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Diretrizes Técnicas para Projeto de ETE
Diretrizes Técnicas para Projeto de ETE
1. OBJETIVO......................................................................................................................... 3
2. PROCESSO DE PROJETO E IMPLANTAÇÃO DE ETE LOCAL................................. 3
2.1 Parecer de Viabilidade de Solução de ETE Local...................................................... 3
2.2 Projeto da ETE ........................................................................................................... 4
2.3 Implantação da ETE ................................................................................................... 4
2.4 Aprovação Técnica da ETE........................................................................................ 5
2.5 Recebimento das instalações que compõem a ETE ................................................... 6
3. PARÂMETROS DE PROJETO......................................................................................... 6
3.1 Horizonte de projeto................................................................................................... 6
3.2 Vazões de Esgoto Afluente a ETE ............................................................................. 6
3.3 Características Qualitativas do esgoto afluente à ETE............................................... 7
3.4 Metas de Qualidade para o Efluente das ETEs .......................................................... 7
4. PROCESSOS DE TRATAMENTO................................................................................... 8
4.1 Tratamento Preliminar................................................................................................ 8
4.2 Tratamento da Fase Líquida....................................................................................... 9
4.3 Tratamento e Manejo do Lodo ................................................................................... 9
4.4 Impacto Ambiental Local......................................................................................... 10
5. AUTOMAÇÃO LOCAL.................................................................................................. 10
5.1 Requisitos Gerais...................................................................................................... 10
5.2 Parâmetros a Serem Monitorados e Controlados ..................................................... 11
6. OUTRAS RECOMENDAÇÕES ..................................................................................... 12
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1. OBJETIVO
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2.2 Projeto da ETE
• Certificado do GRAPROHAB;
• Aprovação do projeto de entrada de energia elétrica pela concessionária;
• Licença de construção da ETE emitida pela Prefeitura;
• Descrição perimétrica do imóvel que sediará a ETE e registro da propriedade
do imóvel com desmembramento efetivado;
• Outorgas e outras licenças/autorizações de órgãos ou concessionárias;
• Comprovação da contratação de obras de apoio e outras constantes como
exigências das licenças emitidas, tais como aquelas de mitigação de danos
ambientais e
• Lista de materiais e equipamentos da ETE.
A SABESP irá orientar quanto aos procedimentos de inspeção de materiais e
equipamentos, aplicando as mesmas práticas que utiliza para obras sob sua
responsabilidade; e designará fiscal de obras para acompanhamento da implantação
da ETE.
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O empreendedor será responsável pelos investimentos necessários para
implantação de todos os módulos da ETE. Poderá, contudo, optar pela não
execução dos módulos futuros, desde que os recursos necessários sejam
transferidos para SABESP, com pagamento à vista e formalização em contrato de
transferência de recursos financeiros. O valor do investimento dos módulos futuros
será calculado pela SABESP, de acordo com procedimentos internos vigentes,
utilizando as informações do projeto aprovado.
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Entende-se como sistema o conjunto de materiais e equipamentos, com montagem que configura processo
unitário, tais como sistema de queima de gás; de gradeamento; de remoção de areia e de automação, entre outros.
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Somente após Aprovação Técnica das Instalações poderá ser formalizado contrato
de doação das redes de esgotos do empreendimento. Isso implica em
impossibilidade de aceite das redes de esgoto e início de conexões domiciliares, por
parte da SABESP, antes da aprovação técnica da ETE.
O imóvel que sedia a ETE será objeto de Contrato de Concessão de Uso para
SABESP, garantindo a posse do imóvel durante o prazo de funcionamento da ETE
ou da estação elevatória que futuramente ocupará o imóvel para fins de conexão ao
sistema público. O contrato somente será formalizado após Aprovação Técnica da
ETE e o empreendedor será responsável pela operação da mesma, arcando com os
custos associados2, até essa data.
3. PARÂMETROS DE PROJETO
As vazões de projeto das ETEs locais devem ser estimadas tendo em conta os
parâmetros fornecidos pela SABESP para projetos de abastecimento de água e
coleta de esgotos.
• A vazão média anual de esgoto produzido deverá ser estimada com base no
per capita de água de abastecimento e em coeficiente de retorno esgoto/água
igual a 1;
• Não devem ser consideradas no cálculo da vazão média, vazões de infiltração
(já incorporadas no coeficiente esgoto/água igual a 1);
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Os custos associados envolvem inclusive os de energia elétrica, produtos químicos, vigilância, conservação
civil, ou seja, todos aqueles necessários para manter a ETE em funcionamento e assegurar a guarda da
instalação.
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• A vazão do dia de maior produção de esgoto deve ser considerada igual a 1,2
a vazão média anual; esta vazão deve ser adotada no cálculo das unidades
de processo;
• A vazão máxima de esgoto deve ser considerada igual a 1,5 vezes a vazão
média do dia de maior produção de esgotos e adotada para
dimensionamentos hidráulicos.
DBO 54 g/hab/dia
NTotal 10 gN/hab/dia
a) Padrões de Emissão
A qualidade do efluente tratado da ETE deverá ser suficiente para atender aos
padrões de emissão estabelecidos no Artigo 18 do Decreto Estadual 8.468/76 e no
Artigo 34 da Resolução CONAMA 357/05, ou versões mais recentes, de forma que:
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b) Padrões de Qualidade
No cálculo dos padrões de emissão para atendimento aos limites e condições
fixadas para as águas dos corpos receptores, na legislação estadual e federal,
deverão ser observadas as seguintes diretrizes:
A estimativa da Q7,10 poderá ser feita com o uso do aplicativo disponibilizado no site
do DAEE – www.sigrh.sp.gov.br/cgi-bin/regnet.exe.
4. PROCESSOS DE TRATAMENTO
• Grade fina mecanizada para retenção de partículas com diâmetro médio igual
ou maior que 1 cm, com dispositivo de compactação e descarte do material
gradeado até caçamba de transporte por caminhão com volume mínimo
necessário para 30 dias;
• Caixa de areia mecanizada para reter partículas com diâmetro médio igual ou
maior que 0,2 mm, dispositivo de descarte até caçamba para transporte por
caminhão com volume mínimo necessário para 30 dias e
• Caixa de gordura.
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4.2 Tratamento da Fase Líquida
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4.4 Impacto Ambiental Local
a) Geração de odores;
A estação não deverá emitir nenhum odor sensível ao ser humano, de forma que o
projeto deverá prever cobertura de todos os tanques anaeróbios e queima de gases.
Também deverá haver previsão de cobertura em todos os tanques de
armazenamento de resíduos sólidos e outras partes da instalação que poderão
emitir odores significativos.
b) Proliferação de vetores;
Todas as unidades de estocagem de resíduos sólidos devem ser fornecidas com
cobertura. A sala de equipamentos também deverá ser devidamente isolada.
d) Produtos Químicos
Deverá ser previsto o acondicionamento dos produtos químicos em tanques e local
adequado de acordo com as normas de segurança.
5. AUTOMAÇÃO LOCAL
A ETE local deve possuir nível de automação suficiente para dispensar a presença
de operador. Os seguintes requisitos mínimos são obrigatórios:
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• O CLP deve estar preparado para receber placa de comunicação removível,
que será implantada pela SABESP;
• Todos os painéis da estação devem seguir os padrões de quadros elétricos
da SABESP;
• Deve ser prevista proteção contra descargas atmosféricas e sobretensões
para todos os equipamentos eletrônicos de acordo “Manual e Procedimentos
para Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas e Sobretenções”.
a) Medição da Vazão
Essa medição deve ser realizada através de instrumento com saída analógica e
totalização de vazão.
Deverá ser previsto alternativa técnica para não ocorrência de extravasamentos, por
um período mínimo de 3 a 4 horas, para o caso de falta de energia (gerador ou
tanque pulmão).
c) Grades Mecanizadas
O gradeamento deve possuir funcionamento automático, podendo ser monitorado e
controlado a partir da perda de carga no canal de grades ou temporizador variável
em função da vazão. Deverá ser monitorado o fim de curso, comandos
ligado/desligado, sobrecorrente, dentre outros.
d) Removedor de Areia
No caso de haver remoção de areia mecanizada, todo sistema deverá ser
automatizado de forma que dispense a presença diária de operadores.
e) Reator Anaeróbio
Esse sistema deverá permitir o descarte automático de lodo do RAFA para o
adensador de lodo, através de comando proveniente de uma saída digital do CLP da
estação. Para tanto, a válvula de descarte de lodo deve possuir sinais de status de
posição (aberta e fechada).
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O biogás gerado no reator deverá ser queimado através de um sistema automático
de medição e queima do mesmo, e este deverá também possuir sinais de
monitoramento de seu pleno funcionamento que serão enviados para o controlador
da estação.
f) Reator Aeróbio
O controle da operação dos sopradores deve ser realizado através de uma malha
fechada em função do oxigênio dissolvido (OD) no reator, controlada pelo CLP, que
também deverá controlar todos os sinais de funcionamento (ligado/desligado,
sobrecorrente, etc.) dos sopradores.
h) Filtração Terciária
A retrolavagem dos filtros deverá ser realizada em função do nível do filtro e
controlada pelo CLP.
j) Energia Elétrica
A estação deverá ser provida de um medidor multigrandesas alojado no painel de
entrada, onde monitorará no mínimo tensão, corrente e falta de fase e encaminhará
estas grandezas para o CLP da estação através de uma rede de campo.
6. OUTRAS RECOMENDAÇÕES
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