Você está na página 1de 51

c

c c

 c
Professor: Hiroshi Wilson Yonemoto
ÍNDICE

!  c cc
PERTINÊNCIA______________________________________________________________________ 3
REPRESENTAÇÕES DE UM CONJUNTO ___________________________________________________ 3
CONJUNTO V AZIO __________________________________________________________________ 4
INCLUSÃO (SUBCONJUNTOS) __________________________________________________________ 4
OPERAÇÕES COM CONJUNTOS _________________________________________________________ 5
INTERSEÇÃO DE CONJUNTOS __________________________________________________________ 6
DIFERENÇA DE DOIS CONJUNTOS _______________________________________________________ 7
CONJUNTO COMPLEMENTAR __________________________________________________________ 7
 c   cc


 c   c cc

  c cc
EQUAÇÃO DO PRIMEIRO GRAU ________________________________________________________ 13
EQUAÇÃO DO SEGUNDO GRAU _______________________________________________________ 13
°   
   
c cc
 c 
  _________________________________________________________________ 14
 c 
  __________________________________________________________________ 15


    
c cc

 c
c   c  ! c cc
O PLANO CARTESIANO _____________________________________________________________ 21
DISTÂNCIA ENTRE 2 PONTOS _________________________________________________________ 22
ÁREA DE UM TRIÂNGULO NO PLANO CARTESIANO ________________________________________ 25
CONDIÇÃO DE ALINHAMENTO DE TRÊS PONTOS___________________________________________ 26
ESTUDO ANALÍTICO DA RETA ________________________________________________________ 26
—      
 
° 
c cc
 
 
 

     c cc
ESTUDO ANALÍTICO DA CIRCUNFERÊNCIA ______________________________________________ 32
 c  !  cc
RELAÇÕES BINÁRIAS _______________________________________________________________ 35
PRODUTO CARTESIANO _____________________________________________________________ 35
 c c !  c cc
INTERVALOS _____________________________________________________________________ 37
DOMÍNIO, CONTRADOMÍNIO E IMAGEM DE UMA F UNÇÃO ___________________________________ 38
TIPOS FUNDAMENTAIS DE FUNÇÕES ___________________________________________________ 40
FUNÇÃO INVERSA _________________________________________________________________ 40
OUTROS TIPOS DE FUNÇÕES __________________________________________________________ 41
 
c cc
  
 c cc
  
c cc
c  ________________________________________________________________________ 42
c   ___________________________________________________________________ 43
  
 c cc
 °

c cc
 
c cc
FUNÇÕES TRANSCENDENTES_________________________________________________________ 44
   
c cc
 c  ________________________________________________________________ 45
    cc    ____________________________________________________________ 46
c   c  ____________________________________________________________ 47
FUNÇÃO LOGARÍTMICA _____________________________________________________________ 47

c cc
 


c cc

2
!  c

Conjunto é um conceito primitivo. Quando ouvimos a palavra ³conjunto´, a


nossa idéia já está formada a respeito. Na matemática, consideraremos como conjunto
uma coleção ou lista bem definida de objetos, pessoas, animais, símbolos.

Exemplo:
Sejam os conjuntos A = {vogais do alfabeto} = {a, e, i, o, u}
B = {x / x é um número natural menor que 5} = {0, 1, 2, 3,
4}

Vamos agora observar alguns conceitos importantes sobre a teoria dos conjuntos

 ! c
Um elemento pode pertencer ou não a um conjunto dado. Por isso, dizemos que
um elemento pertence ou não pertence a um conjunto. Essas afirmações são
representadas pelos seguintes símbolos:

(pertence)
$ (não pertence)

Exemplo
Seja o conjunto A = {a, b, c, d}

Então

   c c
c!"c
Existem 3 (três) maneiras de se representar conjuntos.
a)c Por extensão: consiste em enumerar os elementos que o constituem

Exemplo1 = {1, 2, 3, 4}

3
Exemplo2 = {a, e, i, o, u}

b)c Por propriedade: consiste em determinar uma ou várias propriedades que todos os
elementos do conjunto possuam, e somente eles.
Considerando os conjuntos acima,

Exemplo1 = {x / x N e 0 x 5}
Exemplo2 = {x / x são as vogais do alfabeto}

c)c Diagrama de Venn: é a representação numa região plana, limitada por uma linha
curva fechada.

Seja o conjunto S = {a, b, c}

a b

c
S

!"c #c

É o conjunto que não possui elemento


Exemplo: conjunto dos números naturais maiores do que 5 e menores do que 6
Chamando este conjunto de conjunto A, temos,

A = ˜ (esta é a representação de um conjunto vazio)

c
c
 c$ "%c

Considere os conjuntos
A = {2, 3}
B = {1, 2, 3, 4}

&c
1c 4

ccccccccccccccccccccc
2
3

4
Observe que todos os elementos de A pertencem a B. Então, A é um
subconjunto de B. Pode-se também dizer que B contém A, ou que A está contido em B.
Simbolicamente:

cc
ccc&c ou &c c c

Considerando agora os conjuntos:


C = { 1, 2, 3}
D = {2, 3, 4}

Percebe-se que nem todos os elementos do conjunto C pertencem ao conjunto D.


então, C    de D. Assim, C não está contido em D, ou D não contém C.
Simbolicamente:

Ccc8cDc ou Dcc ccCc

  c 
c "c

ë c
c   c
Chamaremos de união de dois conjuntos A e B, ao conjunto resultante C,
formado pelos elementos que pertencem a A e B.

Exemplo: sejam os conjuntos


A = {a, b, c}
B = {c, d, e}
Assim, se chamarmos de C o conjunto formado pela união de A e B, temos:
C = A ó B = {a, b, c, d, e}

Símbolo de união de conjuntos

5
Propriedades da união de conjuntos:
fc a  

c   
: AóB=BóA

fc a  

c   
: (A ó B) ó C = A ó (B ó C)

  c c "c

Chamaremos de interseção de dois conjuntos A e B, ao conjunto resultante D,


formado pelos elementos que pertencem tanto a A como a B. Simbolicamente:

D=A B

Exemplo:
sejam os conjuntos A = {1, 2, 3}
B = {2, 3, 4}
Chamando de D a interseção dos dois conjuntos, temos:
D = A  B = {2, 3}

Símbolo de interseção de conjuntos

Propriedades da interseção de conjuntos:


fc Propriedade Comutativa: AB=BA

fc Propriedade associativa: (A 6B)  C = A  (B  C)

Exemplos:
Sejam os conjuntos
A = {a, b, c}
B = {b, c, d}
C = {c, d, e}
Verificar se (A  B)  C = A  (B  C)

6
Primeiro vamos examinar o lado esquerdo da igualdade
(A 6B)  C = ({a, b, c}  {b, c, d})  {c, d, e} =
= ({b, c}) 6{c, d, e} =
= {c}

Agora, vejamos se o lado direito da igualdade confere com a resposta obtida


A  (B C) = {a, b, c}  ${b, c, d}  {c, d, e}%c'c
c c c 'c{a, b, c}  ({c, d}) =
= {c}

Portanto, a igualdade é verdadeira, o que comprova a propriedade associativa da


interseção de conjuntos.

( c cc "c

Chamaremos de diferença de dois conjuntos A e B, dados numa certa ordem, a


um novo conjunto formado pelos elementos que pertencem ao primeiro conjunto (A), e
não pertencem ao segundo conjunto (B). Se a ordem dada for A e B, indica-se a
diferença por A ± B. Se a ordem dada for B e A, indica-se a diferença por B ± A .

Exemplo:
Sejam os conjuntos A = {a, b, c}
B = {b, c, d, e}
Então,
A ± B = {a}, pois somente o elemento  pertence ao conjunto A e
não pertence ao conjunto B.

!"c 

 c

Chamaremos de conjunto complementar de B em relação a A, a diferença A ± B,


quando B
A . Indica-se da seguinte forma:

CBA = {x / x 6B e x 6 }

7
exemplo:
A = {a, b, c, d}
B = {b, c}
Como B
A,

CBA = A ± B = {a, d}

8

c c

Observe a reta numerada

... -4 -3 -2 -1 0 ½ 1 2 3 4 ...

Na reta acima representada, temos a presença de vários subconjuntos numéricos.

Õc Conjunto dos números naturais


N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6...}

Õc Conjunto dos números inteiros


Z = {...-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4...}

Õc Conjunto dos números racionais


Q = {...-2, ..., -3/2, ..., -1, ..., -1/2, ...0, ..., 1/3, ..., 1...}

Ou seja, Q = {a/b / a e b Z, b  0}

*todo número racional pode ser expresso por uma forma decimal finita ou
periódica
½ = 0.5 ;
1/3 = 0.33333... (dízima periódica)

Õc Conjunto dos números irracionais

Ü ,ü 3 , Ü ,ü 2 , Ü , 2 , Ü , 3 , Ü , 5 , Ü

*Irracional é um número cuja expressão decimal é composta de um número


infinito de algarismos decimais e não é periódica
2  1.414213 Ü

3  1.7320 Ü

9
Õc Conjunto dos números reais
É a reunião dos conjuntos de números racionais e irracionais.
Q ó irracionais = R
Assim, N
Z
Q
R

R R
Q
Números
racionais Números
Z E irracionais
N

10
 c ) c

Verifica-se facilmente que:


(2 + 3)2  22 + 32 (a + b)2  a2 + b2

(5 - 4)2  52 - 42 (a - b)2  a2 - b2

(3 + 1)3  33 + 13 (a + b)3  a3 + b3

(4 - 3)3  43 - 33 (a - b)3  a3 - b3

Surgem, então, certas igualdades, de uso frequente no cálculo algébrico, e que


são chamadas   . Os principais são:

1.c Quadrado da soma de dois termos


Seja (a + b)2
Temos então, (a + b)
(a + b)
a2 + ab
ab + b2
a2 + 2ab + b2

*O quadrado da soma de dois termos é igual ao quadrado do primeiro, mais


duas vezes o produto do primeiro pelo segundo, mais o quadrado do segundo

2.c Quadrado da diferença de dois termos


Seja (a ± b)2
Temos então, (a ± b)
(a ± b)
a2 ± ab
± ab + b2
a2 ± 2 ab + b2

*O quadrado da diferença de dois termos é igual ao quadrado do primeiro,


menos duas vezes o produto do primeiro pelo segundo, mais o quadrado do
segundo

11
3.c Produto da soma de dois termos pela sua diferença
Seja (a + b) . (a ± b)
Temos, (a + b)
(a ± b)
a2 + ab
± ab ± b2
a2 ± b2

*O produto da soma de dois termos pela sua diferença é igual ao quadrado do


primeiro termo menos o quadrado do segundo.

Existem ainda:
4.c Cubo da soma de dois termos
(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3

5.c Cubo da diferença de dois termos


(a ± b) 3 = a3 ± 3a2b + 3ab2 ± b3

exercícios
a)c (x + 5)2
b)c (2x ± 1)2
c)c (3- x)2
d)c (x + 5) . (x - 5)
e)c (3x + 4) . (3x ± 4)

12
 cc c

cc 
 c* c
Uma equação do primeiro grau é toda equação colocada na forma

bx + c = 0

Onde, b R, c R, b ” 0

b e c são chamados coeficientes da equação do primeiro grau

cc *c c


Uma equação do segundo grau, numa variável, é toda equação equivalente à
forma padrão:

ax2 + bx + c = 0

Onde a, b, c são coeficientes da equação e, a R, b R, c 6R e a ” 0

* o coeficiente  não pode ser igual a zero, porque a equação se reduziria à equação do
primeiro grau, vista anteriormente.

Equações completas e incompletas


Õc Uma equação do 2 Grau é chamada  
 quando seus coeficientes a, b, c são
diferentes de zero.

Ex.: 2x2 ± 3x + 1 = 0 a = 2, b = -3, c = 1


y2 ± 4y ± 2 = 0 a = 1, b = -4, c = -2
-5t2 + 2t + 3 = 0 a = -5, b = 2, c = 3

Õc Uma equação do 2 Grau é chamada   


 quando pelo menos um dos
coeficientes b ou c for nulo.
Ex.: x2 ± 1 = 0 a = 1, b = 0, c = -1
2
x + 2x = 0 a = 1, b = 2, c = 0
2
x =0 a = 1, b = 0, c = 0

13
c c  ccc cc

A forma de resolução de uma equação do 2 Grau dependerá da mesma ser


completa ou incompleta. Para equações incompletas, a resolução se resume a operações
algébricas simples, enquanto para equações completas, será necessária a introdução de
um novo elemento: a fórmula de Báscara.
Vamos, primeiro, examinar a resolução de equações incompletas.

 c 
 cc

1 caso: ax2 = 0 b = 0, c = 0
c c cc
c c c
  c
x2 = 0 / a
x2 = 0
x=0

2 caso: ax2 + bx = 0 c=0


c   cc
c c c
 c
c

   c
x (ax + b) = 0
c   
c
c c  c
c c


ccc
cc
c c c
 c  c
c

c
  cc c c
cc
c
c c

cc c
 c c c
ca   c
x=0 ( solução 1)
c
c
ax + b = 0
c  cc
c c

x = -b / a (solução 2)

3 Caso: ax2 + c = 0 b=0


 cc
c c c
  c
x2 = -c / a
c
  c c  c c c c c c
 c

ü


14
exemplo: 2x2 ± 8 = 0
x2 = 8 / 2 = 4
x= 2

 c 
 cc

Õc Resolução por fórmula


Estudaremos a resolução das equações completas, utilizando a fórmula
resolutiva ou fórmula de Báscara, observando que a resolução das equações completas é
feita no conjunto Universo dos números Reais.
Seja a equação: ax2 + bx + c = 0 (a, b, c  0)
  c c cc
 c
 c c
c
ax2 + bx = - c
   c c c
c cc cc c
2
c c 4a . ax + 4a . bx = - 4 a c
4 a2 x2 + 4 a b x = - 4 a c
r cc cc
 c c
c
4 a2 x2 + 4 a b x + b2 = b2 ± 4 a c
c c   c c

c c
c c  
 c
 c c 
c c  c   c  c 

c 
c 
c
 c c

 
c cc c cccr c c
  c
(2 a x + b)2 = b2 ± 4 a c
c    c c  c c c c
c
2ax+b= Ù b2 ± 4 a c
c  c c c
 c

ü  2 ü 4

2

A expressão (b2 ± 4 a c) é chamada discriminante da equação, sendo usualmente


representada pela letra grega _ (delta). Dependendo do valor de _ð6 temos 3 casos a
considerar:
Õc 1 Caso: _660

15
De acordo com a fórmula, existem 2 valores distintos para a variável x, podendo
ser representados por x¶ e x¶¶.

 _

2?

ü _ üü _
' e ''
2 2

Õc 2 Caso: _=0

Neste caso,

_  0 0

Então,

 0 
 
2? 2?

Assim, a equação tem uma única raiz, sendo comum dizer que a equação
tem duas raízes iguais, ou seja, x¶= x¶¶

3 Caso _<0

Neste caso, não existe em o valor para a raiz quadrada de _6(raiz quadrada de
um número negativo). Portanto:
Solução = 5 (costuma-se dizer que as raízes são complexas ou imaginárias)

Õc Resolução por fatoração


Em alguns casos, é possível resolver a equação do segundo grau por fatoração.
Quando o coeficiente de x é igual a 1 (a = 1), é possível fatorar o primeiro membro,
transformando a equação em um produto de 2 equações simples. Para isso, é preciso

16
achar 2 números cuja soma seja igual ao coeficiente b e o produto seja igual ao
coeficiente c.
Ex.: seja a função x2 + 5x + 6 = 0
Temos que b = 5 e c = 6
Os dois números cuja soma é igual a 5 e o produto é igual a 6 são 2 e 3
(2 + 3 = 5, e 2 . 3 = 6)
assim, a equação é equivalente ao produto das equações de 1 grau:
(x + 2) . (x + 3) = 0
 : x+2=0
x = -2

 : x+3=0
x = -3

exemplo 2: simplifique a seguinte equação


2  7  12
0
4

para simplificar a equação, vamos nos ater ao membro de cima do quociente, que
representa uma equação do 2 grau.
Encontrando dois números cuja soma seja igual a b e o produto seja igual a c,
encontramos os valores ±3 e ±4. Assim, toda a equação x2 ±7x + 12 pode ser substituída
pelo produto (x ± 3) . (x - 4)
Substituindo na expressão,
z ü 3 z ü 4
0
ü4

Simplificando o termo (x ± 4) na equação, encontramos,


(x ± 3) = 0
x=3

17
exercícios
encontre as raízes das seguintes equações do 2 grau
a)c x2 ± 3x + 2 = 0
b)c x2 ± 5x + 4 = 0
c)c x2 ± 7x = 0
d)c x2 ± 9 = 0
e)c x2 ± 6x + 8 = 0

  cc *c c

Chama-se inequação do segundo grau com uma variável toda inequação na


forma ax2 + bx + c > 0 ou ax2 + bx + c < 0 ou ax2 + bx + c ‰ 0 ou ax2 + bx + c 0, com
a0
Resolver uma inequação do segundo grau consiste em determinar o seu conjunto
solução, ou seja, o conjunto dos valores da variável x para os quais a equação é positivo
ou negativo.

_>0
Quando,

Teremos duas raízes e devemos fazer a regra de sinal na reta numerada:

ccccccc
 c c
c ccccccccccccccc c    c
c ccccccccccccc
 c c
c ccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc
Raiz 1 Raiz 2

_=0
Quando,

Teremos duas raízes iguais. Colocando na reta numerada,

ccccccccccccc 
 c c
c ccccccccccccccccccccccccccccccccc
 c  c
c cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc c
Raiz 1 = Raiz 2

18
_<0
Quando,

Não teremos raízes. Colocando na reta numerada,

ccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc 
 c c
c ccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc ccccccccccccccccccccc c

Exemplos:
Resolver a inequação x2 ± 3x + 2 > 0
(significa determinar valores para x que tornem a equação positiva, ou seja, maior do
que zero)
igualando a expressão a zero
x2 ± 3x + 2 = 0
achando as raízes,

  2  4?  ( 3) ( 3) 2  4  1  2 3 1
  
2? 2 2

x1 = 2
x2 = 1
colocando na reta as raízes:
ccccccccccccccccccccc ccccccccccccccc cccccccccccccccccccccc ccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc c
1 2

portanto, a solução é o conjunto de números menores do que 1 e maiores do que 2, ou


de outra forma
{x R / x < 1 ou x > 2}

exemplo:
resolver a inequação x2 ± 5 x + 8 < 0
(significa determinar para que valores de x a expressão x2 ± 5 x + 8 é negativa)

19
 ( 5) ( 5) 2  4  1  8 5 7
 
2 2

note que _ < 0 (_ = - 7)


então a equação não tem raízes. Colocando na reta numerada,
ccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc c

como toda reta fornece um valor positivo, a solução é o conjunto vazio, pois nenhum
intervalo fornece valores que tornem a equação menor do que zero.

Exercícios:
Resolva as seguintes inequações do segundo grau:
a)c x2 ± 2 x ± 8 < 0
b)c x2 ± 10 x + 25 > 0
c)c 9 x2 ± 8 x ± 1 > 0
d)c ± x2 ± 9 x ± 14 > 0

20

 c
c   c  ! c
A geometria analítica tem por objeto o estudo das propriedades das figuras
geométricas através da análise algébrica. Assim, a geometria analítica faz uma síntese
perfeita entre a álgebra e a geometria.
Toda figura geométrica pode ser considerada como um conjunto de pontos. E
para traduzirmos em linguagem algébrica as propriedades de uma figura geométrica,
utiliza-se uma associação de pontos e números. Esta associação é obtida mediante um
sistema de coordenadas, chamadas coordenadas cartesianas.

cc!  c
Já conhecemos a reta numerada, onde se fixou:
a)c um ponto 0, a origem
b)c um sentido positivo de percurso
c)c uma unidade de medida ( )

c +
ccc ... -4 -3 -2 -1 0 ½ 1 2 3 4 ...

pode-se então estabelecer um sistema de referência que permita localizar um


ponto no plano. Considerando 2 retas perpendiculares entre si, sobre as quais são
marcados os números reais:
y
2

... -4 -3 -2 -1 0½ 1 2 3 4 ... x
-1

-2

Além disso, deve-se obter as seguintes convenções:


a)c Essas retas, ortogonais do sistema, depois de receberem numeração e sentido de
contagem, passam a denominar-se eixos.

21
b)c A unidade geométrica escolhida para representar as unidades algébricas é arbitrária.
c)c A interseção dos eixos é a origem da contagem dos dois eixos.
d)c O eixo horizontal é chamado eixo das abscissas, e recebe a numeração real positiva
à direita da origem, e negativa à sua esquerda
e)c O eixo vertical é chamado eixo das ordenadas, e recebe a numeração real positiva
para cima da origem, e negativa para baixo da origem.
f)c Os dois eixos cartesianos, supondo-se que sejam infinitos em todas as direções,
determinam o plano cartesiano.
g)c No plano cartesiano, qualquer ponto pode ser determinado univocamente por duas
coordenadas. (univocamente significa que duas determinadas coordenadas
determinam um e um único ponto). Portanto, a todo ponto P do plano cartesiano
podemos associar uma abscissa x (escrita em primeiro lugar) e uma ordenada y
(escrita em segundo lugar); simbolizamos tal fato por P(x, y). as coordenadas da
origem são representadas por (0, 0).

+ c  ccc

1 caso: os pontos possuem coordenada x ou y igual.


Considere o seguinte gráfico

y
&
3 .
2
1
0 1 2 3 4 5 x
-1
!
-2

sejam A(5, 3)
B(2, 3)
C(5, -2)
Os pontos A e B tem a mesma ordenada e se encontram na mesma paralela ao eixo x.

22
Os pontos A e C tem a mesma abscissa e se encontram na mesma paralela ao eixo y.
Agora, verifiquemos a distância entre os pontos B e A, e entre A e C.
Sem muita dificuldade, percebe-se que a distância entre B(2, 3) e A(5, 3) é igual a 3
unidades, ou seja:
d (B, A) =  5 - 2= 3

A distância entre dois pontos cujas ordenadas são iguais é dada p elo valor absoluto
ou módulo da diferença entre as suas abscissas.

Simbolicamente:

c$ ,c&%c'c   cc&'c_ c

Analogamente:
A distância entre A(5, 3) e C(5, -2) é igual a 5 unidades, ou seja:
d (A, C) =  3 ± (-2)= 5
logo:

A distância entre dois pontos cujas abscissas são iguais é dada pelo valor absoluto ou
módulo da diferença entre suas ordenadas.

simbolicamente:

c$ ,c!%c'c  Õ ccÕ&'c_Õc

2 caso:
consideremos os pontos A(xA, yA) e B(xB, yB) nesta construção gráfica:

yB B

yA A C

xA xB

23
observe que ligando os pontos A, B e C encontramos um triângulo retângulo ABC. A
distância entre A e B representa a hipotenusa deste triângulo. Aplicando o teorema de
Pitágoras:
 2  ?
1 2  ?
 2 2

d(A, B) = _x2 + _y2

( , )  _ 2 _Õ 2

Exemplos:
Calcule a distância entre os pontos A(5, 7) e B(1, 4)
Resolução:
_ x2 = (5 ± 1)2 = 16
_ y2 = (7 ± 4)2 = 9

( ,  )  16  9  5

exercícios:
determine a distância entre os pares de pontos seguintes:
a)c (0, 0) e (7, 0)
b)c (7, 2) e (4, 2)
c)c (-2, 4) e (2, -4)
d)c (-7, 6) e (2, 3)

24
c c
c +*ccc   c

Consideremos um triângulo de vértices A(x1, y1), B(x2, y2) e C(x3, y3)

y3 C

y2 B

y1 A

x1 x3 x2
M N P

Pela análise da figura podemos escrever:

Área (ABC) = Área (ACNM) + Área (BCNP) ± Área (ABPM)

As figuras ACNM, BCNP e ABPM são trapézios cujas áreas são calculadas
através da fórmula:
Área de trapézio = 1 / 2 (base maior + base menor) . altura
Então:
Área (ACNM) = 1 / 2 (y1 + y3) . (x3 ± x1) = 1 / 2 (x3 y1 + x3 y3 ± x1 y1 ± x1 y3)
Área (BCNP) = 1 / 2 (y2 + y3) . (x2 ± x3) = 1 / 2 (x2 y2 + x2 y3 ± x3 y2 ± x3 y3 )
Área (ABPM) = 1 / 2 (y1 + y2) . (x2 - x1) = 1 / 2 (x2 y1 + x2 y2 ± x1 y1 ± x1 y2 )

Efetuando as operações e reduzindo os termos semelhantes, temos como


resultado:
Área (ABC) = 1 / 2 (x1 y2 + x2 y3 + x3 y1 - x2 y1 - x3 y2 ± x1 y3)
Esta área pode ser representada pela regra prática:

1 1 2 3 1
r  o
2 Õ1 Õ 2 Õ 3 Õ 1

25
Exemplo:
Determine a área do triângulo cujos vértices são os pontos A(3, 4), B(-5, 6), C(-8, -5)
1 3ü 5ü 83 1
r o  o 3 o 6 zü 5 o zü 5 zü 8 o 4 ü 4 o zü 5 ü 6 o zü 8 ü zü 5 o 3 47
2 4 6 ü 54 2

!c c-
c c !cc

Para que 3 pontos estejam alinhados, basta que a área do triângulo, cujos vértices
são estes 3 pontos seja nula. Nesse caso, os 3 pontos são chamados   .
Portanto, dados 3 pontos A(x1, y1 ), B(x2, y2 ), C(x3, y3), estes pontos estarão
alinhados se:

1 2 3 1
0
Õ1 Õ 2 Õ 3 Õ1

exemplo: verifique se os pontos A(1, 2), B(6, 12), C(7, 14) estão alinhados

1 6 7 1
 12 84 14 ü 12 ü 84 ü 14  0
2 12 14 2
A área do triângulo é nula; portanto, os 3 pontos são colineares.

Exercícios:
Verifique se os pontos estão alinhados
a)c (1, 2), (3, 6), (4, 8)
b)c (0, 0), (4, 4), (8, 8)
c)c (3, 0), (2, 5), (4, 6)
c
c . cc c

y1 M
r
y2 N

x1 x2

26
tomemos na reta r dois pontos distintos M(x1, y1) e N(x2, y2), de coordenadas
conhecidas. Consideremos P(x, y) um ponto genérico de r. aplicando a condição de
alinhamento de três pontos a M, N e P:

1 2
0
Õ Õ1 Õ 2 Õ

x y1 + x1 y2 + x2 y ± x1 y ± x2 y1 ± x y2 = 0
(y1 - y2) x + (x2 - x1) y + (x1 y2 - x2 y1) = 0
a b c
substituindo:
cc/ccÕc/c c'c0c

Esta é a equação geral de uma reta r. Os valores a, b, c são números reais, sendo
a”0 ou b”0. Trata-se de uma equação do primeiro grau com duas variáveis.

Exemplo: determine a equação da reta que passa pelos pontos A(4, 6) e B(1, 2) e, em
seguida, verifique se os pontos P(1, 2) e Q(-2, 3) pertencem a esta reta.

Como A e B devem ser colineares, temos:


4 1
 0
Õ 6 2 Õ

6 x + 8 + y ± 4 y ±6 ±2 x = 0
4x±3y+2=0

agora vamos verificar se os pontos pertencem à reta:


P(1, 2)
Substituindo x por 1 e y por 2 na equação resulta:
4 (1) ± 3(2) + 2 = 0
Como a equação confirmou a igualdade a zero, P r

Q(-2, 3)
Substituindo x por (-2) e y por 3 na equação:

27
4 (-2) ±3 (3) + 2 =-15
Como a equação não mais se iguala a zero, o ponto não pertence à reta Q$r

Exercícios:
1. Determine a equação da reta que passa pelos seguintes pontos
a)c (2, 3) e (1, 4)
b)c (5, 0) e (-3, 2)

2. Verifique se os pontos P(3, 2), Q(2, 3) e R(6, 4) pertencem à reta da equação


2x ± 3y = 0

Interseção de Duas Retas


Duas retas são concorrentes quando se cruzam em um ponto chamado ponto de
interseção. Para encontrar esse ponto, devemos resolver o sistema formado pelas
equações das duas retas. Os valores de x e de y encontrados na resolução desse sistema,
são as coordenadas do ponto de interseção.

Exemplo:
Determine o ponto de interseção das retas r e s, cujas equações são:
R: x + 4 y ± 12 = 0
S: x ± y ± 2 = 0

Resolução: fazendo r ± s no sistema formado pelas duas equações, temos

x + 4 y ± 12 = 0
- (x ± y ± 2) = 0
0 + 5y ± 10 = 0
5 y = 10  Õc'c
substituindo este valor de y em qualquer uma das equações, encontramos o valor de x:
x±y±2=0
x ± 2 ± 2 = 0  c'c1
portanto, o ponto de interseção é (x, y) = (4, 2)

28
Exercícios:
Determine o ponto de interseção dos seguintes pares de retas:
a)c 5 x + 7 y = 17 e 3 x + 4 y ± 10 = 0
b)c 2 x + 3 y = 0 e 3x±5y+1=0
c)c x + y ± 5 = 0 e x ± y ± 1 = 0

) cc! (   c * c c


c c
Declive ou coeficiente angular de uma reta é o nome dado à tangente
trigonométrica do ângulo que esta reta forma com o sentido positivo do eixo das
abscissas. É representado por:
m = tg O,

onde m é o declive e O é o ângulo da reta considerada. Este ângulo recebe o nome de


inclinação da reta

y2 B

y1 A O

x1 x2

Há 3 maneiras de se determinar o coeficiente angular de uma reta:

1.Conhecendo-se o ângulo

m = tg O  O = arc tg m

2. Conhecendo-se dois pontos (x1, y1) e (x2, y2 )

29

  Õ ü Õ1
    2

 

2 ü 1

3. Conhecendo-se a equação ax + by + c = 0
então, m=-a/b

exemplo: o declive que passa pelos pontos (3, 2) e (7, 5) é:


Õ 2 ü Õ1 5 ü 2 3
  
2 ü 1 7 ü 3 4

Exercícios:
Determine o coeficiente angular da reta que passa pelos pontos:
a)c (-2, 2) e (3, -3)
b)c (-5, -4) e (2, -3)

determine o coeficiente angular da reta dada pela equação:


a)c 2 x ± 4 y + 12 = 0
b)c 2 x + 3y ± 23 = 0

c c
c ,cc
ccc c c ) c
Seja P(x1, y1) um ponto dado da reta r: ax + by + c = 0. Se P6 r, então ax1 + by1 + c = 0.
Subtraindo membro a membro as duas equações, temos:
ax + by + c = 0
ax1 + by1 + c = 0
ax ± ax1 + by - by1 = 0

 a(x ± x1) + b(y ± y1) = 0

30
 y ± y1 = - a / b (x ± x1), com b” 0
 cc cccc c

Õc2cÕc'c
c$c2c%c

exemplo: escreva a equação da reta que passa pelo ponto (5, 3) e cujo declive é 4

substituindo na fórmula x1 por 5, y1 por 3 e m por 4:


y ± 3 = 4 (x - 5)
y ± 3 = 4 x ± 20
4 x ± y ± 17 = 0 ou y = 4x ± 17

Exercícios:
Dados um ponto e o declive, ache a equação da reta correspondente
a)c (4, -2), m = 3
b)c (-6, 2), m = 1

31
c . cc! ( ! c
É o lugar geométrico dos pontos de um plano que estão a uma distância dada
( r ) de um ponto dado ( C ).
Dada a figura,

y P(x, y)
y-b r
C(a, b) M
b M

a x

x-a

Sejam C (a, b) o centro da circunferência


CP = r = raio
P (x, y) um ponto genérico da circunferência
Aplicando o Teorema de Pitágoras ao triângulo CPM, obtemos:

CM2 + PM2 = CP2, ou

$c2c%c/c$Õcc%c'c c cc  ( ! 

Desenvolvendo a equação, obtemos:


x2 + y2 ± 2 a x ± 2 b y + a2 + b2 ± r2 = 0

ou
c/cÕc2cccc2cccÕc/c c'c0c c'cc/cc2c c
onde

32
exemplo:
Escreva a equação da circunferência de raio 6 e cujo centro é o ponto (3, 4)
Como o ponto central é (3, 4),
a=3
b=4
r=6

Substituindo estes valores na equação da circunferência,

x2 + y2 ± 2 . 3 . x ± 2 . 4 . y + 32 + 42 ± 62 = 0

x2 + y2 ± 6. x ± 8 y + 9 + 16 ± 36 = 0

x2 + y2 ± 6 x ± 8 y - 11= 0

exemplo 2: encontre o centro e o raio da circunferência definida pela equação


x2 + y2 ± 4 x + 8 y ± 5 = 0

comparando a equação dada com a equação da circunferência, temos:


x2 + y2 ± 2 a x ± 2 b y + c = 0
x2 + y2 ± 4 x +8y ±5=0

podemos concluir que -2a=-4  a=2


-2b=8  b = -4
c = -5
como c = a2 + b2 ± r2
-5 = 22 + (-4)2 ± r2
r2 = 4 + 5 + 16 = 25
r=5
então, o centro é o ponto (a, b) = (2, -4) e o raio é igual a 5

33
Exercícios:
Escreva a equação das circunferências de centro C e raio r nos seguintes casos:
a)c C (1, 2) e r = 3
b)c C (-2, 4) e r = 5
c)c C (-5, 0) e r = 5

Determine o centro e o raio das circunferências definidas pelas equações:


a)c x2 + y2 ± 2 x + 4 y + 1 = 0
b)c x2 + y2 ± 2 x ± 4 y ± 4 = 0
c)c 2 x2 + 2 y2 ± 4 x ± 4 y + 1 = 0 (dica: divida toda a equação por 2)

34
 c  ! c

 c& c


Constantemente em nossas vidas, deparamo-nos com conjuntos de pares ordenados. Por
exemplo. Veja esta tabela, que representa as vendas de uma agência de automóveis,
durante o primeiro trimestre:

Mês janeiro Fevereiro Março


Vendas 30 21 36

Observa-se facilmente que existe uma relação entre mês e número de carros vendidos.
Colocando na forma de pares ordenados:
(jan, 30), (fev., 21), (mar., 36)

 c!  c

Sejam os conjuntos A = {0, 2}


B = {1, 3, 5}

Para formar o conjunto de pares ordenados, faz-se o cruzamento entre os 2 conjuntos.


Convencionando o 1 elemento como pertencente ao conjunto A e o 2 elemento ao
conjunto B:

A X B = {(0, 1), (0, 3), (0, 5), (2, 1), (2, 3), (2, 5)}

Definição de Relação Binária: dados dois conjuntos A e B, dizemos que um conjunto R


é relação de A em B, se R é um subconjunto de A x B.

R é relação de A em B  R
A x B

35
Exemplo:
Seja A = {1, 2}
B = {2, 3, 4}
R = {(1, 2), (1, 4), (2, 3)}
Determine se R é uma relação binária de A em B
c
c c 
 c

 cc  c 
 c
cc cc!
c

 c
c"cc
ccc cc

A x B = {(1, 2), (1, 3), (1, 4), (2, 2), (2, 3), (2, 4)}

  "cc
ccc cc   c
c"cc c
c   c
cc
c c
c "


 c c
  c

A B
1 2

2 4

 c c !  c
Há um tipo particular de relação, conhecido por função ou aplicação. Ocorrem
muitos casos na prática, onde o valor de uma quantidade depende do valor de outra.
Assim, o salário de uma pessoa pode depender do número de horas trabalhadas ou do
número de unidades produzidas; o número de unidades de certo produto demandadas
pelos consumidores pode depender de seu preço, etc. Uma relação de tais quantidades é
muitas vezes definida por meio de uma função. Aqui temos a aplicação direta do
conceito de conjuntos, visto anteriormente, onde tais conjuntos se relacionam de acordo
com determinada taxa ou intensidade.
Definição: dados 2 conjuntos A e B não-vazios e uma relação f de A em B, dizemos que
f é uma função ou aplicação se, e somente se, para todo x A está associado um único
elemento y B, tal que (x, y) f.

36
Exemplos:
A f B
1 4
cc c cc c c c ccc
c   c c
2 5 #  cÕc cc

3 6

A g B
2 5
4
c c c  c c
c  c c c c c
c   c  cccccc
6
6 Õc cc
9 7

A 2 h 4 B
4 3 cc cc c c c cccc
c   c c#  ccc
2
5 1 Õc ccc c   c
c
 c c


c
cc
c
6 7 
   c
cc

A l B
3 2 l não é função pois para todo x A deve estar associado
5 um único y B
2
6

notação de uma função: y = f (x)

 )cc

Uma variável x encontra-se pode se encontrar em um determinado intervalo de


números, o qual pode ser aberto ou fechado.
No intervalo aberto, estão incluídos todos os números pertencentes ao intervalo,
menos os pontos extremos. A representação de um intervalo aberto é feita através de
parênteses ou pelos símbolos ³  c
$c ()ou ³
 c
$ ( ). Se a representação

37
for feita em uma reta numerada ou gráfico, os extremos do intervalo devem ser
marcados por um círculo sem preenchimento (bola aberta)

Ex. {x N / 5 x 10} então, x está no intervalo


(6, 7, 8, 9)

No intervalo fechado, os extremos do intervalo também podem representar os


valores da variável. A representação é feita através de colchetes, ou pelos símbolos
'  cc $(I) ou '
 cc $(`). Se a representação for feita em uma reta
numerada ou gráfico, os extremos do intervalo devem ser marcados por um círculo
preenchido (bola fechada)

Ex.: considerando o mesmo intervalo acima, temos


{x N / 5` x ` 10} . então x pode ser representado da seguinte forma
[6, 7, 8, 9]

*repare que um intervalo pode ser aberto à esquerda e fechado à direita, ou


fechado à esquerda e aberto à direita.


.,c! 
.c c
*
c c
cc

Seja uma função de A em B.


Õc Domínio: é o conjunto, representado por D (f), dos elementos x A para os quais
existe y B, de modo que (x, y) f. D (f) = A
Õc Contradomínio: são todos os elementos do conjunto B, representado por C (f). C (f)
=B
Õc Imagem: é o conjunto Im (f) dos elementos y B para os quais exista x A, de
modo que (x, y) f. A imagem é um subconjunto de B. Im (f)
B

Exemplo:

38
Dados A = {2, 3, 4}
B = {4, 5, 6, 7, 8}
f (x) = x + 2
determinar o domínio, contradomínio e imagem
c  cc

c
cc   c c cc c
 c
f (2) = 2 + 2 = 4
f (3) = 3 + 2 = 5
f (4) = 4 + 2 = 6, então:
D (f) = A = {2, 3, 4}
C (f) = B = {4, 5, 6, 7, 8}
Im (f) ={4, 5, 6}

A = domínio 7 B = contradomínio
4
2
5
3 8
6
4

Imagem

Exercício: Verifique se os gráficos abaixo representam gráficos de funções. O eixo


vertical corresponde ao eixo y e o horizontal ao eixo x.

39
c
c
c c c
Õc Função injetora
Uma função f definida de A em B é injetora se cada elemento de B (imagem), é
imagem de um único elemento de A

A 1 4 B
c
2 5
6
3 7

Õc Função sobrejetora
Uma função f definida de A em B é sobrejetora se todos os elementos de B são
imagens, ou seja: Im(f) = B

A 1 3 B
c
2 5

Õc Função bijetora
Uma função f definida de A em B recebe o nome de bijetora, quando é injetora e
sobrejetora ao mesmo tempo

A 1 3 B
c
2 4

3 5

c) c
Seja f uma função bijetora definida de A em B, com x A e y B, sendo
(x, y) f. Chamaremos de função inversa de f, e indicaremos por f-1, o conjunto dos
pares ordenados (y, x) f-1, com y B e x A

40
Exemplo:
f é definida de em , sendo y = 2 x
a c

 cc  c  c c cÕc
cÕc c c
trocando
y=2x x=2y
y=x/2
Portanto, a função inversa de y = 2 x é f-1 = x / 2

Exercício
Determine a função inversa das equações
a)c y = 5 x ± 2
b)c y = 3 x

 cc c( c

c 
c

! c c %
cc
ccc c c   c
 c cc ccc
  c ccccc
c°c cccc c
cc   c
cc°cccc   c
c cc #
c c c   c

cc c
cc c

 c c   c
cc

Exemplo:
Seja f definida por f (x) = x 1/2 e a função g por g (x) = 2x ± 3.
a)c ache f o g(x), e determine seu domínio
b)c ache g o f (x), e determine seu domínio

Resolução:
f o g(x) = f (g (x)) c  c
c c


c c cc  c cc c c


c
ccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc  cc ccc ccc  cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc

f (g (x)) = f (2 x ± 3)
f (g (x)) = ¥(2 x ± 3)

41
O domínio de g é (- *, + *) e o domínio de f é [0, + *). Assim, o domínio de
f o g é o conjunto dos números reais para atender à exigência 2 x ± 3 ‰ 0, ou seja,
[3 / 2, + *)

c)c g o f (x) = g (f (x))


= g (¥ x ) = 2 (¥ x ) ± 3

Como o domínio de f é [0, + *) e o domínio de g é ( - *, + *), o domínio de g o f é


[0, +*)

Exercício
Dado que f é definida por f (x) = ¥ x e g é definida por g (x) = x2 ± 1. Determine:
a) cccb) c6cc) cccd) cc. Determine também o domínio da função composta.

c  c
Se a imagem da função f consiste de apenas um único número, então f é
chamada de função constante. Assim, se (c $%c'c , e se c é um número real, então f é
uma função constante e sua representação no plano cartesiano é uma reta paralela ao
eixo x.

c
c
Se uma função f está definida por
f(x) = a0 xn + a1 x n-1 + ... + an-1 x + an

onde é um inteiro não negativo, e 0,c,c333,c são números reais (a0  0), então f é
chamada de função polinomial de grau n.

c  c
Se o grau de uma função polinomial for 1, ela é então chamada de função
linear. Partindo da equação geral de funções polinomiais, e substituindo n = 1
f (x) = a0 x1 + a1
c  c c
c c  c 
c 
c 
c  
 c c
 c c  
 c  c   c 
c 
c

 c c c

42
f (x) = m x + b,
c  c
  
cc c
 c  c 
 

c  c c
c 

cÕc c cc

c  c c
Se o grau de uma função polinomial for 2, ela é chamada de função
quadrática.
2 1 0
f(x) = a0 x + a1 x + a2 x
2
f (x) = a0 x + a1 x + a2

c   c
  
c
c  c  c   c c  c   c
c  c 
c 
c 
c
  c

 
ccc c
 c
c
 %
c
c
 c cc
c

c  c
A função linear definida por f(x) = x é chamada função identidade

c  c
É chamada função racional uma função que pode ser expressa como o quociente

3 ü 2 5
 ( ) 
2 ü 9
de duas funções polinomiais. Por exemplo:

c *4  c
Uma função algébrica é aquela formada por um número grande de operações
algébricas, que incluem adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e
radiciação. Ex.:
2

 ( ) 
z 2
ü 3 1
z 4
1

Além destas funções, é importante fazer uma pequena revisão das chamadas
funções transcendentes, ou seja, funções exponenciais e logarítmicas

43
 c    c

 c  c


A definição de potência de um número positivo quando o expoente é um número
racional está definida em álgebra. Em particular, 2x está definido para qualquer valor
racional de x. Por exemplo:
25 = 2 . 2 . 2 . 2 . 2 = 32
20 = 1
2-3 = 1 / 23 = 1 / 8
2

2  3 22  3 4
3

Quando x é um número irracional, as coisas ficam um pouco mais complicadas.


Entretanto. Tal abordagem é mais avançada do que os objetivos do curso. Portanto, tal
hipótese não será trabalhada neste curso.
Vamos agora definir uma função exponencial

Uma função que obedece à lei y = ax, com a , tal que a  0 e a  1, é chamada
função exponencial.

Úc   c
cccc   c c #
c
c
c c 
c
cccc   cc c #
c
c

Vemos, pela definição, que a estará em dois intervalos distintos. No primeiro, a


estará no intervalo aberto (0, 1). No segundo, a estará no intervalo de números maiores
do que 1. Dependendo do valor de a, seu gráfico terá características diferentes. Veja a
tabela abaixo:
Seja a função: y = ax,
c Õc$ cc'c%c Õc$ cc'cc5c%c
... ... ...
-2 2-2 = 1 / 4 (1/2)-2 = 4
-1 2-1 = 1 / 2 (1/2)-1 = 2
0 20 = 1 (1/2)0 = 1
1 21 = 2 (1/2)1 = 1 / 2
2 22 = 4 (1/2)2 = 1 / 4
... ... ...

44
Os gráficos das funções podem ser visualizados abaixo:

a=2 a=1/2

-2 -1 0 1 2 -2 -1 0 1 2

A partir da observação dos gráficos, podemos compreender as seguintes afirmações:

Quando c6c  a função é   , pois à medida que aumentam os valores de x,


também aumentam os valores de y

Quando 0c7cc7c  a função é    , pois à medida que os valores de x


aumentam, os valores de y diminuem

 c  c


Chamamos de equação exponencial a toda equação em que a incógnita figura
como expoente.

Exemplo:
Encontre o valor de x na equação: 2x = 64
Ú


c  c


c

c c
c
 c c 
c 
c  c 
c c  
c c c c c

c
 c   c
c

c c
c  cc #
c&c
c c #
c c c


c  c 
cc
2x = 26

45
 c c  
c c  c c


c   c 
 c 
c  c  c c 
c 
c


 c
   c
x=6

    cc   c


Se a e b são números positivos quaisquer, x e y números reais quaisquer, então:
i.c a . ay = ax+y
x

ii.c ax / ay = ax-y
iii.c (ax)y = axy
iv.c (ab)x = ax . bx
v.c (a / b)x = ax / bx

*as demonstrações das propriedades serão omitidas, por não fazerem parte do contexto
do curso. Por hora, basta conhecer as propriedades

exemplo:
Resolva a equação 9x ± 2 . 3x ± 3 = 0
Resolução:
como 9 = 32,
(32)x ± 2 (3x) ± 3 = 0

2 x

c  

c
c
 c(3 ) = 32x = 3x2 = (3x)2cr c
(3x)2 ± 2 (3x) ± 3 = 0

x


c
c cc
c 3 c c c
 c 
c  cc

c c
 c cc c
 
 c
t2 ± 2t ± 3 = 0
c
 c


c  c
  c c 
c c
 cë  c c  c
c c


ü z 2
ü 4

ü ( ü2 ) zzü 2 2
ü 4.1.(ü3)

2 16

2 4
2 2 2 2
t1 = 3
t2 = -1

  c c  cc 3xc
c

46
3x = 3 e 3 x = -1

  3x = -1 c
c cc c
c
c  c  ccc
   ax = y, 
a  0, a  1
ey0

assim, a solução da equação é


3x = 31  x=1

Exercícios
Encontre o valor de x nas seguintes equações
a)c 2x = 8
b)c 25 x = 125
c)c 32 x = 8
d)c 10x = 0,001
e)c 2x = 1 / 16
f)c 4x + 2x ± 20 = 0
g)c 10 . 2x ± 4x = 16
h)c 2x + 2x+1 + 2x+2 = 14

c   c c


É a função definida por f (x) =
6x
O domínio da função exponencial natural é o conjunto dos números reais e a imagem é
o conjunto dos números reais positivos.

é uma constante e seu valor é 2,718281...

c* .
 c
Definição de logaritmo: consideremos 2 números reais  e , sendo a  0,

a  1 , b  0. Chamaremos de logaritmo de  na base  a um certo número ¼ , se e

somente se,  ao ser elevado a ¼ reproduz . Então:

log a b = ¼  a¼ = b

47
Onde b  logaritmando
a  base

¼  logaritmo
Úc c %
c    c
c

 c c
 c 
cc %
c

 c

exemplo: encontre o valor de ¼ na equação log2 8 = ¼

log2 8 = ¼  2¼ =8
2¼ = 23
¼ =3

Definição de função logarítmica


Uma função que obedece à lei y = loga x, com a tal que a  0, a  1 e
x pertencente aos números reais positivos, é chamada função logarítmica.

Assim como na função exponencial, o valor de a pode pertencer a dois intervalos


distintos
0 a 1 e a  1. Nos dois casos, teremos gráficos com características diferentes,
como podemos ver nos gráficos obtidos da tabela abaixo:

seja a função y = loga x

X y = log2 x (a = 2) y = log1/2 x (a = 1 / 2)
... ... ...
8 log2 8 = 3 log1/2 8 = -3
4 log2 4 = 2 log1/2 x = -2
2 log2 2 = 1 log1/2 x = -1
1 log2 1 = 0 log1/2 x = 0
1/2 log2 1/2 = -1 log1/2 x = 1
... ... ...

48
y y = log 2 x

1 2 3 4 5 6 7 8 x

y y = log ½ x

1 2 3 4 5 6 7 8 x

Com a ajuda dos gráficos, podemos entender as seguintes afirmações:

Quando c6c  a função é   , pois à medida que aumentam os valores de x,


também aumentam os valores de y

Quando 0c7cc7c  a função é    , pois à medida que os valores de x


aumentam, os valores de y diminuem

49
!* 
c
Chama-se cologaritmo de um número b numa base a, ao oposto do logaritmo de
b na base a.

Colog a b = - log a b

Propriedades de logaritmos
Se b  0, b  1, M  0, N  0 e r é um número real qualquer, então:
i.c log b M N = log b M + log b N
ii.c log b M / N = log b M ± log b N
r
iii.c log b M = r . log b M

c* 
c c
Se a base da função logarítmica é o número
definido na seção de funções
exponenciais, esta função é chamada de função logarítmica natural.
Se x é um número positivo qualquer, há exatamente um número real y, tal que x

= ey. Este único número y é o valor da função logarítmica natural em x, que é denotada
por ln x. Logo
y
y = ln x se e somente se x = e

A partir da definição da função logarítmica natural, novas propriedades podem ser


apresentadas:

ln
= 1

ln x = x
ln
x = x
log b x = ln x / ln b
log b
= 1 / ln b

50
Exercícios:
calcule o valor de x
a)c log2 x = 3
b)c log3 x = 1
c)c log2 8 = x
d)c log5 125 = x
e)c log2 2 ¥ 2 = x

51

Você também pode gostar