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TAYLORISMO

FORDISMO
TOYOTISMO
E
A INFLUÊNCIA NA SEGURANÇA DO
TRABALHO

Curso de Pós Graduação em Engenharia de Segurança no Trabalho


UNIVÁS- Prof. Alfran
Equipe: Juliana Gatis
Lucas Capistrano
Sérgio Henrique
O TAYLORISMO
Também conhecido como
Administração Científica, o Taylorismo é
um sistema de organização industrial
criado pelo engenheiro mecânico e
economista norte-americano Frederick
Winslow Taylor, no final do século XIX.

- A principal característica - a
organização e divisão de tarefas
dentro de uma empresa
(1856 – 1915)
“ O principal objeto da gerencia - Máximo de rendimento e eficiência
deve ser assegurar a máxima
prosperidade de cada empregado com o mínimo de tempo e
e do patrão”
Frederick Taylor atividade.
Principais Característica
- 1ª FASE: - Problemas
observado por Taylor

- Na produção- operário
realizava todo processo.
- Mesma remuneração dos
funcionários.
- Falta de motivação pelos
funcionários.
- Diferenças entre a execução
de tarefas entre os operários
Principais Característica
- 2ª FASE: - Soluções propostas por Taylor
- Racionalização do processo de produção- tarefa
específica- (Motion Times Study)- distribuir
adequadamente as funções individuais.
- Ganha mais quem produz mais- motivação para os
funcionários se esforçarem ao máximo.
- Utilizar a melhor forma de executar as tarefas e adotá-la
como padrão ( The Best Way).
- Garantia das condições físicas e psicológica favoráveis
aos trabalhadores

- Todas estas soluções teriam que ser adotadas e


supervisionadas pela Administração
Principais Característica
- 2ª FASE: - Administração Científica
- Problemas detectados nesta fase
- Vadiagem sistemática dos funcionários
- Falta de conhecimento técnico da administração
- Falta de um padrão a ser seguido
- Solução por Taylor
- Trabalhar mais e devidamente
- Conhecimento da administração nos serviços
realizado pelos operários
- Organização do trabalho, trabalhadores,
ferramentas, espaço- aumento na produção
- A ORT – organização Racional do trabalho

 1. Análise do trabalho e do estudo dos tempos e


movimentos.
2. Estudo da fadiga humana.
3. Divisão do trabalho e especialização do operário.
4. Desenho de cargos e tarefas.
5. Incentivos salariais e prêmios por produção.

 6. Conceito de homo economicus.


 7. Condições ambientais de trabalho, como iluminação,
conforto, etc.
 8. Padronização de métodos e de máquinas.
 9. Supervisão funcional.
1- trabalho na linha de montagem 6- Supervisão Total
2- Supervisão de produção 7- Velocidade Máxima
3- Especialização ao extremo 8- Homem máquina
4- Racionalização das atividades 9- Defeito do Homem máquina – He’s crazy
5- Troca de funcionários
CONSIDERAÇÕES SOBRE O
TAYLORISMO
Aumentar a produtividade de seus funcionários, sem que isso
significasse perda na remuneração e nem em maior fadiga.

Com a padronização da produção pode-se cobrar maior eficiência dos


operários, e visando premia-los por seus esforços, puderam recebem em
troca uma remuneração proporcional a sua produção.

Mesmo com a extrema especialização dos procedimentos na produção e


supressãoda criatividade dos trabalhadores, o taylorismo trouxe
benefícios para a população, pois como barateamento dos custos de
produção, mais utensílios passaram a ser acessíveis a classe
trabalhadora.

Os efeitos da Administração Científica se propagaram pelo mundo e pelo


tempo e ainda hoje são utilizados na administração de empresas. Claro
que com suas devidas modificações, mas a base continua com o foco na
melhor forma de se trabalhar com contrapartidas financeiras para os
empregados.
Henry Ford foi o primeiro a pôr em prática, na
sua empresa “Ford Motor Company”, o
taylorismo.

Posteriormente, ele inovou com o processo do


fordismo, que absorveu aspectos do taylorismo.
Consistia em organizar a linha de montagem de
*1863, Michigand cada fábrica para produzir mais, controlando
+1947, Michigan melhor as fontes de matérias-primas, de energia,
transportes e a formação da mão-de-obra. Suas
fábricas eram totalmente verticalizadas.

Ele possuía desde a fábrica de vidros, a


plantação de seringueiras e até a siderúrgica.
Princípios do Fordismo
1) Intensificação: Diminuir o tempo de duração com o
emprego imediato dos equipamentos, da matéria-prima e a
rápida colocação do produto no mercado.

2) Economia: Consiste em reduzir ao mínimo o volume do


estoque da matéria-prima em transformação.

3) Produtividade: Aumentar a capacidade de produção do


homem no mesmo período (produtividade) por meio da
especialização e da linha de montagem. O operário ganha
mais e o empresário tem maior produção.
Sistema Fordismo
 É o Sistema de organização industrial criado por Henry Ford, em que
a matéria prima é ininterruptamente trabalhada, desde as operações
elementares até o completo acabamento do produto.

 As características do Fordismo são:


- trabalho dividido;
- trabalho repetitivo;
- trabalho em cadeia;
- trabalho contínuo.

 Ford resolve aplicar a organização científica do trabalho, produzindo


muito, intensamente e economicamente
Linha de produção
 Para ter um produto mais barato, Ford inventou a linha de montagem.
As várias etapas de fabricação foram distribuídas ao longo de uma esteira
rolante e cada empregado deveria acoplar um componente padronizado.

 A idéia era evitar hesitações e perda de tempo.


Gente de todos os Estados Unidos foi atraída pelo trabalho que era
repetitivo e cansativo, mas bem pago:
 U$ 5,00 por jornada de oito horas de trabalho - o dobro do que se pagava
na época por 12 horas.

 Além da criação de uma classe média, essas mudanças provocaram


grandes transformações econômicas e sociais, conhecidas como fordismo.
O Fordismo é um sistema racional de produção em massa, que
transformou radicalmente a indústria automobilística na primeira
metade do século XX. 
O Ford Bigode
 Em 1903, o empreendedor fundou a Ford Motor Company.

 Em 1908, apresentou o famoso Modelo T – “The Universal Automobile”. O


sucesso desse automóvel foi tão grande que, num prazo de 12 meses
aproximadamente, foram vendidas 10 mil unidades. Com certas inovações,
frente às demais marcas, foi o primeiro automóvel com volante à esquerda.
 A partir de 1913, a produção Fordista fez com que cada automóvel fosse
montado em 93 min.

 Neste contexto, em 1914, Ford lançou sua mais famosa frase: “Quanto ao meu
automóvel, às pessoas podem tê-lo em qualquer cor, desde que seja preta!”.

 Acontece que, para a Linha de Produção Fordista, a cor preta é o que secava
mais rápido. 
 Ford é o melhor automóvel, não porque é mais barato, mas porque vale mais”.
Modelo Ford T
O veículo pioneiro de Ford no processo de produção fordista foi o mítico Ford
Modelo T, mais conhecido no Brasil como "Ford Bigode".

Henry Ford, pela busca de resultados, literalmente, colocou o mundo sobre


rodas, quando uniu pessoas de todos os modos de vida, numa gigantesca inter-
relação social em torno do automóvel.
Conseqüência do Fordismo
 o principal produto, o Ford Modelo T, a partir de
1915, passou do custo de U$ 850,00 para U$
490,00 e com isto passou a produzir 300 mil
unidades/ano.
 No entanto, a Linha de Produção Fordista era
entediante.
 Ter de comprar de fornecedores e depender do
mercado “pensava ele” traria inúmeras
dificuldades.
Centralização e Integralização Vertical
 Segundo Ford, “A empresa bem dirigida
não pode deixar de ter lucros, mas o lucro
deve acontecer, e inevitavelmente
acontecerá, mas como prêmio pelo bom
serviço.”

 “O trabalho deveria ir ao homem e não o


homem ir ao trabalho...” (esteiras,
máquinas)
Modelo T
 Modelos bons e baratos consequentemente evita
ELITIZAR...
 Custo de Produção = Função do Tempo de
Produção - Cp=f(tp)
 Muitas empresas aderiram ao Fordismo e
promoveram o crescimento e desenvolvimento
empresarial.
Contribuições de Ford
 1. Criação da Linha de Montagem
Sistema de produção reduziu de 750min (1913)
para 93min (1914) – redução de 88% do esforço
Produção de um carro – 12:28 h para Fábrica de
Ford – 1:33 h

 2. Intercâmbio das peças e padronização do


produto
Produção em massa;
Padronização de produto e ferramentas;
Redução em 2/3 do valor de produção .
3. Relações trabalhistas
 Implantou a carga horária 8h/dia e
U$5,00 (1914);
 Estabeleceu programa de educação e
bem-estar para os operários;
 Ofereceu T&D em educação moral e
Inglês;
 Estilo de vida americana.
Resultados
 Melhor qualidade dos produtos

 Menor nível de absenteísmo


10% - 0,5%

 Menor taxa de rotatividade (tunorver)


400% - 15%
Considerações Finais
 O Fordismo proporcionou grandes vantagens
competitivas aos países e organizações que o adotaram.
Através desse sistema de produção, foi possível expandir
rapidamente a produção, reduzindo os custos unitários de
fabricação, de modo a atender a grande demanda
reprimida existente nos países em desenvolvimento.

 Diversas nações lideradas pelos Estados Unidos,


consolidaram sua posição, enquanto que lídereranças
econômicas no planeta, graças aos aumentos de
produtividade obtidos com o método fordista de produção
- Inglaterra, Alemanha e França em especial -, tiveram
seu produto interno bruto aumentado significativamente
durante os anos de apogeu do Fordismo.
Declínio do Fordismo

O Fordismo entrou em declínio com o surgimento de um


novo sistema de produção mais eficiente.

O Toyotismo, surgido no Japão, seguia um sistema


enxuto de produção, aumentando a produção, reduzindo
custos e garantindo melhor qualidade e eficiência no
sistema produtivo.

Em 2007 a Toyota torna-se a maior montadora de


veículos do mundo e pôe um ponto final no Fordismo.
Toyotismo
 1960 a 1970 resultou na introdução de novas
tecnologias e aumento da exploração da
classe operária.

 “Arma” de competitividade entre os países


considerados superpotentes.
 Origem: nos anos 50 Eiji Toyoda conheceu o sistema fordista de
produção, onde o fluxo normal é produzir primeiro e vender
depois.

 Para conseguir competir no mercado, a Toyota teve de modificar


e simplificar o sistema de produção.
 Características

- Regras na produção
- Classificação de desperdícios: tempo de perda conserto/refugo,
produção maior/ou antes que o necessário, operações
desnecessárias no processo, transporte, estoque, movimento
humano, espera.
 Automatização, Just-in-time, trabalho em equipe,
administração por estresse, flexibilização da mão-de-
obra, gestão participativa, controle de qualidade e
subcontratação.

 Toyota: trabalho em equipe com líder.


 Ford: cada trabalhador é responsável por uma parte da
produção
 Sistema de cartões utilizados nas empresas para
solicitar componentes a outras equipas da mesma
linha de produção, é um sinal visual que informa ao
operário o que, quanto e quando produzir.

Trabalho em equipe e início da sobrecarga de trabalho.

As lâmpadas coloridas são instaladas bem ao alto na direção da cabeça dos


trabalhadores.

Funcionários sobre constante pressão e completa servidão sem tempo para lazer e
vida familiar, trazendo como conseqüência os constantes acidentes de trabalho
 Desenvolver competências para se manter no
mercado.

 Qualificação da mão-de-obra, educação do povo


exigindo o máximo de qualidade.

 Resultado: desenvolvimento de um produto de alto


padrão de qualidade. E a inserção no competitivo
mercado dos países centrais.
CONSIDERAÇÕES
 O que se pode observar desde o
taylorismo até o toyotismo é que o
homem busca sempre a redução de
custo, maior produção, maior qualidade
mas, a exposição dos trabalhadores a
agentes nocivos devem ser observados
e controlados com mais compromisso
pelas empresas, principalmente pela
alta administração, pois novos desafios
e métodos de produção irão surgir.
Referências Bibliográficas
CHIAVENATO, Idalberto. Administração – Teoria, Processo e Prática. 3 ed. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2000.
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à administração.6.ed. São Paulo: Atlas.2004.

RIBEIRO, Antonio de Lima. Teorias da Administração.São Paulo: Saraiva, 2003.


SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teoria da Administração.São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2002.
MUNIZ, Adir Jaime de Oliveira. Teoria Geral da Administração: noções básicas.4.ed. São
Paulo: Atlas.2001.
Gounet, Thomas. "Fordismo e toyotismo na civilização do automóvel". São Paulo: Boitempo
editorial, 1992. ISBN 85-85934-44-1.
Maia, Adinoel Motta.
A era Ford: Filosofia, ciência, Técnica. Salvador: Casa da Qualidade, 2002. ISBN 85-85674-
70-9.
Womack, James P. A máquina que mudou o mundo. Rio de Janeiro: Campus, 1992. ISBN 85-
7001-742-1.
PINTO, Geraldo Augusto. A organização do trabalho no século XX: taylorismo, fordismo e
toyotismo. São Paulo: Expressão Popular, 2007. ISBN 978-85-7743-028-4.
OBRIGADO !!!!

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