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Foi numa tarde ensopada de Janeiro, quando as vidraças da janela choravam por causa da chuva e os
pátios se despediam das bolas, que a professora anunciou o tema da redacção: "A minha turma". Nessa
altura Romeu pensou: " É canja! Está no papo!" E sorriu. A professora viu-o sorrir para o tecto e esteve
quase, quase, para lhe perguntar se andava a namorar alguma lâmpada, mas não perguntou. E ainda
bem, pois o miúdo sorria de pura felicidade. Pudera! Precisava tanto de lhe demonstrar que já se
exprimia melhor por escrito! Quinze dias antes, quase no fim da aula, e como por acaso, ela dissera-lhe:
- Romeu, a tua cabeça parece um sótão desarrumado! Ordena as ideias. Escreve mais e melhor.
E pronto, ali estava a sua oportunidade. Sim, que sobre a turma, podia ele falar horas a fio.
Lucília Bonacho
O Futuro Está a Estudar
6. "É canja!Está no papo!" Que queria o Romeu dizer com estas expressões?
7. Por que razão a professora esteve quase a perguntar-lhe se andava a namorar alguma lâmpada?
seus colegas.
II
João e a Matemática
João saiu da escola furioso. Mais uma negativa a matemática! Ia ficar de castigo
e, ainda por cima, lhe cortavam a semanada.
- Para que serve a matemática? – Interrogava-se ele. – Os cães, os gatos, os
elefantes vivem sem fazer contas. Antes de inventarem a escolaridade obrigatória a
humanidade era feliz sem essa tortura. Pior que a matemática, só as injecções da
Tia Engrácia.
Deu um pontapé numa pedra e logo, por azar tráz!!!! A maldita foi acertar no
vidro da drogaria. Plim…plim…plim desfez-se em cacos.
João largou a correr, atrás dele o droguista, atrás os colegas a rir, numa chacota.
- Que pontaria!
-Não acertas nas contas mas acertas nas montras.
- Vais ser convidado para a selecção de futebol. Este foi o melhor golo do
campeonato.
Fingindo não os ouvir, o rapaz esgueirou-se, saltou para um autocarro, sem
saber o destino que levava.
Aos balanços, sacudindo para ali e além, via passar casas e ruas desconhecidas.
Perdido por cem, perdido por mil. Havia de ir até ao fim da carreira. Voltar para
casa para quê? Para apanhar um raspanete?
Era quase noite quando o autocarro finalmente parou junto a um lago triste.
Apeou-se. Não sabia onde estava. Foi vagueando ao acaso, por entre prédios
arruinados, até um jardim onde meia dúzia de árvores erguiam os ramos para o
céu, como fantasmas reformados. Doía-lhe a cabeça e tinha a barriga a dar horas.
Sentou-se num banco em frente estava uma pasta de crocodilo.
Sempre fora curioso. Deu dois passos, carregou o fecho dourado e que viu ele?
Milhares e milhares de notas de 50 euros. Procurou um nome, uma morada.
Absolutamente nada.
Olhou mais uma vez em volta. Ninguém. Então atirou fora os cadernos e livros e
atulhou a mochila com aquela inesperada fortuna.
A cabeça quase lhe andava à roda de fome e entusiasmo. Podia comprar uma
quinta, um carro, um cavalo, tudo o que desejasse. Só não podia livrar-se da
matemática.
Até aos catorze anos era forçado a ir para a escola.
E ainda dizem que há liberdade!
( ) muito feliz.
( ) furioso.
( ) triste.
4. Para fugir dos seus colegas e do droguista que o perseguiam, João entrou...
( ) num autocarro
( ) num táxi
( ) da drogaria
II
Responde às seguintes questões de forma completa:
1. Identifica o autor do texto e a obra da qual foi retirado.
5.1. Transcreve do texto as frases que mostram como é que os colegas comentaram o
seu “pontapé certeiro”.
5.2. O que fez o nosso herói para solucionar o problema e fugir daqueles que o
perseguiam? Concordas com a atitude dele? Justifica a tua resposta.
10.1. Descreve as emoções e os sentimentos que pensas que João sentiu nesse
momento.
11. O que é que o João fez após ter descoberto o tesouro dentro da pasta de
crocodilo?
III
1. Completa a tabela seguinte, fazendo a translineação das palavras da coluna
A na coluna B classificando-as respectivamente quanto ao número de sílabas na
coluna C.
1
Do rapaz.
6. Escreve uma frase imperativa, qualquer, na forma
negativa.____________________________
_________________________________________________________________
_____________
7. Analisa morfologicamente (classe e subclasse, se for possível) as palavras a
negro, pertencentes às frases seguintes:
Foi a primeira conversa a sério que o Silvestre Cuco teve com o filho. Este nunca
mais esqueceu tal dia, em que fez uma das descobertas mais surpreendentes da sua
vida.
a Em
conversa descobertas
a surpreendentes
Silvestre da
com sua
10. Escreve uma frase, relacionada com vida familiar, que seja constituída, por
esta ordem, por:
Sujeito:______________________________________________________
C.C.Lugar:___________________________________________________
Verbo:______________________________________________________
C. Directo:___________________________________________________
C.C. Modo:______________________________________________
20.10.09
Notas:
® Savana – Lugar seco ou pantanoso com vegetação pequena e rasteira;
® Morro – Monte pouco elevado;
I
1. Identifica a personagem principal do texto.
3. “Era tão alta que, quando levantava o pescoço e se punha em pontinhas dos pés...”
3.1. De acordo com o texto, termina a frase do ponto 3:
5. A mãe da girafa não gostava que a filha andasse com a cabeça nas nuvens. Porquê?
6. Existia algum motivo para a girafa andar com a cabeça entre as nuvens? Se sim, diz qual.
II
a. Contrário
b. Pêssego
c. Apanhar
d. Nuvens
e. Mariquita
f. Dissera-lhe
3. “Aos cinco anos, Filipa já era a mais alta de todas as girafas da savana.”
3.1. Classifica morfologicamente as palavras sublinhadas.
3.2. Reescreve a frase, substituindo a palavra «cinco» por um numeral ordinal.
5. “As nuvens estão frias, Filipa! Olha que podes apanhar uma gripe.”
5.1. Identifica na frase as palavras que correspondem à classificação apresentada.
Nome comum →
Determinante artigo definido →
Verbo da 1ª conjugação →
Adjectivo →
Verbo da 2ª conjugação →
Nome próprio →
III
Um dia, Filipa descobriu que uma galinha fizera o seu ninho no meio das nuvens. Chamava-se
Dona Margarida. Com o passar do tempo, as duas tornaram-se grandes amigas.
Imagina uma conversa entre as duas.