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A Seca No Nordeste
A Seca No Nordeste
ANIMAIS
No Nordeste brasileiro existem vários animais que habitam essa região, nas
caatingas, o gato encontrou um excelente habitat. As arvores de pequeno porte e a pouca
densidade deixam espaço para que o sol atinja o solo e estimula o crescimento de um
pasto de grande valor nutritivo para os animais. Muitas plantas xerófilas também
oferecem ao gado uma boa alimentação. Assim, os rebanhos multiplican-se. O gado era
criado solto, não havia cercas. O trabalho do vaqueiro restringia-se a amansar e ferrar os
bezerros, curalos das bicheiras, queimarem os campos alternadamente, na estação
apropriada, extinguir onças, cobras e morcegos, conhecer as malhadas escolhidas pelo
gado para ruminar gregariamente, abrir cacimbas e bebedouros.
No inverno o gado alimenta-se do pasto nativo e com ramas dos arbustos e os
restos das lavouras de feijão, milho e algodão. O Gado caprino também é criado
extensivamente, devido a sua grande rusticidade. A cabra que foi trazida da península
ibérica e encontrou no semi-árido nordestino ótimas condições de adaptação.
O jumento, também trazido peloscolonizadores ibéricos, foi, porém o animal que
melhor se adaptou as caatingas, e é ainda mais resistente que as cabras. O carneiro
também foi outro animal que se adaptou às condições de solo, clima e vegetação do
território tropical semi-árido. Criado solto tem com ele o homem nenhum trabalho, além
de marcá-lo para definir sua propriedade.
ECONOMIA
Nos sertões nordestinos vive-se ainda quase que num regime pré-monetário. A
economia é baseada praticamente num sistema de trocas. O sertanejo tem no plantio do
milho, feijão e algodão sua quase única atividade econômica além da pecuária. Nos
anos de boas colheitas, o agricultor guarda em seus paios parte do feijão e do milho para
o consumo doméstico e leva da cidade mais próxima. Com o dinheiro da venda,
adquirem na própria feira todos os demais produtos e objetos de que necessita. De volta
a casa, traz consigo pouco ou nenhum dinheiro. Também o algodão é negociado da
mesma maneira. A única poupança é representada pelo milho e pelo feijão, que
armazena em seus paios.
AS CHUVAS
Os municípios que formam o polígono das secas são aqueles situados nos
Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio
Grande do Norte e Sergipe, compreendendo grande parte do Nordeste brasileiro
geoeconômico. É reconhecida pela legislação como sujeita à repetidas crises de
prolongamento das estiagens e, conseqüentemente, objeto de especiais providências do
setor público. Constitui-se de diferentes zonas geográficas, com distintos índices de
aridez. Em algumas delas o balanço hídrico é acentuadamente negativo, onde somente
se desenvolve a caatinga hiperxerófila sobre solos delgados. Em outras, verifica-se
balanço hídrico ligeiramente negativo, desenvolvendo-se a caatinga hipoxerófila.
Existem também áreas, de balanço hídrico positivo e presença de solos bem
desenvolvidos. Contudo, na área delimitada pela poligonal, ocorrem, periodicamente,
secas anômalas que se traduzem na maioria das vezes em grandes calamidades,
ocasionando sérios danos à agropecuária nordestina e graves problemas sociais.
A SUDENE
Criada orginalmente pela lei 3.6921 de 1959, o órgão foi idealizado no governo
do Presidente Juscelino Kubitscheck, tendo à frente o economista Celso Furtado, como
parte do programa desenvolvimentista então adotado.
Seu principal objetivo era encontrar soluções que permitissem a progressiva diminuição
das desigualdades verificadas entre as regiões geo-econômicas do Brasil. Para tal fim,
foram engendradas ações de grande impacto, tais como a colonização do Maranhão, os
projetos de irrigação em áreas úmidas, o cultivo de plantas resistentes às secas, e outras.
Absorvida pelas administrações que se seguiram, durante a Ditadura militar de 1964 foi
mais tendo, cada vez mais, seu uso desviado dos objetivos primaciais, sendo
considerada uma entidade que, além de não realizar os fins a que se propunha, era um
foco de corrupção. Por conta disso e após uma sucessão de escândalos, em 1999 a
imprensa iniciou um debate sobre a existência do órgão, extinto finalmente em 2001 por
Fernando Henrique Cardoso. A retomada das propostas de Juscelino e Furtado, porém,
foram defendidas pela administração do Lula [1], e finalmente o órgão foi, em 2002,
recriado, desta feita com o nome de Agência do Desenvolvimento do Nordeste e a
sigla Adene.
A Sudene tem um longo histórico de luta contra a seca na região nordeste, que
remonta à sua própria fundação, em 1959. A partir das grandes secas de 1952 e 1958, o
governo federal decidiu criar uma instituição capaz de coordenar as ações globais para o
desenvolvimento da região, deslocando o enfoque de puro combate à seca. Assim, a
criação Sudene da visava a coordenação das ações do Governo Federal com os objetivos
de implementar a industrialização na Região e resolver os problemas agrícolas do
Nordeste, agravados pela ocorrência de secas.Para industrializar a Região foi criado um
sistema de incentivos fiscais, consolidados no FINOR - Fundo de Investimentos do
Nordeste.
Nos anos 80, foi iniciado trabalho junto às Secretarias Estaduais de Meio
Ambiente e Universidades e, em 1986, a SEMA (Secretaria Especial de Meio Ambiente
da Presidência de República) estabeleceu parceria com a UFPI (Universidade Federal
do Piauí), SUDENE e Ministério da Agricultura, para elaboração de "proposta de ação
para estudos de desertificação no Nordeste". Com a criação do Instituto Desert, a
SUDENE passou a ter importante parceiro para o desenvolvimento de estudos,
pesquisas e implementação de ações no âmbito da luta contra a desertificação. A partir
de 1998 foram desenvolvidos dois significativos trabalhos enfocando: a desertificação
em Gilbués (Zoneamento agroecológico da região) e as potencialidades dos cerrados e
vale do Gurguéia, fronteira emergente de desenvolvimento agrícola. Abaixo as ações
desenvolvidas pela Sudene: