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Reflexão sobre os relatórios de Avaliação Externa das Escolas:

 Agrupamento de Escolas da Costa da Caparica


 Agrupamento de Escolas D. António da Costa
 Agrupamento de Escolas de Alvide

Gostaria antes de começar a desenvolver o trabalho tecer algumas


considerações iniciais que se prendem com a selecção dos relatórios. De facto,
o relatório do Agrupamento de Escolas D. António da Costa e o Agrupamento
de Escolas de Alvide foram seleccionados aleatoriamente dentro do grupo de
escolas avaliadas nas áreas de Lisboa e Vale do Tejo em 2009-2010. De facto,
o Agrupamento onde presto desempenho as minhas funções docentes desde o
ano lectivo 2009-2010 – Agrupamento Vertical de Escolas da Costa da
Caparica – foi avaliado no ano passado, assim, quando foi proposta esta tarefa
de análise a selecção deste Agrupamento não foi arbitrária.
Embora, tendo conhecimento dos resultados do relatório em reunião de
Conselho de Docentes, esta leitura permitiu-me reflectir de uma forma mais
objectiva sobre os dados que o mesmo reflecte. Devo acrescentar, que embora
a referência à BE do Agrupamento Vertical de Escolas da Costa da Caparica
não apareça de uma forma explícita, implicitamente também está referenciada
porque há dados que remetem para a sua acção como “blogue, caixinha de
sugestões, partilha de recursos didácticos entre as várias unidades do
agrupamento, exposições fora das salas de aula…”
Ao ler os textos outra questão me suscitou alguma curiosidade prendeu-se
com a selecção do painel de docentes ouvidos. De facto, há alguns dados são
aferidos através de “entrevistas/diálogos”, pelo que, as respostas, embora não
sendo conscientes ou intencionais, reflectem as práticas/visões dos
seleccionados. Assim, pode haver um hiato informativo para quem lê os
relatórios na medida em que há informações que são relevantes, constam e
constatam-se nos documentos oficiais e orientadores das escolas, reflectem-se
nas qualificações atribuídas às escolas (Muito Bom, Bom, Suficiente e
Insuficiente), mas, que não estão expressamente consignadas nos textos.
Os três relatórios de avaliação externa dos agrupamentos fazem referência
à BE, contudo, no relatório do Agrupamento de Escolas de Alvide a referência
à BE aparece de uma forma mais efectiva, objectiva e descritiva. De facto, no
relatório deste agrupamento no ponto dois – prestação do serviço educativo –
refere desde logo que o PAA evidencia uma actuação conjunta dos
departamentos na planificação de actividades curriculares e de enriquecimento
curricular em estreita colaboração com a BE.
Nos três relatórios na questão 4.4 – parcerias protocolos e projectos – faz-
se referência à RBE e PNL, reconhecendo-se como positivo o impacto destes
projectos nas aprendizagens dos alunos.
No relatório de escola do Agrupamento de Alvide no ponto 5.1 – Auto-
avaliação – refere-se que a BE apresentou neste domínio um trabalho
relevante de recolha, tratamento e análise de informação sobre os serviços
prestados. Em relação a este ponto observamos que a auto-avaliação das BE é
neste contexto pertinente, porque como a acção da BE é transversal, ao aferir,
através de alguns instrumentos, a qualidade dos seus serviços define com
maior rigor as suas metas e as suas acções/práticas.
De facto, os três relatórios observam na introdução: «Espera-se que o
processo de avaliação externa fomente a auto-avaliação e resulte num
oportunidade de melhoria para o agrupamento, constituindo este relatório um
instrumento de reflexão e de debate». Porque quando avaliamos temos
inerente a intenção de “fazer melhor”, a auto-avaliação da BE e a avaliação
externa das escolas constituem-se excelentes instrumentos
orientadores/reguladores de acção educativa.
O facto de não se referir a BE noutros itens de avaliação não constitui, na
minha óptica, qualquer factor negativo, uma vez que entendo a BE como um
serviço transversal a toda a escola. A BE dinamiza por sua iniciativa algumas
actividades e apoia através seus múltiplos recursos um imensurável número de
projectos que vão desde os trabalhos individuais dos alunos a projectos mais
organizados e que envolvem mais alunos e professores. Assim, mais do que o
figurar a designação BE nos capítulos do relatório, será importante reflectir
globalmente sobre os resultados que a avaliação espelha, e, em equipa
analisarem-se os dados e definirem-se planos de acção com metas
reais/atingíveis.

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