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As idades para o trabalho

Portal Pró-Menino

Desde 1998 é proibido qualquer tipo de trabalho à criança e ao adolescente


menores de 14 anos. A Emenda Constitucional n.º 20 alterou o inciso XXXIII,
do artigo 7º, da Constituição Federal, que passou a disciplinar o trabalho de
crianças e adolescentes da seguinte maneira:

“proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito


anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição
de aprendiz, a partir dos quatorze anos” ( Artigo 7º da CF/88)

Em outras palavras:

Idades mínimas para o trabalho:

• A partir de 14 anos, como aprendiz


• A partir de 16 anos para o trabalho com carteira assinada
• A partir de 18 anos para o trabalho insalubre, perigoso ou
noturno

É importante notar que a Emenda Constitucional n.º 20 acabou por revogar


tacitamente o art. 60 do Estatuto da Criança e do Adolescente e impulsionou a
criação de uma nova legislação sobre a aprendizagem.
Sobre a Aprendizagem

O trabalho do adolescente aprendiz, que compreende as idades de 14 a 24


anos, é previsto na CLT (redação dada pela Lei n.º 11.180/2005) e no Decreto
5.598/05. A primeira lei a tratar do assunto foi a Lei nº 1.097/2000.

O pressupostos mínimos da aprendizagem ou formação técnico-profissional


são:

• Garantia de acesso e freqüência obrigatória no ensino regular


• Atividades compatíveis com o desenvolvimento do adolescente
• Alternância entre as atividades práticas e teóricas
• Horário especial para o exercício das atividades
• Direitos trabalhistas (salário mínimo, férias) e previdenciários
(FGTS) garantidos

As grandes e médias empresas são obrigadas a ter número de aprendizes


equivalente a 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, dos trabalhadores existentes
em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional.

Se quiser saber mais, jogue o Jogo do Aprendiz, na Cidade dos Direitos. Veja
também o texto A alteração da idade máxima do aprendiz de 18 para 24 anos é
uma boa notícia?
Sobre o estágio

O estágio, regulamentado pela Lei n.º 11.788/2008, é outra possibilidade de


inserção profissional do adolescente, devendo ser avaliada com cuidado. É
importante lembrar que o estágio não é trabalho nem aprendizagem. É
considerado pela lei como um ato educativo escolar supervisionado.

Para ser estagiário, o jovem deve estar vinculado à Educação Superior,


Educação Profissional, Ensino Médio, Educação Especial ou aos anos finais do
ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e
adultos.

O estágio não requer formação técnica-profissional concomitante e o


contrato não poderá exceder 2 anos na mesma parte contratante, exceto
quando se tratar de estagiário portador de deficiência.

O estagiário tem jornada máxima pré-definida de acordo com o art. 10 da Lei nº


11.788/2008, direito a recesso de 30 dias por ano e à remuneração
compulsória nos casos de estágio obrigatório.

O estágio interessa muito ao jovem que quer vivenciar situações da área de


trabalho que ele escolheu. Neste sentido, é bastante recomendado para jovens
que já estão na faculdade (Ensino Superior).

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