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ESTIMATIVA DA APTIDÃO

CARDIORRESPIRATÓRIA SEM ESFORÇO FÍSICO:


VALIDADE CONCORRENTE EM JOVENS
UNIVERSITÁRIAS.

Professor João Francisco Severo.

Curso Superior de Educação Física Bom Jesus/ IELUSC


Introdução:
• A aptidão cardiorrespiratória é considerada o componente mais
importante da aptidão física relacionada á saúde.
• Muitas evidências científicas mostram uma associação significativa
entre baixa aptidão cardiorrespiratória e doenças crônico-
degenerativas.
• Uma das grandes dificuldades da avaliação da aptidão
cardiorrespiratória é a falta de espaço físico apropriado para as
medidas de campo.
• Além disso, em nossa realidade universitária, as turmas são muito
numerosas e heterogêneas, o que dificulta a administração de testes
de esforços adequados ao seu nível de atividade física, idade e sexo.
Objetivo:

• Verificar a validade concorrente da


estimativa de VO2 máximo sem
esforço físico para mulheres jovens
através do protocolo da
Universidade de Houston.
Metodologia:
• A amostra foi composta por 30 estudantes (idade: 19,2 ±
1,93) da UDESC de Joinville-SC;
• Selecionadas de forma intencional.
• Foram coletados dados a respeito de atividade física
através do IPAQ V:8 e pela escala de avaliação para
hábitos de exercício – Cód. Houston.
• A aptidão cardiorrespiratória foi estimada pelo protocolo
de George et al (1993) – Jogging de 1600 metros em
pista de atletismo - e pelo protocolo de Houston sem
exercício V: IMC.
Resultados:

Quando confrontados com testes validados


para a população brasileira, tanto o Cód.
Houston quanto o protocolo de Houston para
avaliação do VO2, mostram-se muito fracos
estatisticamente, respondendo por apenas
11% e 8% da variabilidade dos resultados da
amostra para aptidão cardiorrespiratória e
nível de atividade física respectivamente.
Resultados:

Regressão
IPAQ X Cód.Ativ. Física
R múltiplo 0,16540094
R-Quadrado 0,027357471
R-quadrado ajustado 0,080713921

Erro padrão 818,52778907


 Houve uma grande tendência de Subestimação do
Código em relação ao IPAQ ( ≠ 28± 13%).
Resultados:

Regressão
Jogging 1600 X Prot. Houston
R múltiplo 0,069725
R-Quadrado 0,004862
R-quadrado ajustado 0,11953
Erro padrão 3,4744
 Houve uma grande tendência de Subestimação do protocolo
de Huston em relação ao testes de pista ( ≠ 17± 9%).
Conclusões:
A regressão cruzada entre o IPAQ, o protocolo de
Houston para hábitos de exercício e estimativa de
aptidão cardiorrespiratória mostrou evidências de que o
maior erro de estimativa reside no código para hábitos
de exercícios.

Tanto o Cód. Houston quanto o protocolo de Houston


para hábitos de exercícios e aptidão cardiorrespiratória
respectivamente, mostraram-se inviáveis para avaliação
dessa amostra;
Sugestão:
O protocolo de Houston pode tornar-se uma
excelente ferramenta para a estimativa da aptidão
cardiorrespiratória pelo fato de poder ser aplicado
em grandes populações com reduzido custo de
tempo e recursos. Toda via, sugere-se que sejam
feitos estudos de validação de conteúdo e de
constructo em diferentes populações de nosso
país, a fim de adaptar o código de hábitos de
exercícios para a nossa realidade sociocultural.
Para saber mais:
Tritschler, K (2003). Medida e avaliação em educação
física e esportes de Barrow & McGee. São Paulo:
Manole.

Barros, M.V.G & Nahas, M.V (2003). Medidas da


atividade física: teoria e aplicação em diversos grupos
populacionais. Londrina: Midiograf.

Bunchaft, G & Cavas, C.S.T (2003). Sob medida: um


guia sobre a elaboração de medidas do comportamento
e suas aplicações. São Paulo: Vetor.

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