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Chegou a elogiar Lula, contradição que revelava seu trauma “lulístico” e a falta
de compreensão da realidade: o adversário era Lula, só não estava com o nome à
disposição, porque a Constituição não permitia.
Mas existe um ganho muito maior: coloca o debate entre Lula e FHC, dois
presidentes, deixa o visível com Serra e Dilma, que ficam se hostilizando na
televisão, disputando apenas na periferia. Enquanto nos bastidores fica sendo
travado o grande jogo, até com influência internacional e globalizante. Com a
desvantagem para Lula de não ter condições de reagir efetivamente,
poisACEITOU e RATIFICOU tudo o que FHC FEZ para as multinacionais
e DESFEZpara o país. E os compromissos de Lula de D-E-S-P-R-I-V-A-T-I-Z-A-
R tudo?
Dona Dilma, como vencedora do primeiro turno, e tida e havida como favorita,
tem problema de outra espécie, igualmente importante. Que eu coloquei na
primeira linha do título: o relacionamento, AGORA e DEPOIS, com os que foram
vencedores (para governos, Senado e Câmara). Com os primeiros correligionários,
(se é que Serra e Dilma têm correligionários) que já começaram a manifestar
suas EXIGÊNCIAS e seus PROTESTOS.
Quer ser presidente da Câmara, está vendo o cargo IR PARA O PT, o PDMB de
Henrique Alves não fez maioria. O outro grito, abafado como sussurro, veio de
José Eduardo Dutra: “Esperávamos ganhar no primeiro turno, como não
conseguimos, veio a PROSTRAÇÃO”. Que palavra.
Mas por que o presidente do partido da candidata, faria uma afirmação como
essa? Concordo, ele não é muito brilhante, mas ninguém reviu ou revê o que ele
fala? (Poderiam lembrar do que o Marlon Brando diz ao filho no “Poderoso
Chefão”: “Nunca deixe os outros saberem o que você está pensando”).
Principalmente quando se disputa a Presidência de um país-potência como Brasil.
***
PS2 – Já se convenceram que esses 20 por cento podem ou têm que ser
conquistados em massa, até mesmo sem contato com ela.
PS3 – Serra não terá problema com FHC pelo fato de vetá-lo antes e requisitá-lo
ou aceitá-lo agora. Se vencer (dificílimo), no máximo terá que MANDÁ-LO para a
ONU, ficará longe. Mas será o seu representante junto à Fundação Ford, que
sempre patrocinou os dois.
PS4 – Nos 20 ou 21 dias que faltam, escreverei, lógico, sobre o assunto. Como
repórter, jornalista, analista. Como cidadão, não votei em nenhum deles, nem
votarei.