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Ana Rital Leão, Claudia Bernal, Liliana SilvaY


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ndice de ilustrações 4

1. A Importância do Turismo no Desenvolvimento Regional 6

½. Introdução e Objectivos 8

3. O Concelho 9

4. Enquadramento regional 10

5. Acessibilidades e transportes 11

6. Características Demográficas 1½

6.1. Ordenamento do território por município 1½

6.½. População Residente por município 14

6.3. Movimento da população por município 15

6.4. Indicadores do mercado de trabalho por município 17

6.5. Indicadores das empresas por município. 19

7. Análise da oferta ½1

Análise do Quadro nº 11 ½1

Análise do Quadro nº 1½ ½3

7.1. Recursos turísticos Naturais e Paisagísticos ½4

7.1.1. O Parque Nacional Peneda do Gerês ½4

7.1.½. Rio Cávado ½4

7.1.3. Os Miradouros ½4

7.1.4. A Serra do Gerês ½4

7.1.5. A Serra Amarela ½5

7.1.6. As Albufeiras ½5

7.½. Recursos turísticos histórico-monumentais ½5

7.½.1. As Geiras Romanas ½5

7.½.½. A Aldeia de Vilarinho das Furnas ½6

7.½.3. Fojo do Lobo ½6

7.½.4. As Silhas ½6

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7.½.5. As Casarotas ½6

7.½.6. As Trincheiras de Campo ½6

7.½.7. Os Moinhos de Vento e de Água ½7

7.½.8. As Furnas de Carvão ½7

7.½.9. O Centro Náutico e Marinha de Rio Caldo ½7

7.½.10. A Estância Termal do Gerês ½7

7.½.11. O Santuário de São Bento da Porta Aberta ½8

7.½.1½. A Casa dos Bernardos ½8

7.½.13. Aldeias Típicas ½8

7.3. Gastronomia ½8

7.4. Festas e Eventos ½9

7.5. Infra-estruturas e equipamentos ½9

Análise do Quadro nº 13 31

7.6. Oferta de alojamento por freguesia 3½

Análise do Quadro nº 14 3½

7.7. Oferta de Restauração 33

Análise do Quadro nº 15 33

Análise dos Quadros nº 16 e 17 34

Análise dos quadros nº 18 e 19 35

Análise dos quadros nº ½0 e ½1 36

8. Análise da Procura turística 37

Análise dos quadros nº ½½ e ½3 37

Análise dos Quadros nº ½4 e ½5 38

Análise dos Quadros nº ½6 e ½7 39

Análise dos Quadros nº ½8 e ½9 40

Conclusão geral sobre a Oferta e a Procura turística da região 41

9. Análise swot 4½

Pontos Fortes 4½

3
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Pontos Fracos 4½

Oportunidades 43

Ameaças 43

10. Os actores locais de desenvolvimento: entidades dinamizadoras no processo de


desenvolvimento. 44

11. Apoios institucionais no actual Quadro Comunitário de Apoio 46

1½. Medidas e acções a desenvolver 49

1½.1. Festival Internacional de Música e Danças Tradicionais 50

1½.½. Workshops Produtos Tradicionais 50

1½.3. Museu do Mel 50

1½.4. Mergulho a Vilarinho das Furnas 50

1½.5. Offshore Powerboat Racing 51

Conclusão 5½

Bibliografia 53

ÍNDICEYDEYILUSTRAÇÕESY

Q UADRO 1 ʹ ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO EM T ERRAS DE BOURO EM ½004 E ½006. FONTE: INE 1½


Q UADRO ½ - ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO EM TERRAS DE BOURO EM ½007 E ½008. F ONTE: INE 1½
Q UADRO 3 ʹ POPULAÇÃO RESIDENTE POR MUNICPIO ʹ CÁVADO. FONTE: INE 14
Q UADRO 4 - POPULAÇÃO RESIDENTE POR MUNICPIO ʹ TERRAS DE BOURO. FONTE: INE. 15
Q UADRO 5 ʹ M OVIMENTO DA POPULAÇÃO POR MUNICPIO ʹ CÁVADO. FONTE: INE. 15
Q UADRO 6 - M OVIMENTO DA POPULAÇÃO POR MUNICPIO ʹ TERRAS DE BOURO. FONTE: INE. 16
Q UADRO 7 ʹ INDICADORES DO MERCADO DE TRABALHO POR MUNICPIO ʹ CÁVADO. FONTE: INE. 17
Q UADRO 8 - INDICADORES DO MERCADO DE TRABALHO POR MUNICPIO ʹ TERRAS DE BOURO. FONTE: INE. 18
Q UADRO 9 ʹ INDICADORES DAS EMPRESAS POR MUNICPIO ʹ CÁVADO. F ONTE: INE. 19
Q UADRO 10 - INDICADORES DAS EMPRESAS POR MUNICPIO ʹ TERRAS DE B OURO. FONTE: INE. ½0
Q UADRO 11 - DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS SEGUNDO CATEGORIA E HIERARQUIA DO CONCELHO DE
TERRAS DE BOURO. FONTE†
 CATEGORIAS: A ʹ N ATURAIS E PAISAGSTICOS, B ʹ HISTÓRICO-
MONUMENTAIS, C ʹ ARTESANAIS E GASTRONÓMICOS, D ʹ FOLCLORE, FESTAS E ACONTECIMENTOS PROGRAMADOS. ½1

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Q UADRO 1½ - DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS SEGUNDO CATEGORIA E HIERARQUIA DO CONCELHO DE


TERRAS DE BOURO (%). FONTE†
C ATEGORIAS: A ʹ NATURAIS E PAISAGSTICOS, B ʹ
HISTÓRICO-MONUMENTAIS, C ʹ ARTESANAIS E GASTRONÓMICOS, D ʹ F OLCLORE, FESTAS E ACONTECIMENTOS
PROGRAMADOS. ½3
Q UADRO 13 - E QUIPAMENTOS E S ERVIÇOS EXISTENTES NO CONCELHO. F ONTE:  ½9
Q UADRO 14- O FERTA DE ALOJAMENTO POR FREGUESIA E TIPOLOGIA. FONTE:      
Ê   . 3½
Q UADRO 15 - Nº DE RESTAURANTES EXISTENTES NO CONCELHO (POR FREGUESIA). FONTE: CÂMARA MUNICIPAL DE TERRAS
DE BOURO 33
Q UADRO 16- N ÚMERO DE ESTABELECIMENTOS FONTE: ANUÁRIOS ESTATSTICOS DA REGIÃO NORTE (INE) 34
Q UADRO 17 - T AXA DE VARIAÇÃO DO Nº DE E STABELECIMENTOS (½00½-½008) FONTE: ANUÁRIOS ESTATSTICOS DA REGIÃO
NORTE (INE) 34
Q UADRO 18 - CAPACIDADE DE ALOJAMENTO FONTE:  Ê ÊÊ     !  Ê  35
Q UADRO 19 - T AXA DE VARIAÇÃO DA CAPACIDADE DE ALOJAMENTO (½00½-½008) FONTE:  Ê ÊÊ   
 !  Ê  35
Q UADRO ½0 - INDICADORES DE H OTELARIA EM TERRAS DE BOURO FONTE:  Ê ÊÊ    !  Ê 
LEGENDA: (͙) ʹ CONFIDENCIAL, (-) ʹ RESULTADO NULO 35
Q UADRO ½1 - T AXA DE VARIAÇÃO DOS INDICADORES DA H OTELARIA (½004-½008) FONTE:  Ê ÊÊ   
 !  Ê  36
Q UADRO ½½ - E STADA MÉDIA NO ESTABELECIMENTO F ONTE:  Ê ÊÊ    !  Ê  LEGENDA:
(͙) ʹ CONFIDENCIAL, (-) ʹ R ESULTADO NULO 37
Q UADRO ½3 - T AXA DE VARIAÇÃO DA ESTADA MÉDIA NO ESTABELECIMENTO (½00½-½008) FONTE:  Ê ÊÊ  
  !  Ê  LEGENDA: (͙) ʹ CONFIDENCIAL, (-) ʹ RESULTADO N ULO 37
Q UADRO ½4 - DORMIDAS E HOSPEDES NOS ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS FONTE:  Ê ÊÊ    ! 
 Ê  LEGENDA: (͙) ʹ CONFIDENCIAL, (-) ʹ RESULTADO N ULO 38
Q UADRO ½5 - T AXA DE VARIAÇÃO DAS D ORMIDAS E HÓSPEDES NOS ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS (½00½-½008) FONTE:
  Ê ÊÊ    !  Ê  LEGENDA: (͙) ʹ CONFIDENCIAL, (-) ʹ RESULTADO N ULO 38
Q UADRO ½6 - DORMIDAS NOS ESTABELECIMENTOS SEGUNDO O PAS DE RESIDÊNCIA HABITUAL FONTE:  
Ê ÊÊ    !  Ê  LEGENDA: (͙) ʹ CONFIDENCIAL, (-) ʹ RESULTADO N ULO 39
Q UADRO ½7 - T AXA DE VARIAÇÃO DAS DORMIDAS NOS ESTABELECIMENTOS SEGUNDO O PAS DE RESIDÊNCIA HABITUAL
(½00½-½008) FONTE:  Ê ÊÊ    !  Ê  LEGENDA: (͙) ʹ CONFIDENCIAL, (-) ʹ
RESULTADO N ULO 39
Q UADRO ½8 - HÓSPEDES NOS ESTABELECIMENTOS SEGUNDO O PAS DE RESIDÊNCIA HABITUAL F ONTE:  
Ê ÊÊ    !  Ê  40
Q UADRO ½9 - T AXA DE VARIAÇÃO DO Nº DE HÓSPEDES NOS ESTABELECIMENTOS SEGUNDO O PAS DE RESIDÊNCIA HABITUAL
(½00½-½008) FONTE:  Ê ÊÊ    !  Ê  40

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Y YAYIMPORTÂNCIAYDOYTURISMOYNOYDESENVOLVIMENTOYREGIONALY

O turismo é uma ferramenta eficaz e viável para impulsionar o crescimento económico


e a criar empregos. Esta é uma verdade assente. Veremos daqui para a frente de que
forma o Turismo pode contribuir para o desenvolvimento regional.
Numa fase inicial os movimentos turísticos, concretamente em Portugal,
apresentavam uma evolução positiva. No entanto, com o decorrer do tempo, e
enquanto factor de desenvolvimento económico, o turismo em pouco contribuía para
o desenvolvimento regional. A solução para contrariar esta tendência estava e está no
planeamento orientado para o mercado. O desenvolvimento planeado exige que o
destino conheça a sua realidade, saiba qual o papel do turismo enquanto estratégia de
desenvolvimento e que saiba aproveitar os recursos (Rodrigues, ½00½:½).
Por exemplo, reconhecer e utilizar o recurso população local é valorizar as produções
locais, dinamizar o tecido económico, reforçar a sua identidade. Daqui resulta a
necessidade de comercialização, divulgação e distribuição e geram-se receitas. A
população local assume um papel activo no processo de desenvolvimento da região
(Rodrigues, ½00½:4)
O turismo possibilita a transformação dos recursos locais em riqueza mas para isso, a
região deve conhecer a sua realidade, saber se os recursos têm valor turístico. Aqui
estamos a falar de recursos naturais, culturais, sociais e turísticos (Rodrigues, ½00½:5).
Enquanto nas regiões mais desenvolvidas todos os recursos disponíveis são a favor do
desenvolvimento, nas regiões menos desenvolvidas em que muitos dos recursos são
desaproveitados, importa exactamente aproveita-los a todos, dinamizá-los (Petrova,
½00½:½)
A região é uma escala de actuação, é o espaço intermédio entre a escala local e
nacional, e no seu processo de desenvolvimento é fundamental a intervenção de
diferentes tipos de entidades. A criação de PME, a cooperação com os municípios e
ONG´s da região complementará o desenvolvimento regional (Petrova, ½00½:½). Estas
entidades, públicas e/ou privadas, vão conceber subprodutos turísticos através da
criação de pequenas empresas como alojamento, comércio, restauração, animação͙.
Desta forma as receitas geradas ficam na região, são criados postos de trabalho e são
ainda elemento transmissor da identidade local. O turismo estimula a criação de infra-
estruturas locais como: redes de saneamento e abastecimento básico, vias de

6
Ê  

comunicação, equipamentos de saúde, funcionando como uma mais-valia para os


residentes também (Cunha citado por Rodrigues, ½00½:6).
O ideal seria criar uma metodologia em que as populações locais controlassem todo o
processo de produção turística e isso exigiria uma inter-relação entre a área geradora
de turistas e a área receptora (Rodrigues, ½00½:7).

Em regiões em que a dupla ͞sol e praia͟ está indisponível, é preciso ser-se capaz de
atrair turistas e visitantes que queiram novas experiências, outros destinos,
enriquecimento cultural e gastronómico. Esta oferta acaba por ir ao encontro ao
turismo actual, que foge dos lugares comuns e conceitos repetitivos, procurando a
diferença e qualidade. A presença de recursos diferentes na região desenvolve a
competitividade, é a oportunidade da região se desenvolver e se tornar mais
expressivo (Petrova, ½00½:3). No turismo reside a oportunidade que o comércio
tradicional e as microempresas necessitam. Outro desafio que se coloca ao turismo
enquanto protagonista do desenvolvimento regional é a questão da sustentabilidade,
desenvolver um turismo sustentável. Criar uma consciência ambiental junto dos
intervenientes no uso dos recursos naturais existentes. É preciso alertar para os
impactos do desenvolvimento: a dependência económica em que a comunidade fica, a
sazonalidade do emprego, problemas ambientais e degradação do património cultural
e histórico. O planeamento do desenvolvimento turístico é a melhor forma de prevenir
estes impactos. O planeamento passa por avaliar as particularidades da região
(Petrova, ½00½:4). O Turismo gera oportunidades importantes na diversificação da
economia local em áreas com opções limitadas de desenvolvimento económico. Esta é
uma ferramenta decisiva no desenvolvimento territorial e redução das desigualdades
entre regiões.

7
Ê  

Y INTRODUÇÃOYEYOBJECTIVOSY

Para que uma região chegue ao a encontro de estratégias e medidas para desenvolveros
recursos concelhios é necessário um Planeamento que requer o levantamento de toda a
informação que seja útil para o estudo da região (neste caso, Terras de Bouro), uma análise
cuidadosa dos próprios recursos existentes, a sua inventariação, comparação de quadros
estatísticos, estudar a demografia, as características socioeconómicas e principalmente a
oferta e procura turística da região pois toda esta informação servirá como ferramenta de
trabalho para um futuro planeamento e criação de projectos de desenvolvimento do turismo
do concelho Terras de Bouro. O objectivo é a captação de um maior número de turistas e
visitantes para este território, o aumento da receita média por turista e uma maior captação
de mercados internacionais, tudo isto de uma forma sustentável e sem degradar a paisagem
rural que caracteriza a região em estudo. Para isso começam-se a desenvolver mecanismos
que permitam aproveitar melhor tudo o que a região tem para oferecer, o objectivo é
͞desencantar͟ aqueles recursos turísticos enterrados ou escondidos e que podem servir como
novos pontos de interesse e de atractivo nacional ou internacional. A consolidaçãodo produto
turístico de natureza assim como de cariz cultural e histórico será de suma importância mas
também desenvolver novos e diferentes produtos turísticos. Perceber os movimentos dos
turistas, a capacidade de alojamento e o nº de dormidas serão os indicadores mais
importantes a ter em conta no desenvolvimento destas medidas. Terra de Bouro se nos
apresenta com uma região de forte potencial turístico, já bastante explorado com o Parque
Peneda Gerês, cabe agora descobrir as outras freguesias e lugares de interesse e com
potencial turístico que possui este vasto concelho e conseguir um eficaz e rentável
aproveitamento destes recursos.

8
Ê  

Y OYCONCELHOY

O povoamento de Terras de Bouro data já desde a Idade do Bronze, aqui passaram ao longo
dos tempos várias civilizações. Os romanos, os suevos e visigodos já conheciam muito bem
estas terras onde se estabeleceram e formaram parte das primeiras comunidades desta
região. Um dos mais notáveis padrões desse acontecimento é Bouro ou ", que na
linguagem popular é uma designação territorial que ficou vinculada a uma vasta região que dá
pelo nome de Terras de Bouro. Os Búrios, que da sua ocupação e permanência, durante
épocas, deixaram de herança a nomeação toponímica, por serem as terras dos Búrios, com a
evolução linguística resultaram em Terras de Bouro.
O concelho de Terras de Bouro situa-se no interior da região do Minho e está integrada
administrativamente no distrito de Braga; apresenta uma área de aproximadamente ½70 km²,
está limitada a Norte pela Galiza, a Noroeste pelo concelho de Ponte da Barca, a Oeste pelo
concelho de Vila Verde, a Sul pelo concelho de Amares, a Sudoeste pelo concelho de Vieira do
Minho e a Este pelo concelho de Montalegre. Uma vasta área é ocupada pelo Parque Nacional
da Peneda do Gerês.
Graças a sua ruralidade, Terras de Bouro apresenta um património natural rico em fauna e
flora variadas, recursos termais e hidrológicos que favorecem a prática de desportos de
montanha e náuticos, tem por isso uma forte procura do produto Turismo de Natureza por
excelência. O património cultural aliado a paisagem fazem parte das características mais
relevantes que esta região tem para oferecer.
Associadas a estas potencialidades encontramos instituições e infra-estruturas que tornam
este território de montanha bem conhecido, com referência no país e no mundo,
principalmente pelo santuário do S. Bento da Porta Aberta com as suas romarias, o Museu
Etnográfico de Vilarinho das Furnas, as termas e a serra do Gerês como imagem emblemática
do Parque Nacional, as albufeiras da Caniçada e de Vilarinho das Furnas, a via Romana XVIII
(Geira), que ligava Bracara Augusta a Astorga com o conjunto de miliários epigrafados e sua
história multissecular, a fronteira da Portela do Homem e o relacionamento ancestral com os
povos da Galiza, o Centro de Artesanato de Covide e de Brufe, o Centro Náutico de Rio Caldo, a
Água do Fastio, o turismo no espaço rural, os miradouros e as cascatas na serra do Gerês.
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10
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rY ACESSIBILIDADESYEYTRANSPORTESY

Este Concelho dista ½5 km de Braga (44 min.), 75 km do Porto (1h30) cujas acessibilidades
principais se circunscrevem às estradas nacionais: E.N. ½05.3, 304, 307, 308 e 308.1.
No que toca aos transportes, o Concelho de Terras de Bouro possui 5 praças de táxis e estação
de autocarros (a Empresa Ê# $ faz esta rota com a linha Vieira Minho - Geres (Termas));
no entanto tem vários acessos de automóvel pela Estrada Nacional. Devido ao afastamento
entre este Concelho e o Distrito do Porto, principalmente do aeroporto, a forma mais rápida e
eficiente é a deslocação com automóvel, sendo que os autocarros constituem um meio mais
económico mas demoroso. Pode optar-se também por ir de comboio até Braga e de Braga
apanhar um autocarro até Terras de Bouro.
Devido a ausência de mais informação sobre este assunto, recorreu-se a uma breve análise das
GraY YYPaYYOr am Y com o intuito de compreender os principais
objectivos e projectos a serem desenvolvidos no âmbito do melhoramento das acessibilidades
e transporte desta região, diz assim então o GOP:
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1 (/2 , )> (,,;' <% -6( '&'-' ? '-Ê %- 
(/2; ('#-=Fonte: Câmara Municipal de Terras de Bouro
Evidencia-se uma grande preocupação em melhorar os acessos entre as freguesias do
concelho, principalmente a pavimentação das várias ruas e estradas; no entanto existe
também um projecto para a construção de um novo acesso para a Vila do Geres de modo
melhorar a acessibilidade para as Termas e o Parque Nacional; este último aspecto terá
consequências significativas na afluência de um maior número de turistas nacionais e
Internacionais para estas atracções turísticas da região.

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ºY CARACTERÍSTICASYDEMOGRÁFICASY

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Planos Municipais do Ordenamento do Território (PMOT)1


Usos do Solo identificados nos PMOT
½004 ½006
Equipamentos e Equipamentos e
Urbano Industrial Urbano Industrial
parques urbanos parques urbanos
ha
Cávado ½1 663,9 1 04½,½ 1 443,9 ½1 663,9 1 04½,½ 1 443,9
Terras de Bouro 796,8 - 16,5 796,8 0 16,5

A YY
arYY Y
O quadro 1 atrás enunciado refere-se ao Ordenamento do território por município para os
anos de ½004 ½ ½006. O que podemos concluir é que o uso de solo urbano é mais elevado
(796,8 ha) do que para o uso de solo industrial (16,5 ha) no concelho de Terras de Bouro, no
entanto, e quando comparados os dois anos aqui presentes, podemos ver que com o passar
dos anos, não se presencia qualquer alteração.Y

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1
Plano Municipal de Ordenamento do Território (PMOT)
Instrumento de planeamento territorial, de natureza regulamentar, aprovados pelos
municípios, que estabelecem o regime de uso do solo, definindo modelos de evolução da
ocupação humana e da organização de redes e sistemas urbanos e, na escala adequada,
parâmetros de aproveitamento do solo. Os planos municipais de ordenamento do território
compreendem os planos directores municipais, os planos de urbanização e os planos de
pormenor.


Ê  

Planos Especiais de Ordenamento do


Planos Regionais Servidões e restrições
Território (PEOT½) aprovados
do Ordenamento
do Território Reserva
Áreas Orla Albufeiras de Reserva Agrícola
(PROT3) aprovados Ecológica
protegidas costeira águas públicas Nacional (RAN4)
Nacional (REN5)
Nº ha
½007 e ½008 1 0 1 0 176,4 994,7
Fonte: INE
Y
Y
A YY
arYY

½
Plano Especial de Ordenamento do Território (PEOT)
͞O PEOT é um instrumento de natureza regulamentar elaborado pela administração central.
Constitui um meio supletivo de intervenção do Governo, tendo em vista a prossecução de
objectivos de interesse nacional com repercussão espacial, estabelecendo regimes de
salvaguarda de recursos e valores naturais e assegurando a permanência dos sistemas
indispensáveis à utilização sustentável do território. PEOT é o plano de ordenamento de áreas
protegidas, o plano de ordenamento de albufeiras de águas públicas bem como de
ordenamento da orla costeira. O PEOT visa a salvaguarda de objectivos de interesse nacional
com incidência territorial delimitada bem como a tutela de princípios fundamentais
consagrados no programa nacional da política de ordenamento do território não asseguradas
por plano municipal de ordenamento do território eficaz.͟
3
Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT)
Os Planos Regionais de Ordenamento do Território, adiante designados por PROT, são
instrumentos de carácter programático e normativo visando o correcto ordenamento do
território através do desenvolvimento harmonioso das suas diferentes parcelas pela
optimização das implantações humanas e do uso do espaço e pelo aproveitamento racional
dos seus recursos. Os PROT abrangem áreas pertencentes a mais de um município, definidas
quer pela sua homogeneidade em termos económicos, ecológicos ou outros, quer por
representarem interesses ou preocupações que pela sua interdependência, necessitam de
consideração integrada.
4
Reserva Agrícola Nacional (RAN)
Conjunto das áreas que, em virtude das suas características morfológicas, climatéricas e
sociais, maiores potencialidades apresentam para a produção de bens agrícolas. Constitui uma
servidão que visa defender e proteger as áreas de maior aptidão agrícola e garantir a sua
afectação à agricultura, de forma a contribuir para o pleno desenvolvimento da agricultura
portuguesa e para o correcto ordenamento do território.

5
Reserva Ecológica Nacional (REN)
Estrutura biofísica básica e diversificada que, através do condicionamento à utilização de áreas
com características ecológicas específicas, garante a protecção de ecossistemas e a
permanência e intensificação dos processos biológicos indispensáveis ao enquadramento
equilibrado das actividades humanas.

13
Ê  

Já o quadro nº ½, referente aos mesmos dados do quadro anterior - Ordenamento do território


por município - mas relativo aos anos de ½007 e ½008, foram alterados os itens de análise
utilizados para o estudo principal do INE. Devido a tal, não podemos fazer uma comparação
destes dados com os dados de anos anteriores, devido à diferença dos itens considerados para
o estudo desta categoria destes anos. Além disso, e como apresenta o quadro, os dados não se
alteraram nestes dois anos de estudo. Escassos são os PEOT aprovados e nenhuns os PROT
aprovados. Apenas existe informação sobre os hectares das reservas agrícola e ecológicas
nacionais, que são de 176,4 e 994,7 ha, respectivamente.Y
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Cávado Taxa de variação


½00½ ½004 ½006 ½007 ½008 %
Total HM 397.½46 404.681 409.781 411.3½7 41½.791 3,91
0 a 14 anos HM 75.½6½ 74.514 73.07½ 71.795 70.748 -6,00
15 a ½4 anos HM Nº 61.831 59.551 57.17½ 55.941 54.79½ -11,38
½5 a 64 anos HM ½11.999 ½½0.47½ ½½7.955 ½31.148 ½33.813 10,½9
65 e mais anos HM 48.157 50.143 51.58½ 5½.443 53.438 10,97

A YY
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O quadro nº 3 é referente à população, por diferentes faixas etárias, residentes no município
de Terras de Bouro nos diferentes anos utilizados para o estudo (de ½00½ a ½008). Tal como
podemos observar, ao longo destes anos a população residente neste município tem
diminuído o que demonstra que é um concelho repulsivo, isto é, não consegue manter a
população. Tal facto pode dever-se ao facto de este concelho ser pequeno, localizado no
interior da região norte, e próximo de grandes zonas urbanas como Porto e Braga, que
oferecem melhores condições de trabalho e de vida. No entanto, se analisarmos mais
concretamente a faixa etária dos ½5 aos 65 anos de idade, constata-mos que é o único
conjunto de idades que apresenta uma variação positiva ao longo dos anos, embora entre
½004 e ½006 tenha diminuído o número de população residente.Y
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14
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Terras de Bouro Taxa de variação


½00½ ½004 ½006 ½007 ½008 %
Total HM 8.1½7 7.955 7.765 7.631 7.506 -7,64
0 a 14 anos HM 1.½84 1.½06 1.143 1.103 1.057 -17,68
15 a ½4 anos HM Nº 1.½60 1.199 1.101 1.031 978 -½½,38
½5 a 64 anos HM 3.885 3.871 3.881 3.889 3.887 0,05
65 e mais anos HM 1.699 1.679 1.640 1.608 1.584 -6,77

A YY
arYY^Y
Tal como podemos observar no quadro nº 4 relativo à população residente na sub-região do
Cávado, percebemos que de uma forma geral, no primeiro ano em estudo (½00½) e nos últimos
anos de estudo (½007 e ½008) a população residente aumentou, o que demonstra que a sub-
região do Cávado não é de uma forma geral uma região repulsiva, que contribui para a saída
da população residente. O que se pode declarar sem dúvida alguma é o facto de que apenas
no ano de ½004 e ½006 se verificou uma perda de população residente.
Y

ºY M m YaY


a YrYm
   Y

arYrYYM m YaY
a YrYm
  YYCaYF  YINEY

Nados
Taxa de
Taxa de Taxa de Taxa de Taxa de Taxa de Vivos fora Casamentos ndice de
Crescimento
Natalidade Mortalidade Nupcialidade Divórcio Fecundidade do Católicos Envelhecimento
Natural
casamento
к %
½00½ 9,8 6,9 0,½9 5,½ x 35,9 18 6½,3 73
½004 11,4 6,9 0,87 5,6 1,8 41,½ 13,9 69,6 67,3
½006 10,8 7 0,37 5,4 1,7 39,3 15,6 65,9 70,6
½007 9,8 6,9 0,½9 5,½ x 35,9 18 6½,3 73
½008 10,1 6,7 0,34 5,1 x 37,4 19,4 59,½ 75,5
Média 10,38 6,88 71,88

A YY
arYYrY
No que diz respeito ao quadro nº 5 relativo ao movimento da população por município na sub-
região do Cávado, tal como destacamos, a taxa de natalidade e mortalidade apresentam uma
média de 10,38 e 6,88 respectivamente. Quanto â média do índice de envelhecimento, este
regista uma elevada percentagem - 71,88% o que demonstra que este é um concelho com

15
Ê  

bastante população envelhecida. Um outro factor a ter em conta, é o facto dos casamentos
católicos terem vindo a diminuir ao longo destes anos estudados.


arYºYYM m YaY
a YrYm
  YYTrraYYB
rYF  YINE

Nados-
Taxa de
Taxa de Taxa de Taxa de Taxa de Taxa de Vivos fora Casamentos ndice de
Crescimento
Natalidade Mortalidade Nupcialidade Divórcio Fecundidade do Católicos Envelhecimento
Natural
casamento
к %
½00½ 8,5 10,5 -0,½ 5,4 1 35,4 19,7 61,9 143,5
½004 8,5 13,4 -1,17 6,½ 0,4 35,5 16,½ 58 139,½
½006 8,5 10,5 -0,½ 5,4 1 35,4 19,7 61,9 143,5
½007 6,5 13,6 -0,71 3,8 x ½7,3 1½ 58,6 145,8
½008 7,3 1½,6 -0,53 3,7 x 30,½ 3,6 4½,9 149,9
Média 7,86 1½,1½ 144,38

A YY
arYYºY
Aqui podemos ver que a taxa de mortalidade só no concelho de Terras de Bouro é mais do
dobro (1½,1½%) do que na sub-região do Cávado. Isto pode demonstrar que é aqui neste
concelho que ocorrem mais mortes de população. O mesmo acontece quando analisados os
valores da média do índice de envelhecimento que atinge valores bastantes superiores
(144,38%) quando comparados com os valores do Cávado. Em suma, podemos considerar um
concelho que apresenta três características fundamentais para a sua caracterização: relativas
de taxas de natalidade e mortalidade e um elevado índice de envelhecimento. Neste concelho,
com estes dados, podemos dizer que além de nascerem poucas crianças e a taxa de
mortalidade ser um pouco mais do que a de natalidade, é um concelho com população
bastante envelhecida.
Y
TaxaYr
aYYa a aY
Número de nados vivos ocorridos durante um determinado período de tempo, normalmente
um ano civil, referido à população média desse período (habitualmente expressa em número
de nados vivos por 1 000 habitantes).

TaxaYr
aYYmr a aY
Número de óbitos observado durante um determinado período de tempo, normalmente um
ano civil, referido à população média desse período
(habitualmente expressa em número de óbitos por 1 000 habitantes).

TaxaYY
r
m YNa
raY
Saldo natural observado durante um determinado período de tempo, normalmente um ano
civil, referido à população média desse período
(habitualmente expressa por 100 ou 1 000 habitantes).

16
Ê  

Y
TaxaYr
aYY

a aY
Número de casamentos observado durante um determinado período de tempo, normalmente
um ano civil, referido à população média desse período (habitualmente expressa em número
de casamentos por 1 000 habitantes).

TaxaYY r
Y
Número de divórcios observado durante um determinado período de tempo, normalmente
um ano civil, referido à população média desse período (habitualmente expressa pelo número
de divórcios por 1 000 habitantes).

TaxaYY 

 aY
Número de nados vivos observado durante um determinado período de tempo, normalmente
um ano civil, referido ao efectivo médio de mulheres em idade fértil (entre os 15 e os 49 anos)
desse período (habitualmente expressa em número de nados vivos por 1 000 mulheres em
idade fértil).
Y
Na Y raYY
aam Y
Números de nados-vivos que não pertencem ao casamento, no caso de valores absolutos.
Relação entre esse número e o total de nados-vivos, no caso de valores percentuais.
Y
Í
YY
m Y
Relação entre a população idosa e a população jovem, definida habitualmente como o
quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas com idades
compreendidas entre os 0 e os 14 anos (expressa habitualmente por 100 pessoas dos 0 aos 14
anos).
Y

º^Y I
arYYmr
aYY raaYrYm

 Y

arYYYI
arYYmr
aYY raaYrYm

 YYCaYF  YINEY

Disparidade Disparidade no
Taxa de TCO em Taxa de TCO em
Ganho no ganho ganho médio Disparidade no ganho
estabelecimentos estabelecimentos
médio média mensal por médio mensal por
com <10 com> ½50
mensal mensal por escalão de sector de actividade
trabalhadores trabalhadores
sexo empresa
% Φ %
½00½ ½5,½ 13,9 630 10,6 ½4,5 7,1
½004 - - - - - -
½006 ½6,9 14,8 734,1 11,4 ½1,1 5,1
½007 ½6,3 15 765,5 11,8 ½0,5 5,1
½008 ½6,8 14,6 81½,½ 11,½ ½1 5,9
Média ½6,3 14,575 735,45 11,½5 ½1,775 5,8

17
Ê  

A YY
arYYY
O quadro nº 7 apresenta os indicadores do mercado de trabalho na sub-região do Cávado.
Antes de mais é de referenciar o facto de no ano de ½004 não existirem dados relativos a este
indicador. No entanto, e tal como podemos observar, o ganho médio mensal tem vindo a
aumentar ao longo dos anos, atingindo o seu maior valor no último ano de análise - ½008 que
foi de 81½,½Φ. O que devemos destacar também é o facto do crescimento progressivo
registado ao longo dos anos, quer nos estabelecimentos com menos de 10 trabalhadores e
estabelecimentos com mais de ½50 trabalhadores.
Y

arYYYI
arYYmr
aYY raaYrYm

 YYTrraYYB
rYF  YINEY

Disparidade Disparidade no
Taxa de TCO em Taxa de TCO em
Ganho no ganho ganho médio Disparidade no ganho
estabelecimentos estabelecimentos
médio média mensal por médio mensal por
com <10 com> ½50
mensal mensal por escalão de sector de actividade
trabalhadores trabalhadores
sexo empresa
% Φ %
½00½ 37,3 13,6 636 19,½ 64,7 ½6,7
½004 - - - - - -
½006 31,3 ½7,3 566,6 8 ½8,4 ½
½007 ½9,5 35,6 7½4,6 15,7 46,3 15,8
½008 38,1 13,5 746,6 17,½ 5½,½ ½0,9
Média 34,05 ½½,5 668,45 15,0½5 47,9 16,35

A YY
arYYY
Já no quadro nº 8 que apresenta os indicadores do Mercado de trabalho no município de
Terras de Bouro, podemos destacar vários itens. Entre eles, o ganho médio mensal tem vindo a
aumentar ao longo dos anos analisados (em ½00½ era de 636Φ, para os 746,6Φ no ano de
½008). A ter em conta é também o facto de a taxa de TCO em estabelecimentos com menos de
10 trabalhadores tem diminuído, talvez pelo facto da crise que se tem vindo a instalar no
nosso país que afecta sobretudo as empresas mais pequenas, o que contraria um pouco as
empresas com mais de ½50 trabalhadores, que apesar de sentirem as mesmas dificuldades,
acabam grande parte por se conseguirem manter.
Y
TaxaY Y TCOY raaarY rY
 aY Y 
rm)Y mY  a
m Y
mY Y
raaarY
TCO em estabelecimentos com menos do que 10 trabalhadores / Total de TCO.
Y
TaxaY Y TCOY raaarY rY
 aY Y 
rm)Y mY  a
m Y
m>Y rY
raaarY
TCO em estabelecimentos com mais do que ½50 trabalhadores / Total de TCO.
Y
18
Ê  

D ar aYYaYmé YmaYrYxY


Coeficiente de variação do ganho médio mensal ponderado pelo peso do emprego em cada
sexo no total do emprego da respectiva unidade territorial.

D ar aYYaYmé YmaYrY


a YYmraY
Coeficiente de variação do ganho médio mensal ponderado pelo peso do emprego dos
diversos escalões de dimensão das empresas no total do emprego da respectiva unidade
territorial.

D ar aYYaYmé YmaYrY


rYYa
 aY
Coeficiente de variação do ganho médio mensal ponderado pelo peso do emprego em cada
sector de actividade no total do emprego da respectiva unidade territorial.
Y

ºrY I
arYaYmraYrYm

  Y

arYYYI
arYaYmraYrYm

 YYCaYF  YINEY

Indicador de
Proporção de
Proporção de Pessoal ao Volume de concentração do
Densidade de pequenas e
micro- serviço por negócios por volume de negócios
empresas médias
empresas empresa empresa das 4 maiores
empresas
empresas
Milhares de
N.º/ km² % Nº %
euros
½006 31,1 93,8 6,1 3,6 ½½9,9 9,6
½007 31,5 68,43 99,9 3,6 ½40,8 8,4
½008 31,7 68,1 100 3,6 ½47,3 9,9
Média 31,43 76,78 68,67 3,6 ½39,33 9,3

A YY
arYYY
O quadro nº 9 analisa os indicadores das empresas no Cávado. Devido à inexistência de dados
sobre estes indicadores relativos aos anos de ½00½ e ½004 que foram escolhidos para este
estudo, apenas obtemos informação sobre os anos de ½006 a ½008. Como tal, a sub-região do
Cávado regista uma maior proporção de microempresas (em média 76,78%) do que PME
(68,67%), possível consequência de que esta sub-região encontra-se localizada mais no interior
do país, onde as empresas surgem e funcionam como negócios familiares, com muito poucos
trabalhadores com insuficiente nível de escolaridade.

19
Ê  


arY YYI
arYaYmraYrYm

 YYTrraYYB
rYF  YINEY

Indicador de
Proporção de
Proporção de Pessoal ao Volume de concentração do
Densidade de pequenas e
micro- serviço por negócios por volume de negócios
empresas médias
empresas empresa empresa das 4 maiores
empresas
empresas

Milhares de
N.º/ km² % Nº %
euros
½006 ½ 97,5 ½,5 ½ 77,5 34,4
½007 1,9 77,8 100 ½,1 83,½ 33,3
½008 1,8 77,½ 100 3 157,½ 16,8
Média 1,90 84,17 67,50 ½,37 105,97 ½8,17

A YY
arYY Y
No quadro nº 10 constam os indicadores das empresas no município de Terras de Bouro,
pertencente ao Vale do Cávado, caracterizado por ser uma das regiões da indústria têxtil.
Como tal, e devido á crise económica que se tem vindo a registar no nosso país e tem
͞atacado͟ o sector têxtil, podemos ver que muitas das empresas tem vindo a encerrar cada
ano que passa. No entanto, o pessoal ao serviço por empresa tem vindo a aumentar, bem
como o volume de negócios que apresenta uma média destes três anos de 105,97 milhões de
euros.
D aYYmraY
Número de empresas / Área do município (km½)

I
arYY

 ra YYVABYaY^Yma rYmraY
VAB das 4 maiores empresas / VAB das empresas x 100.
VAB Valor Acrescentado Bruto
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y

½0
Ê  

Y ANÁLISEYDAYOFERTAY
Y

arY YYDISTRIBUIÇÃOYDOSYRECURSOSYSEGUNDOYCATEGORIAYEYHIERARUIAYDOYCONCELHOYDEYTERRASYDEY
BOUROYF †
Categorias:YA ʹ Naturais e paisagísticos, BYʹ Histórico-Monumentais, C ʹ Artesanais
e gastronómicos, D ʹ Folclore, festas e acontecimentos programados.

Y CATEGORIA Y

Y AY BY CY DY TOTALY
H rar
a IVY VY IVY VY IVY VY IVY VY IVY VY TOTALY

Baa aY 4 1 ½ 3 0 0 4 0 10 4 14
Br
Y 0 1 1 5 0 1 1 0 ½ 7 9
CamYYGrêY 0 1 1 11 0 1 3 0 4 13 17
Cara raY 1 ½ 8 ½ 0 ½ 7 0 16 6 ½½
Cam mY 3 1 1 1 0 1 8 0 1½ 3 15
CrY 0 0 6 4 0 0 3 0 9 4 13
C  Y 0 1 4 1 0 1 5 0 9 3 1½
C Y 1 0 4 3 0 1 4 0 9 4 13
Gr Y 1 0 5 1 0 1 4 0 10 ½ 1½
M m aY 0 0 3 1 0 1 3 0 6 ½ 8
M Y 0 3 0 5 0 0 1 0 1 8 9
R  raY 0 ½ 4 1 0 1 ½ 0 6 4 10
R YCaY 0 4 3 6 0 ½ 4 0 7 1½ 19
S
Y 1 0 5 3 0 1 3 0 9 4 13

VaY 0 ½ ½ 1 0 ½ 3 0 5 5 10
V arY 0 1 3 1 0 0 1 0 4 ½ 6
V arYaYV aY 0 7 0 ½ 0 ½ 5 0 5 11 16
TOTAL 10 ½6 5½ 51 0 17 61 0 130 93 ½18
T aYrY 36 103 17 61

a r aY

A YY
arYY Y
Analisando a quantidade de recursos turísticos territoriais por freguesia, observamos que os
valores mais elevados pertencem em primeiro a freguesia de Carvalheira, seguida de Rio
Caldo, Campo do Gerês e Vilar da Veiga. O concelho de Terras de Bouro tem uma abundância
de recursos Naturais e Paisagísticos que é no entanto ultrapassada pelos recursos de carácter
histórico-monumental, no entanto cabe lembrar que por vezes é difícil a categorização de
alguns recursos que possuem um forte potencial tanto natural como histórico; nestes casos
recorreu-se a essência primordial do recurso, como por exemplo as Vias Romanas (melhor
conhecidas por Geiras) são construções com interesse histórico no entanto também têm um

½1
Ê  

forte interesse paisagístico. As festas e acontecimentos programados também possuem um


elemento de forte interesse turístico a nível Nacional, a variedade de festas de carácter
religioso, assim como as romarias fazem parte das tradições e cultura Bourense. Com destaque
para a Festa de S. Bento da Porta.
De modo geral observa-se também uma predominância de recursos de interesse turístico a
nível Nacional compostos pelas festas e eventos regionais e também sobre algumas
edificações de interesse nacional, como as ermidas e pequenas capelas que rodeiam as várias
freguesias. Deste modo, as freguesias com maior número de recursos de interesse nacional
são Carvalheira, Chamoim, Balança e Gondoriz. No que respeita a classificação dos recursos da
Categoria C. ͞Sentimos͟ que tanto a Gastronomia como o Artesanato terão um maior interesse
a nível internacional; estes produtos têm o potencial de complementar a oferta do Produto de
Natureza que está bastante consolidado na região.
Devido a pouca ou quase nula informação sobre os recursos turísticos de categoria Cnas várias
freguesias, recorreu-se a um levantamento dos centros de artesanato existentes na região
para tê-los assim em consideração na pontuação do Quadro. O mesmo aconteceu para a
gastronomia de cada freguesia, tendo em conta a localização dos restaurantes existentes no
concelho.
De um modo mais ou menos regular, encontramos recursos de categoria B IV em quase todas
as freguesias do concelho.
No que toca as freguesias com menos recursos temos Vilar e Moimenta. Observamos também
uma ausência de eventos de interesse internacional na região, pois a maioria das festividades
são de carácter religioso, estas festividades embora chamem pessoas de todas as idades e
nacionalidades, são melhor entendidas no contexto nacional, visto que não provocarão ou
estimularão deslocações de turistas estrangeiros como principal motivo.

½½
Ê  


arY YYDISTRIBUIÇÃOYDOSYRECURSOSYSEGUNDOYCATEGORIAYEYHIERARUIAYDOYCONCELHOYDEYTERRASYDEY
BOUROY )YF †
u Ca r a: A ʹ Naturais e paisagísticos, B ʹ Histórico-Monumentais, C ʹ
Artesanais e gastronómicos, D ʹ Folclore, festas e acontecimentos programados.

Y CATEGORIA Y

Y AY BY CY DY TOTALY

H rar
a IVY VY IVY VY IVY VY IVY VY IVY VY TOTALY
Baa aY 1,8 0,5 0,9 1,3 0 0 1,8 0 4,5 1,8 6,3
Br
Y 0 0,5 0,5 ½,½ 0 0,5 0,5 0 1 3,½ 4,½
CamYYGrêY 0 0,5 0,5 5 0 0,5 1,3 0 1,8 6 7,8
Cara raY 0,5 0,9 3,6 0,9 0 0,9 3,½ 0 7,3 ½,7 10
Cam mY 1,3 0,5 0,5 0,5 0 0,5 3,6 0 5,4 1,5 6,9
CrY 0 0 ½,7 1,8 0 0 1,3 0 4 1,8 5,8
C  Y 0 0,5 1,8 0,5 0 0,5 ½,½ 0 4 1,5 5,5
C Y 0,5 0 1,8 1,3 0 0,5 1,8 0 4,1 1,8 5,9
Gr Y 0,5 0 ½,½ 0,5 0 0,5 1,8 0 4,5 1 5,5
M m aY 0 0 1,3 0,5 0 0,5 1,3 0 ½,6 1 3,6
M Y 0 1,3 0 ½,½ 0 0 0,5 0 0,5 3,5 4
R  raY 0 0,9 1,8 0,5 0 0,5 0,9 0 ½,7 1,9 4,6
R YCaY 0 1,8 1,3 ½,7 0 0,9 1,8 0 3,1 5,4 8,5
S
Y 0,5 0 ½,½ 1,3 0 0,5 1,3 0 4 1,8 5,8
VaY 0 0,9 0,9 0,5 0 0,9 1,3 0 ½,½ ½,3 4,5
V arY 0 0,5 1,3 0,5 0 0 0,5 0 1,8 1 ½,8
V arYaYV aY 0 3,½ 0 0,9 0 0,9 ½,½ 0 ½,½ 5 7,½
TOTAL 5,1 1½ ½3,3 ½3,1 0 8,1 ½7,3 0 55, 43, 100
7 ½

A YY
arYY Y
Podemos constatar de um modo geral, que 55,7% dos recursos de Terras de Bouro são de
interesse nacional e 43,½ de interesse internacional. As freguesias com a maior percentagem
de recursos no total são Carvalheira (10%), Rio Caldo com 8,5% e Campo do Gerês (7,8%);
enquanto as freguesias com menor percentagem de recursos são Vilar e Moimenta. Campo do
Gerês e Rio Caldo possuem a maior percentagem de recursos de interesse internacional. No
referente as categorias dos recursos temos que a categoria B possui 46% do total das várias
categorias existentes no quadro. Freguesias como Campo do Geres, Carvalheira, Chorense e
Rio Caldo gozam de um variado património histórico-cultural seja ele de interessa nacional ou
internacional. Existem freguesias que no entanto não possuírem recursos de interesse nacional
possuem vários recursos de interesse internacional como é o caso de Campo do Gerês ou vice-
versa como por exemplo Souto.

½3
Ê  

Î  Y JJ „„ „„J

  Y OYPar
YNa
aYPaYYGrê Y
É a única área protegida nacional que possui a categoria de Parque Nacional, o nível mais
elevado de classificação das áreas protegidas. Acolhe sítios de riqueza natural únicos, cuja
biodiversidade importa preservar. A Mata de Albergaria corresponde a um desses sítios e está
distinguida pelo Conselho da Europa, como uma das Reservas Biogenéticas do Continente
Europeu.
A Porta  do Parque Nacional da Peneda-Gerês funciona no edifício do Museu Etnográfico de
Vilarinho da Furna, constituindo um local onde os visitantes acedem para obter informações
gerais do Concelho e do Parque Nacional.

 Y R YCaY
O rio Cávado, no norte de Portugal nasce na serra do Larouco e desagua em Esposende. O rio
tem uma extensão de 135 km e a bacia hidrográfica tem uma área de cerca de 1600 km½ entre
as bacias dos rios Lima e do Ave. Os seus principais afluentes são: o rio Homem, na margem
direita, com um comprimento de 45 quilómetros, que nasce na serra do Gerês e drena uma
área de ½57 Km½; e o rio Rabagão, na margem esquerda, com um comprimento de 37
quilómetros. Na bacia hidrográfica do Cávado construíram-se algumas barragens para
aproveitamento hidroeléctrico. As mais importantes são: Paradela, Salamonde e Caniçada, no
rio Cávado; Alto Rabagão e Venda Nova, no rio Rabagão; e Vilarinho das Furnas, no rio
Homem.

 Y OYM ra


rY
Destacam-se os Miradouros da Junceda, Boneca, Fraga Negra, Penedo da Freira, Pedra Bela,
Mirante Novo e Velho e o miradouro de Bom Jesus das Mós que, na sua maioria, são visitáveis
pelos pedestrianistas e visitantes que percorrem o Trilho dos Miradouros  e Trilho Silha dos
Ursos .

 ^Y AYSrraYYGrêY
Está incluída no Parque Nacional da Peneda-Gerês e representa a segunda maior elevação
nacional, em que a cota mínima atinge os 50m e a máxima vai até aos 1548 metros. Esta serra,
que faz limite com a fronteira da Galiza/Espanha e prossegue nesse território com o Parque
Natural da Baixa Limia - Serra do Xurés. Além do potencial geológico e geomorfológico, a fauna
e flora domina, de forma privilegiada, a vasta área da serra do Gerês

½4
Ê  

 rY AYSrraYAmaraY
Situada entre a Serra do Soajo (Arcos de Valdevez) e a Serra do Gerês (Terras de Bouro),
atinge os 136½ metros de altitude e representa a nona maior elevação de Portugal Continental.
Neste sistema montanhoso que faz parte do Parque Nacional da Peneda-Gerês, predomina a
vegetação rasteira, constituída por urze, carqueja e matos que na Primavera se reveste de
amarelo, a cor que lhe dá nome. As casarotas na Chã do Salgueiral, o fojo-do-lobo no Poulo do
Vidoal, a Chã do Muro e a Chã da Fonte/Casa da Neve, dão uma beleza distinta a esta serra.

 ºY AYA
 raY
As albufeiras da Caniçada e de Vilarinho das Furnas resultaram da construção de barragens em
décadas diferentes. Pelas potencialidades naturais e paisagísticas que envolvem estas
albufeiras asseguram condições privilegiadas de atracção turística, principalmente a albufeira
da Caniçada com a prática de desportos náuticos.
A Albufeira da Caniçada dispõe de serviços e condições atractivas para a prática de um
conjunto de actividades náuticas.
De um modo geral observamos que graças as condições geográficas, a Região de Terras de
Bouro é imensamente rica neste tipo de recursos naturais, os vários rios que percorrem estas
terras, aliadas as grandes serras e principalmente o Parque Peneda Gerês são o núcleo
atractivo do Concelho, importa conservá-lo, aproveitá-lo e complementá-lo com outros
produtos culturais e históricos.
Y

Î  Y JJJ

„ 

 Y AYG raYRmaaY


A Geira, também conhecida por Via Nova, foi construída pelos romanos com o propósito de
ligar Braga a Astorga; percorre o concelho numa extensão de 30 km e é a maior concentração
de marcos miliários epigrafados do Noroeste peninsular.
Constitui um monumento excepcional pelo seu património científico, cultural, pedagógico e
turístico. A possibilidade de percorrer o caminho romano ao longo de 30 km contribui para
apreciar a paisagem, constituindo desta forma um recurso notável.
O Miliário do Cruzeiro do Campo do Gerês está classificado de Monumento Nacional e é um
dos mais importantes aspectos das vias romanas do concelho, possui um conjunto de miliários,
alguns dos quais de Tito-Domiciano, Nerva, Trajano ou Adriano. Esta via, possivelmente
construída no último terço do século I d.C., ligava Bracara AugustaY Braga) a AsturicaYY

½5
Ê  

actual Astorga, em Espanha) e apresenta um percurso de cerca de ½15 milhas (cerca de 318
quilómetros).

Y AYA aYYV ar YaYF


ra Y
Situada na zona Nordeste do Concelho de Terras de Bouro. Foi submersa, no início dos anos
1970 e com ela uma grande riqueza etnográfica, associada às actividades agro-silvo-pastoris.
Como forma de salvaguardar todo o património da aldeia foi construído o Museu Etnográfico
de Vilarinho das Furnas que recria o lugar que foi submerso pelas águas da albufeira, no rio
Homem, aquando da construção da barragem, em 197½. Y

Y FYYLY
A caça ao lobo foi uma actividade associada à pastorícia, tendo sido modelar nas aldeias
serranas, como referem os documentos históricos de várias épocas. A paisagem serrana
de Brufe, de Rio Caldo, de Covide e de Vilarinho das Furnas/Serra Amarela apresenta marcas
bastante visíveis da prática da abatida do lobo.
As estruturas usadas com este fim são chamadas de Fojo do lobo. Os lobos, espantados pelo
barulho dos batedores e perseguidos pelos cães, ficavam presos na cumeada da encosta pois a
sua passagem implicava a descida em direcção ao poço do Fojo, onde ficavam presos.Y

^Y AYS aY


As serras do Gerês e da Amarela possuem estruturas que serviam para proteger as colmeias e
o mel dos ataques dos ursos silvestres (que abundou nestas serras até ao séc. XVIII). Eram
popularmente conhecidas por '-6 e eram construções rudimentares em granito,
de formato circular e fechado, que se encontravam nas encostas.Y

rY AYCaar aY


Estas construções fazem lembrar os robustos dólmenes ou mesmo antigas cabanas de
pastores. Contudo, a sua construção e utilização poderá estar associada à defesa da fronteira
da Portela do Homem, servindo de apoio às tropas. Algumas destas Casarotas apresentam
inscrições de lugares da actual freguesia de Cibões, nomeadamente Cutelo e Gilbarbedo.

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 raYYCamY
Localiza-se nas proximidades da milha XXIX; servira de defesa da raia portuguesa das invasões
hostis. Segundo as Inquirições de 1½58, o povo de Campo do Gerês tinha por obrigação
defender a Portela do Homem. Esta obrigação manteve-se ao longo dos séculos, tendo este
povo resistido aos povos invasores. Nas proximidades da Trincheira do Campo encontram-se

½6
Ê  

ruínas de uma estrutura identificada como a Casa das Peças que servia de acolhimento dos
homens e das guarnições bélicas.

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O Moinho-de-Vento de Gilbarbedo, na freguesia de Cibões situa-se num vale enredado por
campos agrícolas e onde é possível observar o funcionamento dos mecanismos de moagem.
O Moinho-de-vento apresenta uma envolvente de extraordinário potencial natural e
paisagístico.
Os ½9 Moinhos-de-Água de Rodízio de Stª Isabel do Monte, recuperados na sua traça original,
espalham-se pelas aldeias de Campos Abades, Seara, Rebordochão, Ventozelo e Alecrimes, nas
encostas e ribeiros da Ponte e de Rebordochão. Além do uso para moagem, estes moinhos
representam pequenos museus e pelo seu potencial etnológico e histórico servem de sítios de
interesse nas actividades pedagógicas e de animação cultural e turística.

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Estas furnas outrora favoreceram economicamente a região, especialmente a população
de Rio Caldo. São de construção tosca em granito, de formato arredondado e de cúpula
abobadada, ligeiramente aberta para empilhar a lenha, as furnas. Durante décadas, garantiram
o fabrico de carvão a partir de vegetação lenhosa predominante na serra.

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São estruturas turísticas muito procuradas, seja pela sua beleza paisagística, seja pelas
excelentes condições de prática desportiva que oferece. A Marina de Rio Caldo proporciona
actividades desportivas aos visitantes e turistas, estas actividades são promovidas na albufeira
da Caniçada pelas empresas de Animação Turística locais, acrescentando mais-valias na oferta
turística. As empresas de animação turística, por sua vez, disponibilizam programas,
equipamentos e serviços para a prática de desportos náuticos a funcionar todo o ano.

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aYTrmaYYGrêY
É uma tradição que remonta à época dos romanos. O primeiro Estabelecimento Termal
do Gerês foi construído no séc. XVIII e é agora um edifício recentemente remodelado, dotado
de equipamentos e técnicas termais modernas, que disponibilizam tratamentos de
hidroterapia, fisioterapia e electroterapia. Alguns espaços desportivos e de lazer
complementam este serviço.

½7
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Milhares de peregrinos e devotos visitam, ao longo de todo o ano, o recinto do Santuário
de São Bento da Porta Aberta, situado à entrada da serra do Gerês. São Bento da Porta Aberta
é tido com o maior santo milagreiro do Norte do País. O Santuário de São Bento da Porta
Aberta popularizou-se até terras nas terras mais longínquas. As caminhadas e as romarias dos
peregrinos nos dias de Festa, ½1 de Março, 11 de Julho e, principalmente, 1½ e 13 deAgosto
fazem com que o religioso e o profano se cruzem numa simbiose rica e natural.

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É uma construção em alvenaria tradicional, estrategicamente edificada, protegida do Norte,
voltada a Sul e dominando toda a produtiva veiga de Campos Abades. Situa-se na freguesia
de Santa Isabel do Monte, a 10 quilómetros da vila de Terras de Bouro.
A casa, ao longo dos tempos, foi sofrendo obras de ampliação e adaptação, servindo como
local de repouso e descanso dos monges (breuitas). Assim, além de um celeiro e de um
canastro (espigueiro), dotaram-na de uma capelinha que devotaram a S. João Baptista.
Hoje recuperada e adaptada ao turismo em espaço rural.

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aY
A aldeia típica de Cutelo faz parte das Aldeias de Portugal. Situada na freguesia de Cibões,
Cutelo, convida para uma estadia de total independência em plena natureza. Outras aldeias
típicas de referência são, a aldeia de Brufe, St.ª Isabel do Monte, Covide e Ermida.
Para além das aldeias típicas que marcam a paisagem rural de Terras de Bouro com esta
arquitectura vernacular de carácter agro pastoril, o imenso legado histórico desde os tempos
da idade do ferro e antiguidade clássica com os marcos miliários ao longo das vias romanas ou
as mamoas e casarotas que têm-se mantido quase intactas, uma das mais peculiares
características desta região é precisamente o ͞casamento͟ que existe entre a paisagem e as
varias construções compostas por capelas, igrejas ou ermidas edificadas no cimo das serras e
vales ou monumentos históricos que traduziram ao longo dos séculos a realidade rural deste
concelho.

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Dentro da gastronomia popular do concelho, encontramos uma variedade de pratos, entre
eles: o cozido de feijão com couves, o cabrito da Serra do Gerês no forno, caldeirada de cabra,
muito típicos da gastronomia minhota; dentro da doçaria regional destaca-se o leite-creme, a
aletria, rabanadas e os pastéis de Stª Eufémia. Não podemos esquecer o prato da região que é
Sarrabulho de Terras de Bouro, composto por rojões acompanhados de belouros.

½8
Ê  

A gastronomia bourense é melhor conhecida a nível nacional, no entanto é um potencial


recurso turístico que se poderá projectar a nível internacional juntamente com o turismo da
Região Norte. A gastronomia desta região deverá ser motivo de participação de campanhas
projectadas a nível internacional de modo a captar turistas para o Norte do País e que
nomeadamente visitem o Concelho.

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A maioria senão é a totalidade dos eventos e festividades do concelho têm um forte cariz
religioso que compreende-se melhor a nível nacional, importa continuar a captar o turista
português mas também criar eventos desportivos de atractivo internacional que se dariam
perfeitamente com as condições geográficas e paisagísticas do concelho. Assim como também
festivais de verão que teriam o objectivo de chamar um público mais jovem seriam igualmente
um tipo de Evento a desenvolver.

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Y Cartório Notarial 1
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Y Posto Policial (PSP, GNR) ½
Y Corporação de Bombeiros 1
Y Agência Bancária ½
Y Caixa Multibanco 3
Y Agência de Seguros ½
Y Agência Imobiliária
Y Agência de Viagens
Y Agência de Aluguer de Automóveis e Outros Veículos ½
Y Escola de Condução 1
Y Escritório de Advocacia ½
Y Gabinete de Contabilidade/Consultoria de Gestão ½
Y Gabinete de Projectos de Construção Civil 3
Y Clínica Veterinária
Y Agência Funerária ½
Y Centro de Inspecção Automóvel
Y Posto de Abastecimento de Combustível ½
Y Posto de Abastecimento GPL
Y Centro Comercial 1
Y Hipermercado
Y Supermercado
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½9
Ê  

Y Área com Infra-estruturas para Localização Empresarial


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Y Distribuição Regular de Água durante o Ano 17
Y Tratamento de Águas Residuais (> 90% dos 6
Alojamentos)
Y Recolha Selectiva de Lixo 17
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Y Praça de Táxis 5
Y Estação ou Apeadeiro Ferroviário 1
Y Estação ou Posto de Correio 4
Y Locais de Acesso à Internet 3
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Y Educação Pré-Escolar (Pública e Privada) 8
Y Ensino Básico 1º Ciclo (Público e Privado) 16
Y Ensino Básico ½º Ciclo (Público e Privado) ½
Y Ensino Básico 3º Ciclo (Público e Privado) ½
Y Ensino Secundário (Público e Privado) ½
Y Ensino Superior (Público e Privado)
ºYSaúYYS
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YY Hospital Geral (Público)
Y Centro de Saúde ou Extensão ½
Y Farmácia ou Posto de Medicamentos 3
Y Consultório Médico
Y Análises Clínicas ½
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Y Creche ½
Y Lar de Idosos 4
Y Centro de Dia 4
Y Centro de Emprego
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Y Piscina 3
Y Campo de Jogos Descoberto 14
Y Pavilhão Desportivo ou Ginásio ½
YC

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Y Sala de Espectáculos / Sala de Conferências / 4
Congressos
Y Ecrã de Cinema ½
Y Biblioteca Aberta ao Público 1
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Y Hotel ou hotéis-apartamentos 3
Y Pensão (Pensão, Pensão Residencial, Albergaria) 5
Y Parque de Campismo e/ou Caravanismo ½
Y Turismo no Espaço Rural 8

30
Ê  

A YY
arYY Y
} primeira vista notam-se várias lacunas que ao nosso parecer urge colmatar pois são
essenciais para um funcionamento articulado entre vários sectores, principalmente o
do turismo. Aspectos como Agencias de viagens, assim como infra-estruturas de
acolhimento empresarial são fundamentais para estimular a instalação de novas
empresas sejam elas de turismo ou de outros ramos sectoriais. A falta de uma
instituição destinada ao ensino superior assim como a ausência de um Centro de
Emprego, embora se compreenda devido à baixa densidade populacional comparada
com outras regiões mais populosas, acaba por contribuir para o êxodo rural. Outras
áreas que também poderiam melhorar as condições dos turistas e visitantes do
concelho seriam a construção de mais supermercados e outras superfícies comerciais.
Não há Hospital público ou privado e isto prejudica tanto as populações como os
visitantes do concelho.
No entanto, no que toca a infra -estruturas de desporto, Cultura e de Lazer e de
Alojamento Turístico, o concelho parece estar bem equipado principalmente no que
toca a unidades de alojamento de turismo rural, evidencia -se uma preocupação pela
adaptação das unidades ao espaço montanhoso e campestre bastante característico
da região; de qualquer modo a quantidade de alguns serviços é bastante reduzida
quantitativamente.

31
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De um modo geral, observamos que há uma predominância de pensões (1½), casas de campo
(7) e hotéis (4) no concelho de Terras de Bouro. As freguesias que apresentam mais oferta de
alojamento são Vila do Gerês com 17 unidades, das quais 10 são pensões e o resto são casas
destinadas ao Turismo Rural. Em segundo lugar esta Vilar da Veiga que igualmente possui
unidades de Turismo Rural mas nenhuma pensão, sendo que estas estão concentradas
maioritariamente na freguesia de Vilar do Gerês. As freguesias de Brufe, Carvalheira,
Chorense, Gondoriz, Souto e Vilar não possuem nenhum tipo de estabelecimento hoteleiro.
Segundo as informações da Página Oficial da Câmara Municipal de Terras de Bouro.
No que toca a outros tipos de estabelecimentos, o Concelho de Terras de Bouro parece ter
pelo menos uma unidade de cada tipologia: No Campo do Gerês temos uma Pousada da
Juventude e um Parque de Campismo, ½ Aparthotel em Vilar do Gerês e 1 Estalagem em Rio


Ê  

Caldo. No total existem 39 unidades de Alojamento a disposição dos turistas no concelho,


sendo que graças a sua variedade em tipologias os turistas podem escolher a que mais se
adapte as suas necessidades e motivações.

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Devido a ausência de estatísticas por parte dos Anuários da Região Norte entre outros sobre a
informação referente a Restauração do concelho de Terras de Bouro; procedeu-se a
elaboração de um quadro muito simples com a ajuda das informações prestadas pela Página
Oficial da Câmara Municipal de Terras de Bouro para preencher segundo a localização dos
restaurantes que estavam publicados nesta página Web e assim termos uma noção da
quantidade e distribuição dos restaurantes do concelho.
É evidente destacar que a grande maioria dos restaurantes encontra-se na Vila do Gerês e em
Vilar da Veiga, já que estes são pontos turísticos com grande atractividade, o mesmo acontece

33
Ê  

com os 5 restaurantes localizados em plena Vila de Terras de Bouro e os 6 restaurantes de Rio


Caldo. No total existem 41 restaurantes que em comparação com o nº de unidades de
alojamento (39,) resulta bastante equitativo, isto dá praticamente um restaurante para cada
unidade de alojamento existente, mesmo que não estejam localizados no mesmo sítio.
Sobre as freguesias de Balança, Chamoim, Chorense, Cibões, Gondoriz (͙) não há qualquer
tipo de informação na Página Oficial da Câmara sobre a existência de unidades de restauração,
contudo isto não implica que não existam, mas podem não possuir os devidos padrões de
qualidade para serem considerados locais de interesse turístico.


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No Quadro 16 relativo ao número de estabelecimentos temos que no total houve um aumento
de ½00½ para ½008, o que resulta uma taxa de variação de 31,½%. As pensões no concelho de
Terras de Bouro assistiram a um crescimento em ½00½ que desceu para 1½ pensões em ½004,
em ½007 verifica-se um novo aumento agora para 15 pensões mas que acaba por descer para
14 em ½008. Na categoria outros tipos de alojamento o aumento é o que mais se denota,
contribuindo para uma taxa de variação de 300% e é a mais alta das tipologias em análise,
seguida pelo aumento de mais um hotel em ½008 traduzido numa taxa de 50% (ver Quadro 17)

34
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No geral, o crescimento da capacidade de alojamento tem sido positivo e gradual, no entanto
se analisarmos individualmente a capacidade de alojamento nos hotéis e pensões vemos que,
apesar do contínuo crescimento verificado nos primeiros três anos em estudo (½00½ ʹ ½006);
há uma descida da capacidade de ½76 para ½7½ mas que volta a subir ligeiramente para ½74
em ½008. Relativamente às pensões é͟ curioso͟ notar que em ½00½ existia uma capacidade
para 635 hóspedes que veio a aumentar até o ano de ½007, acabando por diminuir no ano
seguinte precisamente para um número abaixo da capacidade obtida no primeiro ano em
estudo. Nos outros tipos de alojamento temos um crescimento acentuado em ½008, sendo
que a capacidade aumentou de 55 para ½06 hóspedes.
No Quadro 19 a taxa de variação é de 31% no total, sendo que a taxa de variação mais alta
pertence a outros tipos de alojamento seguida da taxa de variação dos hotéis com 71,5%.
Enquanto as pensões, estas é a única tipologia que apresenta uma taxa de variação negativa (-
0,1).

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º ½,½ 1½6,5 4,5 708,5
 ½,0 130,8 4,0 769,4
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No Quadro ½0 relativo a média do nº de noites dos hóspedes estrangeiros notamos ao longo
dos 5 anos em análise, uma média de 3 noites em ½004 sendo que em½006 e ½007 regista-se
uma descida para ½ noites e que sobe para ½,4 mas sem uma significativa relevância no
período de ½008, o que no total confirma-se uma redução da média do nº de noites que os
turistas estrangeiros passam em Terras de Bouro. No que toca a capacidade de alojamento
regista-se uma evolução gradual para uma capacidade total de 148 hóspedes por cada 1000
habitantes em ½008.
A proporção da percentagem do número de estrangeiros desceu consideravelmente de 6% em
½004 para 4% em ½008. O número de dormidas parece também haver diminuído em ½006 mas
que aumentou no ano seguinte para 769,4 dormidas, atingindo as 991,9 dormidas noúltimo
ano em análise.
Para as taxas de variação escolheu-se o ano de ½004 e ½008 para a análise comparativa
observamos uma taxa de variação negativa de -½5% para a estada média no estabelecimento,
no entanto a capacidade de alojamento registou uma taxa de variação bastante significativa de
5½%. As dormidas também registam uma taxa de variação de 38%.

36
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A estada média no estabelecimento apresenta valores baixos (½ noites) sendo que a
diminuição da média ao longo dos 5 anos em análise não possui uma taxa de variação negativa
muito elevada, no entanto estes valores continuam a ser negativos, significando que a maioria
dos turistas reduziu o número de noites que passavam nos estabelecimentos hoteleiros de
Terras de Bouro.
Chamamos a atenção igualmente para o número de dados de alguns anos no que toca a
estada média nos hotéis que são confidenciais, nos primeiros anos em análise principalmente,
isto deve-se a existência de um número reduzido de estabelecimentos que protegem os seus
dados da concorrência. Relativamente às pensões nota-se igualmente um decréscimo na
estada média embora com pouca relevância; a média mais elevada pertence ao período de
½00½-½004; no entanto, houve uma crescida da estada média noutro tipo de estabelecimentos
(podemos atribuir este valor à ͞pujança͟ que as casas dedicadas ao turismo rural têm vindo a
obter no concelho nos últimos anos).
No Quadro ½3 observa-se uma predominância de taxas de variação negativas especialmente
na estada média das pensões em que a descida de ½,4 para ½,0 originou uma taxa deʹ 16,6%.
No total a taxa de variação da média da estada é naturalmente negativa, sendo que a

37
Ê  

confidencialidade de os dados dos hotéis e outros estabelecimentos no período ½00½ terão


influenciado o resultado final.
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^ 57 054 ͙ ½1 ½17 ͙ ½3 7½8 ͙ 8 394 ͙
º 55 017 ͙ ½0 956 ͙ ½3 537 ͙ 8 ½76 ͙
 58 711 ͙ ½3 1½5 ͙ ½5 606 ͙ 9 181 ͙
 74 451 33 995 18 3½9 ½½ 1½7 33 367 14 873 8 996 9 498


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A YY
arYY^YYrY
No Quadro ½4 referente ao nº das dormidas nos estabelecimentos, o período de ½008 é o que
apresenta no total, o maior crescimento (74 451). No período de ½004 a ½006 vemos uma
descida bastante acentuada de ½037 dormidas mas que é recuperada em ½007 e ½008.
O número de dormidas nas pensões desceu consideravelmente em ½008 para 18 3½9
dormidas, observamos ao longo dos 5 anos em análise períodos de subidas seguidos de
descidas. O mesmo acontece com o número de hóspedes nas pensões que acompanha a
descida do número de dormidas mas que no entanto acaba por aumentar ligeiramente em
½008 apesar das contínuas descidas dos anos anteriores, embora o aumento seja pouco
significativo. No entanto, no geral a taxa de variação apresenta uma diferença positiva de
100% para as dormidas e de 108% para o nº de hóspedes (ver Quadro ½5), isto se justifica
porque mesmo que haja quedas na evolução das dormidas e de hóspedes ao longo dos 5 anos
em análise, os valores mais recentes continuam a apresentar independentemente aumentos
em ½008 em comparação com o período de ½00½.
O número de hóspedes também apresentou uma pequena diferença percentual de 5,4% entre
½00½ e ½008.

38
Ê  

N a Devido a confidencialidade de alguns dados, estes não contaram para a análise feita a
evolução das variáveis dormidas e hóspedes.


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^ 5½ 364 471 611 55 ½0 393 603 64 54 581 54 517

º 5½ 7½8 549 650 43 18 1½8 46½ 38 54 616 54 578

 56 678 300 766 61 ½½ 146 ½84 ½5 58 ½8½ 58 ½57

 71 541 401 11½5 ½31 11 187 346 19 73 868 73 849

T aY ½67 864 ½499 3459 445 87 1357 ½335 163 ½78 ½16 ½78 053
Y

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Para a análise do nº de dormidas nos estabelecimentos segundo o país de residência habitual,
escolhemos os países da união europeia que mais procuram o concelho, assim como para os
países fora da união europeia escolhemos os Estados Unidos. No total, o país com mais
dormidas nos estabelecimentos de Terras de Bouro é Portugal (½67 864) em que o número de
dormidas aumentou progressivamente sem sofrer qualquer tipo de queda; o mesmo acontece
com Espanha (3459). Já no caso da Alemanha e o Reino Unido observa-se uma diminuição do
número de dormidas bastante acentuada com uma taxa negativa de-48% para a Alemanha e
de -45% para o Reino Unido, os Países Baixos apresentam igualmente um decréscimo quase
͞abismal͟ tendo em conta que em ½00½ possuíam mais dormidas que outros países (por ex: a
Espanha). Em ½008 desceram para -6½% Isto significa que quase metade dos turistas alemães e
ingleses e dos Países Baixos diminuíram o nº de dormidas ou simplesmente deixaram de

39
Ê  

escolher Terras de Bouro como o local para passar as suas férias. Isto acaba por reflectir-se nas
receitas do concelho aumentando mais a dependência sobre o mercado espanhol e português.
No entanto, os viajantes provenientes da França aumentaram o nº de dormidas de 55 em ½00½
para ½31 em ½008.
As descidas no número de dormidas de países como os Estados Unidos e o Reino Unido podem
atribuir-se a conjuntura socioeconómica que atravessaram estes países no ano de ½008 com a
crise financeira que despoletou. De qualquer forma, a taxa de variação total das dormidas
resulta em 100,3%, valor que achamos ter sido atingido devido ao grande número de
deslocações dos turistas portugueses para o Concelho.Y
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A evolução do número de hóspedes nos estabelecimentos acompanha as tendências do
número de dormidas (ver quadros anteriores), com os turistas provenientes de Portugal a
dominarem o mercado turístico junto com Espanha e são os únicos que não apresentam
quedas no nº de hóspedes ao longo dos 5 anos. Se compararmos o Quadro ½6 com o Quadro
½8 vemos que no que toca a Itália, o número de dormidas diminuiu enquanto o número de

40
Ê  

hóspedes aumentou (com algumas excepções no período de ½007) a tendência é de continuar


a viajar mas diminuir o nº de noites passadas nos estabelecimentos. A Alemanha e o Reino
Unido continuam a apresentar uma diminuição tanto no nº de noites como no nº de hóspedes
que viajam para Terras de Bouro. As taxas negativas mais altas do nº de hóspedes pertencem
aos Países Baixos com -65,6%, seguidos do Reino Unido com -35,6% e da Alemanha com -
½8,5%. O número de hóspedes provindos dos Estados Unidos também está a descer sendo que
em ½008 o nº de hóspedes é menor do que em ½00½. Mesmo assim, o aumento estável do nº
de hóspedes provenientes de Portugal e Espanha e também da França e Itália (embora com
menor dimensão) contribuíram para uma taxa positiva total de 108%.

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Ao analisarmos a oferta turística de Terras de Bouro, encontramos que existe uma grande
variedade no que toca as tipologias de alojamento mas pouca quantidade de
estabelecimentos. A maioria dos estabelecimentos é constituída por Pensões; só no último ano
em análise é que se verifica um aumento de casas destinadas ao Turismo Rural. De forma
geral, ao longo dos 5 anos em estudo, o número de estabelecimentos tem aumentado
ligeiramente assim como a sua capacidade de alojamento. No que toca a restauração, verifica-
se uma distribuição irregular dos vários restaurantes por Freguesia, temos freguesias sem
evidência de qualquer tipo de estabelecimento de restauração enquanto noutros temos uma
forte concentração de restaurantes.
No que toca a Procura turística de Terras de Bouro, a tendência é para uma breve descida de
ano para ano tanto do número de hóspedes como do número de dormidas (tendo este último
uma forte diminuição). A Maioria dos hóspedes de outros mercados emissores apresenta
descidas acentuadas (a excepção da Espanha). O mercado nacional juntamente com o
mercado espanhol tem aumentado consideravelmente e são estes dois mercados que têm
contribuído para as taxas de variação positivas verificadas na procura turística da região.
De forma geral, vemos que a procura turística é irregular, num ano sobe mas no ano seguinte
acaba por diminuir e é esta instabilidade da procura que pode prejudicar a curto prazo os
pequenos estabelecimentos das várias freguesias do concelho.

41
Ê  

Y ANÁLISEYSWOTY

P YFr Y

ÅY O Concelho de Terras de Bouro possui recursos turísticos naturais muito diversificados,


nomeadamente ao nível do património vegetal, bem como um património histórico-
cultural riquíssimo que retracta as várias etapas da sua história. A cultura popular e as
tradições rurais também servem como um elemento de atracção turística.
ÅY A variedade da oferta turística no que toca as várias tipologias de alojamento
existentes na região.
ÅY População agradável, acessível, hospitaleira, acolhedora e disponível
ÅY Valorização de produtos regionais específicos (Vinho, artesanato, chás, doçaria
tradicional)
ÅY Condições privilegiadas para o conhecimento, conservação e valorização da
biodiversidade.

P YFra
Y
ÅY A fraca aposta nos meios de comunicação para a divulgação do turismo de Terras de
Bouro
ÅY A constante instabilidade da procura turística, principalmente no que toca a alguns
mercados menos consolidados como é a Alemanha, o Reino Unido, os Estados Unidos
e os Países Baixos.
ÅY A falta de mais centros de saúde, hospitais entre outras infra-estruturas e o
afastamento dos grandes pólos urbanos colocam a população residente algumas
dificuldades em termos de comunicação e desenvolvimento económico e social.
ÅY Reduzida visibilidade a nível do mercado Internacional
ÅY Elevado investimento (a curto prazo com rentabilização a longo e médio prazo) na
requalificação e melhoramento da oferta turística.
ÅY Custos acrescidos de transporte
ÅY Grande sensibilidade e vulnerabilidade em termos ambientais.
ÅY Grande dependência do exterior em relação aos factores de produção e aos bens de
consumo, designadamente equipamentos.


Ê  

Or
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ÅY Qualificação e melhoramento das pensões existentes no concelho
ÅY Criação e recuperação de mais casas destinadas ao Turismo Rural
ÅY Melhor promoção do artesanato e gastronomia bourense tanto a nível internacional
como nacional.
ÅY Renovação das vantagens competitivas da oferta turística, diversificando o produto
turístico oferecido (congressos, incentivos, turismo desportivo, desportos náuticos,
turismo activo, ecoturismo, turismo de cruzeiros e de grupos com interesses científicos
ligados à natureza).
ÅY Consolidação e expansão da procura turística
ÅY Aproveitamento de recursos energéticos renováveis (Moinhos, Painéis Solares)

Ama aY
ÅY Sazonalidade
ÅY Mudança de gostos e necessidades dos turistas e incapacidade de oferta turística se
adaptar às novas necessidades e motivações do cliente.
ÅY Incremento de barreiras e requisitos regulamentares custosos relativamente a criação
de novos empreendimentos turísticos.
ÅY Outras regiões de interesse turístico nos limites do Concelho como Espanha, Braga,
Vieira do Minho e o Porto inclusive.

43
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NOYPROCESSOYDEYDESENVOLVIMENTOY

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r ʹ A C.M. de Terras de Bouro tem como competências a
organização e funcionamento dos seus serviços e a gestão corrente, planeamento e
desenvolvimento, consultadoria, licenciamento e fiscalização, apoio a actividades de interesse
municipal e executar e velar pelo cumprimento das deliberações da assembleia municipal.

ATAHCA ʹ A Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave, foi
criada em 1991 e é uma entidade privada sem fins lucrativos. A ATAHCA surgiu da necessidade
da criação de uma estratégia de desenvolvimento rural integrado, como forma de combater a
perda de identidade que o meio rural desta região atravessava - êxodo dos mais jovens, fraca
dinamização socioeconómica, descaracterização de usos e costumes.
Esta Associação intervém nos concelhos de Amares, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro e Vila
Verde, com uma área de 719,5 km½, onde vivem cerca de 90 000 habitantes.
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44
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A ATAHCA é a entidade gestora da zona de intervenção do Programa de Iniciativa Comunitária


LEADER e fazem parte desta associação as Autarquias Locais dos quatro concelhos,
Cooperativas agrícolas e de artesãos, Regiões de Turismo do Alto Minho e Verde Minho, Caixas
de Crédito Agrícola, Associações e outras entidades colectivas locais diversas, assim como
particulares.

Os objectivos estratégicos para o desenvolvimento local são:


ÅY Promover os recursos endógenos do território e valoriza-los
ÅY Chamar um maior número possível de agentes locais
ÅY Mobilização das capacidades inovadoras locais de forma a dinamizar o tecido
socioeconómico
ÅY Cooperar com outros territórios na articulação com as políticas regionais, nacionais e
europeias através de acções de cooperação, troca de experiências, parcerias e
promoção no exterior dos produtos e potencialidades locais;
ÅY Promover, preservar e valorizar o património natural, rural e cultural, transformando-
o num elemento distintivo do seu território
ÅY Reforçar os mecanismos de informação e formação da população

Ao longo destes anos de existência puseram em prática uma série de projectos em diferentes
áreas como a formação, o turismo, o património, valorização de produtos agrícolas e
ambiente, com vista a atingir os objectivos.

A estratégia local de desenvolvimento passa pela competitividade face à concorrência de


territórios, garantindo ao mesmo tempo a sustentabilidade ambiental, social, económica e
cultural.

ADERE ʹ Associação de Desenvolvimento das Regiões do Parque Nacional da Peneda Gerês, é


uma entidade privada sem fins lucrativos que actua nos cinco concelhos abrangidos pelo
Parque Nacional da Peneda Gerês. A ADERE desenvolve projectos financiados pela
Comunidade Europeia e o Estado Português com vista à melhoria das condições de vida da
população local e valorização e conservação do Património Natural e Construído. Através
destes projectos promove e divulga as regiões a nível externo (serviço da Central de Reservas

45
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Acrescem ainda outros objectivos:


ÅY Reforço da coesão territorial e social
ÅY Promoção da eficácia da intervenção dos agentes públicos, privados e associativos na
gestão sectorial e territorial.

Os campos de actuação do PRODER podem ser agrupados em três subprogramas:


Subprograma 1 ʹ Promoção da Competitividade; Subprograma ½ ʹ Gestão Sustentável do
Espaço Rural; Subprogramas 3 ʹ Dinamização das Zonas Rurais e Subprograma 4 - Promoção
do Conhecimento e Desenvolvimento de Competências. No Subprograma ½ encontramos
medidas de Intervenções Territoriais Integradas para a região Peneda ʹ Gerês e no
Subprograma 3 na medida de Diversificação da Economia e Criação de Emprego uma acção
directamente relacionada com o turismo, acção para o Desenvolvimento de Actividades
Turísticas e de Lazer. Esta medida serve de apoio às actividades turísticas e de lazer
(alojamento, animação, rotas͙). Aqui se vê o contributo do turismo para a valorização dos
recursos endógenos rurais, para o crescimento económico e a criação de emprego.

ONYYPrograma Operacional Regional do Norte é um programa de apoio a investimentos de


interesse Municipal e Intermunicipal, nomeadamente a criação e qualificação de infra-
estruturas e equipamento, e dinamização socioeconómica regional. O Novo Norte é um
͙͞diagnóstico prospectivo, o delineamento de uma visão do futuro e a selecção das
prioridades estratégicas para o seu desenvolvimento͟ na preparação para o próximo período
de programação (½007-½013).
Operação Norte visa a coesão, a qualidade de vida, o ordenamento do território e a
dinamização socioeconómica do Norte de Portugal. O ON sectorial intervém na Administração
Central Regionalmente Desconcentradas com uma estratégia de investimentos sectoriais
(saúde, ambiente, acessibilidades, desenvolvimento regional͙) através do FEOGAYe FEDERY

FEOGAY Y O Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola está direccionado para a


reconversão e adaptação das estruturas agrícolas e desenvolvimento das áreas rurais.
Concretamente do domínio do turismo promove o desenvolvimento das zonas rurais através
da prestação de serviços às populações, incremento da economia local, a promoção do
turismo e artesanato.

47
Ê  

FEDERYYO Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional desenvolve e financia programas de


desenvolvimento regional orientados para as regiões menos desenvolvidas, de acordo com os
restantes fundos estruturais. Desta forma ajuda a promover o desenvolvimento económico e
social, valoriza o potencial endógeno e o desenvolvimento sustentável das regiões. O FEDER
ajuda ainda financiamento da cooperação transfronteiriça transnacional e inter-regional.

PRIMEY Y O Programa de Incentivos à Modernização da Economia no âmbito do turismo


apresenta o SIVETURY Sistema de Incentivos a Produtos Turísticos de Vocação Estratégica, é
um Programa Operacional de Economia para a actividade turística e com especial interesse
estratégico. As actividades apoiadas são: projectos de recuperação ou adaptação ou adaptação
de património classificado de empreendimentos hoteleiros; projectos de Turismo da Natureza;
projectos de Turismo Sustentável e projectos de animação turística.
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48
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MEDIDASYEYACÇÕESYAYDESENVOLVERY
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Percorrer as Terras de Bouro é viajar por um património natural inigualável, o verdejante
impar do Minho, o património edificado cultural, histórico, arquitectónico e etnográfico, a
gastronomia, a hospitalidade das gentes do norte, o artesanato, produtos tradicionais, as
festas e romarias͙a oferta é imensa.
A quem visita este Território as propostas para conhecer as região são variadas e pode resultar
uma estadia activa e animada. Os programas aconselham naturalmente ao aproveitamento
dos recursos naturais e da cultura local. As sugestões de visitam passam pelas festas, romarias
e feiras, pelas aldeias típicas, por passeios pedestres, actividades desportivas relacionadas com
a natureza (BTT, passeios a cavalo, canoagem, parapente) que o Parque Peneda Gerês pode
oferecer.
Ao longo do ano ocorrem inúmeros eventos, actividades vocacionadas para o conhecimento e
interpretação dos valores culturais e naturais, eventos musicais e feiras de promoção e
dinamização dos Produtos Locais.
Este leque de oferta é sustentado por um conjunto de infra-estruturas capazes de assegurar o
seu bom funcionamento. A Câmara Municipal de Terras de Bouro tem levado a cabo
melhoramentos nas infra-estruturas rodoviárias, abastecimento de água e saneamento básico,
bem como a construção de vários equipamentos (Centro de Animação Termal da Vila do
Gerês, Centro Náutico de Rio Caldo, vários arranjos urbanísticos e de zonas ribeirinhas). Que
melhor maneira de usufruir do património natural e patrimonial das Terras de Bouro que
percorrer os inúmeros trilhos que a região tem a oferecer, nomeadamente a rede de Trilhos
Pedestres na Senda de Miguel Torga, um trilho literário, que surge do projecto de criação de
trilhos avançado pela Câmara Municipal. A região conta ainda com empresas de animação com
uma oferta de actividades muito larga, um centro náutico, um centro de animação termal, as
Termas do Gerês e uma embarcação turística no Rio Caldo.
Em termos de alojamento a oferta é variada, desde apartamentos e moradias turísticas,
alojamento local, parques de campismo, turismo de natureza, turismo de habitação e turismo
no espaço rural. O turismo no espaço rural, concretamente, tem vindo a crescer e tem
provocado uma mutação considerável no espaço territorial. Um pouco por toda a região há
postos de venda de produtos locais e feiras que se realizam com alguma frequência.

Apesar de uma oferta variada e densa apresentamos mais algumas propostas, de actividades
de animação e eventos para esta região.

49
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Este festival reuniria tocadores e cantadores, músicas e instrumentos de diferentes
países. A concertina é um instrumento de forte tradição na região. O festival aportaria
ainda folclore e danças tradicionais. Este evento permitiria uma troca de experiências
e serviria como forma de promoção junto dos países participantes e de todos aqueles
que apreciem esta tradição.

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Propomos a realização de workshops, isto é, mostrar ou ensinar a fazer alguns dos
produtos tradicionais da região. Estes workshops aconteceriam durante nas feiras de
divulgação e promoção dos produtos locais e/ou nos postos de venda dos mesmos.Y
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O Mel das Terras Altas do Minho faz parte de um conjunto de produtos tradicionais da
região. Ligada à produção de mel estão as silhas, que como já foi referido
anteriormente, eram estruturas que serviam de protecção às colmeias dos ataques
dos ursos silvestres. O Museu do Mel teria como objectivos ensinar a origem,
anatomia e comportamento das abelhas, todo o processo de produção de um apiário e
as propriedades beneficentes deste produto. Eventualmente deste projecto poderia
resultar um outro projecto relacionado com o restauro das silhas que, actualmente
estão reduzidas a um monte de escombros e que fazem parte de um percurso ʹ
Percurso Silhas dos Ursos. Y
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Vilarinho das Furna era uma aldeia serrana, na encosta de Serra Amarela, no Vale do
Homem, que ficou submersa com a construção da Barragem de Vilarinho em 1971. As
populações foram daí desalojadas e só sobrou um casario, que agora serve de
habitação de peixes quando submerso, muros caídos, socalcos e árvores. Esta
actividade propõe um mergulho à antiga aldeia de Vilarinho das Furnas, numa descida
do rio até à ponte antiga e aos moinhos de maré. Y

50
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Evento desportivo de cariz internacional dedicado às corridas de Powerboats, o
objectivo seria contactar a empresa organizadora do Campeonato do Mundo de
Powerboat UIM (Union Internationale Motonautique) para a realização do
Campeonato do Mundo de UIM Powerboat P1; Competição que traria às águas
bourenses duas dezenas das mais evoluídas embarcações desta categoria da
motonáutica tripuladas pelas mais experientes equipas que as pilotariam a altas
velocidades, praticando espectaculares demonstrações de habilidade em incríveis
corridas de resistência, levando as embarcações (algumas delas com ½000 cavalos de
potência) a atingir velocidades surpreendentes.

ÙY Os programas e propostas de desenvolvimento para a mobilização dos recursos


concelhios podem ser dinamizados por entidades como a Câmara Municipal, no caso
do museu do mel pela Federação Nacional de Apicultores de Portugal, investimentos
privados (empresas de animação e eventos) e a UIM no caso das corridas de
Powerboat.

51
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CONCLUSÃOY

O concelho de Terras de Bouro, tem vindo a registar uma evolução em termos de procura que
se direcciona mais para o mercado nacional, ficando uma lacuna para a projecção
internacional da região, O parque Nacional Peneda do Gerês tem vindo a explorar os seus
recursos naturais e paisagísticos aliado a oferta do produto turístico termal. No entanto ficam
freguesias mais abandonadas que no entanto possuem recursos de carácter histórico-
monumental que podem e devem ser melhoradas, reinventadas e apoiadas.
Este trabalho visa a um levantamento mais ou menos extenso da região com o objectivo de
apresentar novas medidas para o aproveitamento dos recursos concelhios.
Não podemos esquecer que os actores locais do desenvolvimento , como as entidades
gestoras ligadas a programas de desenvolvimento como o Programa de Iniciativa Comunitária
LEADER, que vêem concretamente em Terras de Bouro as suas directrizes colocadas em
prática através das GAL, como por exemplo a ATAHAC, que em parceria com outras entidades,
autarquias locais, associações, cooperativas͙ criam uma nova dinâmica de desenvolvimento
para a região, focada na valorização do potencial endógeno local.
O Quadro Comunitário de Apoio apresenta outros programas e sistemas de financiamento e
apoio a financiamento que a região e os seus diversos actores podem beneficiar, sempre no
sentido da dinamização socioeconómica e do desenvolvimento regional e rural.
Na parte final são deixadas algumas ideias para a utilização dos recursos disponíveis que
podem ser acolhidos pelo âmbito dos diferentes programas de promoção de turismo
sustentável e desenvolvimento da região.


Ê  

BIBLIOGRAFIA Y

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ÅY Anuário Estatísticos da Região Norte (½00½)
ÅY Anuário Estatísticos da Região Norte (½004)
ÅY Anuário Estatísticos da Região Norte (½006)
ÅY Anuário Estatísticos da Região Norte (½007)
ÅY Anuário Estatísticos da Região Norte (½008)

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