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Conceito de

Matemática
para Mecânicos
de Aeronaves
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

Curso on-line – Conceitos de Matemática para


Mecânicos de Aeronaves – Brasília: SEST/SENAT,2016.

78 p. :il. – (EaD)

1. Matemática. 2. Matemática - noções. I. Serviço


Social do Transporte. II. Serviço Nacional de
Aprendizagem do Transporte. III. Título.

CDU 51

ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 6

Unidade 1 | Números Inteiros 7

1 Sistema de Numeração 8

1.1 Números Naturais 9

2. Números Inteiros 9

3 Aplicações no Dia a Dia 10

Glossário 11

Atividades 12

Referências 13

Unidade 2 | Números Reais 14

1 Frações Equivalentes 15

2 Números Decimais 16

3 Números Reais 18

4 Potências e Raízes 19

5 Aplicações no Dia a Dia 21

Atividades 24

Referências 25

Unidade 3 | Razões, Proporções e Porcentagens 26

1 Razões 27

2 Proporções 28

3 Porcentagem 28

4 Frações, Decimais e Porcentagem 30

5 Aplicações no Dia a Dia 31

Glossário 32

Referências 33

3
Atividades 34

Unidade 4 | Sistemas de Medidas 35

1 Sistema Internacional de Unidades 36

1.2 Medidas de Comprimento, Área e Volume 36

1.2.1 Medidas de Comprimento 37

1.2.2 Área 38

1.2.3 Volume 39

1.3 Medidas de Massa e de Capacidade 40

1.4 Medidas de Tempo 41

Glossário 43

Atividades 44

Referências 45

Unidade 5 | Álgebra, Gráficos e Tabelas 46

1 Polinômios 47

1.1 Adição e Subtração de Monômios 48

1.2 Operações com Polinômios 49

1.3 Equações do Primeiro e do Segundo Graus 49

1.3.1 Equações do Primeiro Grau 50

1.3.2 Equações do Segundo Grau 50

1.4 Gráficos 51

1.4.1 Gráfico da Função do Primeiro Grau 52

1.5.2 Gráfico da Função do Segundo Grau 53

Atividades 56

Referências 57

Unidade 6 | Geometria 58

1 Figuras Geométricas 59

4
1.1 Sólidos Geométricos e Figuras Planas 59

2 Perímetro 65

2.1 Perímetro de um Polígono 65

2.2 Comprimento da Circunferência 65

3 Cálculo de Áreas: Retângulo, Quadrado, Triângulo e Círculo 66

3.3.1 Retângulo e Quadrado 67

3.3.2 Triângulo 68

3.3.3 Círculo 70

3.4 Cálculo de Volumes: Prisma, Cilindro e Esfera 71

3.5 Princípio de Cavalieri 71

Atividades 75

Referências 76

Gabarito 77

5
Apresentação

Prezado(a) aluno(a),

Seja bem-vindo(a) ao curso Conceitos de Matemática para Mecânicos de Aeronaves!

Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de


cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos,
você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e
ajudar na compreensão do conteúdo.

O curso possui carga horária total de 20 horas e foi organizado em 6 unidades, conforme
a tabela a seguir.

Unidades Carga Horária


Unidade 1 | Números Inteiros 2h
Unidade 2 | Números Reais 2h
Unidade 3 | Razões, Proporções e Porcentagens 4h
Unidade 4 | Sistemas de Medidas 4h
Unidade 5 | Álgebra, Gráficos e Tabelas 4h
Unidade 6 | Geometria 4h

Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:

a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas


“Aulas Interativas”;

b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;

c) responder à “Avaliação de Reação”; e

d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.

Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas,


entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat.org.br.

Bons estudos!

6
UNIDADE 1 | NÚMEROS
INTEIROS

7
Unidade 1 | Números Inteiros
A ideia de número, suas generalizações e aplicações, estão presentes na sociedade
muito mais do que se pode imaginar.

Os números são utilizados para auxiliar ações corriqueiras, como contar quantos
alunos há em uma sala de aula, ou em ações complexas, como salvar vidas em um
hospital e fazer uma aeronave voar.

1 Sistema de Numeração

Atualmente, quase todos os povos do planeta


utilizam o chamado sistema de numeração
decimal. Quando comparado a outros, esse
sistema traz uma enorme vantagem: ele nos
permite representar qualquer número, por
maior ou menor que seja, a partir de apenas dez
algarismos:

A estrutura desse sistema é formada por classes –


unidades, milhares, milhões, bilhões etc. – e estas,
por sua vez, são subdivididas em três ordens: Figura 1: A classe das unidades
unidades (U), dezenas (D) e centenas (C). representada no papel quadriculado

A leitura e a escrita dos números são feitas por classes da direita para a esquerda.

O princípio fundamental desse sistema é que dez unidades de

ee uma ordem qualquer formam uma de ordem imediatamente


superior.

8
Tabela 1: Quadro de classes

bilhões milhões milhares unidade


C D U C D U C D U C D U
3 6 1 5 8 0 9 4 0 0 1

No caso do número colocado na Tabela 1, deve-se ler: trinta e seis bilhões, cento e
cinquenta e oito milhões, noventa e quatro mil e um.

Depois dos bilhões, têm-se ainda as classes trilhões, quatrilhões, quinquilhões etc.

1.1 Números Naturais

Os números usados para contar pessoas, animais, objetos etc. são os chamados
números naturais. A sequência dos números naturais já é conhecida:

O, 1, 2, 3, 4, 5...

Os números naturais também são utilizados com outras finalidades, em códigos, por
exemplo, no código de endereçamento postal (CEP) ou em números de documentos,
como a carteira de motorista, entre outros.

O conjunto dos naturais é representado por (N).

N = {0,1,2,3,4,5,, ...}

2. Números Inteiros

Os números inteiros são constituídos pelos inteiros positivos (números naturais não
nulos), pelo 0 (zero) e ainda pelos inteiros negativos (−1, −2, −3, −4 ...). O conjunto dos
números inteiros costuma ser representado por (Z).

Z = { ... – 4, –2, –1,0,1,2,3,4,5,, ...}

9
3 Aplicações no Dia a Dia

Os números positivos e negativos são muito utilizados em diversas situações para


diferenciar os sentidos de variação de uma grandeza.

Figura 2: Reta numerada dos inteiros


Figura 2 - Reta numerada dos inteiros

Por exemplo, os geógrafos chamam de altitude a distância vertical medida entre


determinado ponto e o nível médio do mar. Os pontos localizados ao nível do mar têm
altitude zero, os localizados acima do nível do mar têm altitudes positivas e os abaixo
do nível mar têm altitudes negativas.

Obs.: a figura a seguir é formada por quadrículas que representam quadrados de 200
m de lado.

Figura 3: Corte transversal de relevo (hipotético)

10
Resumindo

Para facilitar os estudos com números, estes costumam ser classificados de


acordo com certas propriedades consideradas importantes. Nesta unidade,
foi possível aprender sobre os dois primeiros tipos de números, os naturais
e os inteiros, com destaque para certas propriedades, como a posição
relativa dos algarismos e a estrutura do quadro de classes e ordens.

Também foi possível aprender sobre diferentes maneiras de apresentar


esses tipos de números, como sua exibição em forma de conjuntos (N) e (Z)
e suas representações geométricas na reta numerada.

Glossário

Corriqueiras: aquelas que ocorrem com frequência.

Quadrículas: Pequenos quadrados, todos com lado de mesma medida, usados como
auxiliares da visualização de medidas, áreas figuras etc.

11
Atividades

aa
1) Em uma conta bancária, há R$ 350,00. Hoje foi dado um
cheque de R$ 410,00. Como ficou registrado o saldo nesse
banco?

a. ( ) - R$ 60,00.

b. ( ) - R$ 760,00.

c. ( ) R$ 60,00.

d. ( ) R$ 760,00.

2) A seguir, estão as temperaturas mínimas registradas em


algumas cidades em certo dia.

Recife – Brasil +32º C

Toronto – Canadá -4 º C

Cairo – Egito + 25º

Bariloche – Argentina - 2º C

Berna – Suíça - 7º C

Majuro – Ilhas Marshall +18 ºC

Qual das alternativas registra essas temperaturas em ordem


crescente?

a. ( ) Toronto; Berna; Bariloche; Majuro; Cairo; Recife.

b. ( ) Bariloche; Toronto; Berna; Majuro; Cairo; Recife.

c. ( ) Majuro; Cairo; Recife; Berna; Toronto; Bariloche.

d. ( ) Berna; Toronto; Bariloche; Majuro; Cairo; Recife.

12
Referências

GIOVANNI, José Ruy; PARENTE, Eduardo. Aprendendo Matemática: 6º ao 9º anos. São


Paulo: FTD, 2004.

IEZZI, Gelson et al. Matemática: volume único. São Paulo: Atual, 2010.

______. Matemática e Realidade. São Paulo: Atual, 2012.

PARENTE, Eduardo. Caminhar e Transformar – Matemática. São Paulo: FTD, 2013.

SILVEIRA, Ênio. Matemática – Compreensão e Prática. São Paulo: Moderna, 2010.

13
UNIDADE 2 | NÚMEROS REAIS

14
Unidade 2 | Números Reais
Juntos, os números racionais e irracionais vão compor o conjunto dos números reais,
necessários na hora de representar quantidades contínuas, como aqueles presentes
em intervalos de comprimento, massa, volume etc.

1 Frações Equivalentes

Analisa-se a fração representada na Figura 4.

O denominador (12) é um número natural não nulo


que indica em quantas partes iguais a unidade foi
dividida. Já o numerador (7) é um número natural
7
qualquer que indica quantas dessas partes são
12
consideradas. Figura 4: Representação gráfica da
fração sete doze avos
Duas frações que representam a mesma parte de
um inteiro denominam-se frações equivalentes.

Figura 5A: Representação Figura 5B: Equivalência das


prática da equivalência das frações representada pela
frações meio e dois quartos igualdade entre elas

Para obter frações equivalentes a uma fração dada, deve-se

ee multiplicar (ou dividir) o numerador ou o denominador da fração


por um mesmo número diferente de zero.

15
2 Números Decimais

Os números decimais são, na verdade, uma representação especial das frações


decimais, isto é, eles são baseados na ideia de se dividir o inteiro em dez partes, cem
partes, mil partes etc.

1
um décimo = 10 = 0,1

1 1
um centésimo = um milésimo =
100 = 0,01 1000 = 0,001

Figura 6 - Diferentes representações de frações decimais

É possível observar agora as novas ordens formadas a partir dos números decimais:
décimos, centésimos e milésimos.
Tabela 2: Quadro de ordens

Ordens inteiras Ordens decimais


... centena dezena unidade , décimo centésimo milésimo décimo centésimo milionésimo ...
milésimo milésimo

Cada unidade de determinada ordem é sempre um décimo da


unidade imediatamente superior.

Exemplo: 2 inteiros e 95 centésimos.

... C D U d c m dm ...
2 , 9 5

16
Figura 7: Interior de um avião cargueiro

A Matemática nos meios de comunicação

Em determinadas situações, como nos meios de comunicação, os números decimais


são apresentados de forma resumida com o objetivo de facilitar sua leitura.

Na manchete de jornal, a parte inteira refere-se à unidade indicada (milhões) e as casas


depois da vírgula aos décimos, aos centésimos, aos milésimos etc.

Segue-se uma representação dessa quantidade de celulares usando um número


natural:

280,73 milhões = 280 milhões + 7 décimos de milhão + 3 centésimos de milhão

= 280.000.000+ 0,7x 1.000.000+0,03 x 1.000.000 =

= 280.000.000 +700.000+30000

= 280.730.000

Ou seja, 280,73 milhões de celulares = 280.730.000 de celulares.

17
Jornal da hora
Brasil encerra 2014 com 280,73 milhões de linhas ativas de
telefonia móvel (ANATEL, 2014).

3 Números Reais

O conjunto de todos os números que podem ser representados por frações é o conjunto
dos números racionais, indicado pela letra (Q). Há duas formas de representar um
número racional: a forma fracionária e a forma decimal. Para representá-lo na forma
decimal, basta dividir o numerador pelo denominador.

Exemplos:

15 representação
15 8 1,875
8 fracionária divisão
70
60
1,875
{
representação decimal
finita
40
0
4 representação
4 3 – 1, 333...
3 fracionária divisão
10 1,333...
{
representação
... decimal
10 infinita e periódica
10

Em oposição aos números racionais, existem os números irracionais representados


pela letra (I).

Um número irracional não pode ser representado por uma fração, mas por uma
representação decimal infinita e não periódica.

São exemplos: 4,4567891011.... √2 = 1,41421353...

18
O conjunto formado por todos os números racionais e por todos
os irracionais é chamado de conjunto dos números reais, indicado
por (R).

Uma das mais importantes propriedades dos números reais é o fato de poder
representá-los por pontos de uma reta: cada número real corresponde a um único
ponto da reta e cada ponto da reta corresponde a um único número real.

Figura 8: Localização aproximada da raiz de 2 na reta numerada

Com os números reais, é possível representar quantidades contínuas como altura,


massa, área, volume etc.

4 Potências e Raízes

Observe o produto 2 x 2 x 2 x 2 x 2 , formado por fatores iguais.

Para representar mais facilmente esse tipo de produto, usam-se as potências.

2 x 2 x 2 x 2 x 2 = 25 ■ 2 é a base;

Em 25 = 32, destacamos ■ 5 é o expoente;

■ 32 é a potencia.

Lê-se: dois elevado à quinta potência é igual a


trinta e dois.

19
As potências de expoente 2 ou 3, pelo seu largo uso em situações práticas, recebem
nomes especiais:

quando o expoente é 2, lê-se ao quadrado

32 - lê-se: três ao quadrado;

quando o expoente é 3, lê-se ao cubo.

32 - lê-se: três ao cubo

Figura 9A: Representação gráfica do quadrado de 3

Figura 9B: Representação gráfica do cubo de 3

Formando par com a potenciação, surge a operação radiciação, sendo uma inversa da outra.

Entre as raízes mais usadas, estão a raiz quadrada e a raiz cúbica. Por exemplo:

a) Qual o número positivo cujo quadrado é igual a 9? Esse número é chamado de


raiz quadrada de 9.

Indica-se = √9=3

Obs.: a raiz quadrada de um número nunca terá um valor negativo.

20
É muito fácil usar a calculadora para
extrair a raiz quadrada de um número.

Por exemplo: para extrair a raiz quadrada


de 29, basta digitar 29 e, em seguida,
apertar a tecla [ √ ].

√29 = 5,3851648

Figura 10A: Símbolo de radiciação


Figura 10B: Calculadora simples: apresenta apenas as operações matemáticas básicas

b) Qual o número cujo cubo é igual a -8?

Esse número é chamado de raiz cúbica de -8.


3
Indica-se -8 = - 2

5 Aplicações no Dia a Dia

A Matemática não se restringe à escola.


Como foi mencionado, ela está presente
também em situações cotidianas. A seguir
são demonstrados exemplos dessa aplicação
no dia a dia das pessoas.

a) Em um reservatório, foram colocados


48.000 litros de água, o que
2
corresponde a de sua capacidade Figura 11: Reservatório de água
5
total. Quantos litros de água serão
n e c e s s á r i o s para encher completamente esse reservatório?

21
Dado o esquema:

2 1 1 1 1 1 1
5 5 5 5 5 5 5

24000 24000 24000 24000 24000


48 000 24 000

Figura 12A: Representação gráfica de dois quintos do todo

Figura 12B: Representação gráfica de um quinto do todo

Figura 12C: Representação gráfica do todo

2 1 5
5 correspondem a 5 corresponde a 5 (o todo) correspondem a 5
48.000 x 24.000 = 120.000
48.000:2 = 24.000

Então, o reservatório fica completamente cheio com 120.000 litros.

b) Dois automóveis partiram em sentidos contrários de dois pontos A e B, distantes


entre si 100 quilômetros. Um deles percorreu 25,46 quilômetros e parou. O outro
percorreu 31,15 quilômetros e também parou. Qual é a distância entre os dois
automóveis?

Figura 13A: Automóvel partindo do ponto A distante 100 km do automóvel B

Figura 13B: Automóvel partindo do ponto B distante 100 km do automóvel A

Em primeiro lugar, adicionam-se as duas distâncias percorridas: 25,46 + 37,15 = 62,61.

Em seguida, subtrai-se essa soma da distância entre os pontos A e B: 100 – 62,61 =


37,39.

22
Dessa maneira, chega-se à resposta procurada: 37,39 quilômetros separam os dois
automóveis.

D U d c C D U d c
2 5 , 4 6 1 0 0 , 0 0
+ -
3 7 , 1 5 6 2 , 6 1
6 2 , 6 1 3 7 , 3 9

O seguinte esquema auxiliará na assimilação dos conceitos apresentados.

Figura 14: Representação esquemática do conjunto dos números reais

Resumindo

Nesta unidade, por meio dos números reais, foi possível abordar os estudos
sobre os campos numéricos. A partir do conjunto dos números naturais,
construíram-se, por sucessivas ampliações, o conjunto dos inteiros e o
conjunto dos racionais, obtendo-se, finalmente, o conjunto (R) dos números
reais como união dos números racionais e dos irracionais.

Foi visto também que cada número real corresponde a um único ponto da
reta e cada ponto da reta corresponde a um único número real. Com isso,
percebeu-se que, por meio dos números reais, as quantidades contínuas,
como altura, massa, área, volume etc., podem ser representadas.

23
Atividades

aa
1) Em 2011, foram movimentados nos portos brasileiros 886,5
milhões de toneladas de cargas. Segundo estimativas da
Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), esse
volume deve subir para 2,2 bilhões de toneladas no ano de
2030. Como esses valores ficam representados ao utilizar
números naturais?

a. ( ) 886 500 000 e 2 200 000 000.

b. ( ) 886 500 000 000 e 2 200 000.

c. ( ) 886 500 e 2 200 000 000.

d. ( ) 886 500 000 e 2 200 000 000 000.

2. Quais os números reais estão associados aos pontos A, B e C?

a. ( ) -1,4; 0,444...; 0,9.

b. ( ) -1,7; 0,666...; 0,9.

c. ( ) -1,25; 0,4...; 0,9.

d. ( ) -1,25; 0,666...; 0,9.

24
Referências

GIOVANNI, José Ruy; PARENTE, Eduardo. Aprendendo Matemática: 6º ao 9º anos. São


Paulo: FTD, 2004.

IEZZI, Gelson et al. Matemática: volume único. São Paulo: Atual, 2010.

______. Matemática e Realidade. São Paulo: Atual, 2012.

PARENTE, Eduardo. Caminhar e Transformar – Matemática. São Paulo: FTD, 2013.

SILVEIRA, Ênio. Matemática – Compreensão e Prática. São Paulo: Moderna, 2010.

25
UNIDADE 3 | RAZÕES,
PROPORÇÕES E PORCENTAGENS

26
Unidade 3 | Razões, Proporções e Porcentagens
Construir uma peça de aeronave sem utilizar a matemática é impossível. Isso porque
todos os objetos que a compõem nascem de projetos com desenhos em pequena
escala, os quais, na realidade, são construídos com ampliações desse desenho, que têm
como base o conhecimento matemático das razões, das proporções e da porcentagem.

1 Razões

O quociente entre dois números é um instrumento muito útil para compará-los.


Seguem exemplos:

a) A idade de Maria é 30 anos e de André, 40. O quociente entre suas idades é 30


3 40
ou .
4
É possível, então, comparar as idades: para cada 3 anos que
Maria viveu, André já viveu 4.

b) Em certo mapa, a distância em linha reta entre


Brasília e Teresina é representada por 2,5 cm,
enquanto, na realidade, essa distância é de 1250
km. Estabelecendo o coeficiente entre esses dois
números, chega-se à escala utilizada no mapa.

Significado: cada centímetro no mapa corresponde a 50


milhões de centímetros na realidade.

Figura 15: Mapa de partes das


regiões Norte, Nordeste, Centro-
Oeste e Sudeste brasileiras

O quociente de dois números é chamado de razão entre eles:

27
2 Proporções

Em Matemática, a igualdade entre duas razões é


6
9
___ = ___ chamada de proporção.
6 4
meios extremos
Assim, é uma proporção.

A propriedade fundamental das proporções diz que, em toda proporção, o produto


dos meios é igual ao produto dos extremos.

3 Porcentagem

A porcentagem é usada para


representar, de maneira prática,
determinada parte de um todo.

A expressão tantos por cento,


indicada com o símbolo %, quer
dizer alguns por um cento.

Assim, com relação ao gráfico


mostrado na Figura 17, 31%
(lê-se: trinta e um por cento),
significa que, de cada grupo de
100 residências pesquisadas GRÁFICO 1 - Presença de microcomputadores em algumas
no Distrito Federal (DF), regiões metropolitanas brasileiras

31 estão equipadas com


microcomputador.

Os números percentuais possuem representações na forma fracionária e também na


forma de número decimal.

Dessa forma, observa-se que:

28
Segue um exemplo envolvendo cálculo com números percentuais.

Calcular 30% de 400 reais.

Esse problema será resolvido de dois modos:

1º modo: usando uma regra de três:

Valor taxa 400 100 100x = 30.400 → x = 120


x 30
400 100

x 30 Ou seja: 30% de 400 reais são 120 reais.

2º modo: diretamente:

Usando a calculadora

Praticamente todas as calculadoras apresentam a tecla de porcentagem (%).

Nos exemplos apresentados a seguir, é fácil aprender como realizar rapidamente


cálculos envolvendo porcentagens.

Figura 16 - Calculadora com recursos para Figura 17 - Visor exibido na calculadora


realizar as operações matemáticas básicas durante a realização do cálculo de 35% de
150
Nos exemplos apresentados a seguir, é fácil aprender como realizar rapidamente
cálculos envolvendo porcentagens.
a) Calcular 35% de 150 gramas.
Resposta: 52,5 gramas.

29
b) Até o mês passado, o salário de um
trabalhador era R$ 1.350,00. A partir do
mês corrente, ele passou a ganhar 17% a
mais. Qual o novo salário do trabalhador?

Resposta: R$ 1.579,50.

Figura 18 - Visor exibido na calculadora durante a


realização do cálculo de 1.350 aumentado em seus
17%

c) Uma loja está vendendo um aparelho


de som com 15% de desconto. Se o preço
normal desse aparelho é R$ 420,00, qual
o preço com desconto?
Resposta: R$ 357,00.
Figura 19 - Visor exibido na calculadora durante a
realização do cálculo de 15% de 420

4 Frações, Decimais e Porcentagem

Para transformar uma fração em um número decimal, basta dividir o numerador pelo
denominador. Para transformar esse resultado em porcentagem, basta multiplicá-lo
por 100.

Exemplos:

• Representar uma fração por meio de um número decimal ou por uma porcentagem:

=75%

• Representar uma porcentagem por meio de uma fração ou por um número


decimal:

30
5 Aplicações no Dia a Dia

a) A altura de cinco jovens foi medida e foram encontrados os seguintes resultados


1,62 m; 1,62 m; 1,56 m; 1,46 m e 1,39 m. Qual a média entre eles?

Resolução

Média aritmética simples. A média aritmética simples, ou


simplesmente média de um conjunto de números, é dada pela
razão (quociente) entre a soma desses números e a quantidade
deles.

b) A miniatura de um automóvel tem 8 cm de comprimento, mas, na realidade,


o automóvel tem 4 m de comprimento. Qual foi a escala utilizada para fazer a
miniatura?

Resolução:

8 cm = 0,08 m.

Escala 1:50 (1 por 50), ou seja, cada cm na miniatura corresponde a 50 cm no automóvel.

31
Resumindo

Nesta unidade foi visto como o quociente ou a razão entre dois números é
um instrumento muito útil para compará-los. Essa razão pode ser expressa
por uma fração, uma porcentagem ou um número decimal.

As proporções também foram abordadas. O uso desse ferramental


matemático ajuda a resolver alguns problemas ligados a situações bem
práticas, como o uso das escalas ou a representação de séries de números
por meio da média aritmética.

Glossário

Quociente: Resultado de uma divisão.

32
Referências

GIOVANNI, José Ruy; PARENTE, Eduardo. Aprendendo Matemática: 6º ao 9º anos. São


Paulo: FTD, 2004.

IEZZI, Gelson et al. Matemática: volume único. São Paulo: Atual, 2010.

______. Matemática e Realidade. São Paulo: Atual, 2012.

PARENTE, Eduardo. Caminhar e Transformar – Matemática. São Paulo: FTD, 2013.

SILVEIRA, Ênio. Matemática – Compreensão e Prática. São Paulo: Moderna, 2010.

33
Atividades

aa
1) A declividade de uma ladeira é expressa pela razão entre
sua altura e seu afastamento (veja a figura). Se uma ladeira
tem 15% de declividade e um afastamento de 90 m, qual é a
sua altura?

a. ( ) 13,5 m.

b. ( ) 15 m.

c. ( ) 12,5 m.

d. ( )125 m.

2) Um lojista vende suas mercadorias com 20% de lucro sobre


o preço de venda. Por quanto deverá vender uma mercadoria
que foi adquirida por R$ 80,00?

a. ( ) R$ 96,00.

b. ( ) R$ 100,00.

c. ( ) R$ 120,00.

d. ( ) R$ 80,00.

34
UNIDADE 4 | SISTEMAS DE
MEDIDAS

35
Unidade 4 | Sistemas de Medidas
Em Matemática, falar em medidas é referir-se
a uma comparação do que se deseja medir com
determinada medida considerada padrão.

Por longo tempo, cada povo teve o próprio sistema


de medidas, baseado em unidades arbitrárias e
imprecisas, como, por exemplo, aquelas baseadas no
corpo humano: palmo, pé, polegada, braça, côvado.

A fim de facilitar a comunicação entre as pessoas de


todo o mundo, no que diz respeito às tomadas de
Figura 20: Primeiros instrumentos de
medidas, criou-se, em 1960, o sistema internacional medição utilizados pelo homem
de unidades (SI), adotado oficialmente em vários
países, inclusive no Brasil. Esse sistema fixa certas unidades básicas de medida.

1 Sistema Internacional de Unidades

O SI estabelece algumas unidades básicas tomadas como padrão, uma para cada tipo
de grandeza como, por exemplo: comprimento, massa e tempo. Do mesmo modo,
foram estabelecidos símbolos, unidades derivadas, unidades suplementares e prefixos
para as medidas.

1.2 Medidas de Comprimento, Área e Volume

Para comparar um valor com outro, utiliza-se uma grandeza predefinida denominada
unidade-padrão.

36
1.2.1 Medidas de Comprimento

A unidade-padrão para medir comprimentos é o metro, o qual é indicado pela letra (m).

Para medir extensões muito grandes, ou muito pequenas, existem os chamados


múltiplos e submúltiplos do metro mostrados na tabela a seguir.
Tabela 3: Múltiplos e submúltiplos do metro

Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro

Km hm dam m dm cm mm

1000 m 100 m 10 m 1m 0,1 m 0,01 m 0,001 m

É possível observar a relação com o sistema de numeração decimal: quando lidas da


esquerda para a direita, cada unidade contém dez vezes a unidade seguinte.

Exemplo:

O comprimento do
palito de fósforos é 4 cm
conforme mostra a Figura
21. Essa medida expressa
em metros é dada por 4 cm
= (4:100) m = 0,04 m.

Observações: Figura 21: Representação gráfica de medidas realizadas com


submúltiplos do metro
Algumas unidades de
comprimento usadas na aviação não pertencem ao sistema de numeração decimal. Um
destaque são as do sistema imperial britânico, adotado nos países de língua inglesa e
em certas atividades especiais. Nesse sistema, destacam-se:

• a milha - 1 milha = 1690 metros;

• o pé - 1 pé = 30,48 cm; e

• a polegada - 1 polegada = 2,54 cm.

37
Usando a polegada

A polegada, no Brasil, é usada em determinadas


situaçãoes bem par�culares, como em medidas de
diâmetros de tubulações, de cabeças de parafusos e
também na descrição do tamanho da tela de televi-
sores e de computadores (definido pelo comprome-
�mento da diagonal da tela).

Figura 22: TV representada pela medida da diagonal da sua tela dada em polegadas

1.2.2 Área

A medida da superfície de uma região fechada é chamada


área dessa região. A unidade-padrão para se medir
superfícies é o metro quadrado. O metro quadrado
abrevia-se por (m2).

Para medir superfícies muito grandes ou muito pequenas,


existem os chamados múltiplos e submúltiplos do m2.

Figura 23: 1 metro quadrado

Tabela 4: Múltiplos e submúltiplos do metro quadrado

Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro

quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado

km2 hm2 dam2 m2 Dm2 Cm2 Mm2

0,000001
1000000 m 10000 m 100 m 1m 0,01 m 0,0001 m
m

Observa-se a relação com o Sistema de Numeração Decimal: quando lidas da esquerda


para a direita, cada unidade contém cem vezes a unidade seguinte.

38
Exemplo:

O microchip é uma minúscula peça de


computador usado principalmente para
transmitir e armazenar dados.

Os modelos usados para monitorar animais,


por exemplo, são realmente minúsculos.
Sua superfície mede cerca de 0,000025 m2.

Pode parecer difícil imaginar essa superfície, Figura 24: Tamanho de um microchip quando
comparado a um dedo humano
mas não se ela for convertida para mm2

0, 000025 m2 = (0, 000025 x 10000) mm2 = 0,25 mm2.

1.2.3 Volume

O metro cúbico é a unidade fundamental para calcular volumes, cuja abreviatura é


(m3).

Figura 25: Metro cúbico

Para medir superfícies muito grandes ou muito pequenas, existem os chamados


múltiplos e submúltiplos do (m3).
Tabela 5: Múltiplos e submúltiplos do metro cúbico

Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro

cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico

Km3 hm3 dam3 m3 Dm3 Cm3 Mm3

1000000000 0,000001 0,0000000001


1000000 m3 1000 m3 1m3 0,001 m3
m3 m3 m3

39
Observa-se a relação com o sistema de numeração decimal: quando lidas da esquerda
para a direita, cada unidade contém cem vezes a unidade seguinte.

Exemplo:

Ao transformar 2m³ em (cm³)

Tem-se 2 x 1000 x 1000 cm³ = 2 000 000 cm³

1.3 Medidas de Massa e de Capacidade

Nas tabelas a seguir, estão as principais medidas de massa e capacidade e algumas


relações entre elas.
Tabela 6: Medidas de massa

Unidade Símbolo Algumas equivalências


Tonelada t 1 t → 1.000 kg
Quilograma kg 1 kg → 1.000 g
Grama g 1 g → 1.000 mg

Tabela 7: Medidas de capacidade

Unidade Símbolo Algumas equivalências


Litro t 1 L → 1.000 mL
Mililitro mL 1 mL → 0,001 L

40
Exemplo:

A maior aeronave já construída tinha a fantástica capacidade de carga de 253,8


toneladas. Quantos contêineres, com capacidade para 1.225 kg, essa aeronave
conseguiria transportar?

Figura 26: A maior aeronave já construída

253,8 t = (253,8x1000) kg = 253.800kg

253800: 1.225 = 207,18

Resposta: 207 contêineres.

1.4 Medidas de Tempo

O relógio de sol egípcio, de cerca de


3.500 anos atrás, é a evidência mais
antiga que se conhece sobre dividir
o dia em intervalos regulares de
tempo. Ele consistia em uma vareta
fincada no solo em local iluminado
pela luz solar durante todo o dia.
A sombra da vareta no chão ia Figura 27: Relógio de sol usado pelos antigos egípcios
mudando sua posição conforme a
movimentação do Sol no decorrer do dia.

São várias as unidades de tempo utilizadas: horas, minutos, segundos, dias, semanas,
meses, anos etc. A seguir estão algumas relações entre elas:

• 1 dia tem 24 horas; 1 hora tem 60 minutos; 1 minuto tem 60 segundos;

41
• 1 mês pode ter de 28 a 31 dias; 1 década tem 10 anos; 1 século tem 100 anos; 1
milênio tem 1.000 anos.

Exemplos:

a) A sessão de cinema vai começar às 14h 45min e terá duração de 1h 40min. A que
horas vai terminar essa sessão?

Em 85 min, há 1h 25 min (85 – 60 = 25)

Assim, 15h 85 min = 15 h + 1h + 25 min =

= 16h25min

Resposta: a sessão terminará às 16h25min.

b) Clarisse pratica ginástica, 5 dias por semana, 1 hora e meia por dia. Quantas horas
e quantos minutos ela pratica ginástica por semana?

Por dia: 1 hora e meia = 1hora + 0,5 hora = 60 min + 0,5.60 min

= 60 min + 30 min = 90 min

Por semana: 90 min. 5 dias = 450 min

Divisão com resto:

Resposta: ela pratica 7 horas e 30 minutos de ginástica por semana.

42
Resumindo

Nesta unidade, mostrou-se que medir é comparar uma grandeza com uma
unidade de referência do mesmo padrão, expressa por um número que diz
quantas vezes a unidade cabe na grandeza.

A necessidade de se estabelecer padrões reconhecidos em todo o mundo


motivou os cientistas a criarem o sistema internacional de unidades (SI),
cujos principais padrões são o metro – que se desdobra em metro quadrado
e metro cúbico –, o quilograma e o segundo. Para a tomada de medidas
muito grandes ou muito pequenas, esse sistema prevê, respectivamente,
os múltiplos e os submúltiplos das unidades-padrão.

Em determinadas circunstâncias específicas, certas medidas costumam ser


tomadas fora do SI, especialmente as do sistema imperial britânico, como a
milha, o pé e a polegada.

Glossário

Braça: Corresponde à distância entre as pontas dos dedos das duas mãos de um homem
quando seus braços estão estendidos em direções opostas.

Côvado: Medida linear que corresponde, aproximadamente, à distância entre o


cotovelo e a ponta do dedo médio.

43
Atividades

aa
1) Um bebê toma 4 mamadeiras de 150 ml por dia. Com uma
lata de leite em pó, obtêm-se aproximadamente 3 litros de
leite. Em quantos dias o bebê consome o leite dessa lata?

a. ( ) 3

b. ( ) 4

c. ( ) 5

d. ( ) 6

2) Um grupo de amigos vai fazer um churrasco para 50


pessoas. Quantos quilogramas de carne, no mínimo, serão
necessários, levando em conta que a média de consumo por
pessoa será de 320 g?

a. ( ) 5

b. ( ) 8

c. ( ) 10

d. ( ) 16

44
Referências

GIOVANNI, José Ruy; PARENTE, Eduardo. Aprendendo Matemática: 6º ao 9º anos. São


Paulo: FTD, 2004.

IEZZI, Gelson et al. Matemática: volume único. São Paulo: Atual, 2010.

______. Matemática e Realidade. São Paulo: Atual, 2012.

PARENTE, Eduardo. Caminhar e Transformar – Matemática. São Paulo: FTD, 2013.

SILVEIRA, Ênio. Matemática – Compreensão e Prática. São Paulo: Moderna, 2010.

45
UNIDADE 5 | ÁLGEBRA,
GRÁFICOS E TABELAS

46
Unidade 5 | Álgebra, Gráficos e Tabelas
A fim de mostrar a importância da álgebra no contexto da resolução de problemas,
o inglês Isaac Newton (1643-1727), um dos maiores cientistas que a humanidade já
conheceu, cunhou a seguinte frase: “Para resolver problemas referentes a números, ou
relações entre quantidades, basta traduzir tal problema da linguagem corrente para a
linguagem da álgebra” (GIOVANNE; PARENTE, 2004, p. 132).

A álgebra é a parte da matemática que trata mais diretamente do uso de letras para
representar números.

1 Polinômios

8x

12 a3b4c

17

Essas expressões são constituídas por um número que multiplica uma ou mais letras,
ou apenas um número, as quais são chamadas monômios.

Um monômio é formado basicamente por duas partes: a parte numérica, chamada de


coeficiente e a parte formada pela variável ou produto de variáveis, chamada de parte
literal.

a) Quando o coeficiente é 1, costuma-se omiti-lo e, quando é -1, costuma-se escrever


apenas o sinal.

1x escreve-se, apenas, x

-1xyz escreve-se, apenas, - xyz

47
b) Dois ou mais monômios que têm a mesma parte literal são chamados de
monômios semelhantes.

São exemplos de monômios semelhantes:

4x, x, e -3x

3m2p, 0,05m2p e - m2p

1.1 Adição e Subtração de Monômios

Para adicionar ou subtrair monômios semelhantes, os

ee coeficientes são somados ou subtraídos e a parte literal


conservada. Assim, só é possível adicionar ou subtrair monômios
semelhantes. Caso contrário, a operação fica apenas indicada.

Exemplos:

a) 2x2+3x2 =
(2+3) x2 = 5 x2

b) 5x3 + x5 - 8x3 - 5x5 + 10x3 + 8x5 =


(5 – 8 +10) x3 + (1 – 5 + 8) x5 =
7 x3 + 4 x5

Expressões formadas por um único monômio ou por adições ou


subtrações de monômios são chamadas de polinômios.

Exemplos:

a) 5x3 b) 2x – y4 c) 5b2c - 3b5cd - 3b2c

48
1.2 Operações com Polinômios

No exemplo colocado anteriormente, é possível perceber que, para somar ou subtrair


polinômios, é necessário somar ou subtrair seus monômios semelhantes.

Exemplos:

a) Os polinômios 3x2 – 2y2 + xy e - x2 - 3xy serão adicionados.

(3x2 – 2y2 + xy) + (- x2 - 3xy) =

3x2 – 2y2 + xy - x2 - 3xy → os parênteses foram retirados.

3x2- x2 + xy - 3xy – 2y2 → os monômios semelhantes foram ligados.

2x2- 2xy - 2y2 → os monômios semelhantes foram adicionados ou subtraídos.

b) Qual a diferença entre o polinômio 4x5 – x3 – 8 e o polinômio - 2x5 + 2 x3 – 10?

(4x5 – x3 – 8) - (- 2x5 + 2 x3 – 10) =

4x5 – x3 – 8 + 2x5 - 2 x3+ 10 → os parênteses foram retirados.

4x5+ 2x5– x3- 2 x3– 8 + 10 → os monômios semelhantes foram ligados.

6x5 - 3 x3 + 2 → os monômios semelhantes foram adicionados ou subtraídos.

1.3 Equações do Primeiro e do Segundo Graus

O sistema de equações equivale a estratégias que permitem resolver problemas os


quais envolvem mais de uma variável e, pelo menos, duas equações.

49
1.3.1 Equações do Primeiro Grau

Observam-se, a seguir, algumas equações do primeiro grau com uma incógnita.

Nesse tipo de equação, que se apresenta na forma ax+b = 0, ou equivalente, a incógnita


aparece elevada ao expoente 1 (que se costuma omitir) e tem-se que (a) e (b) são
números reais e a ≠ 0.

Exemplo:

Resolução da equação 4x – 1 = 23 – 8x

Resolver uma equação do primeiro grau significa encontrar o valor que, substituído
pela incógnita, torna a igualdade verdadeira.

Exemplo:

4x – 1 = 23 – 8x 4x +8x = 23+1

12x = 24 x = 24 : 12 x = 2

Resposta: x = 2.

1.3.2 Equações do Segundo Grau

Nesse tipo de equação, que se apresenta na forma ax2+bx+c = 0, ou equivalente, em


que (a), (b) e (c) são números reais e a ≠ 0.

Exemplos:

a) 4x2-3x+5=0 (a = 4; b = -3 e c = 5).

b) x2-5=0 (a = 1; b = 0 e c = - 5).

50
A equação de segundo grau é resolvida por meio da chamada fórmula de Bhaskara.

Se Δ>0, a equação apresenta duas raízes reais diferentes.

Se Δ=0 , a equação apresenta apenas uma raiz real (ou duas iguais).

Se Δ<0, a equação não apresenta raízes reais.

Exemplos:

Resolver a equação x2 – 4x + 3 = 0

1.4 Gráficos

Na prática, uma função pode ser representada por um conjunto de pares ordenados,
criados a partir de sua lei de formação. Os pares ordenados assim criados produzem o
que se chama de gráfico da função.

São vários os tipos de funções e seus respectivos gráficos. A seguir são destacadas as
funções do primeiro e do segundo graus.

51
1.4.1 Gráfico da Função do Primeiro Grau

Lei de formação f (x) = ax + b (a ≠ 0) O gráfico da função do primeiro


grau é sempre uma reta.
Observações:

Quando a > 0, a função é crescente e o gráfico é inclinado para a direita.

Quando a < 0, a função é decrescente e o gráfico é inclinado para a esquerda.

Para fazer o gráfico da função do primeiro grau, é suficiente marcar dois de seus pontos
distintos e, a seguir, traçar a reta que passa por esses pontos.

Exemplo:

Tabela 8: Espaço percorrido em função do tempo

Velocidade constante
x (horas) f(x) (km)
0 0
1 40
2 80
3 120
4 160

Nas figuras a seguir, foram anotados espaços percorridos por um trem que viaja à
velocidade constante de 40 km por hora, em função do tempo de viagem.

É possível observar que esse movimento pode ser descrito pela lei y = 40x ou f(x) = 40x,
em que (y) é o espaço percorrido em metros e (x) é o tempo em horas (x 0 ).

Ou seja, existe aí uma função do primeiro grau. Tomando dois de seus pontos, por
exemplo, (1,40) e (2,80), será possível obter o gráfico dessa função:

52
Gráfico 2A: Pontos que servirão de base para traçar o gráfico

Gráfico 2B: Gráfico de espaço percorrido em função do tempo

1.5.2 Gráfico da Função do Segundo Grau

Lei de formação f (x) = ax² + bx + c (a ≠ 0)

Exemplos:

f (x) = 3x² + 3x + 9 f (x) = x² + 4x f (x) = 2,5x² – 10

O gráfico da função do segundo grau é sempre uma curva aberta chamada parábola.

Agora serão apresentadas algumas situações do dia a dia a fim de demonstrar o que é
uma parábola.

Figura 28A: Jato de luz é contornado por uma parábola

Figura 28B: Bola desenvolve o traçado de uma parábola

53
Observações:

Quando a > 0, o gráfico tem como concavidade voltada para cima.

Quando a > 0, o gráfico tem como concavidade voltada para baixo.

Exemplo:

O gráfico de f (x) = x² – 4 será esboçado.

Inicialmente, será organizada uma tabela atribuindo valores convenientes a (x) e assim
descobrir alguns pares ordenados do gráfico procurado.
Tabela 9: Pares ordenados base para o traçado do gráfico

x y = f(x) (x, y)
-3 5 (-3, 5)
-2 0 (-2, 0)
-1 -3 (-1, -3)
0 -4 (0, -4)
1 -3 (1, -3)
2 0 (2, 0)
3 5 (3, 5)

Gráfico 3: Pares ordenados base para o traçado do gráfico

54
Unindo os pontos marcados, uma parábola é traçada, obtendo assim o gráfico
procurado.

Gráfico 4: União dos pontos marcados para formar uma parábola

Resumindo

Diante do exposto, foi visto como os matemáticos utilizam letras para


representar e generalizar situações envolvendo números. O ramo da
matemática que estuda a utilização desse tipo de recurso é a álgebra.

Nesta unidade foram utilizados conhecimentos algébricos, especialmente


os polinômios do primeiro e do segundo graus, para serem estudadas
equações, funções e sua representação por meio de pares ordenados no
plano cartesiano, os gráficos. Esse ferramental matemático pode ser
utilizado na resolução de situações-problema ligadas ao cotidiano.

55
Atividades

aa
1) O gráfico ao lado é representado melhor por:

a. ( ) y = 3x – 2.

b. ( ) y = 1,5x +3.

c. ( ) y = -x – 2.

d. ( ) y = x – 2.

2) O gráfico ao lado é representado melhor por:

a. ( ) y = x2 -3x.

b. ( ) y = x2 -3x.

c. ( ) y = -x2 +6x -5.

d. ( ) y = x2 +2x -3.

56
Referências

GIOVANNI, José Ruy; PARENTE, Eduardo. Aprendendo Matemática: 6º ao 9º anos. São


Paulo: FTD, 2004.

IEZZI, Gelson et al. Matemática: volume único. São Paulo: Atual, 2010.

______. Matemática e Realidade. São Paulo: Atual, 2012.

PARENTE, Eduardo. Caminhar e Transformar – Matemática. São Paulo: FTD, 2013.

SILVEIRA, Ênio. Matemática – Compreensão e Prática. São Paulo: Moderna, 2010.

57
UNIDADE 6 | GEOMETRIA

58
Unidade 6 | Geometria
A Geometria acompanha o homem desde a Antiguidade e está presente nas mais
diferentes situações do dia a dia, tanto no espaço profissional, pessoal, quanto na
natureza. No mundo da aviação, são muitos os usos da geometria, como, por exemplo,
na localização das aeronaves, no desenho geométrico do espaço aéreo ou das próprias
aeronaves, nas definições de procedimentos, como o ângulo de ataque, entre outros.

1 Figuras Geométricas

As figuras geométricas mais conhecidas são originadas de linhas retas fechadas


(quadrado, por exemplo) ou linhas curvas fechadas (círculo).

1.1 Sólidos Geométricos e Figuras Planas

A Figura 32 demonstra figuras


geométricas separadas em dois
grupos: à esquerda, as figuras
planas e, à direita, os sólidos
geométricos.

Figura 29: Figuras geométricas separadas em dois grupos

Grupos das formas geométricas:

• Figuras planas – são as que têm todos os seus pontos em um mesmo plano; e

• Sólidos geométricos – são as que têm três dimensões: comprimento, altura e


largura.

59
a) Ângulos

Um ângulo é uma região do plano limitado por duas semirretas de mesma origem.

Figura 30: Representação gráfica de um ângulo

Entre os ângulos, destacam-se:

Figura 31: Ângulo reto – sua medida Figura 32: Ângulo agudo – sua medida é
é de 90º menor que 90º

Figura 33: Ângulo obtuso – sua medida é Figura 34: Ângulo raso – sua medida é igual a
maior que 90º 180º

60
Ângulo de ataque

Ângulo de ataque, em aviação,


é um ângulo aerodinâmico e
pode ser definido como o ângulo
formado pela corda do aerofólio
e a direção do seu movimento
relativo ao ar, ou melhor, em
relação ao vento aparente (ou
vento relativo).

O ângulo de ataque é um dos


Figura 35: Ângulo de ataque é formado pela corda do
principais fatores que determinam aerofólio (reta pontilhada) e a direção do seu movimento
relativo ao ar
a quantidade de sustentação, de
atrito (ou arrasto) e momento
produzido pelo aerofólio.

b) Polígonos

Polígonos são figuras fechadas formadas por segmentos de reta, consecutivos e não
colineares, sendo caracterizados por: ângulos, vértices, diagonais, lados, entre outros.

Exemplos:

Figura 36A: Retângulo e seus principais elementos

Figura 36B: Triângulo e seus principais elementos

61
De acordo com o número de lados, a figura é nomeada.

Figura 37: Alguns tipos de polígonos e seus respectivos nomes

Entre os quadriláteros, destacam-se:

Figura 38A: Retângulo Figura 38B: Retângulo


Retângulo: dois pares de lados iguais. Quadrado: quatro lados iguais.
Todos os ângulos internos retos. Todos os ângulos internos retos.

c) Prisma

O formato de um prisma pode se fazer presente em uma bateria de automóvel, por


exemplo.

62
Observe alguns tipos de prisma e seus principais elementos.

Figura 39: Alguns tipos de prismas e seus respectivos nomes

Da mesma forma, é possível falar em prisma heptagonal, octogonal etc.

Entre os prismas de base quadrangular, merecem destaque o cubo e o paralelepípedo:

Figura 40: Cubo

O cubo é um corpo formado por seis faces quadradas, todas congruentes entre si e
dispostas, aos pares, de forma paralela.

Figura 41: Paralelepípedo

O paralelepípedo é formado por seis faces retangulares, congruentes de duas em duas


e dispostas, aos pares, de forma paralela.

63
Existem também prismas inclinados ou oblíquos, como demonstrado a seguir.

Figura 42: Prisma oblíquo

Cilindro

Dos elementos do cilindro, podem ser destacadas as bases (dois círculos iguais) e a
altura (distância entre as bases).

d) Cilindro

Figura 43: Cilindro e seus principais elementos

Muitos objetos presentes no dia a dia possuem a forma cilíndrica, por exemplo:
composição de certas peças de motores.

e) Esfera

Figura 44: Esfera e seus principais elementos Figura 45: Rolamento rígido
de esferas

64
Uma circunferência que gira em torno de seu diâmetro varre uma superfície denominada
superfície esférica. Uma esfera é um conjunto formado pelos pontos de uma superfície
esférica e pelos pontos interiores a essa superfície.

Os elementos referenciais de uma esfera são o seu centro (C) e o seu raio (r).

2 Perímetro

2.1 Perímetro de um Polígono

Chama-se perímetro de um polígono a soma das medidas dos seus lados.

Exemplo:

Qual o perímetro desse polígono?

8m+20m+12m+12m = 52m

Resposta: 52 metros.

Figura 46: Quadrilátero

2.2 Comprimento da Circunferência

Se o comprimento de uma circunferência qualquer for indicado por (C) e for dividido
pelo seu respectivo diâmetro (2r), será encontrado o número irracional 3,1415926...
chamado de pi .(π) Daí:

65
Figura 47: Circunferência

Por simplificação, será utilizado o valor de 3,14 para o número pi (π).

Exemplos:

a) Calcular o comprimento aproximado da circunferência de 8 cm de raio.

C = 2πr → c = 2.3,14.8 → C = 50,24cm

b) Qual o comprimento de um arco de 600 em uma circunferência de 24 cm de raio?

Sabe-se que a circunferência inteira está associada ao ângulo de 3600.

Dessa forma, o arco de 600 corresponde a um sexto da circunferência, então:

Resposta: 25,12 cm.

3 Cálculo de Áreas: Retângulo, Quadrado, Triângulo e Círculo

Cada polígono apresenta uma forma própria para calcular sua área. A seguir, será
exemplificado os mais conhecidos: retângulo, quadrado, triângulo e círculo.

66
3.3.1 Retângulo e Quadrado

Figura 48: Retângulo Figura 49: Quadrado

Figura 50: Unidade de medida de área

Ao analisar as figuras, tem-se que:

No caso do retângulo, existem 10 quadrículas de comprimento e 5 quadrículas de


largura.

Total = 10 . 5 = 50 quadrículas.

Área = 50 U.

Dessa maneira, conclui-se que:

Retângulo

A área do retângulo é calculada Ar = b . h


multiplicando a medida do comprimento (b)
pela medida da largura (h).

Figura 51: Retângulo

67
Quadrado

A área do quadrado é calculada Aq = l2 multiplicando a medida


do lado (l) por si mesma.

Exemplo:

Certo terreno retangular foi vendido por R$ 60,00 o metro


quadrado, tendo 52 m de comprimento e 25 m de largura. Após
a compra, percebeu-se que o terreno tinha, na verdade, 3 m a
mais de comprimento e 2 m a menos de largura. Nesse caso, Figura 52: Quadrado
o novo dono do terreno ganhou ou perdeu dinheiro? Quanto?

Preço pago = 52 x 25 x 60 = R$ 78.000,00

Preço que deveria ter sido pago = 55 x 23 x 60 = R$ 75.900,00

Diferença = R$ 75.900,00 – R$ 78.000,00 = - R$ 2.100,00

Portanto, o comprador do terreno teve um prejuízo de R$ 2.100,00.

3.3.2 Triângulo

Figura 53A: Triângulo e retângulo com bases e alturas respectivamente iguais

Observa-se como a área do triângulo em destaque é igual à metade da área do


retângulo de lados cor alaranjada.

68
Assim:

Figura 53B: Triângulo


Exemplo:

Qual a área desse triângulo?

Figura 53C: Triângulo de medidas da base e da altura conhecidas

Solução:

69
3.3.3 Círculo

Para calcular a área de um círculo, utiliza-se a expressão matemática que relaciona o


seu raio e a letra grega π (pi), a qual corresponde a aproximadamente 3,14.

Ac = πr2

Figura 54: Circunferência de centro (O) e raio (r)

Exemplo:

Em uma superfície de 10 m de diâmetro, deseja-se


assentar cerâmica. Tendo em vista algumas possíveis
perdas de material durante a construção, será
necessário aumentar em 8% a quantidade mínima
de metros quadrados de cerâmica necessária. Assim,
quantos metros quadrados desse material devem ser
comprados?

A = π x r²
A = 3,14 x 5²
Figura 55 - Circunferência de
A = 3,14 x 25
10 m de diâmetro
A = 78,5 m²

Calculando os 8% de aumento:
78,5 × 8 : 100 = 6,28

Total de ladrilhos a serem comprados.


78,5 + 6,28 = 84,78 m²

Será preciso comprar 84,78 m² de ladrilhos.

70
3.4 Cálculo de Volumes: Prisma, Cilindro e Esfera

O volume de sólidos é calculado levando-se em consideração suas três dimensões.

3.5 Princípio de Cavalieri

Em um baralho no qual todas as cartas têm as mesmas dimensões e estão dispostas de


diferentes maneiras, qual das pilhas apresenta o maior volume?

Figura 56: Mesma pilha de cartas de baralho apresentadas de diferentes maneiras

De acordo com essa ideia, o Chamado Princípio de Cavalieri afirma que as quatro pilhas
têm o mesmo volume, uma vez que são formadas pelas mesmas cartas e pela soma dos
volumes de cada carta.

Com base nisso, a seguir serão expostos os cálculos dos volumes do prisma e da
pirâmide.

• Prisma

Observam-se os prismas retos dados acima. Estão destacados em cada um deles dois
elementos: duas bases iguais (uma inferior e outra superior) e a altura (distância estre
as bases).

Para calcular o volume de um prisma (Vp), basta multiplicar a área da sua base (AB) por
sua altura (h).

71
Exemplo:

A base de um prisma reto é um quadrado de 4 cm de lado e a altura é 8 cm. Com base


nisso, qual é o seu volume?

AB = 42 = 16

h = 11

Vp = Ab × h = 16 × 11 = 176

VP = 176 cm3

Figura 57: Prisma quadrangular cuja base é um


quadrado de lado 4 cm e de altura mede 11 cm

• Cilindro

Para calcular o volume de um cilindro (VC), basta multiplicar a área da sua base (AB) por
sua altura (h).

Figura 58: Cilindro de


altura (h)

72
Exemplo:

Um reservatório cilíndrico tem como base um círculo de


raio 4 m e altura igual a 10 m. Qual o volume e a capacidade
em litros desse reservatório? Diante disso, determinar o
volume em (m3) e a capacidade desse reservatório em
litros. Dado: 1 m³ corresponde a 1.000 litros.

V = π x r² x h
V = 3,14 x 4² x 10
V = 3,14 x16 x 10
V = 502,4 m³ Figura 59: Cilindro de raio 4 m e
altura 10 m

A capacidade é de 502,4x1.000 = 502.400 litros.

• Esfera

O volume de uma esfera (VE) de raio (r) é dado por

Figura 60: Esfera de centro em (O) e raio (R)


Exemplo:

Uma fábrica de chocolates deseja produzir 10.000 unidades de bombons em forma de


esfera de 0,5 cm de raio. Qual o volume de cada bombom? E quantos litros de chocolate
serão necessários para produzir esse total de unidades?

O volume de cada unidade é:

O volume das 10.000 unidades é:

73
VE = 0,5233 × 10000 cm3 = 5233 cm3

Transformando em m3:

5233 cm³ = 5233 : 1000000 m³ = 0,0052 m³

Transformando em litros:

0,0052 m³ = 0,0052 . 1000 L = 5,2 L

São necessários 5,2 litros

Resumindo

Nesta unidade foram estudadas as principais figuras geométricas


consideradas em dois grupos: o primeiro formado por aquelas que
apresentam todos os seus pontos em um mesmo plano e, por isso, chamadas
de figuras planas e, o segundo, formado pelos sólidos geométricos, figuras
que apresentam três dimensões.

No grupo das figuras planas, os ângulos, os polígonos e a circunferência


foram apresentados e, no grupo dos sólidos geométricos, o prisma, o
cilindro e a esfera. Também foram analisadas as figuras geométricas sob o
ponto de vista da geometria métrica, calculando perímetros e áreas de
figuras planas e volumes de sólidos geométricos.

74
Atividades

aa
1) Na figura, observa-se uma correia acoplada a duas rodas
iguais, de 10 cm de raio. A distância entre os centros das
rodas é 50 cm. Qual o comprimento dessa correia?

a. ( ) 162,8 cm.

b. ( ) 170,4 cm.

c. ( ) 180,8 cm.

d. ( ) 190,6 cm.

2) A figura representa o esqueleto de um bloco retangular.


Supondo que a figura foi construída com palitos de madeira,
quantos centímetros de madeira foram utilizados nessa
construção?

a. ( ) 24 cm.

b. ( ) 28 cm.

c. ( ) 30 cm.

d. ( ) 36 cm.

75
Referências

GIOVANNI, José Ruy; PARENTE, Eduardo. Aprendendo Matemática: 6º ao 9º anos. São


Paulo: FTD, 2004.

IEZZI, Gelson et al. Matemática: volume único. São Paulo: Atual, 2010.

______. Matemática e Realidade. São Paulo: Atual, 2012.

PARENTE, Eduardo. Caminhar e Transformar – Matemática. São Paulo: FTD, 2013.

SILVEIRA, Ênio. Matemática – Compreensão e Prática. São Paulo: Moderna, 2010.

76
Gabarito

Questão 1 Questão 2

Unidade 1 A D

Unidade 2 A D

Unidade 3 A D

Unidade 4 C D

Unidade 5 B D

Unidade 6 A D

77

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