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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU

BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

PROJETO DE LAZER:
GINCANA: COMPETITIVA E COOPERATIVA

RECIFE, OUTUBRO, 2010


Bruna Sena, Deborah Costa, Felipe Alberto, Janaina Maria, Josenildo José,
Regiane Santos, Suelen Mendes e Tulio Rocha

PROJETO DE LAZER:
GINCANA: COMPETITIVA E COOPERATIVA

PROJETO APRESENTADO AO
CIEC, CENTRO INTERNACIONAL
DE EDUCAÇÃO E CULTURA,
PARA OBTENÇÃO DA NOTA DA
SEGUNDA UNIDADE DA
DISCIPLINA EDUCAÇÃO FÍSICA E
LAZER DA FACULDADE
MAURÍCIO DE NASSAU
MINISTRADA PELO PROFESSOR
MARCOS NUNES.

RECIFE, OUTUBRO, 2010


Sumário

1. INTRODUÇÃO............................................................................................... 4

2. JUSTIFICATIVA............................................................................................. 5

3. OBJETIVOS................................................................................................... 7

3.1 Gerais...................................................................................................... 7

3.2 Especificos............................................................................................... 7

4. METODOLOGIA............................................................................................ 7

5. RECURSOS MATERIAIS.............................................................................. 9

6. REFERÊNCIAS ..................................................................................
11
1. INTRODUÇÃO

Todos nós seres humanos precisamos nos dividir em meios às tarefas e


consequentemente nos desgastamos mais com trabalho, família, estudos, ou
seja, preocupações com a procura de um melhor poder aquisitivo. Os adultos
“pais” acabam que se desdobrar de diversas maneiras; seja trabalhando os três
expedientes, seja fazendo hora extra, seja tendo mais de um trabalho. E fica a
pergunta no ar. Onde eles encontram tempo para seus filhos? Onde eles
ficam? O que fazem durante todo esse tempo? Para suprir toda essa ausência
os pais acabam que sobrecarregando seus filhos de atividades. Atividades
essas como aula de inglês, piano, reforço escolar, ou quando não a criança fica
o tempo integral na escola esquecendo de que como pessoas essas crianças
precisam se divertir e ter um tempo para o seu lazer.

“O lazer é um conjunto de ocupações as quais a pessoa se entrega


plenamente, seja para descansar, distrair-se, sejam para
complementar suas informações desinteressadas, sua participação
social voluntária ou na sua capacidade criadora, após ter se libertado
das suas obrigações profissionais, familiares e sociais” (Dumazedir,
1976).

“Baseado no livro do autor Silvino José Fritzin “o lazer tem o cunho


educacional e uma de suas finalidades é a integração do grupo”“. Para as
crianças esse lazer vem ser apresentada em forma de gincana onde através
das atividades o profissional consegue oferecer a elas a diversão, a integração,
a socialização e estimula o cognitivo através do lúdico. Fabián Mariotti
(2001:20) afirma que divertir-se é sair, fugir de uma situação corriqueira, ou
seja, comum. “Divertir-se é algo assim como submergir de uma situação
ruidosa e diferente do habitual.”

Ou seja, a diversão está naquilo que geralmente não faz parte do seu
dia-a-dia; o lazer não pode ser encarado como o recreio da escola, nem o
intervalo entre uma aula de línguas. Enfim podemos dizer que a recreação é
dar-se por inteiro a atividade proposta, é um meio para o desenvolvimento
psíquico, biológico, espiritual e social do homem. É um exercício que floresce
as potencialidades recreacionais.

O lazer se tornou um fator extinto na vida das crianças atuais e passam


ser cada vez mais esquecidas no cotidiano brasileiro. As atividades recreativas
têm a finalidade de resgatar seus conceitos e atributos implantando-os
novamente no ambiente escolar e em outros diversos locais. O lazer traz um
bem estar físico cognitivo e psicossocial ajudando a manter um equilíbrio na
vida do jovem adulto. É importante deixar a obrigatoriedade de lado e pensar
em atividades que busquem o lúdico com objetivos de prazer. Com o lazer,
muitos benefícios podem ser alcançados, muitos deles vêm em curto prazo e
outros a longo. Mesmo longe da obrigatoriedade, o lazer e suas atividades
recreativas trazem um bem estar com objetivos gerais e específicos. Quando
analisamos os objetivos gerais, estamos buscando alcançar o lado holístico
onde se engloba objetivos coletivos. Já os objetivos específicos visam um
ganho mais individual.

Esse projeto tem como fins, introduzir o lazer no espaço escolar,


buscando incentivar o aluno a trabalhar seus valores pessoais e a motivar o
trabalho coletivo. O projeto tem como local de intervenção, a instituição CIEC –
Centro Internacional de Educação e Cultura. O publico alvo desse projeto são
as crianças do Ensino Fundamental onde a faixa etária é dos oito até 15 anos.
O trabalho que será realizado é constituído de atividades cooperativas e
competitivas.

Na tentativa de trazer a importância do lazer no ambiente escolar, os


participantes desse projeto iram implantar recreações que renascem antigos
costumes e brincadeiras, porem não só as atividades recreativas tradicionais
serão executadas. O projeto também e composto de atividades que vão
incentivar os movimentos motores da criança. Os recursos materiais serão
importantes, pois eles iram favorecer um ambiente mais prazeroso. Também,
durante o projeto, será utilizada uma avaliação processual também conhecida
como avaliação continua. Essa avaliação tem métodos distintos onde o aluno
será avaliado no decorrer do projeto. Com isso os resultados obtidos de cada
criança serão de uma forma mais detalhada.

Enfim, o lazer é definido, nos dias atuais como uma aversão ao conjunto
composto de necessidades e obrigações da vida cotidiana.

2. JUSTIFICATIVA

Esse trabalho tem como finalidade resgatar valores como:


cooperativismo, coleguismo, espirito de liderança, integração social e saber
vencer e perder. Também podemos resgatar o universo lúdico e cultural
através dos jogos e brincadeiras, trazidos pelos alunos, professores e
animadores. Junto a isso estaremos incentivando os alunos a explorarem suas
criatividades fugindo um pouco do mundo tecnológico e do sedentarismo.

Em uma combinação de fatores, o dia-a-dia de uma criança consiste de


atividades voltadas a uma edificação individualista de valores. Em um mundo
capitalista o mercado tecnológico cresce drasticamente gerando um mundo
completamente dependente de recursos tecnológicos. A tecnologia vem se
apossando do cotidiano humano principalmente na vida social das crianças.
Para a criança, é de grande importância a aquisição de um computador ou
vídeo game fazendo do mesmo seu único recurso de lazer. Não só a
tecnologia, mas também as violências vêm crescendo ao longo dos anos
limitando a criança a ter uma vivencia em parques e ruas. Mediante os diversos
fatores a criança da geração atual passa a gerar o que nós conhecemos como
“analfabetismo motor”.
O entretenimento em si mesmo não é sempre recreação.
Muitas diversões, muitos passatempos catalogados ou tidos como
recreadores, não passam de atividades destruídas, nocivas a
formação do caráter, responsáveis por grande número de problemas
morais e sociais. A verdadeira recreação contém todos os elementos
citados - entretenimento, diversões, passatempos e distração- mas
em um nível construtivo. Atividades feitas apenas com o sentido de
"matar o tempo" não podem ser classificadas como recreação. (Silva
1959).

Por isso é de extrema importância à intervenção dos animadores


socioculturais, pois para eles, a implantação de atividades recreativas no
cotidiano da criança sao de grande importância para o futuro de cada individuo.
As atividades recreativas proporcionam a integração ao meio ambiente e
desenvolve a socialização. Atraves desse projeto de intervenção será utilizado
às atividades recreativas como meio de revigorar o corpo da criança,
melhorando a sua coordenação motora global, possibilitando leveza aos
movimentos, facilitando a desinibição, e permitindo à criança se integrar no
meio em que vive.

Jogo é uma das experiências mais ricas e polivalentes e, uma


necessidade básica para a idade infantil. A revalorização do tempo
livre, nos últimos tempos e a continuidade do ensino de expressão
dinâmica vai despertando uma renovada atenção em direção ao
aspecto lúdico, a psicomotricidade e suas grandes possibilidades
(SILVA, 1999).

Em especifico o projeto vem com o intuito de utilizar às atividades


recreativas, em especifico a gincana para a implantação de valores
socioculturais. A gincana põe em pratica dois diferentes aspectos que
envolvem as atividades recreativas (atividades competitivas e cooperativas).

As atividades cooperativas contribuírem para o desenvolvimento do


sentido de pertencer a um grupo, para a formação de pessoas conscientes de
sua responsabilidade social, pois trabalham respeito, fraternidade e
solidariedade de forma lúdica e altamente compensatória, levando a perceber a
interdependência entre todas as criaturas. Em cooperação, ninguém perde
ninguém é isolado ou rejeitado porque falhou. Quando há cooperação todos
ganham, baseados num sistema de ajuda mútua.

Ja os atividades competitivas tambem possuem um papel educacional,


porem somente quando nos ensinam a lidar com a competitividade dentro de
nós mesmos. As atividades competitivas ensinam indiretamente a trabalhar os
aspectos que estão relacionados à rotina do mundo atual. Pois a competição
trabalha a frustração, diversos conflitos, emoções desagradáveis, às
comparações e ao sentimento de vitória ou de derrota. No ambiente
competitivo é importante evitar certos desconfortos ou situações que
influenciem de forma negativa a criança. A competição sistemática como única
motivação, a proporção repetidamente ao mesmo tipo de jogos, a
discriminação do sexo, do físico, a valorização excessiva dos vencedores e dos
perdedores, a-premiação exclusiva dos vencedores, a eliminação e também
exclusão de crianças por ser uma criança com deficiência física, visual ou
intelectual pode levar a gincana a perda se seus reais objetivos e valores.·.

3. OBJETIVO

3.1 GERAIS:

a. Incentivar a integração dos alunos


b. Estimular através da pratica de atividades ludicas, momentos de
lazer.
c. Colaborar na construção de uma pessoa ética, sensível e inteligente
para lidar melhor com o seu entorno.

3.2 ESPECIFICOS:

a. Motivar o trabalho em grupo


b. Estimular o lado psicossocial, cognitivo e motor da criança.
c. Proporcionar ao aluno a participação em diferentes atividades
corporais, despertando-o para uma atitude cooperativa e solidária.
d. Buscar autonomia para concretizar seu pensar, compreender e o
expressar-se livremente nas atividades.

4. METODOLOGIA

“A prática das atividades recreativas deve levar as pessoas a “estados


psicológicos positivos”, se realizando em um clima e com uma atitude
predominantemente alegre e entusiasta”. (CAVALLARI, Vinícius Ricardo e
ZACHARIAS, Vani)

As atividades recreativas podem desta forma, compreender as


atividades.
Espontâneas, prazerosas e criadoras, pondo em prática sua criatividade e um
benefício para formação do cidadão. A recreação tem como objetivo principal
criar as condições necessárias para o desenvolvimento integral das pessoas,
além de promover a participação de forma coletiva e individual.
Uma gincana é um tipo de competição recreativa que tem o objetivo de
pôr à prova as habilidades físicas ou mentais dos membros de duas ou mais
equipes, buscando despertar valores tão importantes para a sociedade
moderna como a criatividade, o talento individual e/ou em equipe, o espírito de
liderança e o companheirismo, além de fazer um resgate das brincadeiras
antigas.

Teremos o primeiro momento para conversar e conhecer um pouco os


alunos que vamos conviver e interagir durante o trabalho, explicar como vai
acontecer a gincana nesses três dias de brincadeiras, diversão, interatividades
e criatividade entre os alunos.

Depois de apresentar e explicar a atividade, temos de dividir a turma em


equipes com um número mais ou menos equivalente de participantes, tentando
observar uma distribuição equilibrada de forças.

Durante todo o trabalho vamos realizar brincadeiras competitivas para


demonstrar habilidades individuas e atléticas. Cooperativas para que todos
possam interagir e demonstrar sua criatividade, fazendo um trabalho em equipe
onde todos se integrem e participem ativamente. Culturais onde os alunos
terão de provar o seu conhecimento sobre esportes ou assuntos gerais,
resgatando muitas brincadeiras antigas que seus pais brincavam durante sua
infância, pois as crianças hoje em dia tem pouco contato com outras
brincadeiras e sabemos que é importante lembrar que brincar faz parte do
desenvolvimento da criança e, que as brincadeiras oferecem diversão e
entretenimento, além de ajudar no aprendizado.··.

A cultura popular, a brincadeira tradicional tem a função de perpetuar a


cultura infantil, desenvolver formas de convivência social e permitir o prazer de
brincar.

Cada prova terá uma pontuação distinta. É interessante dar pontos para
todas as equipes, de acordo com a classificação. Assim, as que não estiverem
bem classificadas não perderão o estímulo e a disputa se tornará mais
acirrada.

5. RECURSOS MATERIAIS

Levando-se em conta a metodologia a ser utilizada, os recursos listados são


essenciais para a execução das atividades propostas nesse projeto. Com a
ajuda de cada item selecionado, executaremos as atividades recreativas de
forma mais precisa e refinada, tornando tudo mais prazeroso.

• HIDROCOR (cx. c/ 20)


• ADESIVO (ESTRELINHAS)
• CARTOLINA (2)
• SEIS CONES
• DESCARTAVEIS (pratos)
• 20 ARCOS
• TRÊS COLHERES
• TRÊS LIMOES
• TIRAS DE TNT
• SACO DE BATATA
• MACACÃO
• TRÊS BOLAS
• PACOTES COM BEXIGAS
• TRÊS BUCHAS
• SEIS GARRAFAS PET
• CORDÃO
• DUAS cx. MAIZENA/CHANTILLY.

6. AVALIAÇÃO

Segundo o autor, Luckesi (2005:8), avaliação ‘Significa diagnosticar e


intervir, o que quer dizer praticar a investigação sobre o que esta acontecendo,
tendo em vista proceder a intervenções adequadas, sempre para a melhoria
dos resultados’. Ou seja, observar inicialmente para que depois se possa
intervir diante do que se esta acontecendo para que se possa chegar ao
objetivo final desejado. É um diagnóstico que deve ser realizado
constantemente para que não ajam oscilações na busca contínua da melhoria
do resultado.
A avaliação que será utilizada no projeto será a Avaliação Processual,
que é aquela que se relaciona ao desenvolvimento das atividades do projeto ao
longo do tempo. É uma avaliação realizada antes, durante e ao término das
atividades. Ela cria mecanismos para saber ‘como estão caminhando as
coisas’, o que está dando certo ou não, o que precisa ser mudado ou não. A
avaliação processual pode ser voltada para a formação de uma equipe, para o
cumprimento de acordos, entre outras funções, entretanto no nosso projeto a
avaliação processual será voltada para o progresso, para o interesse dos
alunos durante as atividades a serem realizadas.

Com a elaboração das atividades a serem desenvolvidas com as


crianças esperamos observar a motivação e a curiosidade das mesmas para a
prática das atividades. O interesse na participação do aluno em diferentes
atividades é algo que irá nos mostrar a preferência de cada participante em
relação às atividades propostas e, ao seu interesse pessoal.

Através da interação com os alunos, utilizando perguntas, conversas,


observando seus comportamentos, iremos realizar nossa avaliação
diariamente, para que ao término do nosso projeto tenhamos uma avaliação
final concreta e diagnosticada ao longo das atividades com o auxílio dos
participantes.
7. REFERENCIAS

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem na escola:


reelaborando conceitos e recriando a prática. Salvador: Malabares
Comunicação e Eventos, 2005.

FERREIRA, Vanja. Educação Física - Recreação, Jogos e Desportos; Rio


de Janeiro, Editora Sprint, 2003.

MARCELLINO, Nelson Carvalho. Lazer e recreação: repertório de atividades


por fases da vida. São Paulo, Editora Papirus, 2006.

MARCELLINO, Nelson Carvalho Lazer e educação. São Paulo, Editora


Papirus, 2007.

SILVA, E, N. Recreação e jogos. Rio de Janeiro. Sprint. 1999.

CAVALLARI, V.R; ZACHARIAS, V. Trabalhando com recreação. São Paulo.


Ed. Ícone. 2005.

DUMAZEDIER, Joffre. Lazer e Cultura Popular. 3ª ed. São Paulo:


Perspectiva, 2000.

CASADO, Luís. Projeto De Gincana Recreativas. Disponível em


<http://libros-en-pdf.com/libros/projeto-de-gincana-recreativas.html>

COSTA, Fernanda Pereira; OLIVEIRA, Aline Alves; RIBEIRO, Cláudia Maria.


Gincana Cooperativa “OS DIREITOS DA CRIANÇA”. Disponível em
http://www.proec.ufla.br/conex/ivconex/arquivos/trabalhos/a87.pdf Acessado
em: 24/10/2010.

ALMEIDA, Alex Pina de; SOARES, Antonio Jorge Gonçalves. Dimensões


Pedagógicas das atividades complementares na Educação Fisica Escolar.
Disponível em
http://grupoanima.org/wpcontent/uploads/lazer_em_debate_2006.pdf Acessado
em: 24/10/2010.

VIEIRA, Rogério Elias; CARVALHO, Suzana Mota. Eficacia das


atividades recreativas em Educação Física nos cursos
noturnos em relação à permanência na escola: A visão de
alunos da 5ª serie. Disponível em
http://www.sprint.com.br/Revistas/20053141926450.CURSOSNOTURNOS.pdf
Acessado em: 24/10/2010.
Mauricio, Leandro. Classificação de atividades Recreativas.
http://educacaofisica.org/joomla/index.php?
Itemid=2&id=256&option=com_content&task=view Acessado em: 24/10/2010.

SILVA, Dayane Nogueira da. A importância da recreação para crianças de 6


a 8 anos. Disponível em http://www.webartigos.com/articles/12942/1/A-
Importancia-da-Recreacao-Para-Criancas-de-6-a-8-Anos/pagina1.html
Acessado em: 24/10/2010.

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