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BELÉM
2010
BRUNO ATHAYDE DINIZ
JOSÉ NILSON SANTOS DE CASTRO JÚNIOR
BELÉM
2010
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência para a obtenção do
título de Engenheiro Civil, submetido à banca examinadora do Centro de Ciências
Exatas e Tecnologia da Universidade da Amazônia. O graduando deverá entregar o
TCC final com as alterações/correções exigidas pela banca no prazo estipulado pela
Instituição, caso contrário será considerado, automaticamente, Reprovados.
BANCA EXAMINADORA:
_______________________________________________________________
PATRICIA BITTENCOURT TAVARES DAS NEVES, Prof. M. Sc. (Departamento
de Engenharia de Transportes - UFPA)
A Deus primeiramente, por ter nos dado o dom da vida e iluminação para realização
deste trabalho.
Aos nossos pais e irmãos João Pantoja Diniz (in memorian), Júlia Maria Athayde
Diniz e Aron Athayde Diniz, Gabriel Farias Conceição e Telma Cardoso Silva por
todo apoio, amor, carinho, atenção e pela educação concedida ao longo dos anos
até hoje e sempre.
A minha namorada Karla Charone (Bruno Diniz), por todo amor e compreensão
atribuídos mesmos nos momentos de maior ausência sempre dando apoio e força.
Ao nosso orientador, Prof. Dr. Benedito Coutinho Neto, pela oportunidade de sermos
seus orientados, além de toda paciência e dedicação, onde guardaremos profundo
respeito pelo resto de nossas vidas.
DINIZ, Bruno Athayde, DE CASTRO JUNIOR, José Nilson santos (2010). Análise
comparativa de misturas asfáltica com seixo rolado e seixo rolado britado
quanto aos parâmetros Marshall. –52p. TCC – Centro de ciências exatas e
tecnologia, universidade da Amazônia, Belém, PA, 2010.
DINIZ, Athayde Bruno, DE CASTRO JUNIOR, José Nilson Santos (2010). Comparative
analysis of asphalt mixes with gravel and crushed gravel on the Marshall
parameters. -52P. TCC - Center for Exact Sciences and Technology, University of
Amazonia, Belém, PA, 2010.
This paper presents results of a laboratory study in order to compare the parameters
Marshall mixtures using aggregates of gravel and crushed gravel of Pará latter
acquired through the insertion of the pebbles in abrasion "Los Angeles" to that this
way before the boulder rolled becomes the crushed gravel necessary for this
comparative work. It examines comparatively the mixtures produced by the
formulation of granulometric curves and other parameters used in Brazil, as the
particle sizes of the National Department of Transport Infrastructure (DNIT), more
specifically the Band "C". The results showed that the asphalt mixtures of crushed
gravel consumed higher levels of asphalt, 7,0 % over the pebbles, 5,62 %, so it is not
economically viable because the asphalt is the noble material of the mixture.
Dt – Densidade Teórica
ES – Especificação de Serviço
Vb – Volume de Betume
Vv – Volume de Vazios
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE EQUAÇÕES
LISTA DE SÍMBOLOS
1. INTRODUÇÃO 13
1.1. Problematização 13
1.2. Objetivos 13
1.2.1. Objetivo específico 14
1.3. Justificativa 14
1.4. Metodologia 15
1.5. Hipóteses 15
1.6. Fundamentação Teórica 16
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 17
2.1. Ligante Asfáltico 17
2.2. Caracterização do Cimento Asfáltico 18
2.2.1. Penetração 18
2.2.2. Ponto de amolecimento 19
2.2.3. Viscosidade Saybolt - Furol 20
2.2.4. Densidade 21
2.2.5. Ponto de fulgor 21
2.3. Agregados 21
2.3.1. Classificação quanto à origem 22
2.3.2. Classificação quanto às dimensões 22
2.3.3. Classificação quanto ao peso unitário 23
2.3.4. Caracterização dos Agregados 23
2.3.4.1. Adesividade 24
2.3.4.2. Absorção e Densidade 25
2.3.4.3. Abrasão “Los Angeles” 26
2.4. Misturas asfálticas 27
2.4.1. Propriedades mecânicas 27
2.4.2. Considerações sobre a dosagem 29
3. MATERIAIS E MÉTODOS 31
3.1. Introdução 31
3.2. Natureza e procedência 31
3.2.1. Cimento asfáltico 31
3.2.2. Agregados 33
3.3. Descrição dos ensaios 39
3.3.1. Moldagem dos corpos de prova por dosagem Marshall 39
4. APRESENTAÇÃO E ÁNALISE DOS RESULTADOS 41
4.1. Introdução 41
4.2. Adesividade 41
4.3. Determinação da absorção, densidade dos agregados
(dner-me 081/98 e dner-me 084/95) 42
4.4. Método da superfície específica 44
4.5. Abrasão “Los Angeles” 46
4.6. Método de dosagem Marshall 46
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 51
5.1.Dosagem Marshall 51
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 53
13
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
1.1. PROBLEMATIZAÇÃO
1.2. OBJETIVO
seixo rolado britado com porcentagens variadas de teor de asfalto, e desta forma
comparar os parâmetros Marshall tradicionais.
1.3. JUSTIFICATIVA
1.4. METODOLOGIA
1.5. HIPÓTESES
mistura, logo, espera-se e que os ensaios realizados com o seixo britado levem
certa vantagem sobre os seixos rolados.
Penetração
Ponto de Amolecimento
Viscosidade Saybolt-Furol (4 Pontos)
Densidade
Ponto de Fulgor
2.3. AGREGADOS
geralmente é o elemento de custo mais baixo por unidade de volume, além de atuar
de forma decisiva no incremento de certas propriedades como o aumento da
resistência ao desgaste e outras.
Segundo Bauer (1985), podemos classificar os agregados quanto à sua
origem, às dimensões e ao peso unitário. Bertollo (2002) os classifica de maneira
mais simples, subdividindo-os em naturais, aqueles encontrados em depósitos
naturais superficiais; e agregados artificiais, aqueles obtidos por meio de britagem
de rocha (basalto, granito etc.) ou de seixos rolados. Na engenharia de pavimentos
os materiais granulares, além de comporem a mistura asfaltica, também servem
para execução de outras etapas do processo de pavimentação como a composição
da base, que antecede a capa de asfalto. A escolha dos agregados também é de
suma importância tendo em vista que o teor de agregado na mistura está na faixa de
91 a 95,5%, haja vista as especificações contidas no DNIT–ES 031/04 determinam
teores máximo e mínimo de asfalto, respectivamente, 9 e 4,5% para a faixa “C”
(referente à camada de rolamento).
Bauer (1985) nos diz que a classificação segundo o peso unitário se divide
em: agregados leves, àqueles que apresentem 1,0t/m³; normais, os que tiverem de
1,0 a 2,0 T/m³; e pesados, os que se apresentarem acima de 2,0t/m³.
Figura 5.a –Amostra coberta com CAP Figura 5.b –Amostra no copo de becker
Absorção
A absorção é a relação entre a massa de água absorvida pelo agregado
graúdo após 24 horas de imersão (DNER-ME 081/98) à temperatura ambiente e a
massa inicial de material seco, sendo determinada para permitir o cálculo das
massas específicas, real e aparente, do agregado.
Agregados naturais ou britados com elevada porosidade normalmente não
devem ser utilizados em misturas asfálticas, pois além de consumirem maior
quantidade de ligante asfáltico, podem apresentar porosidade variável conforme a
amostragem, o que dificulta o estabelecimento do teor de ligante, podendo resultar
em excesso ou falta do mesmo. Porém, nem sempre há outro agregado disponível,
sendo então necessários alguns cuidados na dosagem.
a) Densidade específica.
A massa específica real, em g/cm3, é determinada através da relação entre a
massa seca e o volume real. O volume real é constituído do volume dos sólidos,
desconsiderando o volume de quaisquer poros na superfície.
b) Densidade Aparente.
A massa específica aparente (Gsb), em g/cm3, é determinada quando se
considera o material como um todo (forma aparente), sem descontar os vazios. É
determinada dividindo- se a massa seca pelo volume aparente do agregado, que
inclui o volume de agregado sólido mais o volume dos poros superficiais contendo
água. É medida quando o agregado está na condição superfície saturada seca
(SSS). Esta condição em laboratório é obtida por remoção cuidadosa manual da
água da superfície dos agregados com o uso de um tecido absorvente.
3.1. INTRODUÇÃO
Para este capítulo, abordam-se os materiais escolhidos para a realização
deste trabalho, encontrados no Estado do Pará, com a pretensão de encontrarmos
resultados mais verídicos possíveis a nossa região, além da utilização de todos os
equipamentos necessários para a dosagem das misturas pelo método Marshall
como descreve a norma DNER-ME 043/95.
VALORES RESULTADOS
ENSAIOS MÉTODOS
INDICADOS OBTIDOS
DNER ME -
Densidade - 1,06
193/96
DNER 148/94
Ponto de Fulgor (°C) (ABNT MB- 235 (mín) 311 °C
11341)
Ponto de Amolecimento ABNT NBR
46 (mín) 48 °C
(°C) 6500/00
Penetração (25°C, 100g, 5 DNER ME -
50 - 70 60
seg) (0,1mm) 003/99
121 °C - 269 °C
Viscosidade 135 °C DNER 004/94 141 °C 238 °C
Saybolt - Furol (ABNT MB-
(sSF) 150 °C 517/71) 50 °C 66 °C
175 °C 30 - 150 °C 33 °C
Fonte: Produção dos autores
3.2.2. Agregados
O seixo rolado britado utilizou-se o mesmo seixo, porém para brita-lo fez-se o
uso do abrasão “Los Angeles” para deformá-lo, com o uso de 11 das esferas e
rotação de 500 (quinhentas) revoluções com a intenção de que o seixo, antes,
somente rolado ficasse com características de um seixo rolado britado e com isso
adquiriu uma nova granulometria (Tabela 5) e nova curva granulometrica (Figura 9).
Areia
PENEIRAS
PESO % PASS
3/4" 19,1 0,00 100,000
1/2" 12,7 0,00 100,000
3/8" 9,5 0,00 100,000
N° 4 4,8 0,00 100,000
N° 10 2 0,00 100,000
N° 40 0,42 917,87 38,600
N° 80 0,18 230,95 23,151
N°200 0,074 204,95 9,441
Fundo 141,13 0,000
TOTAL 1494,90
36
Para o filer foi utilizado a Cal, de marca SUPERCAL produzida pela indústria
CAL E TINTAS SANTA HELENA, localizada na Rodovia CE 021, Km 59 – Ceará.
Suas granulometrias assim como a curva granulometrica vemos a seguir na Tabela
7 e Figura 11, respectivamente.
Tabela 8 - Composição dos Agregados da Mistura Betuminosa, para Seixo Rolado Britado.
AGREGADOS FAIXA ESPECIFICADA
4.1. INTRODUÇÃO
4.2. ADESIVIDADE
(a) (b)
Figura 15 - Amostras do Ensaio de Adesividade de Seixo Rolado.
(a) (b)
Figura 16 - Amostras do Ensaio de Adesividade de Seixo Rolado Britado.
Onde:
Com base nos resultados obtidos para cada composição, estima se o teor de
asfalto Tca, por meio da Expressão 02:
Onde:
m = módulo de riqueza (que varia entre 3,75 a 4,00)
TCA= teor de betume em relação à massa de agregado.
Figura 17.b - Gráficos gerados pelo Aplicativo EXCEL, para Fluência, % Rbv, Estabilidade (kgf),
% Vv e % VAM.
48
Tabela 15 - Especificações das misturas asfálticas para a camada de rolamento, norma DNIT-
ES 031/06.
Discriminação Camada de Rolamento
Porcentagem de vazios 3a5
Relação Betume/Vazios (%) 75 a 82
Estabilidade, mínima (kgf) 500 (75 golpes)
Fluência (mm) 2 a 4,5
Tabela 16.a - Resultados dos ensaios aos parâmetros Marshall para Seixa Rolado.
RESULTADO DOS PARÂMETROS MARSHALL
TEOR DE BET. ESTABIL. % DE Vv. %DE R.B.V. DENS. AP. FLUEN. VAM %
5,50 680 4,87 71,3 2,333 2,69 17,41
6,00 951 3,78 77,8 2,343 2,60 17,47
6,50 1089 2,92 83,1 2,348 2,08 17,75
7,00 1014 2,37 86,8 2,345 2,12 18,28
Tabela 16.b - Resultados dos ensaios ao parâmetros Marshall para Seixo Rolado Britado.
RESULTADO DOS PARÂMETROS MARSHALL
TEOR DE BET. ESTABIL. % DE Vv. %DE R.B.V. DENS. AP. FLUEN. VAM %
5,50 1187 5,41 69,8 2,413 2,27 17,86
6,00 992 5,41 71,5 2,395 2,70 18,9
6,50 951 5,02 74,5 2,388 3,47 19,59
7,00 1086 5,01 75,8 2,371 2,60 20,59
Como pode se observa nas Tabela 16.a e Tabela 16.b, o volume de vazios
para o seixo rolado britado foi superior ao do seixo rolado inclusive ficando fora das
especificações da norma ES-031/06 do DNIT, a grande porcetagem de vazios e
absorção que este apresenta foi determinante para o ocorrido.
Nos gráficos das Figuras 18.a e 18.b, pode-se observar, respectivamente, o
comportamento dos parâmetros Marshall tradicionais para o seixo rolado e o seixo
rolado britado.
49
Figura 18.a - Gráfico dos parâmetros Marshall das misturas asfálticas considerando os
quatro valores médios, para seixo rolado.
50
Figura 18.b - Gráfico dos parâmetros Marshall das misturas asfálticas considerando os quatro
valores médios, para seixo rolado britado.
51
respeito aos paramêtros da dosagem Marshall. Além de que elevado teor de asfalto
encontrado no seixo rolado britado, acabaria por encarecer a pavimentação, tendo
em vista que se trata do material mais nobre do pavimento.
Tabela 17 - Parâmetros Marshall para as amostras com seixo rolado e seixo rolado britado.
PARÂMETROS
SEIXO ROLADO
MARSHALL SEIXO ROLADO
BRITADO
TRADICIONAIS
TEOR ÓTIMO DE
5,62 7,0
ASFALTO (%)
DEN. APARENTE (g/cm³) 2,33 2,371
ESTABILIDADE (Kgf) 750 1086
FLUÊNCIA (mm) 2,72 2,60
VOLUME DE VAZIOS (%) 5,0 5,0
RBV (%) 71,0 75,8
VAM (%) 17,4 20, 59
Fonte - Produção dos autores.
53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS