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MATEMÁTICA
10.o ano de escolaridade
Ano de escolaridade
10.o Ano
Autores
Lucinda Serra
Teresa Neto
José Bessa
Coordenadora de disciplina
Teresa Neto
Consultor científico
João Pedro da Ponte
Ilustração
Joana Santos
Celso Assunção
Design e Paginação
Esfera Crítica Unipessoal, Lda.
Plural Design
Impressão e Acabamento
xxxxxx
ISBN
xxx - xxx - x - xxxxx - x
Tiragem
xxxxxxx exemplares
1ª Edição
Conceção e elaboração
Universidade de Aveiro
2012
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volatilidade na Internet, o seu conteúdo e acessibilidade poderão sofrer eventuais alterações.
Índice
Unidade Temática
1 Números e Álgebra
Equações e Inequações
28 Expressões com variáveis
30 Equações do 2º grau
32 Equações biquadradas
32 Inequações
33 Condições com módulos
Sistemas de Equações
36 Sistemas de duas equações lineares com duas incógnitas
36 Interpretação gráfica da resolução de um sistema
37 Método de substituição
37 Método de redução
39 Regra de Cramer
40 Classificação dos sistemas de equações quanto as suas soluções
42 Sistemas de três equações lineares com três incógnitas
3
Unidade Temática
2 Cálculo Vetorial
Cálculo vetorial
46 Introdução ao conceito de vetor
49 Equipolência de segmentos de reta orientados: noção de vetor
49 Igualdade vetorial
50 Vetor nulo
51 Adição de vetores: propriedades
52 Produto de um número real por um vetor: propriedades
54 Vetores aplicados e vetores livres
54 Vetores colineares. Ângulo de dois vetores
56 Referenciais. Correspondência entre o plano e IR2
57 Coordenadas do ponto médio de um segmento de reta
58 Noção de base. Coordenadas de um vetor relativamente a uma base
60 Condição de colinearidade de dois vetores
61 Condição de ortogonalidade de dois vetores
62 Cálculo da distância entre dois pontos
62 Coordenadas de vetores e operações
63 Produto interno
66 Vetores perpendiculares
68 Propriedades do produto interno
69 Aplicações do produto interno
Reta e Circunferência
72 Estudo da reta
73 Reta definida por dois pontos
74 Reta definida por um ponto e por um vetor diretor
74 Reta definida por um ponto e um vetor normal
75 Retas paralelas aos eixos coordenados
75 Mediatriz de um segmento de reta
76 Equações paramétricas de uma reta no plano
77 Equações paramétricas de uma reta no espaço
77 Circunferência
79 Círculo e esfera
4
Unidade Temática
3 Gráficos e Funções
5
6
Nota Introdutória
7
M E T A s
Os números
Equações e inequações
Sistemas de equações
O mais antigo símbolo para o zero parece ter sido usado pelos hindus: Tarefa 1
um ponto, aparece num manuscrito que remonta ao século III ou IV d.C. Observa como escreviam os egípcios,
O símbolo hindu para o zero era usado para assinalar espaços vazios e o número 322
chamava-se sunya ( significa “lacuna” “vazio”). Entrou para o árabe como
sifr ( “vago”) e depois para o latim como zephirum; de zenero, zepiro e cifre
evoluiu para cifra e zero hoje em uso. Os números negativos aparecem Usando o sistema egípcio, é laborioso
registar certas quantidades.
pela primeira vez no livro chinês Nove Capítulos que data do período da
Escreve 999 no sistema egípcio e
dinastia Han ( 206 a.C. - 220 a.C.) compara com a nossa maneira de
escrevê-lo.
No início do século VI a.C., os filósofos de Mileto, entre eles Thales Se queremos calcular a diagonal
de um quadrado de lado 1
(c.625 a.C. 547 a. C.), começaram a tentar compreender os fenómenos
da natureza sem recorrer a mitos e à religião. A utilização do raciocínio
dedutivo deu origem à criação de uma matemática dedutiva formalmente d
1
organizada, bem diferente da matemática de caráter iminentemente
prático, desenvolvida no Egito e na Mesopotâmia. 1
O quadrado decompõe-se em dois
triângulos retângulos. A diagonal do
quadrado representa a hipotenusa dos
Os textos de maior parte dos matemáticos gregos não chegaram aos triângulos.
nossos dias na sua versão original, uma vez que eram escritos em papiro. Aplicando o Teorema de Pitágoras:
Os rolos de papiro eram muito frágeis e com a utilização estragavam-se. então
Assim, apenas os trabalhos considerados importantes, como os Elementos
de Euclides, e que foram copiados frequentemente, é que chegaram até , um irracional !
aos nossos dias. Por isso, o que normalmente se designa de Matemática
Grega, é o que mais tarde autores bizantinos e árabes traduziram e Os pitagóricos surpreenderam-se
muito com a existência deste tipo
copiaram a partir das fontes gregas disponíveis na época. de números “tão estranhos” que
contradiziam a sua doutrina, que
preconizava a adoração do número
A Pitágoras deve-se a descoberta dos números irracionais. Por meio como algo perfeito que governa o
universo e tudo o que nele existe.
de segmentos de reta incomensuráveis, descobriu que a razão entre a
diagonal e o lado de um quadrado de 1cm de lado, não se podia expressar
por números, pois apenas se conheciam os que atualmente chamamos
de racionais.
Os números | 11
Tarefa 2 A IRRACIONALIDADE DE
Determina o valor exato da diagonal Se representasse um número racional então podia ser representado
de um quadrado de lado 15cm.
por uma fração irredutível, quociente de dois números naturais p e q,
primos entre si, tais que :
Temos então:
Tarefa 3 O número π
A primeira referência ao valor de π(pi) O número π é um número irracional e representa uma proporção numérica
aparece na Bíblia, no Primeiro Livro
dos Reis, 7, versículo 23: que tem origem na relação entre duas grandezas, o perímetro de uma
“Fez mais o mar de fundição, de dez circunferência e o seu diâmetro:
côvados, de uma borda até à outra
borda, redondo ao redor, e de cinco
côvados ao alto; e um cordão de trinta
côvados o cingia, em redor.”
Para determinar valores aproximados de π, Arquimedes, matemático grego
Qual é o valor de π usado nesta
afirmação? da Antiguidade(287-212 a.C.) considerou uma circunferência de diâmetro
um e uma sucessão de polígonos regulares inscritos e circunscritos à
circunferência.
Homem de Vitruvio
de Leonardo da Vinci
12 | Números e álgebra
O número de Ouro
É um número irracional misterioso e enigmático. O número de ouro
representava a “ divina proporção”, a “harmonia” e a “relação perfeita”.
Podemos observar a sua utilização em numerosas obras de arte assim
como na natureza. O número de ouro é representado pela letra (fi
maiúsculo), em homenagem a Fídias (Phideas), famoso escultor grego,
por ter usado a “regra de ouro” em muitos dos seus trabalhos.
Os números | 13
O Sistema Solar é constituído Números para expressar medidas
pelo Sol e pelo conjunto dos corpos Medir é relacionar duas magnitudes do mesmo tipo. Quando referimos
celestes que se encontram no seu
campo gravítico, e que compreende que o volume do planeta Mercúrio é 6/100 do da Terra, estamos medindo
os planetas. Os que atualmente
compõem o sistema solar: Mercúrio, o volume de Mercúrio tomando como unidade de medida o volume da
Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno,
Terra. O resultado de uma medição habitualmente não é um número
Úrano, Neptuno
Até agosto de 2006, quando a União inteiro pelo que para expressar medidas é necessário outro tipo de
Astronómica Internacional alterou números diferentes dos inteiros, números que nos permitam usar bocados
a definição oficial do termo planeta
Plutão era considerado o nono da unidade, esses são os racionais.
planeta do Sistema Solar.
Plutão hoje em dia não é considerado
um planeta embora esteja ainda no
sistema solar.
Hoje é considerado um planeta anão,
ou um planetoide, por ser muito
pequeno.
O planeta mais próximo ao sol
Mercúrio, está a 58 milhões de km. O
mais longínquo, Plutão está a mais de
5,9 milhares de milhões de km.
O volume de Mercúrio é 6/100 do
volume da Terra e Júpiter é 1316 vezes
o do nosso.
14 | Números e álgebra
Tarefa 6
O conjunto dos Números inteiros relativos e representa-se por: a) Certo dia o termómetro de
assinalava -8ºC as sete da manhã.
Durante a manhã a temperatura subiu
13ºC e durante a tarde desceu o dobro
do que tinha subido. Que temperatura
Os números inteiros para alem de se poder adicionar e multiplicar também marcava o termómetro ao por do sol?
podem-se subtrair e obtemos sempre outro número inteiro. 5
b) De uma vela já arderam 9 . Se a
vela tem 18cm de altura, quantos
centímetros faltam por arder?
Se ao conjunto dos números inteiros juntarmos os números fracionários c) Quantas garrafas de 1,75 litros se
obtemos o conjunto dos números racionais, que se representa por: podem encher com 80 litros de água?
d) De um deposito de 500 litros de
números fracionários 3
agua, gastaram-se primeiro, 5 do
3
total e em seguida, do restante.
4
Os números racionais podem-se escrever como quociente de dois Quantos litros de água sobraram?
Os números reais
Para além dos números racionais existem outros números, por exemplo
... este número é uma dízima infinita não periódica, Tarefa 7
A raiz quadrada de um número natural, quando não é inteira, é irracional, a.1) 1 de 200
3
a.3) 8 de 500
3
Também são irracionais os resultados de realizar operações entre racionais e b) Três quartos de um metro de tecido
irracionais, por exemplo: , entre estes podemos salientar o custam 8,2$. Quanto custam 3m do
mesmo tecido?
número de ouro ou proporção áurea .
O número π é o primeiro irracional que conheceste quando querias
encontrar o perímetro da circunferência ou a área do círculo,
3,14165926535…, normalmente só usamos aproximações 3,14 ou 3,1416.
Os números | 15
Tarefa 8 PROPRIEDADES DAS OPERAÇÕES EM
Temos 30m de rede para colocar à
volta deste terreno. Quantos metros
Tanto a adição como a multiplicação são:
de rede sobram?
Comutativas:
Quaisquer que sejam os números reais a e b
3m
6,07 m Associativas:
Quaisquer que sejam os números reais a, b e c
b.4)
c.4)
c.5)
Exemplos
6 30 18 6
1. 3 15 15 5
2.
3.
4.
16 | Números e álgebra
Números e dízimas Tarefa 10
Observa as seguintes frações: Calcula e simplifica:
a)
b)
Se efetuarmos a divisão:
c)
Tarefa 11
a)
b)
c)
d)
Exemplo 1
Chamemos A = 0,21212121…
Os números | 17
Exemplo 2
Tarefa 12
a) Escreva sob forma de fração Se queremos escrever 2,(5) sob forma de fração:
2,(5)=2+0,(5) Consideramos A = 0,(5)
a.1)
Multiplicamos A por 10 e subtraindo 10 A de A obtemos
a.2)
10A – A = 5 logo podemos concluir que
a.3)
b.2) 10,(12)-5,(03)
Para escrever 1,4(2) como uma fração
Consideramos A= 0,0(2)
Conclusão
Curiosidade
10,36,81
18 | Números e álgebra
A raiz quadrada de 17 com aproximação de 0,1 Tarefa 13
a)
b)
Reta Real
É possível estabelecer uma correspondência biunívoca entre os pontos de
Tarefa 14
uma reta e os números reais.
Representa na reta real
Consideramos uma reta r e sobre esta um ponto O, que designamos por
origem, consideramos um ponto P à direita de O e um ponto Q à esquerda
de O.
Verifica que:
Reta real
Observa:
A de abcissa 1
B de abcissa
C de abcissa -5
D de abcissa -
Os números | 19
Exemplos
Valores aproximados
Regra 1
Nota:
Nas operações com números reais, Se o algarismo decimal seguinte for menor que 5, o anterior não se
há duas formas de apresentar os
modifica.
resultados:
- O valor exato
Exemplo
- O valor aproximado
23,652. Arredondando a 2 algarismos decimais deveremos ter em atenção
o terceiro decimal e obtemos 23,65
Exemplo
20 | Números e álgebra
Exemplo
Exemplo
b)
d)
Dizemos que:
1,558 é um valor aproximado por excesso de com erro inferior a 0,002
1,556 é um valor aproximado por defeito de com erro inferior a
0,002.
Os números | 21
Tarefa 17 POTÊNCIAS
Calcula , sem
efetuar cálculos, indique o valor de
. Potência de de expoente natural n é igual ao produto de n fatores iguais
a , ou seja
Tarefa 18
Propriedades
Calcula simplificando o resultado o
mais possível.
Para todo
a)
Multiplicação de potências:
b) Com a mesma base
Com o mesmo expoente
c)
d) Divisão de potências:
Com a mesma base para a ≠ 0
e) Com o mesmo expoente para b ≠ 0
Observação
Mais geral
22 | Números e álgebra
Exemplos
Tarefa 19
Onde esta o erro na resolução
seguinte? Porquê? Qual é a resolução
correta?
Potências de base 10
em que
Exemplos
Tarefa 20
Massa da Terra Em Notação científica Indique a massa de :
5 970 000 000 000 000 000 000 000 Kg a) 10 eletrões
b) eletrões(1 mole)
Anos luz Em Notação científica
9 460 800 000 000 Km
Os números | 23
Tarefa 22 Exemplo Justificação
Efetue as operações seguintes,
apresentando o resultado em notação
científica:
a)
b)
Observemos:
c) Se n é par:
Se n é impar: x
Tarefa 23
Calcular, simplificando o mais possível
o resultado:
a) Racionalização do denominador de uma fração
b) Consideramos a fração de denominador irracional, multiplicando
ambos os termos da fração por obtemos uma fração equivalente à
c)
dada:
d)
e)
f)
A fração que se obtém tem denominador racional e é equivalente a
de denominador irracional. Dizemos que o denominador foi
racionalizado.
Tarefa 24
Indica o conjugado de: Racionalizar o denominador de uma fração consiste em transformar a
a) fração noutra equivalente de modo que no denominador da nova fração
b) não apareçam radicais. Esta operação nos permite realizar operações
c) entre frações com mais facilidade observa:
Queremos adicionar:
Tarefa 25
Sem racionalizar antes da operação:
Racionaliza o denominador das
seguintes frações:
c)
24 | Números e álgebra
NOTA
Tarefa 26
O conjugado da expressão a + b é a - b Indica, com denominador racional o
O conjugado da expressão a - b é a + b inverso do número de ouro
Tarefa 27
Calcula, simplificando o resultado o
mais possível:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
Exemplos
1.
2.
3.
Tarefa 28
4.
Calcula o número designado pela
expressão quando x
Os números | 25
EXERCÍCIOS E PROBLEMAS
2.4.)
2.5)
5) Mostra que:
5.1)
5.2)
6) Calcula:
6.1) (3 + ) - (4 - 2 )(4 + )
6.2) ( -2)2 + (1 - )2
26 | Números e álgebra
7) Racionaliza o denominador de cada uma das seguintes frações:
7.1)
7.2)
7.3)
7.4)
8.1)
8.2)
8.3)
9) Utiliza os valores aproximados a menos de 0,01 de ; ; e π, por defeito e por excesso para
indicar valores aproximados de:
9.1) +
9.2) -
9.3) π ×
10) A figura representa uma mesa de tampo retangular de dimensões 0,8m de largura e 1,4m de
comprimento.
Nome Subtema | 27
Conteúdos: Equações e inequações
Condições
Conjunto solução de uma condição
Expressões com variáveis
Equações de grau superior ao primeiro
Num triângulo isósceles em que os lados iguais medem 5cm, entre que
Inequações
valores varia o comprimento do outro lado?
Equações e Inequações com módulos
Num triângulo:
a medida de qualquer lado é superior à diferença das medidas dos outros
dois lados, no nosso caso:
Tarefa 29
Se a área de um quadrado com 2cm
de lado aumentar 12cm2, quais são as
a medida de qualquer lado é inferior à soma das medidas dos outros dois
dimensões do novo quadrado? lados, no nosso caso:
Na última aparece uma variável num radicando, diz-se por isso, que é
uma expressão irracional. Na terceira a variável surge no denominador,
chamamos expressão fraccionária.
28 | Números e álgebra
A expressão transforma-se na designação de um número real quando
substituímos x por qualquer número real diferente de 4, visto que quando
substituímos por 4 a expressão não tem significado em . Dizemos
então que é o Universo em que trabalhamos e é o Domínio da
expressão.
Exemplos Tarefa 30
Determina o domínio das seguintes expressões designatórias: Determina o domínio das seguintes
expressões designatórias:
a)
a)
b)
c) b)
d)
c)
d)
Consideremos agora a expressão 2x -2=4, quando substituímos a variável por
um número real a expressão converte-se numa proposição que tanto pode
ser verdadeira como falsa, por exemplo se substituímos x por 1 obteremos
uma proposição falsa, mas se substituirmos por 3 obtemos uma proposição
verdadeira. A expressões como estas damos o nome de condições.
Exemplos
Tarefa 31
Condição Conjunto Solução Classifica, em e em cada uma das
condições:
a)
b)
c)
d)
e)
Equações e inequações | 29
Exemplos
Tarefa 33
R - O valor de x é 2, visto que no contexto do problema o x não pode ser zero.
Resolve cada uma das seguintes
equações:
a) Um produto anula-se quando, pelo menos, um dos fatores é nulo
b)
c)
d)
Exemplos
1)
2)
4 4
3) 5 5
4)
Tarefa 34
5)
a) Qual é o número natural cujo
quadrado é igual ao seu dobro?
b) O quadrado da diferença entre um
número e 2 é igual à diferença entre 8 Equações do segundo grau
e o quádruplo desse número. Qual é
esse número?
Numa parede quadrada de de área colocamos um tai, também
quadrado de lado 2m. Queremos colocar outro tai, também quadrado ao
lado do que já temos, qual é o comprimento do lado do novo tai?
Tai
2m
30 | Números e álgebra
Tarefa 35
A área da parede é dada por: A = Considera as seguintes equações,
em cada caso, efetua os cálculos
então temos simplificando os termos semelhantes,
reduz o segundo membro a zero e
diz se se trata de uma equação do
Podemos resolver esta equação de duas formas diferentes: segundo grau
a)
1º Processo b)
c)
d)
Mas -7 não nos serve como resposta, pois x representa uma distância logo
tem que ser um número positivo. Logo x = 3m
2º Processo
Tarefa 36
Resolve as seguintes equações do
Usando a fórmula resolvente obtemos: segundo grau:
a)
b)
c)
d)
e)
Igualmente -7 não pode ser solução, logo o valor de x é de 3m. O novo tai
tem que ser um quadrado de lado 3.
Fórmula Resolvente
Tarefa 37
Em cada caso constrói uma equação e
encontra o valor de x
a)
b)
temos duas raízes reais
temos uma raiz real
não temos raízes reais
Equações e inequações | 31
Tarefa 38 Equações Biquadradas
Sem resolver as equações diz,
justificando, se cada uma das
equações seguintes tem ou não raízes
Chamamos equações biquadradas a toda equação da forma
reais.
a)
b)
Para resolver estas equações fazemos a seguinte substituição: y2 = x, e
c)
resolvemos a equação
d)
e)
Exemplo
f)
b) Inequações
Tarefa 40
Determina o conjunto solução de cada
uma das inequações:
Os números naturais menores que 3 são 1 e 2, logo a solução é x =1 ou x =2
a)
b)
As condições que apresentam dois membros ligados pelos sinais de <; ≤;
>; ≥ chamam-se inequações.
c)
32 | Números e álgebra
Princípios de equivalência em inequações
Tarefa 41
• Se numa inequação adicionarmos a ambos os membros a
Qual é o maior número inteiro que
mesma expressão, obtemos uma inequação equivalente à dada.
verifica a inequação
a)
Exemplos
b)
c)
1) C. .
d)
2)
C. .
3)
C. .
para a 0
+
C. .
para a 0
+
C. .
para a
C. .
Equações e inequações | 33
EXERCÍCIOS E PROBLEMAS
1.1)
1.2)
1.3)
1.4)
1.5)
1.6)
3) Cada uma das condições seguintes está definida em . Indica o conjunto solução de cada uma e a respetiva
classificação quanto a sua solução:
3.1) x + 2(x - 1) > 3x
3.2) (x + 1)2 + 2 ≥ (x + 3)2 + 1
3.3) x2 + 1 < 0
13.4) (x - 1)2 - 4 < (x - 1)(x + 1)
34 | Números e álgebra
5) A figura seguinte representa um triângulo.
7) Num jardim existe um canteiro de forma retangular. O seu comprimento excede a largura em 4 m e a sua área
é de 21m2.
7.1) Determina as dimensões do canteiro
7.2) Pretendemos vedar o canteiro com rede. Determina o comprimento de rede necessário para fazer a vedação
7.3) Se um jardineiro pretende substituir a camada superior de terra numa profundidade de 30cm. Determina o
volume de terra a ser movimentada.
A(x): x - x>3
Representa, sob a forma de intervalos de números reais, as soluções de cada uma das condições seguintes:
9.1) A(x) B(x)
9.2) A(x) B(x)
9.3) Determina os números inteiros que satisfazem a condição A(x) B(x)
Equações e inequações | 35
Conteúdos: Sistemas de equações
Sistemas de duas equações lineares
com duas incógnitas:
- Método de substituição Sistemas de duas equações do 1º grau a duas incógnitas
- Método de Redução
- Regra de Cramer Considera o seguinte problema:
- Interpretação gráfica da resolução de A soma das idades de dois irmãos é 10 e a diferença é 4. Determina a
um sistema
idade dos dois irmãos
- Classificação dos Sistemas de
equações quanto as suas soluções Traduzimos o problema em linguagem matemática, usando duas equações:
Sistemas de três equações lineares
x Idade do mais velho
com três incógnitas
y Idade do mais novo
x+y=10 x-y=4
Tarefa 43
A solução deste sistema é muito simples x = 7 e y = 3
Verifica que o par dado é solução do Chama-se solução de um sistema a todo par ordenado (x,y) que satisfaz
sistema: simultaneamente cada uma das equações do sistema.
a)
Muitas vezes não é tão simples, como no caso anterior, encontrar a
b) solução pelo que existem diferentes métodos de resolução que permitem
encontrar o par ordenado que satisfaz as duas equações.
c)
36 | Números e álgebra
Solução do sistema
x
Tarefa 45
4
Resolve graficamente os seguintes
sistemas e em cada caso confirma
A
5/2 a tua solução resolvendo-os
analiticamente
2 5 y a)
c)
Nem sempre é fácil verificar a solução geometricamente, a representação
tem que ser construída com todo rigor para obter a solução exata ou uma
boa aproximação.
Tarefa 46
Método de Substituição Resolve os seguintes sistemas
b)
Resolvemos uma das equações em ordem a uma das variáveis
c)
Método de Redução
Sistemas de equações | 37
Multiplicamos uma das variáveis por um número real diferente de zero de
forma a obter um monómio simétrico ao da outra equação
Tarefa 47 Matrizes
A cada sistema associa a matriz
formada pelos coeficientes das
variáveis Quando trabalhamos ordenadamente com sistemas de equações
lineares, apercebemo-nos que escrevemos muitas vezes os mesmos
a)
símbolos, os coeficientes e as variáveis, por exemplo:
Uma matriz diz-se quadrada sempre que o número de linhas seja igual ao
número de colunas.
38 | Números e álgebra
Exemplos
a)
b)
Por exemplo:
Regra de Cramer
Sistemas de equações | 39
Exemplo: vamos resolver o seguinte sistema
Tarefa 49
Resolve os seguintes sistemas, sempre
que possível, usando a Regra de
Cramer: Começamos por verificar que o determinante da matriz
formada pelos coeficientes das variáveis é diferente de zero.
a)
c)
Exemplo
Observa que está na forma canónica.
40 | Números e álgebra
Seguidamente vamos classificar os sistemas quanto as suas soluções Tarefa 50
Resolução Analítica Resolução gráfica Tipo de Sistema Resolve e classifica os seguintes
sistemas
a)
b)
c)
d)
Tarefa 51
a) A diferença entre o comprimento e
Classificação dos sistemas quanto as suas soluções a largura de um parque retangular é
20m. O perímetro do parque é 160m.
Calcule, em metros quadrados, a área
do parque.
b) Um autocarro efetua 26 viagens
DILI-BAUCAU e, no total dessas
viagens, transporta 550 pessoas.
Em algumas dessas 26 viagens
transportou 25 pessoas e noutras
apenas 15. Em quantas dessas viagens
transportou 15 pessoas?
Determinantes de ordem 3 c) De um armazém saiu um camião
com mercadoria. Uma hora mais tarde
o Responsável do armazém, verificou
Por exemplo se tivermos a matriz o determinante desta que um pacote ficara esquecido. De
matriz é dado imediato entrou no seu automóvel
e foi atrás do camião. Supondo que
o automóvel viaja a 90 quilómetros
por hora e o camião a 60 quilómetros
por hora, determina a que distancia
do armazém vão encontrar-se os dois
veículos.
Temos uma regra prática para calcular determinantes 3X3, que é a regra
de Sarrus, vamos ver como funciona com um exemplo:
Sistemas de equações | 41
Regra de Sarrus
Tarefa 52
Calcula o valor dos seguintes • Repetimos as duas primeiras linhas
determinantes
• Multiplicamos os elementos das diagonais principais e os adicionamos
a) • Multiplicamos os elementos das diagonais secundárias e os adicionamos
• Ao resultado das diagonais principais subtraímos o resultado das
b)
diagonais secundárias
= 11
Tarefa 53
Resolve os seguintes sistemas
Sistemas Lineares de três equações com três incógnitas
a)
Chama-se solução de um sistema a todo terno ordenado (x, y, z) que
satisfaz simultaneamente cada uma das equações do sistema.
b)
Podemos utilizar qualquer um dos três métodos que já foram enunciados
para sistemas de duas equações com duas incógnitas.
c)
Exemplo
42 | Números e álgebra
EXERCÍCIOS E PROBLEMAS
2) Um fabricante de cestos ganha 3 dólares por cada cesto que fabrica sem defeito e perde 5 dólares por cada
cesto que fabrica com defeito. Numa semana fabricou 160 cestos e obteve um lucro de 400 dólares. Quantos
cestos com defeito foram produzidos?
5. O dobro da soma de dois números é 114 e a sua diferença é 7. Quais são os números?
Sistemas de equações | 43
M E T A S
Cálculo vetorial
Reta e circunferência
Unidade Temática 2 | Geometria analítica
Referência histórica:
A propósito de problemas da Física,
o alemão Hermann Grassman (1809-
1877) introduziu a noção de espaço
vetorial. No entanto, foi o escocês
William Hamilton (1805-1865) um
dos primeiros a utilizar vetores e
provavelmente o inventor do termo.
O americano Gibbs (1839-1903) e
o inglês Anglais Heaviside (1850- Um vetor é um “objeto matemático” que envolve uma dada direção, um
1925), disciplinos de Hamilton,
deram ao cálculo vetorial quase a
dado sentido e uma determinada intensidade e que já foi abordado a
sua forma atual. propósito do tema “Translações”.
46
Consideremos sobre uma reta s dois pontos A e B. Ao subconjunto de Nota:
pontos da reta constituído por A e B e todos os pontos compreendidos Consideremos a reta t.
entre A e B chama-se segmento de reta AB e representa-se por [AB].
Exemplo:
Observa:
Considera o paralelogramo [ABCD].
Cálculo vetorial | 47
Numa prova de natação, os nadadores nadam em trajetórias paralelas
entre si.
Tarefa 1
a) Considera o paralelogramo
paralelogramo[ABCD].
48 | Geometria analítica
Equipolência de segmentos de reta orientados: Nota:
Igualdade vetorial
Cálculo vetorial | 49
Vetor nulo
Propriedades:
Consideremos um vetor ≠ .
50 | Geometria analítica
Adição de vetores: propriedades Nota:
O vetor é independente do ponto
A escolhido.
A partir do exemplo, és capaz de indicar qual é o vetor que representa a
Se partirmos de um ponto D e
deslocação do barco? marcarmos E e F de modo a ser
= e = obtém-se = .
Considere-se um ponto A e
- marque-se B de modo a que = ( é um representante de )
- marque-se C de modo a que = ( é um representante de )
- una-se A com C ( é um representante de + )
O vetor (= ) é a soma de + .
Escrevemos, = + = +
Cálculo vetorial | 51
Tarefa 2 Propriedades da adição vetorial
Dado um vetor qualquer à
tua escolha (não nulo), constrói
segmentos orientados que Para quaisquer vetores , e , tem-se as propriedades:
representem os vetores:
a) -3.
1
b) 2
c) 2,5.
a) + ( + )=( + )+ , Associatividade
b) + = + , Comutatividade
52 | Geometria analítica
O produto de um vetor por um número real é um vetor, que podemos
chamar de e tem as seguintes características:
Nota:
a) a ( + ) = a + a , distributividade em relação à adição no
Este cálculo é semelhante ao cálculo
conjunto V dos vetores. com polinómios.
b) (a + b) = a + b , distributividade em relação à adição em .
c) a (b ) = (a.b)
d) 1. =
Exemplo
Temos que
+ = (3 -2 ) + (5 + 3 ) = 3 + 5 -2 +3 = (3 + 5) + (-2 + 3)
Donde
+ =8 +
Cálculo vetorial | 53
Vetores aplicados e vetores livres
Diz-se que dois ou mais vetores aplicados são colineares quando têm a
mesma reta suporte.
Por exemplo, [A, B], [C, D] e [E, F] são colineares
54 | Geometria analítica
Desta definição resulta que:
• o vetor é colinear com qualquer vetor;
• dois vetores livres são colineares se e só se são paralelos ou um
deles é nulo.
= =
= =
Assim, Assim,
= =
Cálculo vetorial | 55
Referenciais. Correspondência entre o plano e 2
Nota:
Em anos anteriores já chamaste
a x a abcissa de ponto P e y a
ordenada de P (x , y)
Um referencial no espaço
56 | Geometria analítica
Exemplo
Tarefa 3
Imagina um cubo nesse referencial.
Representa-o e indica as coordenadas
dos seus vértices.
Com três varas,
constrói um referencial
como o da figura ao lado.
Donde, M – A = B – M
E atendendo às coordenadas respetivas podemos escrever
(x, y) – (1, 2) = (3, 8) – (x, y)
Ou seja, (x - 1, y - 2) = (3 - x, 8 - y)
Concluindo-se que
Cálculo vetorial | 57
O ponto médio do segmento de reta de extremos A (1, 2) e B (3, 8) tem
por coordenadas:
Abcissa Ordenada
(semissoma das abcissas dos pontos (semissoma das ordenadas dos pontos
A e B, extremos do segmento) A e B, extremos do segmento)
Equivalente a
(x - a1 , y - a2) = (b1 - x , b2 - y)
Concluimos que
Noção de base.
Coordenadas de um vetor relativamente a uma base
58 | Geometria analítica
Para todo o ponto S do plano, podemos escrever.
= + ; é colinear com e temos que =a e é colinear
com e temos que =b .
Donde, =a +b .
O par ordenado (a, b) é o par de coordenadas do vetor na base ( , ).
Exemplo
= + ; =3 e =4
=3 +4
Cálculo vetorial | 59
• Se os pontos A e B são coincidentes, então é o vetor nulo e as suas
coordenadas são (0, 0).
Tarefa 6 Exemplo
Encontramos, d = 8 e d´= 3.
O ponto D tem por coordenadas (8, 3)
60 | Geometria analítica
Escrevemos também det ( , ) = 0 ou é a condição de colinearidade
de dois vetores. Note-se que se nenhuma das coordenadas é nula,
podemos escrever aa´ = bb´.
Exemplo Tarefa 7
Para verificar se três pontos são
Os vetores (-3, 2) e (6, -4) são colineraes visto que colineares um dos caminhos a seguir
(-3) x (-4) - 2 x 6 = 12 – 12 = 0 é verificar se dois quaisquer dos
vetores definidos pelos três pontos
são colineraes, isto é, se têm as
coordenadas proporcionais.
Ou seja, det ( , ) = =0
Verifica se são colineares os pontos
A (1, 2) , B (3, -1) e C (5, 3)
Dizemos que dois vetores não nulos são ortogonais se as suas direções são
perpendiculares. Chamamos base ortonormada a uma base para a qual os
vetores ( , ) são ortogonais (perpendiculares) e têm a mesma norma.
Exemplo
Cálculo vetorial | 61
Cálculo da distância entre dois pontos
Exemplo:
Nota:
Numa base ( , ) dados os vetores (a, b) e (a´, b´), o vetor simétrico
Sendo A (x1 , y1) e B (x2 , y2), a
distância entre A e B é dada por
de , - tem de coordenadas (-a´, -b´).
O vetor + tem de coordenadas (a + a´, b + b´), vetor - tem de
coordenadas (a – a´, a – b´) e o vetor k tem de coordenadas (ka, kb), k .
Exemplo
Atenção que
(2 , 3) (4 , -2)
2 (4 , 6) ( + ) (6 , 1)
62 | Geometria analítica
Podemos deduzir as coordenadas do ponto médio de um segmento de
reta aplicando as operações com vetores.
Sendo xM e yM as coordenadas de M.
Produto interno
Nota que:
A α
Cálculo vetorial | 63
Nota: Temos que . = . = cos α α
Projeção ortogonal de um vetor
sobre outro
Propriedades
64 | Geometria analítica
Exemplos Recorda:
Concluimos que
Graficamente temos:
Cálculo vetorial | 65
Nota: Vetores perpendiculares
São perpendiculares a um vetor
(a, b) não nulo os vetores os vetores:
(b, -a) e (-b, a)
1. Determinar, numa base o.m., vectores perpendiculares a (4, -2) e de
Vetores perpendiculares a (2, 3),
norma 5. Procuremos (x, y) perpendicular a .
com a mesma norma: (-3, 2) e (3, -2)
Com efeito (2, 3) . (-3, 2) Então, aplicando a definição de produto interno entre dois vetores, temos
= 2x(-3) + 3x2 = 0 (2, 3) . (3, -2) que 4 x + (-2) y =0
= 2x3 + 3x(-2) = 0
Trata-se de uma equação de solução indeterminada. Atribuindo a x o valor
1, vem para y o valor 2, (1 , 2) é uma das soluções da equação.
k2 + 4 k2 =25
5 k2 = 25
k2 = 5, donde k = - ou k =
Para k = - . (k, 2k) = (- ,-2 )
Para k = . (k, 2k) = ( ,2 )
Por consequência
(4k, 3k) , com k≠ 0, a familia de vetores perpendiculares a (3, -4).
66 | Geometria analítica
Em síntese
Tarefa 10
Dado o vector ( 3 , 4), definido
numa base o.m., encontra tal
Vimos que (b, -a) e (-b, a) são perpendiculares a um vetor (a, b) não nulo. que || ||= 3 e tal que e são
Para obter um vetor perpendicular a um dado vetor não nulo basta trocar perpendiculares.
as coordenadas e multiplicar uma delas por -1.
Interpretação geométrica
Cálculo vetorial | 67
Tarefa 11 Propriedades do produto interno
Considera um hexágono [PQRSTU],
inscrito numa circunferência de centro
O e raio 4.
Quaisquer que sejam os vetores e e k um número real, temos que
1) . = . ;
2) .( +w)= . + .w;
3) (k ) . = k ( . );
4) ( + ) . ( - ) = || ||2 - || ||2
Exemplos
1) Demonstrar que a . b = ab ( . ); a, b
a . b = a ( . b ), pela propriedade 3
= a (b ( . )), pela propriedade 3
= ab ( . ) pela propriedade associativa da multiplicação de
números reais
e são perpendiculares se e só se . =0
. =0 (1, 3) . (k, -2) = 0 k-6=0 k=6
68 | Geometria analítica
Aplicações do produto interno
Os físicos utilizam, para calcular o trabalho (W) realizado por uma força no
decurso do deslocamento do seu ponto de aplicação, a seguinte fórmula:
W = F.d.cosα
Exemplo
Cálculo vetorial | 69
2) No caso seguinte, o Inocêncio desloca uma mala, mas a força aplicada
com intensidade de 32N não é paralela ao deslocamento, fazendo com
a direcção deste um ângulo com medida de amplitude de 30° e sendo o
deslocamento d de 6m.
Qual o trabalho realizado pela força aplicada pelo Inocêncio ao puxar a mala?
Pedido: w =?
Pedido: w =?
70 | Geometria analítica
Exercícios e problemas
a) Determina:
2. Considera numa base (a , b ) ortonormada os vetores (2, 1), (2, -1) e (2, 4).
a) Determina . e .
b) Determina
3. Considera num referencial o.m. os pontos A (4, -4) ; B (-4, 4) ; C (0, 2) e o vetor (7, 1)
Cálculo vetorial | 71
Conteúdos: Reta e circunferência
Estudo da reta
Colinearidade de três pontos
Estudo da reta
Retas perpendiculares e retas
paralelas Na figura está desenhado um referencial o.m. (O, ( , )) onde estão
Equação cartesiana de uma representados vários pontos.
Circunferência
Equação cartesiana de uma esfera
Interseção de uma reta com uma
circunferência
Questões de linguagem
No referencial ortonormado
(O, (i , j )), da figura um ponto P
de coordenadas (x, y) tem de abcissa
x e ordenada y.
72 | Geometria analítica
No plano, uma reta r pode ser definida por dois pontos ou por um ponto Exemplo
e um vetor director ou um ponto e um vetor normal à reta. Define a reta que passa pelos pontos
A (-2,-1) e C (0, 6)
Vamos, de seguida, procurar uma relação a que devem satisfazer os Designemos por P (x, y) um ponto
genérico da reta.
pontos da reta r; a relação obtida é a equação da reta r.
Podemos escrever que e são
colineares. O que significa que
1º Caso
Obtemos, 7(x + 2) -2(y + 1) = 0
Reta definida por dois pontos
O que significa 7x +14 - 2y - 2 = 0
Simplificando, 7x -2y + 12 = 0
Determina, analiticamente, a reta que passa pelos pontos A (3, 1) e B (-2,4).
O que significa
3x -9 + 5y -5 = 0
simplificando
3x + 5y -14 = 0
Reta e circunferência | 73
2º Caso
Reta definida por um ponto e por um vetor diretor
Podemos escrever
2x + 2y – 10 = 0
5 (x – 3) - 2 (y – 4) = 0
5x – 15 - 2y + 8 = 0
Simplificando (dividindo por 2)
5x – 2y = 7 x+y-5=0
Ou seja,
Exemplo
3º Caso
Escreve uma reta que passa pelo
ponto B (2, 4) e é perpendicular à Reta definida por um ponto e por um vetor normal
reta 2x + 3y = 5
Vamos representar graficamente a
reta de equação 2x + 3 y = 5 Considera um ponto (x , y) qualquer da reta t.
O vetor (-3, 2) é vetor diretor da
reta e é vetor normal à reta pedida. Neste caso o vetor = P – A = (x, y) – (3, 1) = (x – 3, y – 1) é perpendicular
Sendo P (X, Y) um ponto genérico da ao vetor .
reta pedida, temos que
= (x – 2, y – 4) é perpendicular Então, utilizando a condição de perpendicularidade de vetores, temos
a . Então, utilizando a
perpendicularidade de vetores, 2 (x – 3) + 1 (y – 1 ) = 0
temos
2x -6 + y – 1 = 0
-3(x -2) + 2(y – 4) = 0
-3x + 6 + 2y -8 = 0 Simplificando,
-3x + 2y = 2
2x + y -7 = 0 (equação geral da reta t)
74 | Geometria analítica
Retas paralelas aos eixos coordenados Tarefa 13
Representa graficamente as retas
definidas por:
Se uma reta é paralela a Ox, os seus pontos terão todos a mesma ordenada,
sendo essa a condição que os caracteriza. a) y =
Por exemplo, y = 3, representa uma reta paralela ao eixo Ox. Alguns pontos
b) x =
que pertencem a essa reta são, (1, 3), (-2, 3), (0, 3), (1,5; 3), etc.
c) x + 4 = 0
Se uma reta é paralela a Oy, os seus pontos terão todos a mesma abcissa, d) 2y + 4 = 0
sendo essa a condição que os caracteriza.
Por exemplo, x = 4, caracteriza uma reta paralela a Oy. Alguns pontos que
pertencem a essa reta são, (4,1), (4, 0), (4, -1), etc.
Em geral,
Reta e circunferência | 75
Tarefa 14
Determina as equações paramétricas
da reta que passa pelo ponto Q (2, 3)
e tem a direção do vetor (-2, 2).
logo
Ou seja
Consideremos uma reta r que passa por Q (1, 2) e tem vetor diretor (2, 2).
Donde sai,
(x, y) = (a, b) + k (p,q), com k pertencente a
76 | Geometria analítica
Equações paramétricas de uma reta no espaço Exemplo
Determina as equações paramétricas
da reta que passa pelo ponto Q (2, 3)
Tal como no plano, no espaço, uma reta pode ser definida por dois pontos
e tem a direção do vetor (-2, 2)
ou por um ponto e um vetor diretor.
(x, y) = (2, 3) + k (-2, 2)
Determinemos as equações paramétricas de uma reta d a passar por um
x = 2 − 2k
ponto A e com vetor diretor não nulo . , com k
y = 3 + 2k
Um ponto M pertence à reta d se e só se = k e através de coordenadas
A (a, b, c); M (x, y, z) e = (m, n, p), temos:
Exemplo
As equações,
são as equações paramétricas da reta que passa pelo ponto A (1, 0, -4) e
tem vetor diretor (2, 8, -6).
Circunferência Recorda
Num plano, circunferência de centro
C e raio r é o conjunto de todos os
A figura seguinte representa uma circunferência de centro na origem das pontos cuja distância a C é r.
coordenadas e raio 1. Sendo A (x1, y1) e B (x2, y2) , então a
distância entre A e B será,
Reta e circunferência | 77
Tarefa 16
Para que o ponto P (x, y) pertença a esta circunferência tem que satisfazer
Determinna a equação cartesiana da
a condição: a distância dele à origem é igual a 1.
circunferência de centro C(0,0) e raio 5. Atendendo à definição de distância entre dois pontos, teremos que
calcular a distância entre P (x, y) e O (0, 0), ou seja
Teremos
Donde
Tarefa 17
Esta condição carateriza a circunferência desenhada.
Determina a equação cartesiana das
circunferências com:
a) Centro C (-3, -1) e raio 1; Vamos agora determinar a equação cartesiana de uma circunferência de
b) Centro C (0,2) e raio 2. centro (-2, 1) e raio 3.
Para que o ponto P (x, y) pertença a esta circunferência a distância dele ao
ponto C, centro da circunferência, terá que ser igual a 3.
Atendendo à definição de distância entre dois pontos, teremos
Exemplo
78 | Geometria analítica
Exemplo:
Exercício resolvido nº 5
Determina a equação da mediatriz
do segmento de reta cujos extremos
são, A (-3, 2),B (2, -3)
Seja P (x, y) um ponto genérico da
mediatriz. Verifica-se que
O’
Efetuando os cálculos e
simplificando temos que y = x é a
mediatriz de [AB].
Determinação da mediatriz de [PQ]
Donde resulta, x + y = -1
A mediatriz de [QR]
Donde resulta, 3x – y = 5
O´(1, -2)
Círculo
Tarefa 18
Substituindo x e y pelas coordenadas
Qual o significado que devemos atribuir à seguinte condição? de P (1, 1) obtém-se a proposição
verdadeira
12 + 12 ≤ 4
Sabemos que a equação
Assim, o ponto P (1, 1) é uma das
(1) soluções da inequação
Representa uma circunferência de centro (0, 0) e raio 2, isto é, o conjunto Representa geometricamente a região
do plano correspondente a:
de todos os pontos que distam exactamente 2 do ponto O.
x2 + y2 ≤ 9
(2) E, representa o conjunto de pontos cuja distância à
origem é menor que 2
Reta e circunferência | 79
Tarefa 19
Comparando as expressões (1) e (2) induz-se que a condição
Escreve a equação cartesiana da
esfera com centro em (1, 2, 1) e raio 2.
Representa o conjunto de pontos do plano cuja distância ao ponto O é igual ou
inferior a 2, representa o círculo de centro O e raio 2.
Esfera
Exemplo
Simplificando,
x+y-6=0
Para determinar o pé da perpendicular há que determinar o ponto de
interseção das retas y = x + 1 e x + y -4= 0.
Resolvendo o sistema temos que o pé da perpendicular traçado de Q para
a reta r é ( , ).
80 | Geometria analítica
EXERCÍCIOS E PROBLEMAS
3.Determina uma equação da mediatriz de cada um dos segmentos cujos extremos se indicam:
a) A (0, 0) ; B (6, 6)
b) A (2, 1) ; B (7, 1)
c) A (1, 2) ; B (-3, 5)
6. Define analiticamente o conjunto dos pontos equidistantes dos pontos (1, 3) e (-3, 5).
O ponto (4, 2) pertence a esse conjunto?
Reta e circunferência | 81
M E T A S
Produto cartesiano
84
Exemplo
Nota que
Exemplo
Ou seja,
Uma relação R: A B é unívoca se para cada x A, existe um e só um
y B, tal que y = R(x). Então, R diz-se uma aplicação ou função de A em B.
Exemplo
Tabela
Um quadro de dupla entrada onde se assinalam quais os valores que
tarefa 1
uma variável (dependente) assume relativamente à outra variável
Sejam os conjuntos A= {1,2,3} e
B= {1,3,4,5} de números reais e a (independente);
relação definida por
R={(x,y) A×B : y =2x-1}.
Qual dos gráficos cartesianos abaixo, Exemplo
representa a relação R?
Numa cidade C, as temperaturas médias mensais (graus centígrados)
observadas ao longo de um determinado ano, são as que estão indicadas
na tabela:
86 | Gráficos e funções
Representação gráfica
Os gráficos não são mais são do que representações visuais de uma relação
tarefa 2
entre duas variáveis. Estas representações gráficas podem ser obtidas
Sejam os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5} e
num esboço em papel ou num desenho no quadro da sala ou, através de B = {-2, -1, 0, 1, 2, 4, 6, 8, 10} e a
relação R= {(x,y): y = x(x - 3)} definida
uma imagem mais precisa em escala milimétrica ou, numa aplicação do
sobre A×B.
computador ou calculadora gráfica.
Apresenta R de uma forma explícita
e constrói o gráfico cartesiano desta
relação.
Ao subconjunto constituído por todos
os pares ordenados da relação R, chama-se Gráfico de R.
tarefa 3
Na maioria dos países da Europa,
Exemplo a temperatura é indicada na escala
Celsius (C). No norte da Europa e
nos Estados Unidos, usa-se a escala
Ao observar o crescimento de determinada planta registámos, numa Fahrenheit (F).
tabela de duas entradas, a altura em milímetros ao longo de cada um dos Considera a expressão analítica que te
permite transformar graus Celcius em
7 dias da semana. A medição é efetuada uma única vez em cada dia, a graus Fahrenheit:
uma hora determinada.
e) Demorou o mesmo tempo em Na Física, quando um objeto que emite um som de frequência 10 kHz
todas as paragens? Tenta encontrar
uma justificação para esse facto.
se move com velocidade v (m/s) relativamente a um observador fixo,
a frequência de som que este recebe é dada por f (v) = 10c/(c - v) kHz,
onde c = 340 m/s representa a velocidade do som. A cada velocidade v (entre
0 e 340) corresponde, por meio desta fórmula, a frequência percebida.
88 | Gráficos e funções
Seja f(x) a regra a que se faz referência. Nota
o conhecimento de uma função
f : A → B, fica completo quando estão
Escrevemos para indicar que se trata de uma função de A em B, perfeitamente definidos o conjunto
tal que a cada elemento x A (A é o conjunto de partida) designa-se de A e a regra que permite determinar a
imagem de cada objeto.
“objeto” a que corresponde um único elemento y B (B é o conjunto de
chegada) designado de “imagem” ou “transformado”, que lhe é associado
pela regra y = f (x).
Representação gráfica
tarefa 5
A representação gráfica de uma função real de variável real é importante Quais os gráficos que representam
porque fornece informação rápida e intuitiva acerca das suas propriedades. funções?
Nota
Partindo de uma função real de variável real definida por: y = f(x), obtemos
as seguintes transformações.
Simetrias:
• y = -f(x) é simétrico em relação ao eixo das abcissas.
• y = f(-x) é simétrico em relação ao eixo das ordenadas.
• y = -f(-x) é simétrico em relação à origem do referencial.
Exemplo
Exemplo
90 | Gráficos e funções
Se adicionarmos ou subtrairmos uma constante b a f(x):
92 | Gráficos e funções
No exemplo, o comportamento da função representada pode ser
resumido no seguinte quadro de variação de sinal:
Nota
Ou seja,
Significa crescente
Significa decrescente
Significa constante
caso existam, o valor máximo e mínimo do conjunto das imagens Uma função crescente ou decrescente
em todo o seu domínio diz-se
(contradomínio) da função. monótona.
94 | Gráficos e funções
Podemos dizer que f é injetiva se a quaisquer dois Tarefa 8
objetos distintos do seu domínio correspondem Os gráficos seguintes correspondem a
imagens distintas. funções pares? Ímpares? Nem pares
nem ímpares?
Exemplo
A função é bijetiva.
Exemplo
2. O gráfico seguinte representa a quantidade de gasolina existente no depósito de um carro durante uma viagem.
96 | Gráficos e funções
4. A figura representa graficamente uma função f real de variável real.
5. Observa os gráficos das funções que se seguem e indica para cada uma delas:
6. O João cronometrou o tempo que o irmão José demorou a tomar um duche e reparou que:
ensaboou-se com a torneira fechada e voltou a abrir a torneira 4 minutos e 4segundos após o início do duche;
O João verificou que a torneira do duche tem um débito de água de 500 ml em 2,42 segundos.
98 | Gráficos e funções
7. A emissão de dióxido de carbono (CO2) tem contribuído de forma significativa para o aumento do efeito de
estufa. A quantidade de dióxido de carbono (CO2) emitida por um veículo automóvel pode ser calculada a partir
da fórmula seguinte:
a) O Pedro mora a cerca de 1,7 km da escola e a mãe leva-o todas as manhãs de carro. O carro emite em média
90g de CO2 por cada quilómetro percorrido.
Que quantidade de CO2 emitirá o carro da mãe do Pedro nestas viagens, durante os nove meses escolares?
b) O pai do Pedro utiliza um veículo da empresa que tem uma emissão média de CO2 de cerca de 179 g/km. A
empresa tem um compromisso ambiental - cada um dos seus veículos não pode emitir mais do que 1 tonelada
de CO2 por ano.
Qual é o número máximo de quilómetros que o pai do Pedro pode fazer por ano de modo a cumprir o compromisso
ambiental estabelecido pela empresa?
Apresenta todos os cálculos que efetuares.
Polinómios de grau n
Polinómios de grau n
Operações algébricas
Função polinomial
Um polinómio é uma expressão racional inteira que envolve um número
finito de operações caracterizadas exclusivamente pela adição algébrica,
Funções polinomiais
Função afim a multiplicação e a potenciação de expoente inteiro natural da variável.
Função valor absoluto
Função quadrática
Função cúbica Um polinómio de grau n na variável IR, é uma expressão
na forma em
Funções racionais que são números reais com designados por
Fração algébrica
Função fracionária coeficientes polinomiais e n é um número inteiro positivo que indica o
Função proporção inversa
grau do polinómio.
Exemplo
é um polinómio de grau 0.
é um polinómio de grau 1.
é um polinómio incompleto de grau 7.
é um polinómio completo de grau 3.
Exemplo
… são monómios.
… não são monómios
, é um binómio (soma de dois termos não semelhantes )
, é um trinómio (soma de três termos não semelhantes),
Verifica-se que:
• Se o maior dos expoentes da variável de coeficiente não nulo é o Tarefa 10
inteiro natural n, então o grau do polinómio na variável é n. Determina os valores dos parâmetros
reais a e b, de modo a sejam idênticos
os seguintes polinómios:
• Um polinómio diz-se completo quando estão presentes todos os
termos, desde os termos de maior grau até ao termo independente
(grau zero).
Adição e Subtração
Tarefa 11
Considera os polinómios: Multiplicação
a) Indica qual o grau de cada um dos A multiplicação de dois polinómios A(x) e B(x) é uma operação algébrica
polinómios. que resulta em outro polinómio (produto) de grau igual à soma dos graus
b) Calcula com a forma de polinómio dos dois polinómios e cujos termos são obtidos multiplicando cada termo
irredutível:
do primeiro polinómio por todos os termos do segundo e somando-se os
resultados obtidos, isto é:
Exemplo
Então, o produto
Recorda que:
• O quadrado do binómio obtém-se adicionando o quadrado do
primeiro termo com o dobro do produto do primeiro pelo segundo e
com o quadrado do segundo termo.
Exemplo
Exemplo
Exemplo
Exemplo
Dividir o polinómio
Nota
o grau do polinómio quociente é
igual à diferença entre os graus do
polinómio dividendo e do polinómio
divisor.
Exemplo
Tarefa 15
Escreve um polinómio do 2.º grau
que admite como raízes reais 1 e 2 e
dividido pelo binómio (x +1) dá
resto 3.
e, neste caso é o quociente
obtido no algoritmo e o Resto é o mesmo.
Teorema do Resto
Seja uma solução da equação polinomial P(x), então o resto da
divisão inteira de P(x) pelo binómio (x – α) é P (α).
Demonstração
A divisão inteira implica que existe um polinómio quociente Q(x),não
nulo e de grau inferior em uma unidade ao do polinómio P(x) e o resto
R é uma constante, tal que P(x) = Q(x)(x - α) + P(α). Podemos escrever:
Exemplo
Tarefa 17
Determinar o valor de k de modo a que seja zero o resto da divisão do
Determina de modo que a
polinómio
divisão de
Exemplo
Tarefa 20
Fatoriza os seguintes polinómios:
Escrevendo o polinómio na forma fatorizada, vem: sabendo que admite 1 como raiz
dupla.
Funções Polinomiais
Observamos que:
a) Se a ≠ 0 e b ≠ 0, temos que define uma função afim.
Propriedades gráficas:
• O gráfico é uma reta oblíqua de equação
• Para se obter uma imagem do gráfico de uma função afim é suficiente
encontrar dois pontos distintos e traçar a reta que
os contém.
• é o declive ou coeficiente angular da reta AB.
• O ponto é o ponto de interseção da reta de equação
com o eixo Oy.
Propriedades analíticas:
• Df = IR
• CDf = IR
• Zeros:
• Variação de sinal: Toma o sinal do coeficiente para todo o
Propriedades gráficas:
Tarefa 21
• O gráfico é uma reta oblíqua de equação que cruza a origem A conversão da medida de
do plano cartesiano e exprime que entre as variáveis x e y existe uma temperatura de graus Fahrenheit (˚F)
para Celsius (˚C) é uma função afim.
proporcionalidade direta, visto que o quociente entre estes dois
Escreva esta regra sabendo que
valores é sempre constante e igual a 0˚C = 32˚F e 100˚C = 212˚F.
Em termos analíticos:
• Df = IR
• CDf= IR
• Zeros: , zeros={0}
• Variação de sinal: Toma o sinal do coeficiente para todo o
Exemplo
Propriedades gráficas:
• O gráfico é uma reta paralela ou coincidente (se b=0) ao eixo Ox que cruza
Tarefa 22
o eixo Oy no ponto de ordenada igual a b.
Um ladrão conseguiu evadir-se da
prisão onde havia sido aprisionado
pela polícia. Conseguiu furtar uma
viatura e, quando é detetada a
sua fuga está a 20 km de distância,
deslocando-se a uma velocidade de
72 Km/hora.
Os polícias, ao perceberem a sua fuga
vão no se encalço com uma velocidade
de 108 km/hora. A distância entre o
lugar onde o ladrão esteve detido e a
fronteira da liberdade é de 183,3 km.
Conseguirá este ladrão escapar-se à
polícia?
Em termos analíticos:
• Df = IR
• CDf=
• Constante, para todo o
• Zeros: não tem, Se = 0 então a função é nula.
• Variação de sinal: Toma o sinal do parâmetro ( ≠ 0). É não injetiva
e não sobrejectiva.
Exemplo
Exemplo
A função f que faz corresponder a cada número real positivo o seu triplo e
a cada número real não positivo, o seu dobro mais uma unidade.
Observa que:
• D
•
• Zeros: x=0, zeros={0}
• A função é não negativa para todo
• O gráfico é simétrico em relação ao eixo Oy. Ou seja, tem-se que
para todo o
Tarefa 24
Determina, se existirem, os pontos de
interseção com os eixos coordenados,
dos gráficos representativos de cada
uma das funções reais de variável real:
Exemplo
Tarefa 25
Estuda a variação de sinal de cada
uma das funções, definidas em IR, por:
Tarefa 27
Considera as seguintes funções reais,
definidas por: Função Quadrática
Com o mesmo princípio, os raios luminosos refletidos por um holofote Quando, a partir de um qualquer
ponto exterior, se traça um segmento
ou pelos faróis de um automóvel ou moto, são espelhados por dentro e de reta paralelo ao eixo da parábola,
refletidos paralelamente ao eixo que contém a lâmpada (foco) e o vértice este encontra a parábola num ponto
que reflete um segmento de reta que
da parábola. passa pelo foco e faz com a curva um
ângulo igual ao do primeiro segmento.
Propriedades gráficas:
Começa, por exemplo, por calcular as imagens de alguns pontos do
gráfico da função.
Propriedades analíticas:
•
•
• A interseção com os eixos é na origem do referencial
• f é positiva em IR\ {0}
• f é decrescente em
• f é uma função par.
Exemplo
Exemplo
Exemplo
Tarefa 29
Considera a parábola de equação
Nota
Vértice da parábola v
Exemplo
Tarefa 30
Seja a função quadrática definida, em Exemplo
IR por:
Atira-se uma pedra ao ar, num instante t0. Durante o movimento,
a altitude da pedra, medida a partir do solo (em metros), em cada
a) Calcula os zeros da função
instante t (segundos) é dada por
b) Representa graficamente a função e
indica quais as coordenadas do vértice Qual a altura máxima que a pedra atinge? Em que instante?
da parábola.
c) Indica os intervalos de monotonia,
os extremos e o contradomínio de f. Ora, sendo
d) Constrói um quadro de variação de
sinal de f.
Exemplo
Função Cúbica
Seja, em IR, a função que faz corresponder a cada número o seu cubo,
definida por:
Propriedades analíticas:
Referência histórica:
•
Tartáglia, matemático italiano do sec.
XV é hoje lembrado com o nome da • f é uma função impar, ou seja,
fórmula Cardano-Tartáglia para a
resolução de alguns tipos de equações • f (0) = 0 e f (x) > 0 ( positiva)
do 3º grau (*) que o seu compatriota
Girolamo Cardano (1501-1576) viria • f é crescente em IR
a publicar no seu livro “Ars Magna”,
em 1545.
• A função não tem pontos extremos e CDf = IR.
(*) Para uma discussão sobre a
determinação exata das soluções de
uma equação de 3ºgrau (método de
Tartaglia, visita o site www.history. Exemplo
mcs.st-andrews.ac.uk/history/
HistTopics/Quadratic_etc_equations. Estudar analiticamente a função cúbica definida, em IR por ,
html)
com a seguinte representação gráfica:
Funções racionais
Fração algébrica
Exemplo
A expressão
Exemplo
Exemplo
Exemplo
Uma espécie rara de insetos foi descoberta numa floresta de Timor. Para
proteger esta espécie, os cientistas fizeram transportar alguns destes
insetos para uma área protegida. A população de insetos, t meses após
ter sido deslocada, era dada pela função
4. Dados os polinómios:
Determina:
a)
b)
Um cliente utiliza com frequência este transporte em distâncias variáveis que não excedem os 20 km. Para
determinar com facilidade o custo a pagar em cada transporte necessita de conhecer a função C que a cada
distância d faça corresponder o respetivo custo C.
Escreve a expressão que define a função C e representa a função graficamente.
17. A trajetória descrita por uma bola de golfe tem a forma de uma parábola. Num terreno plano a distância
percorrida pela bola foi de 30 metros e a altura máxima atingida foi de 9 metros. Escreve uma equação para
a trajetória da bola.
18. Num laboratório foi estudada uma colónia de bactérias. Às oito horas, foi feita a primeira contagem e as
seguintes de hora a hora. Verificou-se que N, o número de bactérias em milhares, decorridas h horas, é dado
por N (h) = - h2 + 4h + 9.
a) Quantas bactérias havia às oito horas?
b) Qual foi o resultado da segunda contagem?
c) Calcula N(2) – N(1) e interpreta o resultado no contexto do problema.
d) Em que período do dia o número de bactérias foi superior a 9000?
e) Descreve a evolução da colónia desde as 8 até às 13 horas.
19. Apesar do avanço da tecnologia resultar na produção de calculadoras cada vez mais potentes e compactas,
atualmente o preço destas tem baixado substancialmente. Para um certo tipo de calculadoras, estima-se que
o preço daqui a x meses seja de dólares.
a) Qual será o preço daqui a cinco meses?
b) De quanto será a queda no preço durante o 5.º mês?
c) Em que mês o preço baixará para 180 dólares?
d) O que acontece ao preço à medida que o tempo passa?
2.
3. 3
6. a) -21ºC
b) 8cm
c)45 garrafas
d)50lts
7. a.1) 66,(6)
14)
a.2) 4,8
a.3) 1333,(3) b)32,8$
8. 11,86m
19) O erro está em não respeitar a ordem das operações: Subtema 2 - Equações e inequações
(1/3) ÷ 3 × 2 = 3 × 2 = 1
2 -2 -2 0 -2 4
32. a) Impossível
23. a) /2 b) Impossível
b) 5 c) Possível não universal
c) 7 d) Impossível
d) 28
e) -2 33. a) x = 1 ou x = -4
f) 12 - 6 b)x = 0 ou x = -2
c) x = 2/3
24. a) 3 +4 d) x = 0 ou x = -2
b) -
c) 2 + 3 34. a) O número é 2
b) Os números são 2 e -2
25. a) /2
b) -( +3)/3 35. a) Não é equação do 2º grau
c) -(3 +6 )/10 b) Equação do 2º grau completa
c) Não é equação do 2º grau
26) -(1 - )/2 d) Equação do 2º grau completa
27. a) 3 /2 36. a) x = 3 ou x = 1
b) 2 b) { }
c) c) x = 2 ou x = 1
Soluções | 135
d) x = 6 ou x = 4 b) (19/5 ; 1/5)
e) x = -1 ou x = 34
39. a) x = 1 ou x = -1
b) { }
40. a) -26/3 ; +∞
b) -∞ ; -45/4
c) 243/28 ; +∞
d) -∞ ; 1
e) 0 , +∞
41. É zero
42. a) -∞; - /2 U /2 ; +∞
46. a) (8/7 ; 9/7)
b) { }
b) { }
c) -2 ;0
c) (5/2 ; 5/2)
d) { }
d) (-1 ; -15/4)
44. a) (-1 ; 2)
b) (0 ; 0) 48. a) -27
b) 64
45. a) (0 , 7)
c) -38
53. a) (1 ; -2 ; 3) 10.1)
b) ( 5 ; -2 ; 4) 10.2.1) Entre 4,402 m e 4,398 m
c) (7/6 ; -13/2 ; 17/3) 10.2.2) Entre 1,118 m2 e 1,122 m2
10.2.3) Entre 1,614 m e 1,61 m
Soluções | 137
6.1) { 1 ; -5 } 7) (-2 ; 1)
6.2) { 17/8 ; 7/8 }
6.3) { }
6.4) { } UT2. Geometria Analítica
6.5) { 0 ; 2 } Subtema 1 - Cálculo vetorial
6.6) -5/2 ; -1/2
6.7) R 1) a.1) Duas
6.8) 7/6 ; 11/6 a.2) Podemos considerar quatro sentidos: de A para D (mesmo
sentido de B para C); de D para A (mesmo sentido de C para B);
6.9) R
de A para B (mesmo sentido de D para C); de B para A (mesmo
sentido de C para D).
7.1) 3 m e 7 m b.1) [CD]
7.2) 20 m b.2) [C, D]
7.3) 6,3 m3 b.3) [A, D], [D, A], [A, B], [B, C], [B, C], [C, B], [C, D], [D, C]
b.4) Dois
8) Dois, seis e sete
2)
9.1) 6 ; +∞ a)
9.2) 1/5 ; +∞ b)
9.3) { 7 } c)

Exercícios de fim Subtema 3
3) Por exemplo, considera o cubo de aresta 4 cm e cujo centro
coincidir com a origem do referencial.
1.1) (-15/4 ; -29/4)
As coordenadas dos seus vértices são: (2, -2, -2), (2, 2, -2),
1.2) Não tem solução (-2, 2, -2), (-2, -2, -2), (2, -2, 2), (2, 2, 2), (-2, 2, 2), ( -2, -2, 2)
1.3) (6 ; -5/6)
1.4) (-1 ; -3)
2.1) Impossível
2.2) Possível Indeterminado
2.3) Possível Determinado (19/3 ; -5/3)
2.4) Impossível
2.5) Possível Determinado (6 ; 4)
2.6) Possível Determinado (1 ; 40)
5) Os números são 27 e 13 b) ( 1, )
c) ( , 1 ).
6) Os números são 32 e 25
8) a) 2
17) a) (x + 3)2 + (y + 1)2 = 1
b) 10
b) x2 + (y - 2)2 = 4
c) 13
11 a) 8
b) -16
c) 16
12)
19) (x -1)2 + (y -2)2 + (z - 1)2 4
a) É dado um ponto A (3, 4) da reta e um vetor diretor é o da
reta 5x – 2y = 3, ou seja y = (5/2) x – 3/2, de vetor diretor (2, 5).
Exercícios de fim Subtema 1 - Cálculo vetorial
Utilizando o procedimento da pág. 76, a reta pedida tem de
equação, 5x -2y -7 = 0.
b) É dado um ponto B (2, 4) e um vetor diretor da reta 2x +3y = 5
( y = (-2/3)x + 5/3) que é ( 3, -2).
1.a) F ; ;
Um vetor perpendicular a este é (2, 3).
A reta pedida tem de equação, 2x + 3y -1 6 = 0. 2.a) . = 4 – 1 = 3 e . =4–4=0
b) . = || |||| ||cos α
13)
. =4+4=8
8= x x cos α
cos α = = α ≈ 370
c) ,
3.a)
Soluções | 139
b) (2, 6) ou (-2, -2) d)
4.a) 14km
1)
b) 6 minutos
c) 8km
2.a) y = x + 1
d) 3 estações
b) y = -x + 5
e) E1 = 1 minuto, E2 = E3 = 2 minutos
c) y = x
5) 2,4,5;
3.a) y = -x + 6 ;
b) x =
6)
c) 8x – 6y + 29 = 0
4.a) x2 + y2 = 25
b) (x + 2)2 + y2 = 1
c) (x − 3)2 + (x + 2)2 = 4
5.a) 3(x – 4) + 4 (y – 6) = 0
b) (0, 9) 7) R1-Linear, fluxo constante; R2- Início fluxo rápido depois mais
lento; R3- Início do fluxo lento e mais rápido no final.
12.a)
13.a)
b)
14)
24)
15)
16.a)
b)
c)
d) 25)
e)
f)
17.a) k = -4
b) k = -17
18)
19.a)
19.b) b)
20.a)
b)
c)
21) F = 1,8C + 32
c)
22)
(t tempo, em horas) e , então o ladrão só
27.a)
percorreu uma distância (aprox.) de 60,3 km, pelo que não
conseguiu escapar-se.
23)
Soluções | 141
28.a)
32)
29.a)
1. a)
1. a) K = 3
b) k = -2
c) k = -2 k = 3
d)
2) a = 2 cm
5. a) DI=]-∞, +∞[; CDI = ]-∞,3] , zeros = {-4, -1, 1, 4} 5) P(x) = x3 + 9x2 - 34x + 24
9) Q(x) = x - 7, R(x) = 3x - 20
b)
10) D(x) = x4 + x3 - x2 + 3x -3
11) d(x) = x + 2
6. a) 2 minutos e 31 segundos
b) 50 litros
c) 57,46%
Soluções | 143
b) Df = R, CDf = ]-∞, 1]; zeros = {0, 2}, crescente em ]-∞, 1],
decrescente em [1, +∞ [, positiva em ]0, 2[, negativa em ]-∞, 0[
U ]2, +∞ [
20.a) 187,5$
b) 1,786$
c) 14º mês
d) tende a estabilizar em torno de 175$.