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Implantação de Sistema de Custos

Para que as organizações possam cumprir com seus objetivos e metas traçadas no seu
planejamento estratégico, a sua administração passou a requerer da área de custos, maiores
informações relacionadas ao custeamento dos produtos existentes, bem como, informações
diversas sobre os produtos dos concorrentes, projetos para elaboração de novos produtos,
margem de contribuição. É importante que sejam definidos e estruturados o melhor sistema de
custeio visando atender as necessidades dos gestores na tomada de decisões.

Implementar uma ferramenta de custeio poderá significar o diferencial competitivo frente aos
desafios do mercado concorrencial. Identificamos suas necessidades e sugerimos o melhor
instrumento de trabalho, com desenvolvimento, preparação e treinamento da equipe.

Análise Estrutural
• Estruturação; classificação e contabilização dos custos e despesas;
• Implantação de mapas de Controle Setorial ou por Atividades;
• Sistemática e objetivos do custeio adotado;
• Sistemas de custeio – integral; margem de contribuição; por atividades;
• Implantação de Controles Internos;
• Integração do Custo com a Contabilidade;
• Avaliação dos Estoques;
• Determinação dos Custos dos Produtos Vendidos;

Análise de Resultados
• Apuração e acompanhamento dos custos previstos X orçados;
• Análise da rentabilidade de produtos; serviços; atividades; clientes;
• Análise e controle de resultados das Unidades de Negócios;
• Definição e determinação do ponto de equilíbrio (econômico e financeiro);
• Análise do Custo X Volume X Lucro;
• Implantação de Sistemas de Redução de Custos;
• Implantação do Sistema de Informações para Custos e Tomada Decisões.

Análise e Formação de Preços


• Formação; determinação e política do Preço de Venda;
• Estratégias de preços X Mercado Concorrente;
• Estratégia de preços X Vendas X Marketing;
• Preços mercado interno e externo;
Resumo do trabalho
A administração do Estado Nação evolui de acordo com as constantes transformações
sociais. Relacionando as mudanças que o Estado de regime democrático é submetido, destaca-se
a necessidade de um programa de gestão que possa otimizar os recursos e garantir um retorno ao
cidadão, de forma detalhada, sobre a aplicação dos gastos públicos. O Estado precisa utilizar-se de
instrumentos que já ajudam o setor privado a gerenciar seus negócios e que dão suporte à
tomada de decisões, como um sistema de custos, que proporcionaria um gerenciamento mais
racional nos gastos do governo. O artigo propõe a implantação de um sistema de custeamento
para o setor público, em conformidade com as suas características próprias, apoiado no que existe
de metodologia de elaboração do orçamento governamental, e evidencia a importância de tal
implantação, sua viabilidade e o retorno proporcionado à sociedade.

Nos dias de hoje, com a acirrada competição entre as empresas, em especial no âmbito
das micro e pequenas empresas, o gerenciamento eficiente e eficaz dos custos de
produção desponta como um fator crítico de sucesso. As atividades de gerenciamento e
controle de custos são essenciais para se obter resultados que possibilitem às empresas
concorrer com produtos competitivos sendo bem sucedidas no mercado onde estão
inseridas. No entanto, apesar da grande relevância e importância do tema, podemos
observar que muitas das pequenas e micro empresas não possuem um modelo adequado
para gerenciar seus custos, quer seja pela falta de estrutura das mesmas, quer seja pela
subjetividade com que muitos dos empresários baseiam suas decisões. O sistema de
custeio direto, devido à sua relativa simplicidade e grande eficiência, é uma ferramenta
que permite aos empresários avaliar de forma mais precisa os custos incorridos nas
linhas de produções, podendo assim gerar informações relevantes para uma tomada de
decisão melhor embasada. O trabalho de formatura desenvolvido terá como objetivo
implementar um sistema de custeio direto em uma micro empresa do setor de
confecções, de forma a obter um modelo simples, mas eficiente, totalmente adequado à
realidade e à necessidade da empresa, servindo assim como apoio para a tomada de
decisões.

Evolução dos sistemas de custeio

Historicamente na década de 20 se consolidou o Custeio Tradicional, o produto


simbolizava o capitalismo, e a grande maioria das organizações se baseavam na
produção em massa de produtos pouco diversificados, utilizando-se mão-de-obra
intensiva. Os custos diretos (ligados diretamente a produção) eram fortemente
preponderantes na composição dos custos, o Custo Tradicional foi adotado quase
universalmente, talvez pela facilidade ou pelo comodismo da época. Porém com as
mudanças em duas variáveis fundamentais como o aumento da participação dos custos
indiretos na composição dos custos totais e o aumento da diversificação dos produtos e
processos; fez com que resultasse na obsolescência do Custeio Tradicional para fins
gerenciais e no surgimento de técnicas inovadoras como o Custeio ABC. Ou seja, para
acompanhar o mercado as organizações precisaram investir em qualidade, tanto para os
clientes internos (funcionários) quanto para os clientes externos; os custos indiretos
aumentaram significativamente e não podiam continuar mais a serem tratados como
antes no sistema tradicional, surge então a idéia do Custeio ABC.

Os produtos que alocam mais atividades passam a ter uma maior fatia na divisão dos
custos indiretos. Para Maffei Filho o método ABC:

... almeja atribuir aos produtos individuais a parcela de gastos indiretos consumida por
cada um deles. Isto é feito definindo-se as atividades relevantes da empresa, calculando-
se o custo de cada uma delas, e então atribuindo este custo aos produtos com base no
consumo de cada atividade por parte de cada produto (2003, p.1).
Embora haja indícios de que o Custeio ABC tenha origem em trabalhos desenvolvidos
na General Electric, na década de 60 nos Estados Unidos, somente com a intensificação
da competição global, por volta da década de 80, quando as empresas despertaram para
a nova realidade (satisfação dos clientes, treinamento, qualidade e etc.) e as novas
tecnologias avançadas de produção e filosofia de gestão empresarial, o ABC, cujo
propósito é de suprir essas necessidades sobre esses processos. Em outras palavras o
objetivo do Custeio ABC é suprir a necessidade de informações precisas sobre o custo
da necessidade de recursos de produtos, serviços, e canais específicos.

O Custeio ABC, possibilita um cálculo mais acurado do custo dos produtos individuais.
Sua principal vantagem é o fato que pode ser usado como uma ferramenta gerencial que
estimula e suporta a melhoria contínua dos processos, da qualidade, dos parâmetros de
desempenho da empresa e das próprias pessoas, pois focaliza os possíveis problemas ou
oportunidades de melhora. Sua mais séria restrição é a dificuldade imposta à sua
implantação pela carência e pelo custo das informações necessárias para o ABC. Porém
com as novas tecnologias como os coletores eletrônicos de dados e os Sistemas
Integrados de Administração Empresarial (ERP) e uma série de inovações a perspectiva
é que o uso do ABC se amplie, principalmente nos mercados competitivos onde o
conhecimento dos custos e de onde eles ocorrem é uma questão de sobrevivência
(Maffei Filho, 2003).

Com o avanço da tecnologia e a crescente complexidade dos sistemas de produção,


ocorreu, uma mudança do perfil de custos das organizações, passando de uma estrutura
em que os custos diretos cedem espaços para os indiretos, e então, se fez necessário
mudar a forma de custear, com objetivo de conhecer melhor quais atividades e produtos
agregam valor, contribuindo para que a organização seja competitiva, fazendo o melhor
mais barato.

[editar] Conceitos básicos

O sistema de custeio baseado em atividades (ABC – Activity Based Costing) procura,


igualmente, amenizar as distorções provocadas pelo uso do rateio, necessários aos
sistemas tratados anteriormente, principalmente no que tange ao sistema de custeio por
absorção. Poderia ser tratado como uma evolução dos sistemas já discutidos, mas sua
relação direta com as atividades envolvidas no processo configura mero
aprofundamento do sistema de custeio por absorção.

Martins (2003, p. 87), informa que o Custeio Baseado em Atividades “é uma


metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas
pelo rateio arbitrário dos custos indiretos”. Este sistema tem como fundamento básico a
busca do princípio da causa, ou seja, procura identificar de forma clara, por meio de
rastreamento, o agente causador do custo, para lhe imputar o valor.

A idéia básica é atribuir primeiramente os custos às atividades e posteriormente atribuir


custos das atividades aos produtos. Sendo assim, primeiramente faz-se o rastreamento
dos custos que cada atividade causou, atribuindo-lhes estes custos, e posteriormente
verificam-se como os portadores finais de custos consumiram serviços das atividades,
atribuindo-lhes os custos definidos. Conforme Eller (2000, p.82), “o Custeio Baseado
em Atividades parte da premissa de que as diversas atividades desenvolvidas geram
custos e que os produtos consomem essas atividades”. Segundo Martins (2003, p.96)
para atribuir custos às atividades e aos produtos utilizam-se de direcionadores. Martins
(2003, p.96) ensina ainda que “há que se distinguir dois tipos de direcionador: ...
direcionador de custos de recursos, e os ...direcionadores de custos de atividades”. O
citado autor continua afirmando que “o primeiro identifica a maneira como as
atividades consomem recursos e serve para custear as atividades”. Afirma ainda que “o
segundo identifica a maneira como os produtos consomem atividades e serve para
custear produtos”. Nakagawa (2001, p.42), conceitua atividade “como um processo que
combina, de forma adequada, pessoas, tecnologias, materiais, métodos e seu ambiente,
tendo como objetivo a produção de produtos”. Assim para o estudo do método ABC
deve-se ponderar sobre as atividades envolvidas em cada processo de produção, seja de
uma mercadoria ou um serviço.

[editar] Importância e utilização do ABC

A importância que se dá à utilização do sistema de custeio ABC é em virtude do mesmo


não ser apenas um sistema que dá valor aos estoques, mas também proporciona
informações gerenciais que auxiliam os tomadores de decisão, como por exemplo, os
custos das atividades, que proporcionam aos gestores atribuírem responsabilidades. Um
diferencial do sistema de custeio ABC, é que a sua utilização, por exigir controles
pormenorizados, proporciona o acompanhamento e correções devidas nos processos
internos da empresa, ao mesmo tempo em que possibilita a implantação e/ou
aperfeiçoamento dos controles internos da entidade.

[editar] Implementação do ABC

A implementação do ABC requer uma cuidadosa análise do sistema de controle interno


da entidade. Sem este procedimento que contemple funções bem definidas e fluxo dos
processos, torna-se inviável a aplicação do ABC de forma eficiente e eficaz. O ABC,
por ser também um sistema de gestão de custos, pode ser implantado com maior ou
menor grau de detalhamento, dependendo das necessidades de informações gerenciais
para o gestor, o que está intimamente ligado ao ramo de atividade e porte da empresa.

[editar] Vantagens e desvantagens da aplicação do custeio


ABC

Para melhor entendimento apresentamos as vantagens e desvantagens da aplicação do


método de custeio ABC.

[editar] Vantagens

Como vantagens podemos ressaltar:

• informações gerenciais relativamente mais fidedignas por meio da redução do


rateio;
• adequa-se mais facilmente às empresas de serviços, pela dificuldade de
definição do que seja custos, gastos e despesas nessas entidades;
• menor necessidade de rateios arbitrários;
• atende aos Princípios Fundamentais de Contabilidade (similar ao custeio por
absorção);
• obriga a implantação, permanência e revisão de controles internos;
• proporciona melhor visualização dos fluxos dos processos;
• identifica, de forma mais transparente, onde os itens em estudo estão
consumindo mais recursos;
• identifica o custo de cada atividade em relação aos custos totais da entidade;
• pode ser empregado em diversos tipos de empresas (industriais, comerciais e
serviços, com ou sem fins lucrativos);
• pode, ou não, ser um sistema paralelo ao sistema de contabilidade;
• pode fornecer subsídios para gestão econômica, custo de oportunidade e custo
de reposição;
• possibilita a eliminação ou redução das atividades que não agregam valor ao
produto.

[editar] Desvantagens

Por outro lado, pode-se enumerar como desvantagens:

• gastos elevados para implantação;


• alto nível de controles internos a serem implantados e avaliados;
• necessidade de revisão constante;
• leva em consideração muitos dados;
• informações de difícil extração;
• dificuldade de envolvimento e comprometimento dos empregados da empresa;
• necessidade de reorganização da empresa antes de sua implantação;
• dificuldade na integração das informações entre departamentos;
• falta de pessoal competente, qualificado e experiente para implantação e
acompanhamento;
• necessidade de formulação de procedimentos padrões;
• maior preocupação em gerar informações estratégicas do que em usá-las.

[editar] Bibliografia

• ANDRADE, Bruna Marques. Como não fazer contabilidade na empresa.


Sarandi: Dedo, 2005.
• DUTRA, René Gomes. Custos: uma abordagem prática. 4a. ed. São Paulo,
Atlas, 1995.
• HORNGREN, Charles T.; FOSTER, George; DATAR, Srikant M.
Contabilidade de custos. 9a. ed. Rio de Janeiro, LTC Editora, 2000.
• KOLIVER, Olívio. Tópicos especiais de custos. Belo Horizonte: Fundação
Visconde de Cairu, 2003.
• LEONE, George Sebastião Guerra, et al. Dicionário de Custos. São Paulo:
Atlas, 2004.
• MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9.ed. São Paulo: Atlas, 2003.
• MEGLIORINI, Evandir. Custos. 1.ed. São Paulo: Makron Books, 2001.
• NAKAGAWA, Masayuki. ABC Custeio baseado em atividades. 2.ed. São
Paulo: Atlas, 2001.
• NEGREIROS, Rafael Pelica. Contabilidade Pelicana. Maringa: Babos, 2007.

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