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Vício próprio em Transportes Marítimos

Francisco de Assis Braga, Economista,


Técnico de Seguros do IRB

O VÍCIO PRÓPRIO COMO RISCO EXCLUÍDO


O vício próprio é risco excluído pela cláusula 2a, subitem 2.14, das Condições Gerais da
nossa apólice-padrão para os seguros de transportes marítimos, fluviais e lacustres e
mesmo pelo subitem 4.4 da Cláusula de Carga “A”, do Instituto de Seguradores de
Londres, aquela que oferece aos segurados a cobertura mais ampla para as viagens
marítimas.
Além disso, códigos e/ou estatutos legais de diversos países fazem a mesma proibição; no
nosso caso, o Art. 711, no 10, do Código Comercial, lista três causas de avarias pelas
quais o segurador não responde: [a] vício próprio, ou intrínseco; [b] má qualidade; e [c]
mau acondicionamento.
E também o britânico Marine Insurance Act[M.I.A.], de 1906, no seu Art. 55[2]-c, afirma
que “o vício próprio e as perdas e danos inevitáveis não estão amparados”.
As razões para subtrair o vício próprio da proteção do seguro são diversas: [i] para alguns,
o vício próprio, sendo uma causa de danos prevista, quase certa, não se compatibiliza com
o seguro, que é um contrato aleatório; [ii] sustentam outros, com maior razão, que o vício
próprio não é um risco do mar, porque independe dos acidentes de navegação; [iii]
resumindo, de um certo modo, o que foi dito acima, o vício próprio, para Halperin, “não é
um risco verdadeiro, um acontecimento imprevisto, uma vez que é um atributo do
acontecimento necessário; está fora do verdadeiro conceito de risco”1.
Comentando a Cláusula A, ex-cláusula All Risks, e sua conhecida excludente para o vício
próprio[inherent vice], assim se manifesta Robert H. Brown, com alusões bastante claras a
respeito de se excluir o vício próprio da cobertura do seguro: “o termo risco significa
fortuidade. Assim, all risks significa todas as fortuidades e não abrange inevitabilidades.
Todos os riscos especificados na apólice constituem riscos, mas nem todos os riscos estão
especificados na apólice . . .”2.[grifos meus, FAB].

CONCEITO DE VÍCIO PRÓPRIO APLICADO ÀS MERCADORIAS


Cabe, primeiramente, distinguir entre o vício próprio do navio e o vício próprio da carga. O
estado de navegabilidade do navio é considerado como uma condição implícita para a
validade do seguro3, e assim é porque, conforme acentua João Vicente Campos, “a
inavegabilidade é o vício próprio específico do navio. Inavegável, no sentido do seguro, é,
não apenas o navio que não está apto para navegar, mas também o navio que não está
em condições para a viagem que se propõe fazer. A expressão inglesa “indigno para o
mar”[unseaworthy], ou a alemã “impróprio para o mar”[unseetüchtig], tem mais precisão
que navegável”4.
Porém, quanto à carga, o vício próprio ou intrínseco[inherent vice] surge, na expressão
clara e precisa de J. Vicente Campos, “quando a causa do detrimento é ingênita à
natureza da coisa, ainda a supondo da melhor qualidade”5.[grifos meus] Ainda
segundo o mesmo autor, os romanos diziam ser o vício próprio ex vitio rei et infirmitate
ejus natura, ou seja, “aquele que aparece desde que os fatores que o despertem façam
sentir sua influência e isso pode acontecer tanto na terra como no mar, tanto no porão
como no armazém”6. Assim, podemos dizer que existe vício próprio natural de uma coisa
transportada, quando o dano teria ocorrido ainda sem o transporte, como, por exemplo, a
decomposição interna de frutas, de víveres ou de coisas facilmente corruptíveis, como é o
caso do chocolate, que se derrete ao contato com o calor natural.

O vício próprio exemplificado


Tanto os diversos tipos de carga como as circunstâncias, situações ou modalidades sob as
quais pode apresentar-se o vício próprio são de enorme variedade. Temos, por exemplo7:
[a] “o apodrecimento dos produtos orgânicos; [b] a fermentação dos cereais; [c] a
fragilidade da porcelana e do vidro; [d] a sensibilidade de certos produtos ao frio, ou ao
calor e à umidade; [e] a faculdade que têm outros de se inflamar e explodir
espontaneamente; [f] a liqüefação de corpos sólidos, como o sal e o açúcar; [g] o
derretimento de outros como o sebo e a manteiga; [h] o amolecimento de mercadorias que
no estado normal são duras, e o endurecimento daquelas que no estado normal são moles;
[i] a aglutinação dos pós e a pulverização dos blocos; [j] a colagem dos preparados em
folhas como papel e gelatina; [k] a oxidação e ferrugem a que estão sujeitos objetos de
aço, ferro, folha de flandres, arames e artigos semelhantes; e [l] o mofo e o bolor que se
desenvolvem em certas mercadorias, em virtude da umidade”. A tais casos, poderíamos
acrescentar a polimerização que atinge o monômero de estireno, quando não devidamente
protegido por substância inibidora.
Como, para diversos tipos de cargas, a ocorrência de vício próprio depende das condições
em que forem transportadas, se tais condições mudam, tornando aquelas manifestações
típicas de vício próprio não mais como algo certo, mas aleatório, aquilo que anteriormente
era tido como vício próprio passa a ser segurável, desde que determinadas providências
sejam tomadas com relação às condições de embarque. Assim, a semente de batata, pode
ter amparadas pelo seguro manifestações típicas de vício próprio, como, por exemplo,
germinação precoce, podridão, sufocação, etc., desde que as sementes sejam
transportadas em ambiente adequadamente refrigerado e isolado, nos termos da Cláusula
Especial para Semente-Batata e outros Bulbos-Raízes[Anexo no 37 do Manual Técnico de
Transportes].
Também devem ser consideradas vício próprio as perdas habituais por quebra ou derrame,
com a condição de que o derrame deve ser distinguido da evaporação; derrame é a perda
de líquidos através das junções da embalagem, sem que esta tenha sido danificada; e, de
modo a distinguir o derrame ordinário do extraordinário, deverá ser estabelecida uma
percentagem, de acordo com a natureza dos líquidos.

ASPECTOS DISTINTIVOS ENTRE O VÍCIO PRÓPRIO E OUTROS


DANOS A QUE ESTÃO SUJEITAS AS CARGAS

Vício próprio, má qualidade e mau acondicionamento


Como vimos, o Código Comercial enumera, distintamente, o vício próprio e a má qualidade,
além do mau acondicionamento; no Brasil, também a apólice-padrão para os seguros
marítimos faz menção expressa ao mau acondicionamento[cl. 2a, subitem 2.14] como risco
excluído; o Código Comercial[Art. 711, no 10] se refere, igualmente, ao mau
acondicionamento, enquanto a apólice-padrão exclui as perdas e danos atribuíveis tanto
ao mau acondicionamento como à insuficiência ou impropriedade da embalagem[cláusula
2a, subitem 2.12].
Assim, e de modo a evitar confusão de conceitos, as devidas distinções precisam ser
feitas.
Definido, acima, o que é vício próprio, resta dizer que a má qualidade, no dizer de Campos,
“é uma conformação viciosa, um defeito de fabricação, de preparação ou de tratamento,
por efeito do qual a mercadoria traz em si um germe de destruição que não teria, caso a
sua composição fosse perfeita ou sua origem melhor . . . A diferença entre o vício próprio
e a má qualidade está em que aquele existe ainda nas coisas de melhor qualidade, e esta
só aparece em razão da condição inferior das mercadorias, ou então de uma culpa, no seu
preparo ou fabricação”8.[grifos do autor] Exemplos: máquinas com peças mal temperadas
ou mal ajustadas, e por isso mesmo sujeitas a quebrar facilmente, tecidos feitos com fiação
podre, etc.
Prosseguindo, ainda segundo J.V. Campos, “dispor a mercadoria de forma a resguardá-la
das vicissitudes ordinárias da viagem seria aquilo que chamamos de
acondicionar(embalar, enfardar), cujas várias formas, segundo a natureza das

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mercadorias, são afetadas pelos usos do comércio: caixas, engradados, fardos, cestas,
sacos pipas, tonéis, latas, pacotes, tambores, etc. Assim, o mau acondicionamento, de
um modo geral, é aquele que não está de acordo com os usos e costumes do comércio,
cabendo, porém, distinguir entre o acondicionamento impróprio e o acondicionamento
insuficiente: o primeiro é o que não condiz com a natureza da mercadoria, ou contém
fatores capazes de prejudicá-la, quando, por exemplo, têm-se sacas com resíduos de
substâncias mal cheirosas ou peçonhentas, caixas com pregos ou arestas salientes
internamente, etc. Já o acondicionamento é tido como insuficiente quando:
[a] não está em condições de resistir aos embates, compressões e demais fatores
de perdas e avarias inerentes ao transporte marítimo, bem como
[b] às manipulações de carga e descarga, assim como à duração e contingências
normais da viagem, do mesmo modo que também é insuficiente
[c] o acondicionamento que permite retirar do volume o seu conteúdo, ou parte
dele, ou que enseja o escoamento da mercadoria durante a viagem, ou não
resiste ao peso dos objetos que contém, ou peso de outros volumes que
poderão lhe ser sobrepostos na estiva ou empilhamento regulares, ou não
preserva suficientemente as coisas embaladas de quebra, amolgamento,
rachaduras, etc”9.

Suor de porão e vício próprio


Ao examinar o conhecido fenômeno das viagens marítimas, chamado de suor de
porão[hold’s sweat], será importante fixar um critério que nos permita concluir em que
circunstâncias os danos por ele provocados são ou não passíveis de serem enquadrados
como vício próprio.
O suor de porão é a condensação do vapor d’água nos porões, explicável por causas
diversas: o vapor d’água contido no ar; as oscilações da umidade do ar; o efeito da
evaporação, o fato de que o ar é sempre mais úmido, no mar, do que em terra, etc. Desse
modo, formam-se facilmente condensações no ambiente quente e abafado dos porões,
com o suor formado no teto gotejando sobre a carga, com os danos conseqüentes à
umidade: manchas, fermentação, mofo, apodrecimento, etc.
Em nosso país, muito embora o suor de porão constitua uma das excludentes de cobertura
que se lêem nas Condições Gerais da Apólice[cláusula 2a, subitem 2.15], os danos que
provocar estarão amparados quando tal exclusão for revogada, consoante ocorre, por
exemplo, quando o seguro é contratado com a Cláusula “A”.
Cabe, no entanto, perguntar se, mesmo em tal circunstância, o suor de porão poderá
causar danos não amparados pela apólice, configurando-se como vício próprio. Dois
autores franceses, Dor e Choteau explicam quando isso acontece: “É notório que muitos
grãos, notadamente o milho, ficam expostos, pela sua natureza e circunstâncias peculiares
à navegação, à avaria pelo suor do porão, independentemente de qualquer fortuna do mar:
o grão vive inspirando o oxigênio e expirando o gás carbônico, e, nesse processo, queima
parte de sua própria substância, gerando o calor. Esse aquecimento produz vapor d’água,
que se eleva, e, pela ação da atmosfera, condensa-se nas camadas superiores, onde a
umidade se agrava”10. Nesse caso, sendo o suor originado pelo próprio grão, o prejuízo
resultante não será do risco de suor de porão, mas tipicamente de vício próprio. Tal suor,
porém, será fortuna do mar em relação a outras mercadorias no mesmo porão.

Vício próprio e fortuna do mar


Quando o dano, embora intrínseco à coisa, resulta, contudo, da fortuna do mar, não existe
vício próprio; assim, os danos estão a cargo do segurador [a] se o ferro enferruja e o sal
derrete por molhadura de água do mar, embarcada por veios do casco, ou de tempestade;
[b] se o café, ou frutas secas, mofam, porque a borrasca impediu o arejamento dos porões,
ou agravou a umidade deles; [c] se a tormenta agita tanto o navio, que a carga se
desprende, e os volumes são projetados uns contra os outros, quebrando vidros,
mármores, porcelanas, etc.
Nos exemplos citados, o vício próprio, em sendo provocado por causa externa, está
amparado pelo contrato de seguros. “Com efeito”- afirma Campos, “pela lei, o segurador
responderá por “todas as perdas e danos que sobrevierem ao objeto seguro por alguns dos
riscos especificados na apólice”[Código Comercial, Art. 710]. Logo, verificada que seja a
ocorrência do risco segurado, o prejuízo que causar às coisas seguras deve ser
indenizado, ainda quando facilitado ou agravado pelo vício próprio que o despertou”11.

3
Atrasos na viagem e vício próprio
Quando o vício próprio da mercadoria segurada é decorrente de atraso na viagem, os
prejuízos não estarão amparados pelo contrato, pois as Cláusulas A, B e C excluem os
danos atribuíveis ao atraso, mesmo que conseqüente de risco coberto, a única exceção da
excludente[subitem 4.5 da Cláusula A, por exemplo] contemplando apenas e tão-somente
as despesas exigíveis em conseqüência de avaria grossa.
Por ocasião da reformulação das cláusulas de carga, nos anos oitenta, a UNCTAD dirigiu
críticas ao mercado londrino pela inexistência de cobertura para danos decorrentes de
atraso; contudo, tal excludente, que já figurava no Art. 55[2][b], do Marine Insurance Act,
de 1906, foi mantida, postura que se justifica, pois, segundo Liberto, “constitui propósito
primário do seguro sobre mercadorias proteger o segurado contra “perdas fortuitas” e
resulta claro para os comerciantes em mercadorias perecíveis[sujeitas a entregas em
determinados lugares e datas exatas] que as contingências com respeito às mesmas
correspondem a “riscos comerciais”. A cobertura desses “riscos comerciais” não resulta
conveniente que seja incorporada ao clausulado, dado que obrigaria os seguradores a
sobrecarregar os prêmios com o aumento dos custos para a maioria dos segurados, que
não exigem a cobertura de atraso para seus carregamentos”12.

AS DIFICULDADES NA INVESTIGAÇÃO DOS CASOS DE VÍCIO


PRÓPRIO E DA MÁ QUALIDADE
Conforme acentua Campos13, e vistoriadores e comissários de avarias têm, regularmente,
possibilidades de constatarem-no, a investigação das causas das avarias, quando se
acham presentes danos atribuíveis ao vício próprio ou à má qualidade é, na maioria das
vezes, matéria penosa e difícil, não só porque [a] é muito raro que não se encontrem
causas concorrentes ao vício próprio - manipulação brutal, má estiva, sujeira dos porões,
etc -, deixando o investigador com a espinhosa tarefa de decidir se as causas dos danos
foram concorrentes ou não, como, também, [b] via de regra, os vistoriadores têm o primeiro
contato com a carga vários dias após o desembarque, muitas vezes sem poderem
conhecer quais eram as condições da carga, no interior do navio, previamente ao
desembarque; e, por último, [c] se a viagem foi normal e a mercadoria chega ao destino
avariada, há uma fortíssima presunção de ocorrência de vício próprio.
Como a causa de uma determinada avaria é matéria de fato, deve ser provada, mediante
confronto entre as hipóteses eventualmente excogitadas e a experiência, e não meramente
sustentada a priori; de outra, se compete ao segurado provar a ocorrência de fortuna do
mar, sobre o segurador recai o ônus da prova de vício próprio, demonstrando que este foi a
única causa dos danos, de modo a poder exonerar-se.
Como, em tais circunstâncias, as provas diretas são difíceis, a única opção que, muitas
vezes, resta consiste em apoiar-se em presunções, das quais Campos fornece os
seguintes exemplos ilustrativos: [i] “uma das indicações mais sérias da interveniência do
vício próprio resulta da comparação das mercadorias avariadas com outras no mesmo
porão; se o prejuízo atingiu tão-somente a mercadoria reclamada, tudo indicará o vício
próprio; [ii] também poderá acontecer de o vício próprio resultar, unicamente, da viagem
marítima. Certas mercadorias, como o trigo e o café, que, nos armazéns de terra passam
meses sem se deteriorar, são muito sensíveis ao ambiente dos porões, estragando-se e
apodrecendo dentro de alguns dias, a não se tomar muito cuidado. Também o carvão
inflama espontaneamente com mais facilidade a bordo do que em terra, porque é quebrado
em pequenos pedaços, o que facilita o desprendimento das pirites igníferas ao contato do
oxigênio da atmosfera. Sendo previsíveis e reconhecíveis esses danos, entende-se que o
segurador os considerou no seguro das mercadorias que a viagem marítima afeta
especialmente”14.

A doutrina da causa próxima


Segundo Campos, “a lei e a jurisprudência inglesas e americanas seguem outra orientação
pela observância da regra, para elas fundamental na conceituação das avarias - causa
proxima, non remota spectatur. Sendo a causa próxima do dano o vício próximo, e
remota a fortuna do mar, esta se afasta. Portanto, todo dano de vício próprio, ainda que
provocado pela tempestade ou outro risco segurado, não será indenizado. De sorte que os
princípios fixados pela lei inglesa são diferentes daqueles aceitos pelo Código Comercial,
donde uma diferença fundamental na liquidação das avarias entre os sistemas britânico e o
nosso”15.

4
Vício próprio de outra mercadoria
Como regra de interpretação e decisão de amplo alcance nas regulações de sinistros, é
imperioso que tenhamos em mente aquilo que, de forma lapidar, afirma Campos, ou seja,
de que “o vício próprio, como a má qualidade, só se entendem em relação às
mercadorias que deles padecem”16.[grifos meus]
Isto significa que, mesmo no caso de uma mercadoria sujeita ela mesma a vício próprio, se
o dano que lhe atingir for proveniente do vício próprio de outra mercadoria, a apólice
responderá por ele; em outros termos, o segurador deve responder pelo sinistro causado
pelo vício próprio de outra mercadoria, como é o caso do incêndio causado pela
fermentação ou combustão espontânea, ou, ainda, se farinhas ou frutas, por exemplo,
forem atacadas, durante a viagem, por insetos provenientes de outras farinhas, ou outras
frutas embarcadas com infestação, etc. Em tais circunstâncias, o segurador não estará
chamando sobre si a responsabilidade pelo vício próprio, mas, sim, pelo sinistro que tenha
tido como causa o vício próprio.

Vício próprio do navio


Embora já tenhamos mencionado, acima, o vício próprio do navio, é importante
ressalvar que o mesmo, para efeito de cobertura do seguro, não influi sobre a
carga. Assim, os danos produzidos às mercadorias pela entrada de água do mar
por um veio aberto no casco, em conseqüência do mau conserto do navio(vício
próprio), são indenizados pelo segurador da carga; do mesmo modo, também o
segurador do casco não poderá se eximir de responsabilidade por eventuais
danos sofridos pelo navio, alegando terem sido os danos conseqüência, digamos,
de combustão espontânea da carga.

5
1
Halperin, I., Seguros, Ed. Depalma, Buenos Aires, 1976, pgs. 591.
2
Brown, R. H., Marine Insurance - Cargo Practice, volume 2, Ed. Witherby, Londres, 1979, pgs. 101.
3
Vide, por exemplo, o subitem 5.1 da Cláusula “A”, do Instituto dos Seguradores de Londres.
4
Campos, J.V., Da Avaria Particular no Direito Nacional e Internacional, Edit. Revista Forense, Rio de Janeiro, 1952, pgs.
77.
5
Ob. cit., pgs. 85.
6
Ob. cit., pgs. 85.
7
Idem, pgs. 85/86.
8
Idem, pgs. 86.
9
Ob. cit., pgs. 86, 91/92.
10
Apud Campos, J.V., ob. cit., pgs. 110.
11
Ob. cit., pgs. 81/82.
12
Liberto, Dante Di, Manual de Seguros de Transporte Marítimo, Editora do Autor, Lima, Peru, 1983, pgs. 248/9.
Esclarece Liberto que, para se cobrir as eventualidades descritas[danos decorrentes de atraso], os eventuais
interessados poderão recorrer a mercados de seguros especializados, por exemplo em Londres.
13
Ob. cit., pgs. 88.
14
Ob. cit., pgs. 88/89.
15
Ob. cit., pg. 90.
16
Idem, pgs. 86.

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