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São aplicados localmente no tecido nervoso bloqueando, de forma reversível, o potencial de ação.
Histórico:
- Utilização da cocaína como anestésico local.
- Largamente utilizado, a princípio, nas cirurgias dos olhos e na odontologia – reconhece-se a propriedade
viciante da substância.
- Sintetizam-se análogos da cocaína sem a porção viciante da droga: análogos possuem uma porção
hidrofóbica, que determina seu potencial e duração de ação.
Mecanismo de Ação –
- Anestésico local deve ser utilizado localmente e nunca de forma sistêmica (via corrente sangüínea).
- Os anestésicos, se jogados na circulação, vão causar o bloqueio de canais de sódio VOC por onde passarem,
com perigo de parada cardiorespiratória.
- Para que o anestésico fique contido na região onde foi administrado, é comum o uso de vasoconstritores como
adrenalina e noradrenalina.
- O problema dos vasoconstritores: quando aplicados em periferias (baixa irrigação e posterior necrose); em
pacientes diabéticos (já possuem dificuldade circulatória aumentada); em gestantes (diminuição do fluxo ao
feto); em pacientes hipertensos (aumenta a pressão sangüínea). Nestes casos utiliza-se o anestésico sem o
vasoconstritor mas em menor concentração.
- De forma geral: os vasoconstritores são aminas que aumentam o consumo de oxigênio no local onde for
administrada (originam edema local), por isso, o perigo de causar hipóxia tecidual (até gangrena) com
posterior necrose.
6. Raquianestesia –
- Injeção intratecal, diretamente no líquor do espaço lombar.
- Efeitos colaterais são devido ao progressivo bloqueio simpático ocasionado – efeito cardiovascular é o mais
acentuado.
- Cuidados: assistolia súbita devido ao bloqueio simpático e descarga vagal no nodo sinoatrial; no caso de
hipertensão intracraniana, a perfuração do saco dural pode ocasionar hérnia de tonsila com parada dos centros
vegetativos.
7. Anestesia Epidural (Peridural) –
- Injeta-se o anestésico fora da dura-máter, sem penetrá-la.
- Pode ser colocado um cateter nesse espaço para manutenção anestésica.
- Cuidados: lesões no sistema nervoso central por injeção (errada) no espaço subaracnóideo ou intravascular
(região do plexo venoso). A concentração do anestésico determina os tipos de fibras nervosas a serem
comprometidas.
Figura 51: diferenciação dos locais de atuação dos anestésicos locais e analgésicos. Observar a atuação dos
anestésicos locais nos canais de sódio do tipo VOC no potencial de ação.
Lesão Tecidual – Mediadores químicos periféricos da dor e da hiperalgesia
Figura 52: lesão tecidual com seus posteriores efeitos locais e medulares (via condução nervosa)