Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1-Morfologia.
3.1-Mecanismos Patogênicos
Malária
1-Morfologia
Esporozoítas. São organismos alongados com extremidades afiladas, que medem
11 um de comprimento por 1 um de diâmetro, em media. Sua membrana externa
encontra-se revestida de uma capa superficial formada principalmente por um material
protéico- a proteína circunsporozoítica- de grande importância.
Na extremidade anterior, em forma de cone trucando, há um sistema de
penetração ou complexo apical que compreende três formações anulares, centrados por
uma pequena depressão apical, aonde vêm ter um par de roptrias e numerosos
micronemas. Estas estruturas contêm substâncias necessárias à aderência e penetração
do parasito nas células do hospedeiro vertebrado.
Criptozoítas. A penetração do parasito nas células hepáticas depende da proteína
transmembrana do grupo das trambospondinas, já referida, que parece essencial para a
aderência do Esporozoítas ao hepatócito e para sua endocitose.
Assim que se encontrem no interior das células do fígado, as formas infectantes
acima descritas sofrem profundas transformações morfológicas, para dar lugar à fase
esquizogônica de crescimento e multiplicação dos plasmódios. As modificações
compreendem uma grande simplificação estrutural, desaparecendo os componentes do
aparelho apical e outras estruturas fibrilares ou membranosas que asseguravam a forma
Esporozoítas. Por isso ele se torna agora arredondado.
3- Patologia
A malária é doença sistemática que provoca alterações nas maiorias dos órgãos,
variando, porém sua gravidade dentro de amplos limites, desde as formas benignas até
as muito graves e fatais. A principal ação patogênica é exercida pela anóxia dos tecidos,
devida a redução da capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue. A ela somam-se
as perturbações locais do fluxo circulatório e um aumento da glicólise anaeróbia dos
tecidos.
Anóxia. A falta de oxigênio é uma decorrência da destruição intra e extra
vascular de elevado número de hemácias, parasitadas ou não.
Parte de tal destruição ocorre quando merócitos rompem as hemácias onde
estão. Os macrófagos fagocitam esses restos celulares, mas também eritrócitos inteiros
contendo parasitos, bem como outros trazem, adsorvidos na superfície, os
imunocomplexos com complemento. O complemento destes complexos, além de
danificar a membrana celular, facilita sua fagocitose. A redução de taxa de hemoglobina
começa desde os primeiros dias de febre se torna evidente ao fim da semana.
Perturbações Circulatórias. A circulação em certas áreas é perturbada por vaso
constrição arteriolar e dilatação capilar, que agravam anóxia local.
Aumento da Glicólise Anaeróbia. Outro fator de anóxia histotóxica desenvolve-
se no interior das próprias células. Assim, a fosforilação oxidativa das mitocôndrias
hepáticas e inibidas pelo soto de pacientes com malária aguda, com o que prevalece a
glicólise anaeróbica.
Acumulação de Pigmento. A hemozoína lançada na circulação e fagocitada
pelos leucócitos, pelos macrófagos e pelos demais elementos do sistema fagocitário. O
acumulo de hemozoína nos tecidos, principalmente nas formas crônicas da malária, leva
a uma pigmentação escura dos órgãos.
Antígenos Parasitados. Na fase eritrocitária da infecção constata-se no sangue a
presença dos imunógenos que integram as várias formas do parasito, mas também a
existência de antígenos parasitários solúveis, que circulam no plasma ou que se
manifestam na superfície da membrana das hemácias, parasitadas ou não. Estes
antígenos estão presentes durante as infecções e nas primeiras semanas depois da cura.
5- Profilaxia
Para evitar ser picado pelos mosquitos, telar as habitações, usar mosquiteiros
para camas e redes, roupas que assegurem cobertura adequada e repelente. Recomenda-
se, também, utilizar mosqueteiros e cortinas impregnadas com piretróides.
Em vista de insuficiência desses métodos, recomenda-se a quimioprofilaxia,
particularmente para aqueles que devem expor-se ao risco de infecções por prazos
limitados. A cloroquina é a droga mais usada, devendo um adulto tomar 300mg, uma
vez por semana enquanto permanecer na área endêmica. Pode-se também usar a
amodiaquina, 400mg para um adulto, semanalmente. Ao regressar da zona malarígena,
convém prolongar essa medicação durante quanto a cinco semanas.
Para proteção em áreas onde há P.falciparum resistente à cloroquina, tomar,
além da medicação acima prescrita, também três comprimido de Fansidar
semanalmente; ou Metakelfin três comprimidos semanais.
As doses de antimaláricos para crianças, ou adultos com menos de 60 kg de
peso, devem ser reduzidas.