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O POUS sempre afirmou e continua a afirmar que o nosso país só pode ter uma política de
desenvolvimento quando romper com as instituições da União Europeia.
Outras forças políticas e militantes não colocam esta condição para uma saída positiva para a crise.
Mas, perante o cerco que está a ser feito aos trabalhadores e ao conjunto dos países da Europa, para
todos se torna cada vez mais consciente e generalizada a necessidade de ligar as mobilizações em
todos os países, para derrotar estes PECs.
Qual é o objectivo da direcção da CES ao apelar a esta jornada de luta?
Segundo a direcção da CES, esta jornada de luta visa “protestar contra as medidas de austeridade”,
acrescentando que “os assalariados não devem ser os únicos a pagar a irresponsabilidade
especulativa de certas instituições financeiras”. Ela propõe o reforço do “diálogo social” europeu.
É caso para perguntar: Terão os trabalhadores de continuar a pagar “a sua parte” no saneamento dos
“fundos tóxicos” dos bancos? Não foi o erário público que pagou os 4,2 mil milhões de euros para o
buraco do BPN!!? Vamos “partilhar os sacrifícios”, quando se aumenta a dívida em benefício do
capital financeiro e dos especuladores, os únicos responsáveis pela crise?
Mas, uma coisa são os objectivos da direcção da CES, e outra são as necessidades e as aspirações
dos trabalhadores.
São estas necessidades e aspirações que, tanto em Espanha como em França, muitos milhares de
sindicalistas têm expresso ao rejeitarem as leis anti-laborais ou a contra-reforma da Segurança Social
“concertada” com os respectivos governos. Tal como o expressarem os três deputados expulsos do
PASOK (o Partido Socialista que está a governar a Grécia) ao recusarem aprovar o respectivo PEC –
que a direcção da CES disse que o povo grego não tinha outro remédio se não aceitar.
O POUS está convicto que será o desenvolvimento do movimento dos trabalhadores, numa frente
unida com as organizações que o estruturam – sindicatos e comissões de trabalhadores – que levará à
ruptura com as orientações preconizadas pela direcção da CES e imporá, em Portugal, a formação de
um Governo assente nos partidos que se reivindicam da defesa do socialismo e dos trabalhadores.
O POUS reconhece que este movimento faz parte integrante do movimento de conjunto dos outros
países da Europa e do resto do mundo. Movimento que precisa de ter no seu seio redes de militantes
e de organizações apostados na defesa da democracia, da paz, do desenvolvimento e do bem-estar de
toda a humanidade.
Com este entendimento, os militantes do POUS participaram na organização da Conferência
Operária Europeia, que teve lugar em Berlim no passado mês de Junho, reunindo militantes e
organizações de 19 países de toda a Europa.
É com base nesta mesma orientação que o POUS age para que se concretize a participação de uma
delegação portuguesa auto-financiada, na Conferência Mundial Aberta (CMA) contra a guerra e a
exploração*, a realizar de 27 a 29 de Novembro, em Argel, por iniciativa de dirigentes sindicais da
China e dos EUA, bem como do Acordo Internacional dos Trabalhadores e dos Povos (AIT).
29 de Setembro de 2010
O Secretariado do POUS
POUS Sede: Rua de Santo António da Glória, nº 52 B, cave C, 1250 – 217 Lisboa
Página na Internet: http://pous4.no.sapo.pt email: pous4@sapo.pt