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RESUMO DA ANÁLISE DE MATERIAIS ESPUMAS POLIURETANAS


Materiais do produto
A espuma viscoelástica é o resultado do desenvolvimento pela NASA de produtos destinados ao uso em voos
aeroespaciais, para fazer frente às poderosas forças gravitacionais. Ironicamente, a NASA não chegou a utilizar a espuma,
pois para permitir bons resultados seriam necessárias altas densidades, significando peso adicional por superfície.
Inadmissível em viagens aeroespaciais e, assim, a espuma ficou sem uso algum. Mas nos anos 1990, dois tradicionais
fabricantes de espuma suecos adquiriram os direitos de fabricação comercial da viscoelástica. Atualmente, sua fabricação
e comercialização não é proprietária e, portanto, vários fabricantes produzem a espuma em escala industrial, inclusive no
Brasil (Dow Jones, Tempur, Trambusti, Du Pont, Basf, Bayer, entre outras). Os principais produtos fabricados em espuma
viscoelástica são colchões e travesseiros. Sua maior propriedade é ser termo-inteligente, pois quando o calor e o peso do
corpo entram em contato com o material, este vai se amoldando aos contornos do corpo preenchendo todos os espaços e
sustentando todas as partes do corpo igualmente. Dessa forma, o peso do corpo é distribuído uniformemente evitando
pressões e sobrecargas em regiões corporais normalmente atingidas pela má postura como ombros, costas e quadris.
Portanto, tendo em vista suas propriedades, a escolha da espuma viscoelástica para o presente produto é uma alternativa
de qualidade que substitui outras espumas a base de poliuretano flexível ou látex.
A partir de dezembro de 2003, o mercado brasileiro de espumas tem norma específica para os produtos do setor. Trata-se
da norma NBR 13579-1 que estabelece os padrões mínimos aceitáveis para produtos confeccionados em espuma no
Brasil. Essa norma contempla as espumas viscoelásticas que são utilizadas para a confecção de colchões, travesseiros,
almofadas, apoios cervicais e lombares, coletes ortopédicos entre outros produtos. De acordo com essa norma, toda
espuma viscoelástica, produzida no Brasil, deve possuir densidade mínima de 45 Kg/m3, apresentar Resiliência máxima
de 20% e resistência ao rasgo de 200 N/m. A máxima deformação permanente à compressão deve ser em torno de 6%,
fator de identação mínimo de 25%e fator de conforto mínimo de 2,3, perda máxima de fadiga dinâmica em 18% e um teor
máximo de cinzas em 0,5%.
A espuma viscoelástica apresenta três densidades: 45, 50 e 55. Espumas com densidade 45 são muito flexíveis e não são
adequadas para o produto, pois é necessário firmeza, quando em contato com o corpo do usuário, para a correção e
manutenção da postura lombar. Já a espuma com densidade 55 é muito firme e oferece resistência elevada podendo
tornar-se desconfortável e rígida ao contato do corpo. Portanto, a espuma adequada ao produto é a de densidade 50, que é
firme, sem oferecer resistência; e flexível, sem ceder ao peso do corpo do usuário.
A deformação permanente à compressão indica a diferença de espessura inicial e final da espuma após ser submetida à
compressão durante o uso prolongado pelo usuário. Valores inferiores a 7% indicam espumas de má qualidade e com
perda progressiva da espessura pelo efeito da deformação em contato com o corpo do usuário. A força de identação indica
o peso que a espuma suporta durante o uso. Esse indicador mostra a qualidade da matéria-prima, pois a espuma deve
inicialmente ser macia ao toque do corpo e depois resistir. A resiliência (mínimo de 40%) significa a capacidade da
espuma em absorver movimentos bruscos que os usuários fazem ao usá-la. Uma espuma adequada torna o produto
resistente ao uso e aos movimentos bruscos e inesperados dos usuários, aumentando seu tempo de vida útil. A resistência
ao rasgo é a reação ao esforço de tracionar a espuma, já a tensão de ruptura e alongamento de ruptura significa a
capacidade da espuma se alongar até o rompimento. Espumas com baixa resistência ao rasgo e tensão de ruptura e
alongamento podem ceder ao peso do usuário e provocar acidentes de consumo ou lesões na região lombar e cervical.
Outra característica importante é o teor de cinzas. Este indicador mostra a quantidade de minerais presentes na
composição da espuma. A norma estabelece um valor máximo de 1%. Valores acima desse limite indicam matérias
primas de baixa qualidade, com excesso de matéria prima inorgânica, mascarando a densidade e a dureza verdadeiras da
espuma e que podem comprometer suas propriedades físicas. A espuma viscoelástico oferece grande pureza,
proporcionado a fabricação de produtos de qualidade, conservando suas propriedades físicas e químicas.
Portanto, a escolha da espuma viscoelástica apresenta critérios de qualidade e conformidade para o nosso projeto, pois
necessitamos de um material agradável ao toque, que não apresente deformação durante o uso, que tenha resistência na
absorção de impactos, que seja confortável e conforme-se ao corpo do usuário, além de um ciclo de vida maior que as
demais espumas usadas em produtos similares.
Os requisitos básicos para a espuma viscoelástica, segundo a norma NBR 13579-1, são os especificados na tabela abaixo:
Densidade nominal (Kg/m³) 45 a 55
Resiliência (% máxima) 20
Resistência ao rasgo (N/m mínimo) 150
Deformação permanente à compressão 50% (% máxima) 10
Dureza 40% N(mínimo) 25
Fator de conforto (mínimo) 2,3
Teor de cinzas (% máxima) 0,5
Fonte: Dow Química (Brasil)

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