 14,90 − 0,036 × 15 = 14,36

K w = 1 0 − p K w  K w = 1 0 − 1 4,36 = 4, 4 × 1 0 − 15

H3O  × OH  = Kw  H3O  × 0,050 = 4,4 ×10 ⇔ H3O  = 8,8 ×10 mol dm
+ − + −15 + −14 −3

(
pH = −log H3O+   pH = −log 8,8 ×10−14 = 13 )
33.
33.1. Como pK w = pH + pOH e a reta tem declive –1:
y = mx + b  pOH = −pH + p K w
Logo, a ordenada na origem do gráfico é pKw.
33.2. K w = 1 0 − p K  K w = 1 0 − 1 3,5 2 = 3, 0 × 1 0 − 14
w

A solução é neutra quando:


OH−  = H3 O+  = K w = 10−13,52 = 1,7 × 10−7 mol dm−3

A esta temperatura, as soluções são básicas quando H3O  < 1,7 ×10 mol dm e o valor do seu
+ −7 −3

pH for superior a −log 1,7 ×10 ( −7


) = 6,8 .
33.3. (A)
O declive da reta é o mesmo (– 1) independentemente da temperatura, pois a equação da reta é
dada pela expressão pK w = pH + pOH , para qualquer valor de temperatura. Como os processos
endotérmicos (tal como a autoionização da água) são favorecidos pelo aumento da temperatura,
para temperaturas superiores a esta a concentração dos produtos de reação será maior e o produto
iónico da água também será maior, mas o pKw (ordenada na origem) será menor.

Ácidos e bases em soluções aquosas


• ionização de ácidos e de bases em água
• pares conjugados ácido-base
• espécies químicas anfotéricas

34. (B)

As moléculas de cianeto de hidrogénio reagem com a água formando iões, daí a ionização, que é parcial,
pois nem todas as moléculas dissolvidas reagem com a água (indicação dada pela dupla seta). A reação
mostra que a espécie HCN cedeu um protão à água, logo, é um ácido. A equação química traduz um
equilíbrio químico homogéneo, em fase aquosa.
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35. (C)

As moléculas de hidrazina reagem com a água dando origem a iões, daí a ionização, que é parcial (dupla
seta). A equação química mostra que a molécula de hidrazina aceita um protão da água, logo, é uma
base.

36. (B)

O hidróxido de bário é um composto iónico que, em solução aquosa, se dissocia nos seus iões.

37.
37.1. HNO 3 (aq) + H 2 O ( ℓ ) → NO 3− (aq) + H 3 O + (aq)
37.2. NH 3 (aq) + H 2 O (ℓ ) ⇌ NH 4+ (aq) + O H − (aq)
37.3. NaOH(aq) → Na + (aq) + OH − (aq)
37.4. C 6 H 5 NH 2 (aq) + H 2 O ( ℓ ) ⇌ C 6 H 5 NH 3+ (aq) + O H − (aq)

38.
38.1. Básicas.
38.2. O hidróxido de magnésio é um composto iónico; quando dissolvido em água os iões separam-se –
dissociação. A piridina é um composto molecular, as suas moléculas reagem com a água (aceitam
H+), dando origem a iões C5H6N+ – ionização.
38.3. Mg(O H) 2 (aq) ⇌ M g 2 + (aq) + 2 O H − (aq) (Nota: nas dissociações não se inclui a água na equação)
C 5 H 5 N(aq) + H 2 O(ℓ ) ⇌ C 5 H 6 N + (aq) + OH − (aq)

39.
39.1. CH3COOH/CH3COO– e H3O+/H2O
39.2. É um par de espécies que diferem uma da outra num protão (H+); o ácido tem mais um ião H+ que a
respetiva base conjugada. Convertem-se uma na outra por troca de H+ entre elas.

40. Duas espécies que fazem parte do mesmo par conjugado ácido-base diferem uma da outra apenas num
protão, o ácido tem mais um H+ que a respetiva base conjugada. Na apresentação do par, a espécie ácida
escreve-se sempre em primeiro lugar. Tal não se verifica nos seguintes pares:
H 3 O + /OH − ; Na + /OH − ; NH 3 /NH 4+ .

41. (C)

Depois de receber um protão, a espécie fica com mais um ião H+ que a espécie que o cedeu, logo,
transforma-se no ácido conjugado da espécie que cedeu o protão.

42. Todas são espécies ácidas, pois cedem um protão à água.


HC ℓ O 3 / C ℓ O 3− ; HI/I− ; H 2 S /H S − ; H 2 C O 3 /H C O 3− ; N 2 H 5+ /N 2 H 4

43. A solução resultante é básica, a espécie misturada com a água é a metilamina, que recebe um protão da
água, como traduz a equação química seguinte:

CH 3 NH 2 (aq) + H 2 O( ℓ ) ⇌ CH 3 NH 3+ (aq) + O H − (aq)


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44.
44.1. (B)
44.2. H3O+/H2O – num equilíbrio onde existe este par conjugado ácido-base a água recebeu um protão,
reagiu como base.
H2O/OH– – num equilíbrio onde existe este par conjugado ácido-base, a água cedeu um protão,
reagiu como ácido.
Na autoionização da água esta atua simultaneamente como ácido e base.

45.
45.1. A – H S O −4 /S O 42 − ; H 3 O + /H 2 O
B – H 2 S O 4 /H S O −4 ; HI/I−
45.2. HSO −4
Na reação A cedeu um protão – comportamento ácido.
Na reação B aceitou um protão – comportamento básico.

46.
46.1. Na ionização do amoníaco, a água cede um protão, reage como ácido.
NH 3 (aq) + H 2 O (ℓ ) ⇌ NH +4 (aq) + O H − (aq)
Na ionização do ácido nitroso, a água aceita um protão, reage como base.
HNO 2 (aq) + H 2 O ( ℓ ) ⇌ NO 2− (aq) + H 3 O + (aq)

Estas duas reações ilustram o comportamento anfotérico da água.


46.2. Na autoionização do amoníaco, ele cede e aceita protões simultaneamente. É uma partícula
anfotérica.
N H 3 ( a q ) + N H 3 ( aq ) ⇌ N H +4 ( a q ) + N H 2− ( aq )

47. O cloreto de hidrogénio é um composto molecular, logo, não tem cargas elétricas livres que possibilitem
corrente elétrica num circuito, por isso é mau condutor. A água também apresenta baixa condutividade
elétrica, pois a concentração de iões resultantes da sua autoionização é muito baixa. Com a dissolução do
cloreto de hidrogénio em água, dá-se a ionização completa deste ácido que provoca um aumento
considerável na concentração de iões (cargas elétricas) disponíveis para assegurar o estabelecimento de
corrente elétrica num circuito.

Constantes de acidez e de basicidade

C 6 H5 COO −  × H3 O + 


48. A: K a = e e

[C6H5 COOH]e

C5H6N+  × OH− 
B: K b =  e e

[C5H5N]e

HC2 O −4  × H3 O+ 
C: K a =  e e

[H2C2O 4 ]e
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49.
49.1. Grupo amino.
É o grupo funcional ou característico da família de compostos orgânicos das aminas.
49.2. CH 3 NH 2 (aq) + H 2 O ( ℓ ) ⇌ CH 3 NH 3+ (aq) + O H − (aq)
49.3. (A)

50.
50.1. HCOOH(aq) + H 2 O(ℓ ) ⇌ HCOO − (aq) + H 3 O + (aq)
HCOO −  × H3 O + 
50.2. K a = e e

[HCOOH]e
51.
51.1. (B)
Quanto mais elevada é a constante de acidez de um ácido, mais extensa é a sua ionização em
água.
51.2. H C ℓ O 4
A constante de acidez é tão elevada (Ka >> 1) que se pode considerar que todas as moléculas do
ácido se ionizam.

CH3NH3+  × OH− 
52. Kb = e e

[CH3NH2 ]e
53.
53.1. (D)
Os ácidos fortes sofrem ionizações completas, as soluções mais concentradas apresentam
concentrações de H3O+ mais elevadas às quais correspondem valores de pH mais baixos.
53.2. (D)
A concentração de iões H3O+ em solução será igual à concentração inicial do ácido (estequiometria
de 1:1), pois a ionização é completa.

54.
54.1. (B)
Trata-se de um composto iónico, sofre dissociação.
54.2. (A)
Como a estequiometria é de 1:1 e a dissociação é completa, a concentração de iões OH– em
solução é igual à concentração do composto.
54.3. (D)
pKw = pH + pOH ⇔ pH = pKw − pOH ⇔ pH = pKw − −log( c ) = pKw + log( c )

55.
55.1. (D)
55.2. (C)
Como a ionização do ácido não é completa, a concentração de H3O+ em equilíbrio é inferior a c, logo,
o pH será superior ao que seria caso a ionização fosse completa. O pH é tanto maior quanto menor
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for a concentração de iões H3O+.


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56.
56.1. (A)
56.2. (B)
Como a ionização não é completa, a concentração de OH– em equilíbrio é inferior a c, logo, o pOH
será superior ao que seria caso a ionização fosse completa. O pH é tanto menor quanto maior for o
pOH.

57. (A)

CH3 COO− 
e
= grau de ionização 
[ 3
CH COOH ]i
CH3COO− 
 e
= 0,013 ⇔ CH3COO−  = 1,3 × 10−3 mol dm−3
0,10 e

Devido à estequiometria de 1:1:

CH3COO−  = H3O+  = 1,3 × 10−3 mol dm−3


e e

( )
pH = − log H3O+   pH = − log 1,3 × 10−3 = 2,9
e

58.
58.1. Devido ao facto de a ionização do HI ser completa e ocorrer com estequiometria de 1:1:
H3O+  = 0,050 mol dm−3

pH = −logH3O+   pH = −log( 0,050) = 1,3

F−  F− 
58.2. e
= grau de ionização  e
= 0,12 ⇔ F−  = 6,0 × 10 −3 mol dm−3
[HF]i 0,050 e

Devido à estequiometria de 1:1:


F−  = H3O+  = 6,0 × 10−3 mol dm−3
e e

( )
pH = − log H3O+   pH = − log 6,0 × 10−3 = 2,2
e

58.3. Como o HF reage menos extensamente com a água, a concentração de iões H3O+ em equilíbrio é
menor do que na solução de HI, ácido que se ioniza completamente. Logo, o pH da solução de HF é
mais elevado, pois o pH aumenta com a diminuição da concentração hidrogeniónica.

59.
59.1. A dissociação do hidróxido de lítio é completa e, devido à estequiometria de 1:1:
OH−  = 0,025 mol dm−3

pOH = −log OH−   pOH = −log( 0,025) = 1,6


A 25 ⁰C:
pH + pOH = pK w = 14,0  pH = 14,0 − 1,6 = 12,4
59.2. Como a estequiometria é de 1:1, a concentração de iões OH– é igual à dos iões N2H5+ , logo:

(
pOH = − log OH−   pOH = − log 6,7 × 10−5 = 4,2
e
)
59.3. A 25 ⁰C:
pH + pOH = p K w = 14,0  pH = 14,0 − 4,2 = 9,8
Propostas de resolução 191

59.4. Como a hidrazina não se ioniza completamente, a concentração de iões OH– em solução é menor do
que na solução de hidróxido de lítio, que sofre dissociação completa. Logo, o pOH da solução de
hidrazina é mais elevado e, consequentemente, o valor do pH é menor.

60.
60.1. (A)
Como a ionização tem estequiometria de 1:1:
NO3−  = H3O+  = 10−pH = 10−1,5 = 3,2 ×10−2 mol dm−3
N = n × N A = c × V × N A ⇔ N = 3, 2 × 10 − 2 × 200,0 × 10 − 3 × 6,02 × 10 23 = 3,8 × 10 21 iões NO 3−
60.2. m = n × M = c × V × M ⇔ m = 3, 2 × 1 0 × 5 0 0,0 × 1 0 × (1,0 1 + 14, 0 1 + 3 × 1 6,0 0 ) = 1,0 g
−2 −3

61. (C)

A 25 ⁰C:

pH + pOH = pK w = 14,0  pOH = 14,0 − 13,3 = 0,7

OH−  = 10−pOH = 10−0,7 = 0,20 mol dm−3

Como 1 mol do sal se dissocia produzindo 2 mol de iões OH– Ba ( OH)2 ( aq) → Ba ( aq) + 2 OH ( aq)  :
2+ −

 O H −  0, 20
Ba ( O H )2  = e
= = 1,0 × 10 − 1 m ol dm − 3
inicial 2 2

62.
62.1. Como a ionização completa deste ácido tem estequiometria de 2:1:
n N
H3 O +  = 2 ×  SO 24 −  = 2 × = 2 × 
e e V NA × V
3,01× 10 21
 H3 O +  = 2 × = 4,00 × 10 −2 mol dm −3
e 6,02 × 10 23 × 250,0 × 10 −3

(
pH = −log H3O+   pH = − log 4,00 ×10−2 = 1,40
e
)
62.2. Por cada mol de H2SO4 que se ioniza surgem 2 mol de iões H3O+, logo:
H 3 O +  4,00 × 10 −2
H 2 SO 4  =  = = 2,00 × 10 −2 m ol dm −3
inicial 2 2

V 44,8
63. n = = = 2,00 mol de HC ℓ
Vm 22,4

Como a ionização é completa e a estequiometria é de 1:1:

n 2,00
[HCℓ ]inicial = H3O+  = = = 0,40 mol dm−3
V 5,0

pH = −logH3O+   pH = −log( 0,40) = 0,40


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192 Propostas de resolução

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64. Como a dissociação é completa e a estequiometria é de 1:1:
m
n M m 5,61
OH  = [KOH]inicial

= = = = −3
= 0,40 mol dm−3
V V MV 56,11× 250,0 ×10
pOH = −log OH−   pOH = −log( 0,40) = 0,40
A 25 ⁰C:
pH + pOH = pK w = 14,0  pH = 14,0 − 0, 40 = 13,6

65.
65.1. (D)
Como a estequiometria da ionização do ácido é de 1:1:
HCOO −  × H3 O + 
Ka = e e
 H3 O +  = HCOO −  = [HCOOH]e × K a
[HCOOH]e e e

pH = − log H3 O +   pH = − log


e ( [HCOOH]e × K a ) = − log ( 0,015 × 1,8 × 10 −4 )
65.2. (C)
HCOO −  =
e
[HCOOH] × K a = 0,015 × 1,8 × 10 −4 = 1,6 × 10 −3 mol dm −3

66. Como a estequiometria da ionização do ácido é de 1:1:

H3O+  = NO2−  = 10−pH = 10−2,5 = 3,2 ×10−3 mol dm−3


e e

[HNO2 ]e = 0,020 − 3,2×10−3 = 0,017 mol dm−3


2

Ka =
H3 O +  × NO −2 
e e
=
(
3,2 × 10 −3 ) = 6,0 × 10 −4
[HNO 2 ]e 0,017

67. Representando o ácido por HA e dada a estequiometria de 1:1:

H3O+  = A −  = 10−pH = 10−2,61 = 2,5 × 10−3 mol dm−3


e e

Ka =
H3 O +  ×  A − 
e e
(
 3,0 × 10 −4 =
2,5 × 10 −3 ) ⇔ [HA ]e = 0,021 mol dm −3
[HA ]e [HA ]e

[HA]inicial = 0,021+ 2,5×10−3 = 2,4 ×10−2 mol dm−3


m HA = n × M = c × V × M = 2, 4 × 10 − 2 × 100,0 × 10 − 3 × 180,17 = 4,3 × 10 − 1 g

mHA 4,3 × 10 −1
% (m / m ) = = × 100 = 86%
m total 500 × 10 −3
Propostas de resolução 193

68. (C)

Dada a estequiometria de 1:1:

OH−  = NH+4  = 10−pOH = 10−2,88 = 1,32 × 10−3 mol dm−3


e e

Kb =
OH−  × NH 4+ 
e e
 1,8 × 10 −5 =
(1,32 × 10 −3 ) ⇔ [NH3 ]e = 9,68 × 10 −2 mol dm −3
[NH3 ]e [NH3 ]e
69. A 25 °C: pOH = 14,0 − 10,5 = 3,5

Dada a estequiometria da dissociação completa:

OH−  = 2 × Mg( OH)2  = 10−pOH = 10−3,5 = 3,2 ×10−4 mol dm−3

m Mg( OH)2  = n × M = c ×V × M  m Mg( OH)2  = 1,6 ×10−4 ×1,0 × 58,33 = 9,3 ×10−3 g

70.
m
70.1. n M m 0,311
[CH3NH2 ]i = = = = = 1,00 × 10−2 mol dm−3
V V M ×V 31,07 × 1,00
A metilamina que se ioniza é: 1,0 × 10 −2 − 8,13 × 10 −3 = 1,87 × 10 −3 mol dm −3
Logo, como a estequiometria é de 1:1:
OH−  = CH3NH3+  = 1,87 ×10−3 mol dm−3 e [CH3NH2 ] = 8,13 ×10−3 mol dm−3
e e e

Assim:
2

Kb =
 OH −  ×  CH3NH3+ 
e e
=
(1,87 × 10 −3 ) = 4,30 × 10 −4
[CH3NH2 ]e 8,13 × 10 −3

70.2. A 25 °C: pH = 14,0 − [ − log(1,87 × 10 − 3 )] = 11,3

Força relativa de ácidos e de bases

71. (B)
Para um par conjugado ácido-base verifica-se que K a × K b = K w e, a 25 ⁰C, K w = 1,0 × 10 −14 , logo:
K a × K b = K w  6, 6 × 10 −5 × K b = 1,0 × 10 − 14 ⇔ K b = 1,5 × 10 − 10

72. (A)

73. (D)

Se o ácido hipocloroso é mais forte que o ácido cianídrico, a base conjugada do ácido hipocloroso é mais
fraca que a do ácido cianídrico, pois, quanto mais elevado é o valor da constante de acidez, mais baixo é
o valor da constante de basicidade da respetiva base conjugada.

74.
74.1. C 6 H 5 N H 3+ e C 5 H 6 N + , respetivamente.
74.2. (D)
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Se a anilina é uma base mais fraca do que a piridina (porque o valor de Kb é menor), o ácido
conjugado da anilina é mais forte que o da piridina, pois quanto mais elevado é o valor da constante
de acidez, mais baixo é o valor da constante de basicidade da respetiva base conjugada.
194 Propostas de resolução

75.

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75.1. H2PO4 , HSO 4 , H3PO4
Quanto maior for o valor de Ka mais forte é o ácido.
75.2. HPO24
O valor da constante de basicidade desta espécie é maior do que o das outras, pois é a base
conjugada do ácido mais fraco.
75.3. Como o ião HSO 4 é um ácido mais forte do que o ião H2PO4 , será ele a ceder um protão.
Logo:
H S O 4 (aq) + H 2 P O 4 (a q)  S O 24  (aq) + H 3 PO 4 (aq)

Titulação ácido-base
• neutralização
• ponto de equivalência
• indicadores ácido-base

76. O H  (a q) + H 3 O  (a q)  2 H 2 O (  )

77.
77.1. NaOH(aq) + HC(aq)  NaC(aq) + H2 O( )
77.2. Cloreto de sódio.

78. Ionização do ácido – H N O 3 (aq) + H 2 O (  )  N O 3 (aq) + H 3 O (aq )


 

Ionização da base – NH 3 (aq) + H 2 O(  )  NH 4 (aq) + O H  (aq)

Neutralização – H NO 3 (aq) + H 2 O (  ) + NH 3 (aq) + H 2 O (  )  NH 4 NO 3 (aq) + O H  (aq) + H 3 O + (aq)


HNO 3 (aq) + NH 3 (aq) + 2 H 2 O( )  NH 4 NO 3 (aq) + 2 H 2 O( )
HNO 3 (aq) + NH3 (aq)  NH 4 NO 3 (aq)

79.
79.1. Básico.
Só assim poderão neutralizar as soluções ácidas existentes no estômago.
79.2. Os iões OH– da solução básica reagem com os iões H3O+ do ácido do estômago formando água
(neutralizando o excesso de ácido).

80.
80.1. (D)
Dado que a estequiometria é de 1:1 e que a ionização do ácido é completa:
H3O   HNO3   0,100 mol dm3

 
n H3O  c V  0,100  25,0 103  2,50 103 mol
80.2. (C)
Para neutralizar 2,50  10 3 mol de iões H3O+ é necessária a mesma quantidade de iões OH–. Como
o ácido nítrico e o hidróxido de potássio reagem com estequiometria de 1:1, a quantidade de base é
igual à quantidade de iões OH–. Logo:
n 2,50  10 3
V  NaOH     0,0125 dm 3  12,5 mL
c 0,200
Propostas de resolução 195

81.
81.1. Como o ácido é monoprótico, verifica-se a relação:
A−  = H3O+  = 10−pH = 10−3 = 1×10−3 mol dm−3
e e

[HA]e = 0,010 −1×10−3 = 9 ×10−3 mol dm−3


2

Ka =
 A −  × H3 O + 
e e
(=
)
1 × 10 −3
= 1 × 10 −4
[HA ]e 9 × 10 −3

A esta temperatura, a constante de acidez é muito inferior à unidade, logo, o ácido é fraco. Se a
ionização fosse completa, o pH da solução com esta concentração seria 2 e não 3.
81.2. Juntando hidróxido de sódio verifica-se a neutralização dos iões H3O+ do ácido com os iões OH– da
base. Diminuindo a concentração de um produto de reação, a ionização do ácido é favorecida no
sentido de aumentar a concentração dos produtos e diminuir a dos reagentes, aumentando, por isso,
o grau de ionização do ácido.
Quando o pH da mistura é 7:
 A −  × H3 O +   A −  × 1× 10 −7  A −  1× 10 −4
Ka = e e
 1× 10 =
−4 e
⇔ e
= = 1× 10 3
[HA ]e [HA ]e [HA ]e 1× 10 −7
A base conjugada do ácido é muito mais abundante do que o próprio ácido, desprezando a hidrólise
do anião.

82. (D)

Não se conhece a concentração da solução titulada, é essa concentração que se pretende determinar
usando esta técnica.

83. (C)

No ponto de equivalência, a quantidade de H3O+ e OH– , proveniente diretamente da ionização do ácido e


da dissociação da base, é a mesma, pois, mesmo sendo o ácido fraco, ioniza-se completamente até esse
ponto. A concentração do ácido e da base não é necessariamente igual, só o é se reagirem com
estequiometria de 1:1.

84. (B)

No ponto de equivalência, a quantidade de H3O+ e OH– é a mesma. Como KOH reage com estequiometria
de 1:1 com os ácidos monopróticos, a quantidade de base e de ácido no ponto de equivalência é também
a mesma.

85. (A)

A reação que ocorre é:

HC ℓ (aq) + NH 3 (aq) → NH 4+ (aq) + C ℓ − (aq)

Como HCℓ e NH3 reagem com estequiometria de 1:1, no ponto de equivalência a quantidade de HCℓ
é igual à de NH3 . Então:

n (N H 3 ) = n (H C ℓ )  [N H 3 ] × V (N H 3 ) = [H C ℓ ] × V (H C ℓ ) ⇔

⇔ [N H 3 ] × 2 5, 0 × 1 0 − 3 = 0, 2 5 0 × 3 7, 5 × 1 0 − 3 ⇔ [N H 3 ] = 0,3 7 5 m o l d m − 3
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196 Propostas de resolução

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86. A reação que ocorre é:
Ba(OH)2 (aq) + 2 HNO 3 (aq) → Ba(NO 3 )2 (aq) + 2 H2 O( ℓ )

O ponto de equivalência determina que os dois reagentes estejam na proporção estequiométrica para
que:

( ) (
n OH− = n H3O+ )
Assim:

1 mol de Ba(OH)2 n
=  n = 7,5 × 10 −3 mol de Ba(OH)2
2 mol de HNO 3 25,0 × 10 −3 × 0,60 mol de HNO 3

n 7,5 × 10 −3
[Ba(OH)2 ] = = = 0,15 mol dm −3
V 50,0 × 10 −3

87.
87.1. Gráfico do pH da solução titulada em função do volume de titulante adicionado.
87.2. Básica.
O pH antes de se começar a acrescentar titulante é 13.
87.3. No ponto de equivalência ambos os reagentes, ácido e base, estão na proporção estequiométrica,
pelo que as quantidades de iões OH– e H3O+ produzidos são iguais. Logo:

( ) ( )
n OH− = n H3O+ = ctitulante ×Vtitulante = 0,25 × 20,0 ×10−3 = 5,0 ×10−3 mol
n titulado 5,0 × 10 −3
c titulado = = = 0,17 m ol dm −3
Vtitulado 30,0 × 10 −3

88.
88.1. A reação entre o ácido e a base é completa, reagindo ambos completamente, com estequiometria de
1:1. Assim, no ponto de equivalência:
n (H A ) = n (N a O H ) = c × V = 0,1 5 × 2 5, 0 × 1 0 − 3 = 3, 7 5 × 1 0 − 3 m o l

n (HA ) 3,75 × 10−3


[HA] = = = 7,5 × 10−2 mol dm−3
V (HA ) 50,0 × 10−3
88.2. A quantidade de iões OH– em 10,0 mL de titulante em excesso é:
( )
n OH− = c ×V = 0,15 ×10,0 ×10−3 = 1,5 ×10−3 mol
e a concentração é:
n 1,5 × 10 −3
 OH −  = = = 1,8 × 10 −2 mol dm −3
V (50,0 + 25,0 + 10,0) × 10 −3
A 25 °C:
Kw = H3O+  × OH−   1,0 ×10−14 = H3O+  ×1,8 ×10−2 ⇔ H3O+  = 5,6 ×10−13 mol dm−3

(
pH = −log H3O+   pH = −log 5,6 ×10−13 = 12,3 )
Propostas de resolução 197

89. Ácido e base reagem completamente na proporção de 1:1. No ponto de equivalência:


n ( C H 3 C O O H ) = n ( N a O H ) = c × V = 0,1 0 × 1 8, 5 × 1 0 − 3 = 1, 8 5 × 1 0 − 3 m o l

Como o vinagre foi diluído de um fator 10, a concentração de ácido acético no vinagre é:
n 1,85 × 10 −3
[CH3 COOH] = 10 × = 10 × = 0,92 mol dm −3
V 20,0 × 10 −3
que equivale a uma concentração em massa de:

m n×M
cm = = = c × M = 0,92 × 60,06 = 55 g dm−3
V V

90.
90.1. Cloreto de sódio e água.
90.2. Até ao ponto de equivalência, ácido e base reagiram completamente com estequiometria de 1:1.
Assim:
n (N a O H ) = n (H C ℓ ) = c × V = 0,1 5 0 × 3 2, 0 × 1 0 − 3 = 4, 8 0 × 1 0 − 3 m o l

Como a solução de NaOH foi diluída de um fator 10, a sua concentração é:


n 4,80 × 10 −3
[NaOH]i = 10 × = 10 × = 1,92 mol dm −3
V 25,0 × 10 −3
A massa de NaOH que se dissolveu em água foi:
m (N a O H ) = n × M = c × V × M = 1,9 2 × 1 0 0, 0 × 1 0 − 3 × 4 0, 0 0 = 7, 6 8 g

91. (C)

92.
92.1. HInd/ Ind–
92.2. Amarela.
Em meio ácido é favorecida a reação no sentido inverso, aumentando a concentração da espécie
HInd.
92.3. (B)
Como é favorecida a reação no sentido de aumentar a concentração de HInd e diminuir a de Ind–, a
concentração deste último será inferior à de HInd.

93. Ao juntar amoníaco, este ionizaria fazendo aumentar a concentração de iões OH– em solução. Segundo o
Princípio de Le Châtelier, o aumento da concentração dos reagentes favoreceria a reação no sentido de
aumentar a concentração dos produtos e diminuir a dos reagentes. Assim, a mistura ficaria com cor
carmim.

94.
94.1. C 9H8 O 4 (aq) + NaOH(aq) → NaC9H7 O 4 (aq) + H2 O(ℓ )
94.2. Até ao ponto de equivalência ambos os reagentes se gastam na proporção de 1:1:
n ( C 9 H 8 O 4 ) = n ( N a O H ) = c × V = 0,1 0 × 2 0, 0 × 1 0 − 3 = 2, 0 × 1 0 − 3 m o l

A massa de ácido na amostra de medicamento dissolvida é:


m ( C 9 H 8 O 4 ) = n × M = 2, 0 × 1 0 − 3 × 18 0,1 7 = 0, 36 g

A percentagem em massa de ácido no analgésico é:


m ( C9H8O4 ) 0,36
%( m / m ) = × 100 = × 100 = 36%
m ( solução) 1,0
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198 Propostas de resolução

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Acidez e basicidade em soluções aquosas de sais

95. (D)

Os iões conjugados de ácidos muito fortes são bases muito fracas, não hidrolisam, por isso não afetam o
pH das soluções (designam-se por iões espectadores).

96. A resposta para cada solução deve compreender uma justificação sobre a ocorrência ou não de hidrólise
dos respetivos iões.

Assim, em todos os sais cujo catião é metálico (K + , Ca 2 + , Ba 2 + , Mg 2 + , Na + ) não ocorre hidrólise deste,
pois todos são partículas estáveis (com 8 eletrões de valência) e não cedem nem aceitam protões.

Já o catião N H +4 , por ser o ácido conjugado de uma base fraca, é também um ácido fraco e hidrolisa
produzindo iões H3 O+ para a solução, tornando-a mais ácida.

Relativamente aos aniões, alguns hidrolisam, pois são as bases conjugadas de ácidos fracos
(CH 3 C O O − , CO 32 − ) . As hidrólises destes iões produzem iões OH− , tornando as respetivas soluções mais
básicas.

Os restantes aniões (C ℓ − , I− , NO 3− , HSO −4 ) não hidrolisam, pois são bases conjugadas de ácidos fortes ou
muito fortes, logo, são bases muito fracas que não reagem com a água.

Assim:

os sais em que nenhum dos iões hidrolisa são neutros: KCℓ, BaI2, Ca(HSO4 )2 e Na2SO4 ;

os sais em que apenas o catião hidrolisa são ácidos: NH4NO3 e NH4 Cℓ ;

os sais em que apenas o anião hidrolisa são básicos: NaCH3 COO e MgCO 3 .

97. (D)

O ião acetato é uma base fraca, neutraliza soluções ácidas.

98.
98.1. C ℓ O − (aq) + H 2 O (ℓ ) ⇌ HC ℓ O (aq) + O H − (aq)
98.2. (B)
K a × K b = K w  3,0 × 10 − 8 × K b = 1,0 × 10 −14 ⇔ K b = 3,3 × 10 − 7
98.3. O ião sódio é um catião metálico quimicamente estável (pouco reativo) – não hidrolisa; o ião
(
hipoclorito hidrolisa, pois é a base conjugada de um ácido fraco Kb = 3,3 ×10
−7
) , fazendo aumentar

a concentração de iões OH (ver reação em 100.1.), logo, o sal é básico.

99. O ião nitrato, NO 3− , é a base conjugada do ácido nítrico, HNO 3 . Como o ácido é muito forte, a sua base
conjugada é muito fraca e não reage com a água. Já o ião amónio, N H +4 , ácido conjugado da base fraca
amoníaco, N H 3 , tem K b = 5, 6 × 10 − 10 , reagindo com a água e fazendo aumentar a concentração de
iões H3O+. Consequentemente, aumenta a acidez dos solos.

100. O ião cálcio, Ca2 + , é um catião metálico que não reage com a água, mas o anião carbonato, C O 32 − ,
base conjugada do ácido carbónico (fraco), pode reagir como aceitador de protões, fazendo diminuir a
acidez dos solos.

CO 32 − (aq) + H 3 O + (aq) ⇌ HCO 3− (aq) + H 2 O(ℓ )


Propostas de resolução 199

101. Uma vez que as constantes referidas são iguais, as constantes que caracterizam as reações de hidrólise
dos iões N H +4 e C H 3 C O O − também são iguais. Logo, cada uma delas, igualmente extensa, faz
aumentar igualmente a concentração de iões H3O+ e OH–, por isso, as soluções deste sal são neutras.

102. (D)

O sal formado é o acetato de sódio, NaCH3COO, que é um sal básico, em consequência da hidrólise do
ião acetato. Assim, o pH no ponto de equivalência deve ser ligeiramente básico, ou seja, maior do que 7, a
25 ⁰C.

103. (A)

A solução titulada é ácida. O pH do ponto de equivalência é básico, logo, o sal formado é básico, pelo que
o seu anião deve ser a base conjugada de um ácido fraco.

104. (C)

105. O sal formado na reação de neutralização é o nitrito de potássio, KNO2. Os catiões K+ não afetam o pH
 Kw 1,0 ×10−14 
porque não reagem com a água, mas os iões NO 2− hidrolisam  Kb = = −4
= 2,0 ×10−11  ,
 Ka 5,1× 10 
fazendo aumentar a concentração de iões OH– em solução, que será básica no ponto de equivalência.
Note-se que o ácido e a base se neutralizam e o facto de o pH não ser neutro no ponto de equivalência
não se deve a haver excesso de ácido relativamente à base (ou vice-versa) usados na titulação, mas à
reação de hidrólise que envolve a base conjugada do ácido.

Aspetos ambientais das reações ácido-base


• acidez da água da chuva
• poluentes atmosféricos e chuva ácida
• redução da emissão de poluentes atmosféricos

106. (C)
A água é naturalmente ácida devido à presença do CO2.

107. O dióxido de carbono reage com a água originando ácido carbónico e este ioniza-se em água produzindo
H3 O+ , que faz diminuir o pH.

CO 2 (aq) + H2 O(ℓ ) ⇌ H2 CO 3 (aq) e H 2 CO 3 (aq) + H 2 O( ℓ ) ⇌ HCO 3− (aq) + H 3 O + (aq)

Estas duas reações podem traduzir-se numa só equação química:

CO 2 (aq) + 2 H 2 O ( ℓ ) ⇌ HCO 3− (aq) + H 3 O + (aq)

108. (B)

As chuvas ácidas são chuvas mais ácidas do que o normal, com pH inferior a 5,6, que resultam da
dissolução, principalmente, de óxidos de enxofre (SOx) e de nitrogénio (NOx), pois estes óxidos dão
origem a ácidos fortes.

109.
109.1. Formação do ácido sulfuroso: SO 2 (aq) + H2 O(ℓ ) ⇌ H2 SO 3 (aq)
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Oxidação do SO2: 2 SO 2 (g) + O 2 (g) ⇌ 2 SO 3 (g)


Formação do ácido sulfúrico: SO 3 (aq) + H2 O(ℓ ) ⇌ H2 SO 4 (aq)
200 Propostas de resolução

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109.2. O ácido sulfúrico ioniza-se em água fazendo aumentar a concentração de H3 O+ :
H 2 SO 4 (aq) + H 2 O( ℓ ) ⇌ HSO −4 (aq) + H 3 O + (aq)
O aumento da concentração de H3O+ faz diminuir o pH da água da chuva.

110. O gás NO2 formado pelos mecanismos descritos reage com a água dando origem a ácido nitroso e ácido
nítrico:
2 NO 2 (g) + H2 O(ℓ ) ⇌ HNO 2 (aq) + HNO 3 (aq)
Da ionização destes ácidos, principalmente do HNO3 que é forte, resulta o aumento da concentração de
iões H3O+ e consequente acidificação acentuada da água da chuva.

111. Alteração do pH dos solos e das águas com consequente dano para as plantas e animais. Danos diretos
sobre as plantas (queima das folhas) e sobre o património construído (os ácidos destroem calcários e
corroem metais, por exemplo).

112. As chuvas ácidas apresentam elevada concentração de iões H3O+ que reagem com o carbonato de cálcio,
CaCO3, provocando a sua decomposição e libertando dióxido de carbono. Por essa razão as construções
de calcário são particularmente afetadas pelas chuvas ácidas.

113.
113.1. CO 32 − (aq) + H 2 O ( ℓ ) ⇌ HCO 3− (aq) + O H − (aq)

113.2. Em consequência da diminuição do pH das águas, provocada pelo aumento da concentração de


iões H3O+, diminui também a concentração de iões carbonato, C O 32 − , pois estes reagem de
acordo com a seguinte equação química:
CO 32 − (aq) + H 3 O + (aq) ⇌ HC O 3− (aq) + H 2 O ( ℓ )
Este facto põe em risco a qualidade de vida dos animais marinhos que deixam de ter iões C O 32 −
suficientes para integrar nas suas conchas.

114. Diminuir a queima de combustíveis fósseis (indústria, transportes, …) usando fontes de energia não poluentes.
Colocar catalisadores nos escapes dos automóveis e nas saídas das chaminés de fábricas.
Usar processos tecnológicos menos poluentes (química verde).

115. Estes dispositivos permitem diminuir a quantidade de gases mais perigosos (NOx) que é expelida pelos
escapes, porque os convertem em dinitrogénio. Diminuindo a emissão destes gases, diminui também a
quantidade de ácidos (nitroso e nítrico, particularmente) que se poderiam formar a partir das reações
desses gases com a água. Também é possível reduzir a quantidade de CO emitida. Qualquer destas
ações contribui para a menor quantidade de H3O+ na água da chuva.

116.
116.1. CaCO 3 (s) + SO 2 (g) ⇌ CaSO 3 (s) + CO 2 (g)
116.2. Diminuindo a concentração de óxidos de enxofre diminui também a quantidade de ácidos
sulfuroso e sulfúrico que se formariam devido à reação destes óxidos com a água.
Consequentemente, diminuiria também a concentração de H3O+ em solução.

AL 2.1 Constante de acidez


117.
117.1. (A)
Como a quantidade de soluto no volume de solução que se dilui é igual à que se tem na
solução diluída:
c i × Vi = c f × V f  0,100 × Vi = 0,040 × 100,0 × 10 − 3 ⇔ Vi = 40,0 × 10 − 3 dm 3 = 40,0 m L
Propostas de resolução 201

117.2.
117.2.1. pH = − log H3O e  H3O e = 10 H3O+  = CH3COO− 
+ + −pH
; e e

H3 O +  × CH3 COO − 


[CH3COOH]e = [CH3COOH]i − H3O+ e ; Ka = e e

[CH3 COOH]e
ci/mol dm–3 0,100 0,090 0,080 0,070 0,050 0,040
pH 2,88 2,90 2,93 2,96 3,03 3,08
[H3O+]e/ mol dm–3 1,32 × 10 − 3 1, 26 × 10 − 3 1,17 × 10−3 1,10 × 10−3 9,33 × 10 −4 8,32 × 10 −4
[CH3COO–]e/ mol dm–3 1,32 × 10 − 3 1, 26 × 10 − 3 1,17 × 10−3 1,10 × 10−3 9,33 × 10 −4 8,32 × 10 −4
[CH3COOH]e/ mol dm–3 9,87 × 10 −2 8,87 × 10 −2 7,88 × 10 −2 6,89 × 10 −2 4,91 × 10 −2 3,92 × 10 −2
Ka 1,77 × 10 −5 1,79 × 10 −5 1,74 × 10 −5 1,76 × 10 −5 1,77 × 10 −5 1,77 × 10 −5

3 × 1,77 × 10 −5 + 1,79 × 10 −5 + 1,74 × 10 −5 + 1,76 × 10 −5


117.2.2. K a = = 1,77 × 10 −5
6
A incerteza absoluta corresponde ao módulo do maior desvio:
δ1 = δ 5 = δ 6 = 1,77 × 10−5 − K a = 0
δ 2 = 1,79 × 10−5 − K a = 2,00 × 10−7
δ 3 = 1,74 × 10−5 − K a = 3,00 × 10−7
δ 4 = 1,76 × 10−5 − K a = 1,00 × 10−7
ou seja, a incerteza absoluta é 3,00 × 10 −7 .
A incerteza relativa em percentagem é:
3,00 × 10 −7
× 100 = 1,7%
1,77 × 10 −5
K a = 1,77 × 10 −5 ± 1,7%
117.3. Desprezando a contribuição da água e representando o ácido por HA:
A−  = H3O+  = 10−pH
e e

que corresponde à diminuição da concentração de HA devido à ionização. Logo:


2

Ka =
 A −  × H3 O + 
e e
⇔ Ka =
(
10 − pH )
[HA ]e c i − 10 − pH

118.
118.1. A partir dos dados verifica-se que, à medida que a concentração das soluções aumenta, o pH
das soluções diminui, ou seja, a concentração de iões H3 O+ aumenta.
2 2
H3O+  H3O+ 
118.2. Ka = e
= e
; H O+  = 10−pH
[HCOOH]e [HCOOH]i − H3O+   3 e e
2

Ka =
(10 ) −2,53

= 1,85 × 10−4
0,050 − 10−2,53
2
(10 −2,30
)
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Ka = = 1,73 × 10−4
0,150 − 10−2,30
202 Propostas de resolução

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2

Ka =
(10 )−2,18

= 1,79 × 10−4
−2,18
0,250 − 10
1,85 × 10 −4 + 1,73 × 10 −4 + 1,79 × 10 −4
118.3. Ka = = 1,79 × 10 −4
3
1,79 × 10−4 − 1,71× 10−4
Erro (%) = ×100 = 4,7%
1,71× 10−4
A exatidão é razoável.

AL 2.2 Titulação ácido-base


119.
119.1. Titulante: NaOH ; titulado: HCℓ
119.2. (D)
O material usado para medir o titulante é a pipeta volumétrica cuja incerteza inscrita é
± 0,03 m L .

119.3.
119.3.1. O indicador ácido-base permite assinalar o ponto final da titulação, devido à mudança de cor.
119.3.2. Os dois grupos escolheram o indicador corretamente, pois, tratando-se de uma titulação
de um ácido forte com uma base forte, o pH no ponto de equivalência deve ser próximo de
7 (a 25 ⁰C). Ora, perto do pH no ponto de equivalência verifica-se, por adição de uma gota
de titulante, uma variação brusca de pH na solução do titulado. Qualquer indicador cuja
zona de viragem esteja incluída na zona de variação brusca de pH verificada (que contém
o ponto de equivalência) é um bom indicador para a titulação. Tal aspeto verifica-se nos
dois casos.
119.4.
119.4.1. O valor médio das medições é:
20,30 + 20,40 + 20,45
V = = 20,38 mL
3
Os módulos dos desvios relativos à média são:
δ 1 = 2 0,3 0 − 2 0, 3 8 = 0,0 8 m L ; δ 2 = 2 0, 4 0 − 2 0,3 8 = 0, 0 2 m L ; δ 3 = 2 0, 4 5 − 2 0, 3 8 = 0,0 7 m L
A incerteza absoluta do conjunto de medições é o módulo do desvio máximo, ou seja,
0,08 mL. Logo:
V = (20,38 ± 0,08) m L

119.4.2. Azul.
No ponto final da titulação ocorre a mudança de cor de amarelo para azul.
119.4.3. O volume de base adicionado para o qual o indicador mudou de cor foi de 20,38 mL.
Assim, supondo que ácido e base reagiram completamente na estequiometria de 1:1:
n (H C ℓ ) = n ( N a O H ) = c × V = 0, 0 5 0 × 2 0, 3 8 × 1 0 − 3 = 0,0 0 1 0 m o l

n 0,0010
[HCℓ ] = V = = 0,050 mol dm −3
20,00 × 10 −3
Propostas de resolução 203

119.5.
119.5.1. pH = 9,37
Este é o ponto intermédio correspondente à curva em que ocorre uma variação brusca do
valor do pH.
119.5.2. O volume de base adicionado para o qual o indicador mudou de cor foi de 20,4 mL. Assim,
supondo que ácido e base reagiram completamente na estequiometria de 1:1:
n (H C ℓ ) = n ( N a O H ) = c × V = 0, 05 0 × 20, 4 0 × 1 0 − 3 = 1, 02 × 1 0 − 3 m ol

n 1,02 × 10 −3
[HCℓ ] = = = 0,051 mol dm −3
V 20,00 × 10 −3
119.6. A avaliar pelos resultados obtidos, não se poderá concluir que um método foi mais rigoroso que o
outro. É difícil determinar rigorosamente o volume de titulante gasto até ao ponto de
equivalência, pois com apenas um pequeníssimo volume adicionado o indicador muda de cor e o
pH sofre uma variação muito brusca. A determinação do volume a usar no cálculo da
concentração ácida é, pois, válida nos dois casos.

120.
120.1. HC ℓ (aq) + NaOH(aq) → NaC ℓ (aq) + H2 O(ℓ )
120.2. Pipeta volumétrica de 20,00 mL; suporte universal; bureta de 50,00 mL
120.3. O volume de base adicionado para o qual o indicador mudou de cor foi de 32,00 mL.
Assim, supondo que ácido e base reagiram completamente na estequiometria de 1:1:
n ( H C ℓ ) = n ( N a O H ) = c × V = 0,1 5 0 × 3 2, 0 0 × 1 0 − 3 = 0, 0 0 4 8 m o l
n 0,0048
[HCℓ ] = = = 0,240 mol dm −3
V 20,00 × 10 −3

No início, como a ionização do ácido é completa e a estequiometria é de 1:1, [HCℓ] = H3O  .


+
120.4.

Logo, o pH da solução inicial é:


pH = −logH3O+  = −log( 0,240) = 0,6

120.5. Os alunos rejeitaram o alaranjado de metilo, pois a zona de viragem de cor do indicador não está
incluída na zona de variação brusca de pH que contém o ponto de equivalência.
120.6. A – corrosivo; B – irritante ou nocivo.
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