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Corrente e Resistência

Elétrica

Prof. Carlos Speranza


DAELN
IF-SC
Corrente elétrica - definições
 Movimento ordenado de cargas elétricas, positivas
e/ou negativas, no interior de um condutor, devido à
ação de um campo elétrico.
 Nos condutores sólidos metálicos, é o “movimento
ordenado de elétrons livres no sentido contrário ao do
campo elétrico, ou seja, do potencial menor para o
maior.
 Nas substâncias condutoras líquidas e gasosas,
ocorre o movimento dos íons (positivos e
negativos)
Sentido convencional
 Por razões históricas (primeiros estudos nos
líquidos e gases), convencionou-se que o
sentido da corrente elétrica seria o do
deslocamento das cargas positivas.
 Mas como nos condutores metálicos, só os
elétrons se movimentam, usa-se o conceito de
sentido convencional da corrente elétrica:
Sentido convencional
A corrente elétrica convencional tem o sentido
oposto ao do deslocamento dos elétrons livres, ou
seja, o mesmo sentido do campo elétrico, indo do
potencial maior para o menor.
Intensidade da corrente elétrica
 A intensidade da
corrente elétrica I é a
quantidade de cargas
elétricas ΔQ que
atravessa a seção
transversal de um
condutor num intervalo
Q
de tempo Δt. I
t
Intensidade - unidade
 A unidade de corrente elétrica é o Ampère (A), que
equivale a C/s (Coulomb por segundo).
 Submúltiplos: muito utilizado o miliampère (mA), o
microampère (µA), o nanoampère (nA) e o
picoampère (pA).

 Múltiplos: muito usado o quiloampère (kA).


Corrente Contínua (CC) e Alternada
(CA)
 CC: flui sempre num único sentido, em função da
tensão aplicada ao condutor ter sempre a mesma
polaridade.
 CA: flui ora num sentido, ora num sentido inverso. A
mais importante é a senoidal. A freqüência é medida
em hertz (Hz)
Geração
CC:

CA:
Medição - Amperímetro
 É o instrumento utilizado para se fazer a
medição da intensidade da corrente elétrica.
Uso do amperímetro tipo “alicate”
Símbolos
CC CA

+
A A
- ~
Ligação
 Enquanto o
Voltímetro é sempre
ligado em paralelo
com o elemento
sobre o qual se quer
medir a tensão, o
Amperímetro deve
ser ligado em série,
abrindo o circuito em
que se deseja medir a
corrente.
Escalas
Resistência Elétrica
 Capacidade de alguns materiais de se oporem
a passagem de corrente elétrica.
 Quando uma corrente elétrica é estabelecida
em um condutor metálico, um grande número
de elétrons livres passa a se deslocar nesse
condutor. Nesse movimento, os elétrons
encontram uma certa dificuldade para se
deslocar, pois colidem entre si e também
contra os átomos do metal.
 Para medir essa resistência do material, os
cientistas definiram uma grandeza que
denominaram Resistividade Elétrica.
Resistência
 Fatores que influenciam na resistência de um
condutor:
 A resistência de um condutor é tanto maior quanto maior
for seu comprimento.
 A resistência de um condutor é tanto maior quanto menor
for a área de sua seção transversal, isto é, quanto mais fino
for o condutor.
 A resistência de um condutor depende do material de que
ele é feito, ou seja, da sua resistividade.
 A resistência de um condutor depende da temperatura na
qual ele se encontra.
Resistência e resistividade
 A resistência elétrica R de um dispositivo está
relacionada com sua resistividade ρ :

 ρ é a resistividade elétrica do material (ohm metros, Ω.m);


 R é a resistência elétrica do condutor (ohms, Ω);
 l é o comprimento do condutor (metros);
 A é a área da seção do condutor (metros quadrados, m²).
Tabela de resistividade e coeficiente
de variação com temperatura (20º C)
Lei de Ohm
 Expressa relação entre tensão,
corrente e resistência elétrica em
um material.
 Dá o nome à unidade (SI) da
resistência elétrica.
 Os materiais condutores se
dividem em ôhmicos e não-
ôhmicos, de acordo com o
comportamento da corrente versus
tensão.
Materiais ôhmicos x não-ôhmicos
 O primeiro gráfico mostra a
relação tensão x corrente de
um material ôhmico (relação
linear, linha reta).
 Num material não-ôhmico, a
relação V x I não é linear, e o
gráfico é uma linha curva.
Lei de Ohm
 Outra diferença: em condutores ôhmicos, a
resistência elétrica é constante com a tensão e
corrente.
 Ao contrário, em condutores não-ôhmicos, o
valor da resistência elétrica é uma função da
tensão e da corrente neste condutor.
Efeito Joule
 Nome dado ao fenômeno do aquecimento de um
material devido à passagem de uma corrente elétrica.
 Sua origem são os choques dos elétrons com os
átomos da estrutura do material.
Resistores
 Dispositivos MUITO utilizados em eletricidade e eletrônica,
constituídos com materiais condutores de alta resistividade,
para oferecer maior resistência à passagem de corrente.
 Uma das aplicações é a limitação de corrente num circuito.
Exemplo de uso
 Resistor associado em série com um LED: aqui o resistor
limita a corrente que passa através do LED, permitindo apenas
uma intensidade suficiente para que ele possa acender. Sem
esse resistor a intensidade de corrente através do LED iria
danificá-lo permanentemente.
Resistores de fio
 Fio condutor de alta resistividade enrolado numa base cilíndrica de
porcelana. Permitem passagem de altas correntes sem que ocorra
aquecimento excessivo. São usados em fontes de alimentação e circuitos
com correntes bem altas.
 Normalmente são fabricados com resistências baixas e possuem tolerância
de 10 a 20%.
Resistor de filme de carbono
 Película fina de carbono (filme) é depositada sobre um pequeno tubo de cerâmica.
O filme resistivo é enrolado em hélice por fora do tubo até que a resistência entre
os dois extremos seja o valor desejado. São acrescentados terminais (um em
forma de tampa e outro em forma de fio) em cada extremo e, a seguir, o resistor é
recoberto com uma camada isolante. A etapa final é pintar (tudo
automaticamente) faixas coloridas transversais para indicar o valor da resistência.
 Resistores de filme de carbono (popularmente, resistores de carvão) são baratos,
facilmente disponíveis e podem ser obtidos com valores de (+ ou -) 10% ou 5%
dos valores neles marcados (ditos valores nominais).
Resistor de filme de carbono
Resistor de filme metálico
 Resistores de filme de metal ou de óxido de metal são feitos de
maneira similar aos de carbono, mas apresentam maior
acuidade em seus valores (podem ser obtidos com tolerâncias
de (+ ou-) 2% ou 1% do valor nominal). São usadas ligas
níquel-cromo.
Potenciômetros
 Componente que possui resistência ajustável.
Geralmente possui três terminais onde a conexão
central é deslizante e manipulável.
Trimpot

 Resistores ajustável para uso interno dos equipamentos, sem


acesso externo. Por exemplo, para calibração pelo técnico.
Valores comerciais dos resistores
Valores Comerciais de Resistores
Tol
erâ Valores
ncia
10 , 15 , 22 , 33 , 47 , 68
20%

10 , 12 ,15 , 18 , 22 , 27,
10%
33 , 39, 47 , 56, 62 , 82 
10 , 11 , 12 , 13 , 15 , 16 ,
18 , 20 , 22 , 24 , 27 , 33 ,
5% 36 , 39 , 43 , 47 , 51 , 56 ,
62 , 68 , 75  , 82 , 91 
 * E seus múltiplos de 10 até 22 M 
Teste de daltonismo
Código
de cores
para
resistores
Ohmímetro
 É um instrumento capaz de medir a resistência elétrica de
qualquer material ou dispositivo.
 Também é utilizado para medir continuidade de um condutor.
 Nos ohmímetros analógico (de ponteiro), a escala é invertida e
não-linear.
Ohmímetro – como usar
 Para a medição, o dispositivo a ser
medido deve ser ligado em paralelo com
o ohmímetro.
 Além disso, o dispositivo não pode estar
ligado num circuito. Pelo menos um dos
seus terminais deve estar livre.
 De preferência, o circuito não deve estar
alimentado.
 Não segurar com as duas mãos aos
mesmo tempo os terminais do dispositivo,
pois a resistência do corpo pode
introduzir erros muito grandes.
Ohmímetro – como usar
Matriz de contato
Exemplo
 Qual o resultado da medição?

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