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Seção I - Benefícios

Tabelas

Texto explicativo

Benefícios consistem em prestações pecuniárias pagas pela Previdência Social aos segurados
ou aos seus dependentes de forma a atender a cobertura dos eventos de doença, invalidez,
morte e idade avançada; a proteção à maternidade, especialmente à gestante; ao salário-
família e ao auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; e a pensão
por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes.

Benefícios de prestação continuada são caracterizados por pagamentos mensais contínuos,


até que alguma causa (a morte, por exemplo) provoque sua cessação. Enquadram-se nesta
categoria as aposentadorias, pensões por morte, auxílios, rendas mensais vitalícias, abonos
de permanência em serviço, os salários família e maternidade, etc, totalizando 67 espécies,
cujas descrições são encontradas no Quadro I.1.

QUADRO I.1 - BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL


BRASILEIRA

Nº NOME DA ESPÉCIE
01 Pensão por morte do trabalhador rural
02 Pensão por morte por acidente do trabalho do trabalhador rural
03 Pensão por morte do empregador rural
04 Aposentadoria por invalidez do trabalhador rural
05 Aposentadoria por invalidez por acidente do trabalho do trabalhador rural
06 Aposentadoria por invalidez do empregador rural
07 Aposentadoria por idade do trabalhador rural
08 Aposentadoria por idade do empregador rural
10 Auxílio-doença por acidente do trabalho do trabalhador rural
11 Renda mensal vitalícia por invalidez do trabalhador rural (Lei nº 6.179/74)
12 Renda mensal vitalícia por idade do trabalhador rural (Lei nº 6.179/74)
13 Auxílio-doença do trabalhador rural
15 Auxílio-reclusão do trabalhador rural
21 Pensão por morte previdenciária (LOPS)
22 Pensão por morte estatutária
23 Pensão por morte de ex-combatente
25 Auxílio-reclusão (LOPS)
26 Pensão Especial (Lei nº 593/48)
27 Pensão por morte de servidor público federal com dupla aposentadoria
28 Pensão por morte do Regime Geral (Decreto nº 20.465/31)
29 Pensão por morte de ex-combatente marítimo (Lei nº 1.756/52)
Renda mensal vitalícia por invalidez (Lei nº 6.179/74 e Lei nº 8.213/91, até
30
31/12/95)
31 Auxílio-doença previdenciário (LOPS)
32 Aposentadoria por invalidez previdenciária (LOPS)
33 Aposentadoria por invalidez de aeronauta
34 Aposentadoria por invalidez de ex-combatente marítimo (Lei nº 1.756/52)
36 Auxílio-acidente previdenciário
37 Aposentadoria de extranumerário da União
38 Aposentadoria da extinta CAPIN
Renda mensal vitalícia por idade (Lei nº 6.179/74 e Lei nº 8.213/91, até
40
31/12/95)
41 Aposentadoria por idade (LOPS)
42 Aposentadoria por tempo de contribuição
43 Aposentadoria por tempo de serviço de ex-combatente
44 Aposentadoria por tempo de serviço de aeronauta
45 Aposentadoria por tempo de serviço de jornalista profissional
46 Aposentadoria especial
47 Abono de permanência em serviço 25%
48 Abono de permanência em serviço 20%
49 Aposentadoria por tempo de serviço ordinária
50 Auxílio-doença (Extinto Plano Básico)
51 Aposentadoria por invalidez (Extinto Plano Básico)
52 Aposentadoria por idade (Extinto Plano Básico)
54 Pensão especial vitalícia (Lei nº 9.793/99)
55 Pensão por morte (Extinto Plano Básico)
56 Pensão mensal vitalícia por síndrome de talidomida (Lei nº 7.070/82)
Aposentadoria por tempo de serviço de professor (Emenda Constitucional
57
nº 18/81)
Aposentadoria excepcional do anistiado (Lei nº 6.683/79, EC nº 26/85 e art. 8º
58
do ADCT)
Pensão por morte excepcional do anistiado (Lei nº 6.683/79, EC nº 26/85 e art.
59
8º do ADCT)
60 Pensão especial mensal vitalícia (lei nº 10.923/04)
Aposentadoria por tempo de serviço de ex-combatente marítimo (Lei
72
nº 1.756/52)
76 Salário-família estatutário da RFFSA (Decreto-Lei nº 956/69)
78 Aposentadoria por idade de ex-combatente marítimo (Lei nº 1.756/52)
79 Abono de servidor aposentado pela autarquia empregadora (Lei nº 1.756/52)
80 Salário-maternidade
81 Aposentadoria por idade compulsória (Ex-SASSE)
82 Aposentadoria por tempo de serviço (Ex-SASSE)
83 Aposentadoria por invalidez (Ex-SASSE)
84 Pensão por morte (Ex-SASSE)
85 Pensão mensal vitalícia do seringueiro (Lei nº 7.986/89)
86 Pensão mensal vitalícia do dependente do seringueiro (Lei nº 7.986/89)
87 Amparo assistencial ao portador de deficiência
88 Amparo assistencial ao idoso
Pensão especial aos dependentes de vítimas fatais por contaminação na
89
hemodiálise - Caruaru-PE
91 Auxílio-doença por acidente do trabalho
92 Aposentadoria por invalidez por acidente do trabalho
93 Pensão por morte por acidente do trabalho
94 Auxílio-acidente por acidente do trabalho
95 Auxílio-suplementar por acidente do trabalho

O processo normal de entrada e saída de um benefício do sistema previdenciário envolve


três etapas: Concessão, Manutenção e Cessação. A Concessão trata do fluxo de entrada de
novos benefícios no sistema; a Manutenção abrange os benefícios ativos e suspensos
constantes no cadastro; e, a Cessação corresponde aos benefícios que não mais geram
créditos. Além disto, mensalmente, é gerado o total de benefícios ativos, o que compõe a
Emissão.

Cabe ressaltar que a apresentação concomitante de informações sobre a quantidade de


benefícios concedidos, mantidos e cessados permitiria, em princípio, a construção da
dinâmica anual dos benefícios no sistema previdenciário, ou seja, o estoque de benefícios no
final do ano poderia ser calculado pela adição ao estoque inicial dos benefícios concedidos e
a subtração dos cessados. Este exercício, no entanto, fica comprometido, uma vez que a
concessão tem como marco temporal a Data de Despacho do Benefício – DDB e não a Data
de Início do Benefício – DIB; e as informações de cessação são parciais, porque um benefício
pode receber a marca de cessado meses depois da data da efetiva cessação.

Benefício de prestação única é aquele cujo pagamento é efetuado em uma só vez.


Atualmente, só é concedido o pecúlio especial de aposentados que retornaram à atividade
(espécie 68). O pecúlio é pago quando se faz necessário reembolsar o segurado do valor
corrigido de contribuições por ele efetuadas após a aposentadoria. Embora extinto pela Lei
nº 8.870/94, este pecúlio ainda é pago para aqueles que contribuíram até março/94, quando
deixarem definitivamente a atividade.

Desde abril de 1992 (data em que efetivamente se operacionalizou a Lei nº 8.213/91) todos
os novos benefícios concedidos estão sendo enquadrados segundo o código estabelecido pelo
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. A existência de benefícios com a antiga
codificação rural permanece apenas para aqueles concedidos antes desta data, enquanto os
mesmos se encontrarem no Cadastro de Benefícios.

Os benefícios são anualmente corrigidos segundo índice estipulado por atos legais (Leis ou
Medidas Provisórias), sempre no mês de maio. O Quadro I.2 apresenta os fatores de reajuste
aplicados aos benefícios do Regime Geral de Previdência Social – RGPS nos últimos três
anos.

QUADRO I.2 - FATORES DE REAJUSTE DE


BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - 2002/2004

LEGISLAÇÃO VIGÊNCIA FATOR DE OBSERVAÇÕES


DA LEI REAJUSTE
Lei nº 8.212, de Vigência de Benefícios de O Art. 4º da M.P. nº 2.187-
24/7/91 01/06/2002. prestação 13, de 2001, alterou o Art. 41
continuada da Lei nº 8.213, de 1991,
reajustados de determinando que os
Lei nº 8.213, de acordo com suas benefícios mantidos pela
24/7/91 datas de início: Previdência Social fossem
atualizados com base em
até jun/2001 - regras macro, pelo Poder
MP nº 2.187-13, 9,20% Executivo, tendo sido
de 24/08/2001; em jul/2001 - definido, a partir de
RPS, aprovado 8,55% 1º/06/2002, o índice de
pelo Decreto nº em ago/2001 - 9,20%, pelo Decreto nº
3.048,de 7,36% 4.249, de 2002, que
06/05/1999 em set/2001 - corresponde ao INPC
6,52% acumulado no período, com
em out/2001 - valor estimado de 0,25% para
Decreto nº 4.249, 6,05% maio de 2002.
de 24/05/2002 em nov/2001 -
5,06%
em dez/2001 -
Portaria MPAS nº 3,72%
525, de em jan/2002 -
29/05/2002. 2,96%
em fev/2002 -
1,87%
em mar/2002 -
1,56%
em abr/2002 -
0,93%
em mai/2002 -
0,25%
Lei nº 8.212, de Vigência de Benefícios de O Art. 4º da MP nº 2.187-13,
24/07/91 01/06/2003. prestação de 2001, alterou o Art. 41 da
continuada Lei nº 8.213, de 1991,
reajustados de determinando que os
Lei nº 8.213, de acordo com suas benefícios mantidos pela
24/07/91 datas de início: Previdência Social fossem
atualizados, com base em
até jun/2002 – regras macro, pelo Poder
MP nº 2.187-13, 19,71% Executivo, tendo sido
de 24/08/2001 em jul/2002 – definido, a partir de
RPS, aprovado 18,98% 1º/06/2002, o índice de
pelo Decreto nº em ago/2002 – 19,71%, pelo Decreto nº
3.048, de 17,63% 4.249, de 2002.
6/5/1999 em set/2002 –
16,63%
em out/2002 –
Decreto nº 4.709, 15,67%
de 24/05/2003 em nov/2002 –
13,88%
em dez/2002 –
Portaria MPS nº 10,15%
727, de em jan/2003 –
29/05/2003. 7,25%
em fev/2003 –
4,67%
em mar/2003 –
3,16%
em abr/2003 –
1,77%
em mai/2003 –
0,38%

Lei nº 8.212, de Vigência de Benefícios de O Art. 4º da MP nº 2.187-13,


24/07/91 01/06/2004. prestação de 2001, alterou o Art. 41 da
continuada Lei nº 8.213, de 1991,
reajustados de determinando que os
Lei nº 8.213, de acordo com suas benefícios mantidos pela
24/07/91 datas de início: Previdência Social fossem
atualizados, com base em
Lei nº10.699, de até jun/2003 – regras macro, pelo Poder
09/07/03 4,53% Executivo, tendo sido
em jul/2003 – definido, a partir de
Lei nº 10.741, de 4,59% 1º/05/2004, o índice de
01/10/03 em ago/2003 – 4,53%, pelo Decreto nº
4,55% 5.061, de 2004. A partir de
em set/2003 – 2004, os benefícios em
MP nº 2.187-13, 4,36% manutenção serão reajustados
de 24/08/2001 em out/2003 – na mesma data de reajuste do
RPS, aprovado 3,51% salário mínimo.
pelo Decreto nº em nov/2003 –
3.048, de 3,11%
6/5/1999 em dez/2003 –
2,73%
em jan/2004 –
Decreto nº 5.061, 2,18%
de 30/04/2004 em fev/2004 –
1,34%
em mar/2004 –
Portaria MPS nº 0,94%
479 de 07/05/2004 em abr/2004 –
0,37%
FONTE: Legislação da Previdência Social.
NOTA: Abaixo encontram-se definidas as siglas usadas nesta tabela
MP - Medida Provisória
MPS - Ministério da Previdência Social
RBPS - Regulamento dos Benefícios da Previdência Social
ROCSS - Regulamento da Organização e do Custeio da Seguridade Social
RPS – Regulamento da Previdência Social

A fonte de dados desta seção é o Sistema Único de Benefícios (SUB), a partir do qual foram
elaboradas tabulações especiais (Plano Tabular da DIGI.N), e atualizado o Sistema Integrado
de Tratamento Estatístico de Séries Estratégicas (SINTESE). Embora residentes na
DATAPREV, os dados são de responsabilidade da Diretoria de Benefícios do INSS.
A seguir são definidos os principais conceitos das informações apresentadas nesta seção:

Espécie de Benefício- a classificação em espécies foi criada pelo INSS para explicitar as
peculiaridades de cada tipo de benefício pecuniário existente. A cada espécie é atribuído um
código numérico de duas posições, como por exemplo, o 42 que se refere à espécie
aposentadoria por tempo de contribuição.

Grupo de Espécies- reúne todas as espécies referentes a um mesmo tipo de benefício. Por
exemplo, as espécies do tipo aposentadorias por tempo de contribuição, dentre elas a 42 e a
44, compõem o grupo Aposentadorias por Tempo de Contribuição.

Segurado- é a pessoa coberta pelo sistema previdenciário, fazendo jus aos benefícios por
este oferecidos.

Beneficiário- é a pessoa que está recebendo algum tipo de benefício pecuniário, podendo
ser o próprio segurado ou o seu dependente.

Salário-de-contribuição- entende-se por salário-de-contribuição, observado o valor


mínimo (salário mínimo) e máximo (R$ 2.508,72 – a partir de maio de 2004):

I - para o empregado e trabalhador avulso - a remuneração auferida em uma ou mais


empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a
qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o seu trabalho;

II - para o empregado doméstico - a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e


Previdência Social – CTPS;

III - para o contribuinte individual - a remuneração auferida em uma ou mais empresas


ou pelo exercício de atividade por conta própria, durante o mês; e,

IV - para o segurado facultativo - o valor por ele declarado.

Salário-base- É o valor declarado pelo contribuinte individual e facultativo e serve como


base de cálculo de sua contribuição social. A escala de salários-base era composta por dez
classes salariais, sendo que o salário-base de cada classe, com exceção da primeira que era
igual ao valor de um salário mínimo, era reajustado na mesma época e com os mesmos
índices aplicados aos benefícios da Previdência Social. A partir da Lei nº 9.876, de 1999, o
número mínimo de meses de permanência em cada classe da escala de salários-base vinha
sendo reduzido, gradativamente, em doze meses a cada ano. Entretanto, a Medida Provisória
nº 83, de dezembro de 2002, convertida em Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003, extinguiu
a escala de salários-base a partir de abril de 2003.

Salário-de-benefício- Consiste:

I - para os benefícios de aposentadoria por idade e por tempo de contribuição, na média


aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, corrigidos, correspondentes a
oitenta por cento de todo período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário; e,

II - para os benefícios de aposentadoria por invalidez e especial, auxílio-doença e auxílio-


acidente, na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, corrigidos,
correspondentes a oitenta por cento de todo período contributivo.

Observações:

1- no caso de aposentadoria por idade, o segurado pode optar pela regra II, se mais
vantajosa;

2 - o fator previdenciário é calculado considerando-se a idade, a expectativa de sobrevida


e o tempo de contribuição, segundo a seguinte fórmula:
Onde:

f = fator previdenciário;

Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria;

Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria;

Id = idade no momento da aposentadoria;

a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31;

3 - a expectativa de sobrevida é obtida de tábua de mortalidade construída pela


Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, considerando-se a média
nacional única para ambos os sexos;

4 - para efeito da aplicação do fator previdenciário, serão adicionados ao tempo de


contribuição:

I - cinco anos, quando se tratar de mulher;

II - cinco e dez anos, quando se tratar, respectivamente, de professor ou professora que


comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação
infantil e no ensino fundamental e médio;

5 - para o segurado filiado à Previdência Social até a data da publicação da Lei nº 9.876,
de 1999, no cálculo do salário-de-benefício será considerada a média aritmética simples dos
maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o
período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994;

6 - para o segurado que cumpriu as condições exigidas para a concessão de


aposentadoria até 28 de novembro de 1999, data da publicação da Lei nº 9.876, poderá ser
concedido benefício, a qualquer tempo, com base nos 36 últimos salários-de-contribuição até
aquela data.

A seguir, são detalhados cada um dos grupos de espécies de benefícios:

PREVIDENCIÁRIOS

Os benefícios previdenciários são regulamentados pelo RGPS os quais, em sua maioria,


dependem de período de carência. Abrangem as aposentadorias, as pensões por morte, os
auxílios, o salário-família e o salário-maternidade.

APOSENTADORIAS

As aposentadorias são pagamentos mensais vitalícios, efetuados ao segurado por motivo de


tempo de contribuição, idade, incapacidade para o trabalho ou trabalho exercido em
atividades sujeitas a agentes nocivos.

Aposentadorias por Tempo de Contribuição


A aposentadoria por tempo de contribuição é devida ao segurado que completa, no mínimo,
35 anos de serviço, se do sexo masculino, ou 30, se do sexo feminino. Seu valor
corresponde a 100% do salário-de-benefício.

O Quadro I.3 apresenta algumas características de cada espécie de aposentadoria por tempo
de contribuição.

QUADRO I.3 - CARACTERÍSTICAS DAS


APOSENTADORIAS POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

ESPÉCIE CARACTERÍSTICAS
Integral aos 35 anos de contribuição, se do sexo masculino, ou aos 30,
42 se do sexo feminino; proporcional aos 30 ou 25 anos de contribuição,
respectivamente.
43 Integral aos 25 anos de contribuição (não é mais concedida).
Integral aos 25 anos de serviço e idade mínima de 45 anos (não é
44
mais concedida).
45 Integral aos 30 anos de serviço (não é mais concedida).
Integral aos 15, 20 ou 25 anos de contribuição, dependendo da
46
exposição a agentes nocivos.
Integral aos 30 anos de serviço e idade mínima de 50 anos (não é
49
mais concedida).
Integral aos 30 anos de contribuição, se do sexo masculino, ou aos 25,
57
se do sexo feminino.
58 Proporcional ao tempo de contribuição (não é mais concedida).
72 Integral aos 25 anos de serviço (não é mais concedida).
82 Integral aos 35 anos de serviço (não é mais concedida).
OBS: Com a edição da Lei nº 8.213/91, os trabalhadores e empregadores rurais
passaram a ter direito à aposentadoria por tempo de contribuição, desde que
cumpram o período de carência de 15 anos de contribuição.

O segurado inscrito na Previdência Social até 16 de dezembro de 1998 (data da publicação


da Emenda Constitucional nº 20, de 1998) pode se aposentar aos 25 e 30 anos de
contribuição, respectivamente, se do sexo feminino ou masculino, desde que tenha 48 ou 53
anos de idade. Nesse caso, o tempo de contribuição que faltava, em 16 de dezembro de
1998, para completar os 25 ou 30 anos, será majorado em 40% e o valor do benefício
corresponderá a 70% do salário-de-benefício acrescido de 5% por cada grupo de 12
contribuições, até o limite de 100%.

O professor e a professora podem se aposentar, respectivamente, aos 25 e 30 anos de


contribuição, desde que comprovem, exclusivamente, tempo de efetivo exercício das funções
de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

A aposentadoria especial é devida ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições


especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15, 20 ou 25 anos,
devendo ser comprovada a exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou
associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física.

Aposentadorias por Idade


A aposentadoria por idade é devida ao segurado que alcança o limite de idade de 65 anos, se
homem, ou de 60 anos, se mulher, exceto no caso dos trabalhadores rurais, para os quais
esses limites são de 60 e 55 anos, respectivamente.

Dentre as seis espécies de aposentadoria por idade (07, 08, 41, 52, 78 e 81), apenas a 41
ainda é concedida. A 07 e a 08 tiveram a concessão suspensa a partir da Lei nº 8.213, de
1991, em função da unificação dos regimes urbano e rural. A 52 foi extinta a partir da lei
Complementar nº 11/71 e a 81 a a partir da Lei nº 6.430/77.

Se o empregado já cumpriu o período de carência, ao completar 70 anos de idade, se do


sexo masculino, ou 65, se do sexo feminino, a empresa pode requerer sua aposentadoria,
sendo esta compulsória.

O prazo de carência está sendo gradualmente aumentado para 180 meses, com acréscimos
de 6 meses a cada ano. Em 2004, o número mínimo de meses exigidos era 138. A carência
de 180 meses será alcançada no ano 2011.

Aposentadorias por Invalidez

Tem direito à aposentadoria por invalidez o segurado que, estando ou não em gozo de
auxílio-doença, é considerado incapaz para o trabalho, e insuscetível de reabilitação para o
exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. O aposentado por invalidez tem
cancelada a aposentadoria se voltar voluntariamente à atividade, ao contrário dos outros
tipos de aposentadorias, que são vitalícias.

Dentre as sete espécies de aposentadoria por invalidez (04, 06, 32, 33, 34, 51 e 83), apenas
a 32 ainda é concedida. A 04 e a 06 tiveram a concessão suspensa a partir da Lei nº 8.213,
de 1991, em função da unificação dos regimes urbano e rural. A 34 foi extinta a aprtir da Lei
nº5.698/71, a 51 pela Lei Complementar nº 11/71 e a 83 pela Lei nº 6.430/77.

As aposentadorias por invalidez por acidente do trabalho, espécies 05 e 92, estão incluídas
nos capítulos referentes a benefícios acidentários.

PENSÕES POR MORTE

A pensão por morte é devida ao(s) dependente(s) do segurado, aposentado ou não, que
falece. Perde o direito à pensão o pensionista que falecer; o menor que se emancipar ou
completar 21 anos de idade, salvo se inválido; ou o inválido, caso cesse a sua invalidez.

Das onze espécies de pensão por morte (01, 03, 21, 22, 23, 26, 27, 28, 29, 59 e 84), são
concedidas apenas a 21, 23, 29, 59 e 84. As espécies 01 e 03 tiveram sua concessão
suspensa a partir da Lei nº 8.213, de 1991, devido à unificação dos regimes urbano e rural.
A espécie 22 foi extinta a partir da lei nº 8.112/90, as espécies 26 e 28 pela Lei nº 3.807/60
e a espécie 55 pela Lei Complementar nº 11/71.

As pensões por morte estatutárias, espécie 22, estão sendo transferidas para os respectivos
órgãos de origem.

O valor da pensão por morte é de 100% da aposentadoria que o segurado recebia ou teria
direito a receber caso se aposentasse por invalidez e dividido em partes iguais entre os seus
dependentes.

As pensões por morte decorrentes de acidente do trabalho, espécies 02 e 93, estão incluídas
nos capítulos referentes a benefícios acidentários.
AUXÍLIOS

Os auxílios previdenciários são classificados em auxílio-doença, auxílio-reclusão e auxílio-


acidente.

O auxílio-doença tem caráter temporário e é devido ao segurado que fica incapacitado, por
motivo de doença. São três as espécies de auxílio-doença (13, 31 e 50), sendo que apenas a
31 ainda é concedida. A 13 teve a concessão suspensa a partir da Lei nº 8.213, de 1991,
devido a unificação dos regimes urbano e rural. E a espécie 50 foi extinta a partir da Lei
Complementar nº 11/71.

O auxílio-reclusão é devido ao(s) dependente(s) do segurado detento ou recluso, desde que


este não receba qualquer espécie de remuneração da empresa, nem esteja em gozo de
auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço ou tenha remuneração
superior a R$ 586,19 (a partir de 1º de maio de 2004). São três as espécies de auxílio-
reclusão (15, 25 e 53), sendo que apenas a 25 ainda é concedida. A 15 teve a concessão
suspensa a partir da Lei nº 8.213/91, devido a unificação dos regimes urbano e rural. E a
espécie 53 foi extinta a partir da Lei Complementar nº 11/71.

O auxílio-acidente previdenciário,espécie 36, regulamentado pela Lei nº 9.032/95 é devido


ao segurado que, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer
natureza, sofra de redução de capacidade funcional. É pago à título de indenização e
corresponde a 50% do salário-de-benefício do segurado. O recebimento de salário ou a
concessão de outro benefício não prejudica a continuidade do recebimento do auxílio-
acidente, vedada a acumulação com qualquer aposentadoria.

Os auxílios decorrentes de acidentes do trabalho, espécies 10, 94 e 95, estão incluídos nos
capítulos referentes a benefícios acidentários.

OUTROS

Salário-Família

O salário-família é devido ao segurado empregado, exceto o doméstico, e ao trabalhador


avulso, tanto na condição de ativo como na de aposentado por idade ou por invalidez e aos
demais aposentados aos 65 anos de idade, se do sexo masculino, e aos 60 anos de idade, se
do sexo feminino, ou, ainda, em gozo de auxílio-doença, na proporção do respectivo número
de filhos ou equiparados, de até 14 anos de idade, ou de qualquer idade se inválido.

O valor mensal da cota por filho ou equiparado, a partir de 1º de maio de 2004, passou a ser
de R$ 20,00 para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 390,00 e de R$
14,09 para o segurado com remuneração mensal superior a R$ 390,00 e igual ou inferior a
R$ 586,19.

A espécie 76 (salário-família) refere-se às cotas pagas aos beneficiários estatutários da


RFFSA (Decreto nº 956/69).

Salário-Maternidade

O salário-maternidade é devido a todas as seguradas da Previdência Social durante 28 (vinte


e oito) dias antes do parto e 91 (noventa e um) dias depois, pago diretamente pelo INSS no
caso das seguradas trabalhadora avulsa, empregada doméstica, contribuinte individual,
especial e facultativa. A Lei nº 10.710, de 05 de agosto de 2003, alterou a Lei nº 8.213/91,
restabelecendo o pagamento, pela empresa, do salário-maternidade devido à segurada
empregada gestante. Não é exigida carência para as seguradas empregada, empregada
doméstica e trabalhadora avulsa, sendo exigida a carência de dez contribuições mensais para
as seguradas contribuinte individual e facultativa. A segurada especial deverá comprovar o
exercício de atividade rural nos últimos dez meses imediatamente anteriores ao
requerimento do benefício, mesmo que de forma descontínua.

A renda mensal do salário-maternidade consiste:

I - em valor igual à sua remuneração integral, no caso de segurada empregada;

II - em valor igual à sua remuneração integral, equivalente a um mês de trabalho, no


caso de segurada trabalhadora avulsa;

III - em valor correspondente ao do seu último salário-de-contribuição, no caso de


segurada empregada doméstica;

IV - no valor de um salário mínimo, no caso de segurada especial; e,

V - em valor correspondente a um doze avos da soma dos doze últimos salários-de-


contribuição, apurados em período não superior a quinze meses, no caso das seguradas
contribuinte individual e facultativa.

Juntamente com sua última parcela, é pago o abono anual (13º salário) do salário-
maternidade, proporcional ao período de duração do benefício.

Do valor da renda mensal do salário-maternidade será deduzida a sua contribuição mensal.


No caso de segurada empregada, a empresa deve pagar as contribuições patronais sobre o
valor do salário-maternidade recebido pela segurada, e , no caso da segurada empregada
doméstica, cabe ao seu empregador recolher 12% sobre sua remuneração.

ACIDENTÁRIOS

O benefício acidentário é devido ao segurado acidentado, ou ao(s) seu(s) dependente(s),


quando o acidente ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa, equiparando-se a
este a doença profissional ou do trabalho ou, ainda, quando o mesmo é sofrido no percurso
entre a residência e o local de trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação funcional
que cause a morte ou redução da capacidade para o trabalho.

Os benefícios acidentários classificam-se em aposentadoria, pensão por morte, auxílio-


doença, auxílio-acidente e auxílio-suplementar.

Tem direito à aposentadoria por invalidez, espécie 92, o segurado acidentado que, estando
ou não em gozo de auxílio-doença acidentário, é considerado incapaz e insuscetível de
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência.

A pensão por morte, espécie 93, é devida ao(s) dependente(s) do segurado que falece em
conseqüência de acidente do trabalho.

O auxílio-doença, espécie 91, é devido ao segurado que fica incapacitado, por motivo de
doença decorrente de acidente do trabalho.

O auxílio-acidente, espécie 94, é devido ao segurado acidentado que, após consolidação das
lesões decorrentes do acidente do trabalho, apresenta seqüela que implique na redução de
sua capacidade laborativa. A concessão do benefício independe de qualquer remuneração
auferida pelo acidentado, mesmo quando esta se refere a um outro benefício, exceto a de
qualquer aposentadoria.
O auxílio-suplementar, espécie 95, era devido ao segurado acidentado que, após
consolidação das lesões decorrentes do acidente do trabalho, apresentava seqüela que
implicava na redução da sua capacidade laborativa e que, caso não impedisse o desempenho
da mesma atividade, exigia-lhe, permanentemente, maior esforço na realização do trabalho.
A Lei nº 8.213/91 extinguiu a concessão desta espécie de benefício.

Mediante a unificação dos regimes urbano e rural, a Lei nº 8.213/91 extinguiu a concessão
das espécies 02, 05 e 10, elevando para um salário-mínimo o valor fixo dos benefícios em
manutenção dessas três espécies.

ASSISTENCIAIS

Os benefícios assistenciais são aqueles concedidos independentemente de contribuições


efetuadas. São eles: renda mensal vitalícia, amparos assistenciais e pensão mensal vitalícia.

A renda mensal vitalícia foi criada pela Lei nº 6.179/74. Era devida ao maior de 70 anos ou
ao inválido que não exercia atividade remunerada e que comprovava não possuir meios de
prover sua própria subsistência ou de tê-la provida por sua família.

São quatro as espécies de rendas mensais vitalícias: a 12 e a 40, para segurados maiores de
70 anos, e a 11 e a 30, para segurados inválidos. A 11 e a 12 não são mais concedidas
desde a Lei nº 8.213, de 1991, em razão da unificação dos regimes urbano e rural. Esse
benefício foi totalmente extinto, a partir de 31 de dezembro de 1995, por força da Lei nº
8.742, de 1993, regulamentada pelo Decreto nº 1.744, de 08 de dezembro de 1995.

Com a regulamentação da Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei nº 8.742, de


1993), foi determinada a concessão dos amparos assistenciais. São duas as espécies: a 87,
para portadores de deficiência, e a 88, para idosos maiores de 65 anos.

Tal qual as rendas mensais vitalícias, os amparos assistenciais têm valor fixo igual a 1
salário-mínimo, garantido à pessoa portadora de deficiência ou idosa, com 65 anos ou mais,
que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por
sua família.

Considera-se que uma família está incapacitada de prover a manutenção do inválido ou do


idoso, se a renda mensal familiar “per capita” for inferior a ¼ do salário-mínimo. Os amparos
assistenciais não possuem distinção por clientela. Os dados são apresentados na clientela
urbana para facilitar a leitura da tabela.

A pensão mensal vitalícia instituída pela Lei nº 7.070, de 1982, é devida ao segurado
portador da deficiência conhecida como “Síndrome de Talidomida” (espécie 56) e o valor da
pensão depende do grau de incapacidade do beneficiário.

A pensão mensal vitalícia devida ao seringueiro (espécie 85) e ao(s) dependente(s) do


seringueiro (espécie 86), foi criada pela Lei nº 7.986, de 1989, com valor fixo igual a 2
salários-mínimos. É devida aos seringueiros que trabalharam durante a Segunda Guerra
Mundial nos seringais da Região Amazônica e que não possuem meios para sua subsistência.

A Lei nº 9.422, de 24 de dezembro de 1996, criou um novo tipo de pensão mensal vitalícia a
ser concedida ao cônjuge, companheiro ou companheira, descendente, ascendente e
colaterais até o 2º grau das vítimas fatais de hepatite tóxica, por contaminação em processo
de hemodiálise no Instituto de Doenças Renais de Caruaru/PE, no período compreendido
entre fevereiro e março de 1996. A pensão tem valor fixo de um salário-mínimo.

A Lei nº 9.793, de 19 de abril de 1999, criou o benefício de pensão especial vitalícia em favor
de Cláudio e Orlando Villas Boas, cuja espécie foi caracterizada com o nº 54.

A Lei nº 10.923, de 24 de julho de 2004, criou o benefício de pensão especial mensal


vitalícia em favor de Orlando Lovecchio Filho, cuja espécie foi caracterizada com o nº 60.

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