POLUIÇÃO

Qualquer alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas do meio

ambiente, que cause ou possa causar danos ou prejuízos aos seres humanos e ao próprio
meio ambiente.

Fontes de Poluição:

• Pontual (Local): São facilmente identificadas e o perfil de lançamento de poluentes

segue um determinado padrão, também são conhecidas como fontes
estacionárias.
• Difusa (Dispersa): São de difícil identificação e o perfil de lançamento dos
poluentes não segue nenhum padrão.

Tipos de substâncias tóxicas:

• Tóxicas: danos a qualquer sistema biológico;
• Neurotóxicas: atuam no sistema nervoso;
• Mutagênicas: atuam no material genético das células, podendo afetar as futuras
gerações;
• Teratogênicas: responsáveis por deformações congênitas não hereditárias.

A capacidade de geração de resíduos é maior que a capacidade de reciclagem pelos

processos naturais

CRISE AMBIENTAL

Modelo de desenvolvimento linear dos seres humanos (os resíduos não eram
considerados)

Desafio: Aproximar este modelo a um sistema cíclico (retorno do que é aproveitável)

ECOSSISTEMA

Conjunto de seres vivos que interagem entre si e com o meio natural de forma equilibrada
e auto-suficiente, por meio da reciclagem de matéria e uso eficiente da energia

Meio ambiente: todos os fatores que têm influência sobre os seres vivos

Pelas Leis da Termodinâmica, a energia vai sendo degradada, ou seja, torna-se menos
aproveitável;

SUCESSÃO ECOLÓGICA

• Desenvolvimento de um ecossistema desde a sua fase inicial até a sua

estabilidade;
• Envolve a alteração na composição das espécies com o tempo;
• Conduz a ecossistemas com maior diversidade;
• À medida que se avança na sucessão ecológica, a taxa respiratória aumenta,
levando a uma redução da produtividade líquida;

Nível trófico: posição ocupada pelo organismo na cadeia alimentar

Quando um poluente entra na cadeia alimentar, sua concentração aumenta devido à

assimilação do poluente pelos organismos na síntese dos seus tecidos ou gordura
(bioacumulação);
Ciclos Biogeoquímicos: São os ciclos através dos quais a matéria é reciclada nos
ecossistemas. Ex.: Hidrológico (movimentação da água, onde ocorre sua autodepuração
da água); Carbono; Nitrogênio; Fósforo; e Enxofre.

DINAMICA DAS POPULAÇÕES

Relações entre Espécies ou Relações Ecológicas:

• Neutralismo: independentes, uma não influi a outra

• Comensalismo: uma se beneficia (comensal), a outra não (hospedeira)
• Cooperação: ambos se beneficiam
• Mutualismo: um não vive sem o outro
• Amensalismo: uma espécie inibe o crescimento da outra através de substâncias
• Predação: predador x presa
• Parasitismo: uma espécie depende da outra, e a prejudica
• Competição: vivem no mesmo nicho, dependem dos mesmos alimentos

Crescimento das populações: dado por uma equação exponencial

MEIO AQUÁTICO

Gases dissolvidos, como oxigênio e gás carbônico permitem a ocorrência da respiração e

da fotossíntese sob a água.

Indicadores físicos:

• Cor: resultante da presença de substâncias dissolvidas na água, na maioria dos

casos orgânicas;
• Turbidez: capacidade de desviar os raios luminosos, que é devida à presença de
material em suspensão na água, colóides ou organismo microscópicos;
• Sabor e Odor: presença de poluentes industriais ou outras substâncias
indesejáveis.

Indicadores Químicos: Salinidade, dureza, alcalinidade, corrosividade, compostos

orgânicos e inorgânicos e Radioatividade;

Indicadores Biológicos:

• Algas: tem papel fundamental no equilíbrio do meio aquático, mas também podem
trazer problemas;
• Microrganismos patogênicos: introduzidos na água juntamente com material fecal.

Eutrofização: aumento da concentração de nutrientes em corpos d’água; proliferação de

algas e outras plantas aquáticas,

Tratamento de Esgotos:

• Tratamento preliminar: remoção de sólidos grosseiros e demais substâncias que

podem danificar a operação da estação;
• Tratamento Primário: Processos físicos para separação de partículas em
suspensão e tratamento do lodo gerado;
• Tratamento Secundário: degradar a matéria orgânica;
• Tratamento Avançado ou Terciário: remoção de contaminantes que persistirem.

A menos que exista excesso, nenhuma água de boa qualidade deve ser utilizada em
aplicações que tolerem água com padrão de qualidade inferior. (Nações Unidas)
MEIO TERRESTRE

Características do Solo:

• Cor escura: matéria orgânica;

• Cor vermelha: óxido de ferro, boa drenagem;
• Cor cinza: frequentemente encharcado.

A erosão do solo pode ser resultado:

• Da remoção da cobertura vegetal do solo;

• De práticas agrícolas inadequadas: (Monocultura, plantio em áreas com declives,
queimadas);
• Do manejo (movimentação) inadequado do solo.

A utilização de práticas inadequadas de irrigação pode resultar na salinização:

• Utilização de água com elevada salinidade;

• Uso excessivo de água na irrigação;
• Baixa drenabilidade do solo.

Após o encerramento da sua vida útil a área do aterro pode ser reintegrada à área urbana,
na forma de áreas verdes e parques.

MEIO ATMOSFÉRICO

Atmosfera: Mantém a temperatura do planeta praticamente constante ;

Poluentes Primários: substâncias lançadas diretamente na atmosfera

Poluentes Secundários: formados em decorrência da reação entre as substâncias
presentes na atmosfera

Padrões de Qualidade do Ar segundo a CONAMA:

Padrões Primários: Limite acima do qual pode haver danos à saúde humana
Padrões Secundários: Limite abaixo do qual há um mínimo de danos ao meio ambiente em
geral

Pollutant Standard Index – PSI: indicador americano

Inversão Térmica: Implica na mudança da tendência de variação da temperatura da

atmosfera com a altitude; fenômeno natural que pode afetar de forma negativa as
condições de dispersão de poluentes (impede que a poluição siga diretamente para o
espaço sideral).

Protocolo de Kyoto: redução das emissões de CO2;

Radiações Ultravioleta:

• UVA: ondas longas; não absorvida pela camada de ozônio;

• UVB: ondas médias; prejudiciais ao DNA; parcialmente absorvida pela camada de
ozônio;
• UVC: ondas curtas; extremamente prejudiciais; completamente absorvida pela
camada de ozônio.
A poluição também pode estar associada a níveis elevados de energia: Ruído, Calor,
Ondas eletromagnéticas (estudos iniciais). Crianças expostas a campos magnéticos
gerados por linhas de transmissão apresentam maior potencial para desenvolver leucemia
e câncer no sistema nervoso.

ENERGIA

A combinação entre as fontes de energia utilizadas para suprir as nossas necessidades é

denominada de Matriz Energética;

Energia Geotérmica (Interior da Terra):

• Utilização do calor para geração de energia elétrica a partir do vapor d’água;

• Utilização de água subterrânea, para aquecimento ou resfriamento de edifícios.
• Impactos ambientais menos intensos, mas não desprezíveis: Poluição sonora,
emissão de gases, alteração do solo e poluição térmica.
• Fonte não renovável de energia caso a taxa de utilização seja maior que a de
geração de calor

Energia Hidráulica: aproveitamento eficiente de 96 %; baixo custo de produção;

Células de Combustível: transformação direta da energia química dos combustíveis em

energia elétrica (pesquisas);

ECONOMIA E MEIO AMBIENTE

Como o meio ambiente pode ser considerado um bem, teoricamente, o mesmo poderia
estar sujeito à teoria econômica.

Podem ocorrer distorções com relação aos interesses de toda a sociedade.

Recursos ambientais que cumprem função social não podem estar sujeitos às leis de
mercado.

Existem duas linhas de pensamento econômico, relacionadas às questões ambientais:

• Economia do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais: Mecanismos de mercado

substituiriam a regulamentação, simplificando a gestão do meio ambiente;

• Economia Ecológica: Não apenas pelo custo de exploração e transformação; Deve

considerar o custo associado à sua existência; O ser humano não pode
estabelecer, livremente, normas de acesso aos recursos

Os elementos da política ambiental podem ser definidos com base na análise de risco e
benefício; A Cobrança pelo Uso dos Recursos Ambientais é uma alternativa.

HISTÓRICO

• 1972 – Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente Humano (Estocolmo);

o Criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA);
o Criação da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
• 1987 – Relatório “Our Common Future” (Brundtland), que consagrou a expressão
“Desenvolvimento Sustentável” e o papel que as empresas devem ter na gestão
ambiental.
• 1992 – Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento; ISO 14000
ASPECTOS LEGAIS

Constituição, Capítulo VI – Do Meio Ambiente:

Artigo 225 – “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
Coletividade, o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA)

Órgão Consultivo e Deliberativo: Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)

ESTUDO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Atividades com potencial de modificação do meio ambiente deverão elaborar o EIA

(Estudo de Impacto Ambiental)

Diretrizes:
• Contemplar as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, confrontando-
as com a hipótese de não execução do projeto;
• Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de
implantação e operação da atividade;
• Identificar os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada;
• Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantação
na área de influência do projeto.

Conteúdo Mínimo:
• Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto;
• Completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações;
• Necessidade de caracterizar a área antes da implantação;

Relatório de Impacto Ambiental (RIMA): resumo do EIA, com a apresentação das

principais conclusões do mesmo.

São Paulo: Exigência da apresentação do Relatório Ambiental Preliminar (RAP), que pode
tornar dispensável a elaboração do EIA e RIMA

Principais Métodos para a Avaliação de Impactos Ambientais:

• Método Ad Hoc: reuniões com técnicos e cientistas especializados, questionários

respondidos por pessoas com interesse no problema;
• Método das Listagens de Controle: Evolução natural do método AdHoc, Listagens
Ponderais (com pesos) ou Método de Batelle;
• Método da Superposição de Cartas: cartas temáticas relativas aos fatores
ambientais potencialmente afetados pelas alternativas estudadas;
• Método das Redes e Matrizes de Interação: Evolução das listagens de controle,
Relação bidimensional entre fatores ambientais e ações decorrentes de um
projeto, Matriz de Leopold;
• Método dos Modelos de Simulação;
• Método da Análise Benefício-Custo;
• Método da Análise Multiobjetivo.

A definição da metodologia a ser utilizada depende especificamente do caso que será

analisado.

GESTÃO AMBIENTAL
O SGA está baseado nos ciclos PDCA.

Agenda 21:

• Programa de ação para o alcance do desenvolvimento sustentável, através da

implantação das propostas da Carta da Terra (declaração de princípios éticos
fundamentais para a construção, no século XXI, de uma sociedade global justa,
sustentável e pacífica) e da Declaração dos Princípios para o Gerenciamento das
Florestas.

• Mudanças nos padrões de consumo, inclusive de energias e recursos

MODELOS DE GESTÃO AMBIENTAL

Produção Mais Limpa (PML):

• Uso de recursos naturais renováveis e eliminação dos não renováveis dos

processos de fabricação de produtos
• Uso eficiente de energia
• Produtos de longa vida útil
• Embalagem ecologicamente correta

Ecodesign:

• PDP
• Projeto para o Meio Ambiente ou Design for Environment (PMA/DfE)
• Todo o ciclo de vida do produto

Ecoeficiência:

• Medição de eficiência na utilização de matérias-primas, energia, recursos

renováveis e não-renováveis.
• Desperdícios são relacionados a problemas operacionais, qualidade dos materiais
e falta de procedimentos e de treinamento.

Avaliação do Ciclo de Vida (life-cycle assessment):

• Avaliação dos aspectos ambientais e dos impactos potenciais associados a um

produto, compreendendo as etapas que vão desde a retirada da natureza das
matérias-primas elementares que entram no processo produtivo até a disposição
do produto final
• quantifica os fluxos de energia e de materiais no ciclo de vida do produto.
• análise de desempenho ambiental de sistemas de produção
• surgiu do Resource and Environmental Profile Analysis - REPA, promovido pela
Coca-Cola
• A ISO 14040 trata da Avaliação do Ciclo de Vida

Série ISO 14000:

• Surgiu da Eco92
• Não estabelece um padrão, mas o gerenciamento, com metas, de todas as
funções da cadeia produtiva
• pró-ativa e abrangente
• Planejamento, Implementação e Operação, Verificação e correção, e Revisão de
SGA's
• caráter estratégico
• A ISO 14001 especifica os principais requisitos de um SGA;