Você está na página 1de 1

Aleitamento Materno: estudo de factores determinantes em

mulheres residentes em Santa Maria da Feira


ACOSTA Almudena*;
ACOSTA, Almudena ; CORREIA,
CORREIA Márcia
Márcia*
*Enfermeiras Especializadas em Enfermagem de Saúde Comunitária a exercer funções no Serviço de Pediatria/Neonatologia do HSS, CHEDV.

Introdução: Amamentar é um processo instintivo e biológico e, ao mesmo tempo, um comportamento social e cultural influenciado pela
sociedade e pelas condições de vida da mulher. O desmame precoce tem repercussões negativas para a saúde da mãe e do bebé, assim como
para a comunidade.
Figura 1 – Alimentação do recém-nascido
Objectivo Geral: Descrever a prática de durante o internamento e a duração do AM Resultados: A prevalência do AM no final
aleitamento materno (AM) em mulheres do primeiro mês foi de 78,9%, diminuindo
residentes em Santa Maria da Feira. para 50% e 18,4% aos três e aos seis
meses, respectivamente.
Leite materno
Material e Métodos: Estudo descritivo- O motivo mais frequente deste abandono
exploratório, de corte transversal. Leite materno e foi a diminuição da quantidade de leite
A selecção da amostra foi realizada por um artificial percebida pelas mães (73,7%).
processo não probabilístico acidental (n=76), Como factores relacionados com a maior
tendo como critério de exclusão as mães que Figura 2 – Experiência prévia de amamentar duração do AM,
AM foram identificados:
nunca amamentaram. e a duração do AM •o maior número de filhos;
A recolha de dados efectuou-se através de •o tipo de alimentação recebida pelo filho
questionário aplicado, entre Novembro de Com experiência
durante o internamento (Figura 1);
2008 e Janeiro de 2009,, a mães com filhos de prévia •a experiência prévia de amamentar
idade inferior a 24 meses, inscritos na USF Sem experiência (Figura 2), a qual foi considerada
“Terras de Santa Maria” e na USF “Egas prévia gratificante pela maioria das mães
Moniz” de Santa Maria da Feira. (85,3%).

Conclusão: A prevalência do AM diminui nos meses subsequentes à alta do internamento, verificando-se uma crescente taxa de abandono ao
terceiro (50%) e ao sexto (81,6%) mês de vida. As mulheres multíparas e com experiência prévia de amamentação, mantêm a prática de AM
durante mais tempo. Os recém-nascidos alimentados exclusivamente com leite materno, durante o internamento, são amamentados por um
maior período de tempo.

Corroborou-se uma vez mais a necessidade de implementar medidas promotoras de apoio ao AM e ficou evidente que as mulheres
primíparas deverão ser o grupo alvo preferencial dessa intervenção.

Bibliografia: ALMEIDA, João; NOVAK, Franz – Amamentação: um híbrido natureza-cultura. Jornal de Pediatria [Em linha] 80: 5 (2004) 119-125 [Consult. 28 Jun. 2008]. Disponível na
Internet: http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n5s0/v80n5s0a02.pdf; WHO/UNICEF - Global Strategy for Infant and Young Child Feeding. Geneva: WHO, 2003. 37 p. ISBN 9241562218

Você também pode gostar