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Vamos no que segue analisar o processo que constitui uma das principais infra-
estruturas da ITIL na medida em que vai servir de base para todos os processos em
geral. Trata-se da designada Gestão das Configurações a qual tem objectivos
muito bem definidos de acordo com o OGC – Office of Government Commerce, que
neste momento é a entidade responsável pela ITIL:
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Texto escrito para o semanário Expresso – caderno “Inovação & Tecnologia” por Francisco Ferrão
“Identificar, controlar e auditar a informação necessária para gerir os serviços de TI’s
definindo, e mantendo, uma base de dados (designada por CMDB – Configuration
Management Data Base) de itens controlados (designados por CI – Configuration
Item), o seu estado, ciclos de vida e relações entre si bem como qualquer
informação necessária para gerir a qualidade dos serviços de TI, com custos dentro
dos limites.”
CI – Configuration Item
“É a base de dados que regista todos os CI’s mantendo os seus registos em termos
das suas versões, situações e relações entre eles (por exemplo um gravador de
DVD que faz parte de um dado PC ou ainda um dado software que está instalado
num determinado servidor). Na sua forma mais simples pode estar inicialmente em
papel ou mesmo numa folha de cálculo.”
Será aqui muito importante fazer a distinção entre a CMDB e a designada Asset
Management (ou Gestão de Activos de TI’s), a visão mais “contabilística” desses
activos, isto é, teremos então que a
enquanto que a
CMDB – Configuration Management Data Base – vai para além da gestão de activos
dado que fornece toda a informação técnica sobre os CI’s tais como a sua situação,
localização e o histórico das alterações que já tiveram (por exemplo, as suas
releases).
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Texto escrito para o semanário Expresso – caderno “Inovação & Tecnologia” por Francisco Ferrão
• Controlo – assegurar que apenas os CI autorizados, e identificáveis, são
aceites e registados. Assegurar que nenhum CI é adicionado, modificado,
substituído ou removido sem a adequada documentação de controlo, por
exemplo, um RFC – Request for Change (pedido de alterações) aprovado e
uma especificação actualizada;
• Situação – registar todos os CI’s e a sua relação na CMDB, incluindo as
alterações. Comunicar todos os dados actuais, e históricos, que dizem
respeito a cada CI através do seu ciclo de vida. Deste modo todas as
alterações dos CI’s, e os seus registos, podem ser avaliados em termos da
sua evolução. Poder-se-á então saber em qualquer momento a sua situação,
por exemplo, “em desenvolvimento”, “em testes”, “em produção” ou mesmo
“desactivado”;
• Verificação e auditorias – é o conjunto de revisões, e auditorias, que verificam
a existência física dos CI’s, e se estão correctamente registados, no sistema
de gestão de configurações, isto é, analisar a qualidade dos dados da CMDB;
• Relatórios – de toda a informação da CMDB de uma forma pré-definida ou
então sempre que necessário.
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Texto escrito para o semanário Expresso – caderno “Inovação & Tecnologia” por Francisco Ferrão
Com a Gestão de Alterações
É importante também analisar alguns indicadores e uma, entre outras, métricas que
permitem avaliar a utilização da Gestão de Configurações.
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Texto escrito para o semanário Expresso – caderno “Inovação & Tecnologia” por Francisco Ferrão
Vamos descrever agora uma das métricas possíveis para análise da qualidade dos
dados sobre os CI’s na CMDB e que infelizmente se constata ser muito comum nas
organizações em geral:
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Texto escrito para o semanário Expresso – caderno “Inovação & Tecnologia” por Francisco Ferrão
Notas Finais
Pelo que ficou exposto cremos que ressaltou a enorme importância que a Gestão de
Configurações tem para as organizações, mesmo no caso em que não está
implementada a ITIL, mas que assume particular relevância neste caso particular.
Todo o esforço da sua implementação, e consequente manutenção, deverá ser
considerado como um investimento que trará retornos quantitativos, e qualitativos,
muito difíceis de avaliar inicialmente mas que com certeza virão a acontecer no
futuro.
Francisco Ferrão
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Texto escrito para o semanário Expresso – caderno “Inovação & Tecnologia” por Francisco Ferrão