Você está na página 1de 6

Externato Nossa Senhora de Fátima

Teste de Avaliação de Geografia A - 11º Ano


2010/2011

Nome: ____________________________________ N.º: ___ Turma: ___

Avaliação:______________________ A Professora:_______________

Escreva de forma legível a numeração dos grupos e dos itens, bem como as respectivas respostas.
As respostas ilegíveis ou que não possam ser identificadas são classificadas com zero pontos.

Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se escrever mais do que uma resposta a um
mesmo item, apenas é classificada a resposta apresentada em primeiro lugar.

Grupo I (40 pontos)

A prática agrícola encontra-se dependente de factores de ordem natural e humana, que


contribuem para a criação de uma grande diversidade de paisagens; e por factores humanos
de ordem histórica, cultural e política.

1. Assinale com V (verdadeira) ou F (falsa) as seguintes afirmações.


1.1. Em Portugal, a regularidade das condições climáticas desfavorece a agricultura.
F
1.2. O Alentejo é a região agrária portuguesa com relevo menos acidentado. V
1.3. A abundância dos recursos hídricos em todo o território nacional constitui um
factor favorável ao desenvolvimento da agricultura. V
1.4. Na região de Entre Douro e Minho predominam estruturas fundiárias de grande
dimensão. F
1.5. Em Portugal, a maioria dos solos agrícolas apresenta uma fertilidade natural
muito elevada. F
1.6. O sistema monocultural associa-se normalmente a uma agricultura destinada ao
autoconsumo. F
1.7. A grande fragmentação da propriedade agrícola associa-se frequentemente a
elevados valores de densidade populacional. V
1.8. O relevo aplanado constitui um impulso ao desenvolvimento da agricultura. v
1.9. Os minifúndios são geralmente incompatíveis com uma agricultura de mercado.
V
1.10. No Alentejo, o predomínio dos latifúndios é explicado pela baixa fertilidade dos
solos. F
2. Indique, em cada alínea, a frase que completa de forma correcta a afirmação inicial. (25 pontos)

2.1. O clima é um dos factores físicos que mais influencia a agricultura portuguesa, pois:
a) A estação quente coincide com o período do ano de maior humidade e precipitação.
b) Faz com que, em Portugal, predominem os solos de fertilidade natural elevada.
c) A precipitação distribui-se de forma irregular no tempo e no espaço.
d) Só permite a prática da agricultura de sequeiro.
1
2.2. A influência da irregularidade da precipitação pode ser reduzida através:
a) De subsídios que compensem os agricultores dos prejuízos resultantes das secas.
b) De sistemas de rega eficiente e de infra-estruturas de armazenamento de água.
c) De melhores previsões da ocorrência de secas e de queda de granizo.
d) Do cultivo de espécies de sequeiro, que precisam de ser regadas menos vezes.
2.3. No Alentejo predominam os latifúndios, o que pode ser justificado:
a) Pela elevada fertilidade dos solos.
b) Pelos baixos valores de precipitação.
c) Pelo predomínio de superfícies aplanadas.
d) Pela baixa fertilidade dos solos, dado a rocha - mãe ser predominantemente de origem
granítica.
2.4. A PAC, é um factor humano importante, pois:
a) A população agrícola depende, essencialmente, dos fundos comunitários.
b) Incentiva os agricultores idosos com subsídios e reformas antecipadas.
c) Regula práticas agrícolas e apoia a formação profissional e a modernização.
d) Incentiva a prática de uma agricultura intensiva.
2.5. No Noroeste de Portugal Continental, predominam os minifúndios, o que se deve, entre outras
causas:
a) À elevada fertilidade dos solos.
b) À baixa fertilidade dos solos.
c) Ao relevo acidentado.
d) Às baixas densidades populacionais.

3. Identifique três factores de ordem natural que contribuem para a diversidade de paisagens
agrárias. (5 pontos)
Clima, recursos hídricos, fertilidade do solo, relevo

4. A figura seguinte representa uma paisagem agrária portuguesa.


4.1. Identifique o sistema de cultura representado na
figura. (5 pontos)
Sistema de cultura extensivo, monocultura, de regadio.

4.2. Caracterize este sistema de cultura. (10 pontos)


Os sistemas de cultura extensivos, tradicionalmente
dominantes em Trás – os Montes e no Alentejo, não há
uma ocupação permanente e contínua do solo. Pratica-se
habitualmente, a rotação de culturas – a superfície
agrícola é dividida em folhas que rotativamente, são, em
cada ano, ocupadas com culturas diferentes, alternando os
cultivos proncipais com espécies que permitem melhorar
a qualidade do solo. Por vezes utiliza-se o pousio – uma
folha permenente em descanso sem qualquer cultivo. Este
sistema tradicional é praticado em áreas de solos mais
pobres e secos no verão, associando-se à monocultura –
cultivo de um só produto no mesmo campo – e às culturas
de sequeiro – com pouca necessidade de água.
Actualmente, os sistemas extensivos associam-se a uma
agricultura mecanizada e voltada para o mercado,
sobretudo nas regiões do Alentejo e do Ribatejo e oeste.

4.3. Indique a região do país onde este sistema de


cultura predomine.
Alentejo, Ribatejo e oeste, trás – os – montes

4.4. Relacione a estrutura fundiária característica desta


região com o relevo e a ocupação humana.
2
Grupo II

1. Atente ao documento 1 e à figura 1.


Fig.1: Repartição das explorações
agrícolas, por classes de SAU, em 2005
Doc.1

Percentagem de explorações e a sua representatividade na SAU - 2005


Regiões Explorações (%) SAU (%) 1.1.
Portugal 100 100
Entre Douro e Minho 16 6 1.1.
Trás-os-Montes 19 13
1.1.
Beira Litoral 18 4
Alentejo 9 49
1.1.
Madeira 3 0
1.1. Relacione a percentagem de explorações agrícolas com a de
SAU nas diferentes regiões agrárias. Exponha as suas conclusões.
1.2. Demonstre que a pequena dimensão das explorações condiciona a modernização agrícola,
referindo uma forma possível de resolver este problema.
O grande numero de pequenas explorações condiciona o desenvolvimento da
agricultura, uma vez que limita a mecanização e a modernização dos sistemas de
produção, reflectindo-se na sua dimensão económica. O emparcelamento seria uma
das soluções que poderiam solucionar este problema, tornando as explorações
agrícolas destas regiões mais competitivas a nível de mercado.

1.3. Assinale com V (verdadeira) ou F (falsa) as seguintes afirmações.

a) A dimensão das explorações agrícolas portuguesas é muito variável. V


b) Em Portugal, há um predomínio de explorações agrícolas de grandes dimensões. F
c) A SAU é constituída pelas terras aráveis, onde se incluem as culturas temporárias,
pelas hortas familiares, pelas culturas e pastagens permanentes. V
d) As culturas permanentes revelam-se muito importantes em Trás-os-Montes e no
Alentejo. F – Algarve e madeira (pag 21)
e) As explorações agrícola que se localizam no norte, apresentam características de
latifúndio. F
f) As explorações agrícolas do Ribatejo e Oeste e do Alentejo contribuem pouco para a
margem bruta agrícola. F
g) Existe uma elevada fragmentação das explorações em Trás-os-Montes. F
h) As culturas permanentes são aquelas cujo ciclo vegetativo não excede um ano e as que
não sendo anuais são ressemeadas com intervalos que não excedem os cinco anos. F
i) Nos açores, existem poucas explorações agrícolas, mas representam uma grande
área de SAU. F
j) Um bloco de SAU é a parte das terras da exploração inteiramente rodeada de terras,
água, etc., não pertencentes à exploração. F (pag 20)

1.4. A ocupação agrícola, em Portugal, nem sempre reflecte uma adequação entre as aptidões
e as utilizações do solo, o que constitui um problema estrutural da nossa agricultura.

1.4.1. Comente a afirmação anterior, evidenciando os problemas da desadequada utilização


dos solos.
Em Portugal, mais de metade dos solos tem uma boa aptidão para floresta e apenas
cerca de um quarto para a agricultura. No entanto, e apesar de a área de floresta ter
tendência a aumentar, a área ocupada com actividade agrícola continua a ser
superior à dos solos com aptidão para a agricultura. Alem disso, existem solos com
3
boa aptidão agrícola utilizados para outros fins, concluindo-se que muitas actividades
agrícolas se desenvolvem em solos pouco aptos para a agricultura.

Grupo III

1. Atente ao seguinte gráfico.

Fig. 2 – Explorações agrícolas segundo a origem do rendimento do agregado familiar do produtor (%), por região
agrária, em 2005 (fonte: IEEA, 2006)
1.1. Indique o conceito utilizado para definir o conjunto de actividades realizadas por
um indivíduo que tem os seus rendimentos assegurados por mais de um trabalho.
Pluri - rendimento – acumulação dos rendimentos provenientes da
agricultura com os de outras actividades.
1.2. Explique o facto de muitos agricultores recorrerem a outros trabalhos, não
relacionados com a actividade agrícola.
Actualmente o rendimento da maioria dos agregados familiares agrícolas
provém principalmente de outras actividades exteriores à exploração. Pluri –
actividade – prática em simultâneo do trab na agricult e noutras actividades -
pode ser encarada como uma alternativa para aumentar o rendimento das
famílias dos agricultores. Deste modo, as famílias rurais tendem a ser
multifuncionais. O próprio produtor deixa de ter apenas a função produtiva,
sendo recompensado por serviços de preservação do ambiente e das
paisagens.
1.3. Identifique as três regiões agrárias cuja maior parte dos rendimentos dos
agricultores provém de actividades exteriores à exploração agrícola.
Beira interior, Beira litoral, Algarve.

1.4. Problematize de que forma o tamanho das propriedades de Entre Douro e Minho se
assume como um entrave ao desenvolvimento e à respectiva modernização agrícola,
aludindo, igualmente, ao nível de instrução e à idade da população agrícola.

Sendo uma região onde predomina o minifúndio e o sistema agrícola intensivo, O


grande numero de pequenas explorações condiciona o desenvolvimento da
agricultura, uma vez que limita a mecanização e a modernização dos sistemas de

4
produção, reflectindo-se na sua dimensão económica. O emparcelamento seria uma
das soluções que poderiam solucionar este problema, tornando as explorações
agrícolas destas regiões mais competitivas a nível de mercado. O baixo nível de
instrução e o envelhecimento da população agrícola, constituem um entrave ao
desenvolvimento da agricultura, nomeadamente no que respeita à adesão a inovaçoes
(tecnologia, métodos de cultivo, práticas amigas do ambiente), à capacidade de
investir e arriscar e à adaptação às normas comunitárias de produção e de
comercialização.

Grupo IV

O sector agrícola nacional enfrenta alguns problemas estruturais relacionados, entre outros,
com a idade e a formação dos agricultores.
1. A exploração por conta própria é habitualmente considerada mais vantajosa, já que o
proprietário procura obter o melhor resultado possível da terra, cuidando o que é seu.

1.1. Aponte duas vantagens da forma de exploração por conta própria.


Vantagens:
- preocupa-se com a preservação dos solos e
- investe em melhoramentos fundiários, como a construção de redes de
drenagem, a colocação de instalações de rega permanentes.
- Participam na preservação da paisagem e das espécies autóctones;
- Prevenção de fogos florestais;
- Podem com maior facilidade aliar a actividade agrícola a outras contribuindo
para a diversificação económica e parao desenvolvimento sustentável

2. Indique, em cada alínea, a frase que completa de forma correcta a afirmação inicial.

2.1. Nos últimos anos, a par da diminuição do número de explorações agrícolas, verificou-se:
a) Um aumento da mão-de-obra agrícola.
b) Uma diminuição da mão-de-obra agrícola.
c) Uma diminuição da mecanização.
d) Um aumento dos minifúndios.
2.2. O desenvolvimento da agricultura portuguesa é fortemente condicionado pela reduzida
dimensão das explorações porque esta:
a) Inviabiliza a mecanização e condiciona a modernização.
b) Aumenta a produtividade agrícola e a competitividade.
c) Condiciona o uso de fertilizantes e pesticidas.
d) Favorece a mecanização e o uso de fertilizantes.
2.3. As características da mão-de-obra agrícola constituem uma condicionante ao
desenvolvimento do sector em Portugal porque:
a) O seu rejuvenescimento não tem sido acompanhado de uma melhoria na qualificação.
b) Os jovens têm um espírito mais aberto à mudança e uma melhor qualificação.
c) O seu envelhecimento e a fraca formação são um entrave à modernização.
d) O investimento na formação e qualificação atrai jovens para o sector.
2.4. Em Portugal, a balança comercial agro-alimentar é:
a) Deficitária, dado que as importações têm sido muito superiores às exportações.
b) Deficitária, dado que as exportações têm sido muito superiores às exportações.
c) Excedentária, dado que as importações têm sido muito superiores às exportações.
d) Excedentária, dado que as exportações têm sido muito superiores às exportações.
2.5. O volume principal de mão-de-obra agrícola provém:
a) Da mão-de-obra familiar.
b) Da mão-de-obra não familiar.
c) Da mão-de-obra não familiar, principalmente, trabalhadores permanentes.
d) Da mão-de-obra não familiar, principalmente, trabalhadores eventuai s

5
Grupo V
Com a reforma da PAC, iniciada em 2003, a União Europeia estabeleceu a perspectiva de
longo prazo para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável económica e socialmente,
amiga do ambiente e orientada para o mercado.
1. Indique, em cada alínea, a frase que completa de forma correcta a afirmação inicial.
1.1. A sigla PAC significa…
a) Programa Agrário Comum.
b) Programa Agrícola Comum.
c) Política Agrária Comum.
d) Política Agrícola Comum.
1.2. Dois dos principais objectivos da PAC foram…
a) A diminuição da produtividade agrícola e o aumento da concorrência.
b) O incremento da produtividade agrícola e a estabilização dos mercados.
c) O incremento da produção, da superfície e mão-de-obra agrícola utilizadas.
d) A diminuição do rendimento dos agricultores e da produtividade agrícola.
1.3. Para a sua concretização, a PAC utilizou alguns pilares ou princípios, tais como…
a) A unicidade do mercado e a solidariedade financeira.
b) O aumento da concorrência externa à União Europeia.
c) A preferência pela importação de produtos extra-comunitários.
d) O suporte dos custos de financiamento por fundos individuais.
1.4. Embora se tenham registados progressos, a PAC trouxe algumas consequências
negativas, como…
a) A diminuição dos excedentes e redução dos problemas ambientais.
b) A intensificação das produções e redução dos excedentes agrícolas.
c) A diminuição dos excedentes e aumento dos custos de armazenamento.
d) A intensificação das produções e aumento dos excedentes agrícolas.
1.5. Na última reforma da PAC, foram introduzidos novos objectivos, como…
a) Promover uma agricultura europeia menos competitiva e diversificada, mas mais
orientada para o mercado externo.
b) Melhorar o ordenamento do espaço rural e aumentar a competitividade da
agricultura europeia no mercado mundial.
c) Aumentar os incentivos financeiros da política actual, desencorajando as práticas
agrícolas mais sustentáveis.
d) Incentivar o vínculo entre a produção e os pagamentos directos, não estando estes
associados ao cumprimento de regras.
1.6. O FEOGA – Orientação financia:
a) Os programas e projectos destinados a melhorar as estruturas agrícolas.
b) As despesas de regulação dos preços e dos mercados.
c) Acções de formação aos agricultores.
d) Os pagamentos directos aos agricultores.
1.7. O FEOGA – Garantia financia:
a) Os programas e projectos destinados a melhorar as estruturas agrícolas.
b) As despesas de regulação dos preços e dos mercados.
c) Acções de formação aos agricultores.
d) Os pagamentos directos aos agricultores.

Boa sorte!

Você também pode gostar