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O que é CIPA?

CIPA significa Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Seu


objetivo é "observar e relatar as condições de risco nos ambientes de trabalho
e solicitar medidas para reduzir até eliminar o riscos existentes e/ou neutralizar
os mesmos..." Sua missão é, portanto, a preservação da saúde e integridade
física dos trabalhadores e de todos os que interagem com a empresa (aqueles
que prestam serviço para a empresa).
Cabe à CIPA investigar os acidentes e promover e divulgar o zelo pela
observância das normas de segurança, bem como a promoção da Semana
Interna de Prevenção de Acidentes (SIPAT).
Aos trabalhadores da empresa compete indicar à CIPA situações de
risco, apresentar sugestões e observar as recomendações quanto à prevenção
de acidentes, utilizando os equipamentos de proteção individual (EPIs) e de
proteção coletiva fornecidos pelo empregador, bem como submeter-se a
exames médicos previstos em Normas Regulamentadoras, quando aplicável.
Vale lembrar que a CIPA não trabalha sozinha!! O seu papel mais
importante é o de estabelecer uma relação de diálogo e conscientização, de
forma criativa e participativa, entre gerentes e colaboradores em relação à
forma como os trabalhos são realizados, objetivando sempre melhorar as
condições de trabalho, visando a humanização do trabalho.
A CIPA é regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
nos artigos 162 a 165 e pela Norma Regulamentadora 5 (NR-5), contida na
portaria 3.214 de 08.06.78 baixada pelo Ministério do Trabalho. A CIPA não é
uma invenção brasileira. Este instrumento de prevenção surgiu a partir de uma
sugestão de trabalhadores de diversos países reunidos na Organização
Internacional do Trabalho (OIT). Eles recomendaram a criação dos Comitês de
Seguridade para grupos de 20 trabalhadores. Nos mais de 150 países
atualmente filiados à OIT existem órgãos com diferentes nomes mas com uma
só função: preservar a integridade do trabalhador.
Sua Formação e Atribuições

Como a CIPA é formada?


A organização da CIPA é obrigatória nos locais de trabalho seja qual for
sua característica - comercial, industrial, bancária, com ou sem fins lucrativos,
filantrópica ou educativa e empresas públicas - desde que tenham o mínimo
legal de empregados regidos pela CLT conforme o quadro 1 da NR-S. A CIPA
é composta por representantes titulares do empregador e dos empregados e
seu número de participantes deve obedecer às proporções mínimas
estabelecidas no quadro citadas e reproduzidas ao lado. O grau de risco no
local de trabalho também é levado em conta para a organização da CIPA.
Assim, por exemplo, para uma empresa metalúrgica (grau 4) basta ter
20 empregados para ter uma CIPA organizada, enquanto que um banco (grau
1) precisa legal de trabalhadores em uma empresa, mas eles estejam divididos
em vários locais de trabalho, a lei determina que deva haver pelo menos uma
CIPA que tratará da segurança de todos os trabalhadores da referida empresa.
Os representantes do empregador são designados pelo próprio, enquanto que
os dos empregados são eleitos em votação secreta representando,
obrigatoriamente, os setores de maior risco de acidentes e com maior número
de funcionários. A votação deve ser realizada em horário normal de expediente
e tem que contar com a participação de, no mínimo, a metade mais um do
número de funcionárias de cada setor. A lista de votação assinada pelos
eleitores deve ser arquivada por um período mínimo de três anos na empresa.
A lei confere a DRT, como órgão de fiscalização competente, o poder de
anular uma eleição quando for constatado qualquer tipo de irregularidade na
sua realização.
Os candidatos mais votados assumem a condição de membros titulares.
Em caso de empate, assume o candidato que tiver maior tempo de trabalho na
empresa. Os demais candidatos assumem a condição de suplentes, de acordo
com a ordem decrescente de votos recebidos. Os candidatos votados não
eleitos como titulares ou suplentes devem ser relacionados na ata da eleição,
em ordem decrescente de votos, possibilitando uma futura nomeação. A CIPA
deve contar com tantos suplentes quantos forem os titulares sendo que estes
não poderão ser reconduzidos por mais de dois mandatos consecutivos.
A estrutura da CIPA é composta pelos seguintes cargos: Presidente
(indicado pelo empregador); Vice-presidente (nomeado pelos representantes
dos empregados, entre os seus titulares); Secretário e suplente (escolhidos de
comum acordo pelo representante do empregador e dos empregados). Cabe
ao Ministério do Trabalho, através das Delegacias Regionais do Trabalho
(DRTS) fiscalizar a organização das CIPAS. A que não cumprir a lei será
autuada por infração ao disposto no artigo 163 da CLT, sujeitando-se à multa
prevista no artigo 201 desta mesma legislação.

Atribuições:

As atribuições básicas de urna CIPA são as seguintes:

1)Investigar e analisar os acidentes ocorridos na empresa.

2) Sugerir as medidas de prevenção de acidentes julgadas necessárias por


iniciativa própria ou sugestão de outros empregados e encaminhá-las ao
presidente e ao departamento de segurança da empresa.

3) Promover a divulgação e zelar pela observância das normas de segurança,


ou ainda, de regulamentos e instrumentos de serviço emitidos pelo
empregador.

4) Promover anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes


(SIPAT).

5) Sugerir a realização de cursos, palestras ou treinamentos, quanto à


engenharia de segurança do trabalho, quando julgar necessário ao melhor
desempenho dos empregados.

6) Registrar nos livros próprios as atas de reuniões ordinárias e extraordinárias


e enviar cópia ao departamento de segurança.
7) Preencher ficha de informações sobre situação da segurança na empresa e
atividades da CIPA e enviar para o Ministério do Trabalho. Preencher ficha de
análise de acidentes. Deve ser enviada cópia de ambas as fichas ao
departamento de segurança da empresa. O modelo destas fichas pode ser
encontrado em qualquer DRT.

8) Manter controle sobre as condições de trabalho dos funcionários e


equipamentos das empreiteiras e comunicar ao presidente as irregularidades
encontradas.

9) Elaborar anualmente o Mapa de Risco.

O que é o mapa de risco?


Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores
presentes nos locais de trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo
ser completo ou setorial), capazes de acarretar prejuízos à saúde dos
trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho.Tais fatores têm origem nos
diversos elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos,
instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização do
trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de
trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.).

PARA QUE SERVE?


 Serve para a conscientização e informação dos trabalhadores através
da fácil visualização dos riscos existentes na empresa.
 Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da
situação de segurança e saúde no trabalho na empresa.
 Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de
informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua
participação nas atividades de prevenção.
COMO SÃO ELABORADOS OS MAPAS?
• Conhecer o processo de trabalho no local analisado: os trabalhadores:
número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde,
jornada; os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades exercidas; o
ambiente.
• Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação
específica dos riscos ambientais.
• Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia. Medidas de
proteção coletiva; medidas de organização do trabalho; medidas de proteção
individual; medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários,
armários, bebedouro, refeitório, área de lazer.
• Identificar os indicadores de saúde, queixas mais freqüentes e comuns entre
os trabalhadores expostos aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos,
doenças profissionais diagnosticadas, causas mais freqüentes de ausência ao
trabalho.
• Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.
• Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de
círculos:
1. O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada.
2. O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado
dentro do círculo.
3. A especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido
clorídrico; o ergonômico-repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser
anotada também dentro do círculo. A intensidade do risco, de acordo
com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por
tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos.
4. Quando em um mesmo local houver incidência de mais de um risco de
igual gravidade, utiliza-se o mesmo círculo, dividindo-o em partes,
pintando-as com a cor correspondente ao risco.
5. Depois de discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo
ou setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de forma
claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores.
Tabela de Gravidade:

Simbologia das cores:

Exemplo de Mapa de Risco:

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