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O trecho transcrito a seguir apresenta de forma clara e objetiva as limitações do uso da

AIA para PPPs, que motivaram o desenvolvimento e uso da AAE, segundo o MMA
(2002):
O licenciamento e a avaliação de impacto ambiental são instrumentos cujos objetivos
limitam-se a subsidiar as decisões de aprovação de projetos de empreendimentos
individuais, e não os processos de planejamento e as decisões políticas e estratégicas
que os originam. As questões e situações conflituosas em termos do uso dos recursos e
da proteção ambiental surgidas nas diferentes etapas de formulação de políticas e
planejamento devem ser respondidas e solucionadas por meio de um processo
seqüencial de entendimento e avaliação das conseqüências ambientais de sua
implementação. Esta foi das razões por que se desenvolveu a AAE, que é,
reconhecidamente, o instrumento de política ambiental adequado para promover a
articulação das várias dimensões de uma dada política, um plano ou um programa de
desenvolvimento, permitir que se explicitem com clareza seus objetivos e as questões
ambientais relacionadas à sua implementação, orientar os agentes envolvidos no
processo e indicar os caminhos para sua viabilização econômica, social e ambiental,
facilitando ainda a avaliação de impactos cumulativos porventura resultantes das
diversas ações a serem desenvolvidas.

PARTIDÁRIO, M. R. Strategic Environmental Assessment - principles and potential,


ch 4, in Petts, Judith (Ed.), HANDBOOK ON Environmental Impact Assessment,
Blackwell, London, p.60-73, 1999.

THÉRIVEL, R.; PARTIDÁRIO, M. R. The Practice of Strategic Environmental


Assessment. London:Earthscan, 1996.
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O Plano de Desenvolvimento e Zoneamento Portuário - PDZ é instrumento de
planejamento da Administração Portuária que visa, no horizonte temporal, considerado
o ambiente social, econômico e ambiental, o estabelecimento de estratégias e de metas
para o desenvolvimento racional e a otimização do uso de áreas e instalações do porto
organizado.

Inicialmente, torna-se evidente a necessária integração não apenas entre órgãos, mas
entre alguns instrumentos, já regulamentados legalmente, tal como o ZEE e os planos
governamentais para o desenvolvimento do País, nesse sentido a ação do ZEE ligada ao
Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro e o zoneamento, em curso, da Amazônia
são bons exemplos de integração. O ZEE é instrumento de ordenamento territorial,
fornecendo indicadores precisos para os processos de licenciamento ambiental e padrões
objetivos para as análises do Estudo de Impacto Ambiental, de forma a contribuir com
referenciais gerais para os planos de desenvolvimento e na orientação de projetos.
O ZEE facilita o planejamento estratégico, mas também demonstra limitações ou
dificuldades ligadas a sua legitimação e institucionalização quando da transformação de
zoneamentos em leis estaduais. Paralelo similar pode ser feito à AAE, se perseguir a
mesma linha de institucionalização.

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