Você está na página 1de 22

INSTITUTO POLITÉCNICO INDUSTRIAL DE LUANDA

COORDENAÇÃO DE MATEMÁTICA

GUIA ORIENTADOR PARA O TRABALHO METODOLÓGICO

PLANIFICAÇÃO E PREPARAÇÃO DA UNIDADE DE ENSINO-APRENDIZAGEM


NÚMERO 7 – INTRODUÇÃO AO CÁLCULO DIFERENCIAL I PARA
ACTIVIDADES DE ESTUDO DA AULA

Autor: NIMI YA HENDA, Ph. D.

Processo do Estudo de Aula e o Trabalho Metodológico na Coordenação

O processo de estudo da aula consiste em três partes principais, nomeadamente,


Planificar a aula, Realizar a aula e Analisar a aula.

Planificar a aula

• Planificar a aula em grupo.


• Identificar os desafios da Coordenação e dos professores.
• Explorar o conteúdo através do currículo.
• Considerar os requisitos do currículo.
• Desenvolvimento e testagem do material.
• Seleccionar o método de avaliação.
• Simular a aula.

CONDIÇÕES PRÉVIAS

Os professores participantes devem dominar:

• Dominar os conteúdos do programa de ensino


• Os elementos básicos a levar em conta na planificação do trabalho docente
• Os elementos para a planificação científica de uma aula de Matemática
• Os meios de ensino mais utilizados no trabalho docente
• Os fundamentos científicos e metodológicos a levar em conta no
desenvolvimento das distintas acções mentais dos alunos prestando atenção na
situação didáctica especifica envolvida em cada aula (elaboração de
conceitos, resolução de problemas, construção de algoritmos, demonstrações
de proposições etc).

PLANIFICAÇÃO E PREPARAÇÃO DA UNIDADE DE


ENSINO-APRENDIZAGEM NÚMERO 7 – INTRODUÇÃO
AO CÁLCULO DIFERENCIAL I PARA ACTIVIDADES DE
ESTUDO DA AULA
Recomendações da Metodologia de Ensino da Matemática para o tratamento
metodológico dos elementos da análise matemática

A unidade Introdução ao Cálculo Diferencial I, é a unidade didáctica que permite


por parte do professor o tratamento metodológico dos elementos de analise
matemática.

A importância do estudo desta unidade reside neste aspecto.

Nesta unidade é trabalhada a ideia de aproximação em matemática e que tem


sua interpretação geométrica com ajuda do trabalho com magnitudes e os
números. O estudo destes elementos começa desde o ensino primário com caracter
propedêutico, em outras unidades e blocos de conteúdos, como a geometria,
cálculo com magnitudes, valores aproximados e domínios numéricos.

Um momento importante para o estudo destes elementos é a introdução das regras


de arredondamento ainda no ensino primário onde o aluno pela primeira vez
trabalha numa aula de matemática conscientemente com valores aproximados,
ao trabalhar com aproximações na introdução da divisão não exacta de números
naturais.

O aluno trabalha com aproximações na divisão não exacta, quando representa o


quociente como expressão decimal, ou seja, na apresentação de expressões
decimais infinitas obtidas por divisão, na utilização de regras de arredondamento
para expressões decimais, na representação de expressões decimais no raio
numérico e na medição de segmentos de recta.
É importante detectar o momento em que se trabalha explicitamente na escola
angolana, pela primeira vez o cálculo com valores aproximados.

Outro momento importante é quando se introduz o estudo dos números racionais, o


trabalho com expressões decimais (finitas ou infinitas periódicas) e se introduzem os
números irracionais (expressões decimais infinitas não periódicas.

No I ciclo do ensino secundário se trabalha com valores aproximados de potências


de expoente racional e irracional.

Panorâmica dos conhecimentos e habilidades a


assimilar pelos alunos na Unidade Introdução ao
Cálculo Diferencial I
• O conceito de função racional
• O conceito de limite

É um conceito muito importante da Matemática e seu estudo no ensino medio técnico


profissional constitui um momento especial para os alunos de igual maneira que em
todo ensino secundário, porque depois de sua introdução passa-se do estudo da
matemática elementar a matemática superior, ao tratar os elementos do cálculo
diferencial e integral.

O professor não pode perder de vista que neste nível de ensino não se vai cursar a
analise matemática como tal, somente se pretende conseguir a compreensão dos
conceitos mais importantes da mesma, e desenvolver habilidades correspondentes e
suas aplicações básicas. Deve-se reconhecer que os conteúdos desta unidade não são
simples e, portanto, deve-se dar muita importância a sua adequada estruturação
metodológica para o alcance dos objectivos expressos no programa.

Análise dos objectivos propostos

• Calcular o domínio de uma função.


• Definir assimptotas (vertical e não vertical)
• Operar com funções racionais
• Definir função injectiva
• Definir função inversa
• Caracterizar função inversa
• Definir função racional
• Determinar domínio e contradomínio de uma função irracional
• Determinar domínio e contradomínio de uma função irracional
• Resolver equações irracionais
• Determinar o limite de uma função num ponto
• Levantar indeterminações
• Calcular a taxa de variação média de uma função num intervalo [𝑎, 𝑏]
• Calcular usando a definição a derivada de uma função num ponto
• Calcular as derivadas laterais num ponto da função
• Aplicar regras de derivação da soma, do produto, do quociente e da potencia
• Calcular a 2ª derivada de uma função
• Estudar a variação do sinal de uma expressão da derivada de uma função
• Determinar as coordenadas dos pontos do domínio da função em que a 1ª
derivada muda de sinal; extremos relativos.

Objectivos no campo do saber:


• Reconhecer os conceitos fundamentais: assimptotas verticais e não verticais de funções racionais,
função racional, função irracional, limite de uma função num ponto, continuidade de uma
função num ponto, derivada de uma função num ponto.
• Reconhecer propriedades importantes sobre: operações com limites, continuidade das funções
deriváveis, regras de derivação, crescimento e decrescimento das funções num intervalo, critérios
para a determinação de extremos locais de uma função
• Aplicar procedimentos de calculo de limites, cálculo de derivadas, analise de crescimento de
uma função.
Objectivos no campo do poder matemático:
• Definir os conceitos fundamentais a partir do reconhecimento de suas características essenciais.
• Desenvolver o pensamento logico dos alunos através: da elaboração e assimilação dos conceitos
e a solução de problemas
• Desenvolvimento da expressão oral e escrita.

Ponto metodológicos derivados da análise dos objectivos

Conteúdo Ponto metodológico essencial


Função racional Formação e assimilação do conceito função
racional como uma nova classe de função
Formação e assimilação do conceito assimptota
vertical de uma função
Formação e assimilação do conceito assintota não
vertical de uma função
Estudo intuitivo das propriedades da função racional
e dos seus gráficos, destaque para as propriedades:
domínio, contradomínio, pontos de interseção com
os eixos, monotonia, continuidade, assimptotas.
Função irracional Caracterização da função irracional
Tratamento metodológico de equações e
inequações irracionais. As funções irracionais
devem ter limites no seu grau de dificuldade.
Introdução ao conceito de limite segundo Heine Formação e assimilação do conceito limite de uma
função segundo Heine
Começar o estudo do limite de uma função de
forma intuitiva (incluindo o limite lateral esquerdo e
direito), introduzindo o símbolo +∞ e - ∞, devendo-
se chamar atenção ao facto de não serem números
reais, mas apenas símbolos com um significado
preciso.
Estruturação do sistema de exercícios para o
desenvolvimento da habilidade no cálculo de
limites
Taxa de variação média: introdução ao conceito de Formação e assimilação do conceito taxa de
derivada variação média: noção intuitiva do conceito taxa
de variação média num contexto de modelação
matemática

Definição geométrica de derivada de uma função Para calcular derivadas de funções simples não é
num ponto necessário invocar questões especiais sobre limites,
basta recorrer à noção intuitiva.
Formação e assimilação do conceito derivada de
uma função num ponto

Nº da Tema da aula Objectivo específico mais importante Medidas organizativas e metodológicas


aula

01 Estudo das propriedades das Calcular o domínio de uma função.


funções racionais, com realce
para assimptotas verticais e não
verticais.
02 Estudo das propriedades das Definir assímptotas vertical e não As assimptotas verticais devem ser exploradas
funções racionais, com realce vertical a partir do domínio da função racional do tipo
para assimptotas verticais e não 𝑓(𝑥) =
𝑎𝑥+𝑏
Para o cálculo da assimptota
𝑐𝑥+𝑑
verticais. horizontal deverá ser usado o algoritmo da
divisão e o aluno será levado a concluir que a
𝑎
assimptota tem por equação 𝑦 = (quociente
𝑐

da divisão).
A assímptota não vertical de funções do tipo
𝑎𝑥 2 +𝑏𝑥+𝑐
𝑔(𝑥) = também deve ser determinada
𝑑𝑥+𝑒

usando o algoritmo da divisão inteira de


polinómios.
Retomando os conhecimentos de polinómios,
o aluno deverá ser capaz de transformar
expressões como:
𝑥 2 +2 3 𝑥+3 2
em 𝑥 − 1 + ou em 1 + e que esta
𝑥+ 𝑥1+ 𝑥+1 𝑥+1

simplificação permite que se estude o


comportamento no infinito sem necessidade
de recorrer ao gráfico.
Aconselha-se a dar a noção intuitiva de limite
de uma função, que será formalizado mais
tarde. Deve ser utilizado de forma intuitiva
(incluindo o de limite lateral esquerdo e
direito). Para tal devem ser introduzidos os
símbolos +∞ 𝑒 − ∞, devendo-se chamar
atenção para o facto de não serem números
reais.

03 Domínio e contradomínio de Determinar o domínio e o As funções irracionais não devem exceder o


funções racionais e irracionais. contradomínio de uma função grau de dificuldade de: 𝑓(𝑥) = 1 + √𝑥 2 − 4;
Limite de funções racionais. racional e irracional. 𝑓(𝑥) = 2 − √𝑥 2 − 4;
Determinar o limite de uma função 3
𝑓(𝑥) = √𝑥 + 2
num ponto.
∞ 0
Levantar indeterminações do tipo , ,
∞ 0

∞ − ∞.
04 Operações com funções Operar com funções racionais.
racionais. Soma, diferença, Definir função injectiva
produto, quociente e
composição

05 Inversão de uma função Definir função inversa


Caracterizar uma função inversa

06 Exercícios sobre operações


com funções racionais e Caracterizar uma função inversa
inversão de uma função
07 Exercícios sobre operações Caracterizar uma função inversa
com funções racionais e
inversão de uma função

08 Funções irracionais de índice 2 Definir função irracional


Determinar o domínio e o
contradomínio de uma função
irracional

09 Funções irracionais de índice 3 Determinar o domínio e o


contradomínio de uma função
irracional

10 Equações racionais Resolver equações irracionais

11 Inequações racionais Resolver inequações irracionais

12 Taxa de variação media. Calcular a taxa de variação média de A derivada da função num ponto é o declive
uma função num intervalo [𝑎, 𝑏]
Introdução ao conceito de da recta tangente ao gráfico da função nesse
Calcular usando a definição, a
derivada. derivada de uma função num ponto. ponto.
Definição geométrica de 𝑓´(𝑥) = lim
𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥0 )
poder-se-á falar também
𝑥→𝑥0 𝑥−𝑥0
derivada de uma função num
em recta normal.
ponto.

13 Derivadas laterais. Calcular derivadas laterais num ponto. A regra da derivada de 𝑦 = 𝑛√𝑓(𝑥) deverá ser
Aplicar as regras de derivação da
Regras de derivação. deduzida a partir da derivada da potência
soma, do produto, do quociente e da
potência. 1
dado que 𝑦 = (𝑓(𝑥))𝑛

14 Regras de derivação Aplicar as regras de derivação da


soma, do produto, do quociente e da
potência.

15 Sinal da 1ª derivada e Calcular a 1ª derivada de uma função.


monotonia de uma função. Estudar a variação do sinal de uma
expressão da 1ª derivada da função.
16 Determinar as coordenadas dos pontos O professor deverá dar a informação de que
Extremos relativos. do domínio de uma função em que a a abcissa do ponto em que a função atinge o
1ª derivada muda de sinal máximo se dá o nome de maximizante e a
abcissa do mínimo se dá o nome de
minimizante.
17 Exercícios sobre derivada de Determinar o domínio e o Resolver as fichas de exercícios 11ª classe
funções. contradomínio de funções racionais e RETEP.
irracionais. Colectânea de exercícios da coordenação.
Calcular assímptotas verticais e não de
funções racionais.
Determinar a derivada de funções
racionais e irracionais num ponto por
definição.
Aplicar as regras de derivação para
determinar a derivada de funções
racionais e irracionais.
18

Estruturação metodológica das situações típicas do ensino da matemática presentes


nos pontos metodológicos essências da unidade Introdução ao Cálculo Diferencial I

Formação do conceito de função racional

Formação do conceito de assinptota


vertical de uma função
A estrutura do processo total para a elaboração de conceitos matemáticos e suas
definições requer uma etapa preliminar, a longo prazo, de considerações e exercícios
preparatórios, com um carácter propedêutico como a aspectos lógicos, linguísticos, da
simbologia e a terminologia matemática, assim como formas de trabalhos e
pensamento.

A construção e redação de definições corresponde a última etapa do desenvolvimento


do pensamento a partir dos 12 anos de idade, segundo Piaget.

O processo total de elaboração de um conceito tem três etapas:

1ª Etapa – considerações e exercícios preparatórios

2ª Etapa – formação do conceito

3ª Etapa – assimilação do conceito


PROGRAMA HEURÍSTICO GERAL PARA OFERECER UM RESUMO DETALHADO SOBRE A
ESTRUTURAÇÃO METODOLÓGICA DA FORMAÇÃO DE CONCEITOS
I – ORIENTAÇÃO PARA O PROBLEMA • Resumo dos conhecimentos já existentes na relação
com o conceito a introduzir (nível de partida)
• Motivação para a introdução do “novo” conceito ou
para a elaboração de uma definição do conceito.
• Orientação para o objectivo e precisão do mesmo:
precisar as exigências do que se tem que definir
(objecto, relação, operação) atendendo as
condições lógicas e de conteúdo (conveniência,
não contradição)
II – TRABALHO COM O PROBLEMA • Criação de uma situação de partida através da
preparação e elaboração de objectos de análises
correspondentes ao objecto.
• Selecção de uma estratégia, sobretudo orientando
como proceder diante definições similares e
determinação correspondentes dos passos das
acções para a investigação de determinados
objectos, atendendo a extensão do conceito.
III – SOLUÇÃO DO PROBLEMA • Estabelecimento das características comuns e não
comuns dos objectos ou pares de objectos
observados, ou procura das relações pelas quais se
pode substituir o definiedum (a definição de
operações, relações, etc.)
• Formulação da definição ou de uma explicação do
conceito, redução das características necessárias e
suficientes.
IV – CONSIRAÇÕES RETROSPECTIVAS E • Casos limites e casos especiais do conceito
PERSPECTIVAS • Considerações sobre a conveniência da definição
• Ordenamento do conceito num sistema de
conceito.
• Explicação da estratégia aplicada na formulação
do conceito, através de perguntas sobre as
possibilidades de transferência.

Para se compreender a formação do conceito função racional é necessário


compreender a panorâmica da linha directriz correspondência, transformação e
função, é necessário compreender que esta linha directriz se desenvolve durante todo
o período escolar, desde o ensino primário até ao superior.

O conceito de função se prepara a longo prazo através do trabalho sistemático. O


mesmo se realiza de unidades didácticas que não se referem especificamente a
funções, constituindo a etapa propedêutica na formação do conceito de função no
ensino da matemática.
A preparação para o trabalho com funções começa com a compreensão por parte
dos alunos das ideias do conceito correspondência.

Tratamento metodológico das classes de funções

Para realizar o tratamento metodológico das classes de funções devemos ter presente
algumas considerações gerais, ou seja, deve-se:

• Definir a classe de função que será objecto de estudo, considerando-se


previamente alguns aspectos metodológicos
• Realizar a representação gráfica de forma geral e através de um acaso
particular da classe de função.
• Analisar as propriedades fundamentais da classe de função a partir do gráfico
• Fixação da classe de função estudada, sua representação gráfica e
propriedades

Função racional
Considerações gerais para o tratamento metodológico da função racional

Classe de função que será Este tipo de funções (racionais) uma forte mudança conceptual nos
objecto de estudo, alunos, pelo facto de se iniciar o estudo de diversos processos de
considerando-se previamente descontinuidade no domínio das expressões algébricas estudadas, o
alguns aspectos metodológicos qual não sucedia com o tipo de funções estudadas até ao momento
por eles como são as funções polinomiais. a natureza de este tipo de
funções permite o estudo de novos conceitos matemáticos, os quais
não se dão com outro tipo de funções como são:
• Comportamento assimptótico
• Pontos abertos
• Equivalência de funções

Realizar a representação gráfica


de forma geral e através de um
caso particular da classe de
função.

Analisar as propriedades
fundamentais da classe de
função a partir do gráfico

Fixação da classe de função


estudada, sua representação
gráfica e propriedades
SINTESE

As funções racionais são modelos matemáticos de muitas situações reais


Definição Domínio Características do gráfico
Assimptotas do gráfico de uma função racional
Assimptota vertical Assimptota horizontal Funções racionais com uma
assimptota oblíqua
Complementos sobre calculo algébrico

A proposta no livro de texto em uso na coordenação: FORMAÇÃO DO CONCEITO


FUNÇÃO RACIONAL

Actividade do professor Actividade do aluno


I – ORIENTAÇÃO PARA O P: Recorda com os alunos os conceitos de: dizima A: escutam o professor e tentam responder
PROBLEMA periódica e dizima infinita. as questões. Possíveis respostas:
• Asseguramento P: que dizimas podemos representar em forma de As dízimas periódicas são números decimais
do nível de fracção? periódicos, ou seja, apresentam um ou mais
partida algarismos que se repetem na mesma
ordem infinitamente. O algarismo que se
repete é chamado de período.
Os números decimais periódicos pertencem

ao conjunto dos números racionais ( ), pois


podem ser escritos na forma de fração. As
dizimas infinitas não podem ser escritas em
forma de fracção.
A: escrevem o problema nos cadernos
P: Pede os alunos para abrirem o manual na pg. 1 e
As respostas dos alunos devem chegar a
pede para transcreverem o problema, em seguida
seguinte conclusão com impulsos do
pede para analisarem como o livro lhe dá solução.
professor: nesta página vamos estudar a
P: Observem o gráfico, qual é a relação do gráfico e definição de função racional.
a situação apresentada?
P: O que é tratado nesta página de uma forma geral?
O que vamos estudar nesta página?
• Motivação P: O que é uma função racional?
P: que características devemos levar em
• Orientação consideração para definir uma função racional? Para
para o tal será suficiente termos o seu gráfico?
objectivo Devemos continuar a estudar esta página para
vermos quais são as características de uma função
que devem ser levadas em consideração para
definirmos uma função racional
II – TRABALHO COM O P: Qual é a relação de uma função racional e um A: alunos tentam dar explicações segundo a
PROBLEMA número racional? tabela apresentada na página 1 do L.T,
P: O que é um número racional? Qual é a diferença Números racionais Números
entre número racional e número racional? Do quadro irracionais
apresentado na pg 1 o que podemos concluir? -1= −
𝟏 𝟐
√𝟐
𝟏
𝟏 𝟑 𝝅
𝟓 𝟏 𝟎
𝟓= − 𝟎= √𝟑 𝝅
𝟏 𝟑 𝟐

III – SOLUÇÃO DO P: Como vamos definir uma função racional a partir A: alunos leem a definição de função
PROBLEMA desta página? racional
Definição de função racional
Uma função racional é uma função real de
𝒏(𝒙)
variável real definida por 𝒇(𝒙) =
𝒅(𝒙)

Onde 𝒏(𝒙) e 𝒅(𝒙) são polinómios e 𝒅(𝒙) é


diferente de um polinómio nulo.
O domínio 𝑫𝒇 , de uma função racional, 𝒇, é
o conjunto dos números reais que não
anulam o denominador.
𝑫𝒇 = {𝒙 ∈ 𝑹: 𝒅(𝒙) ≠ 𝟎}
A: não existirá a função raciona
A: transcrevem para os cadernos, ao mesmo
P: O que acontece a função se 𝑑(𝑥) for um polinómio
tempo que respondem as questões do
nulo?
profesor
P: Pede aos alunos para transcreverem os exemplos
nos cadernos da página 2, analisando cada caso.
Qual é o domínio da função? Que procedimento
utilizamos para determinar os mesmos?
P: porquê que as funções não são racionais?
P: porquê que a determinação do domínio de uma
função nem sempre é imediato?
IV – CONSIRAÇÕES P: Quais são as características que tornam uma A:
RETROSPECTIVAS E função em função racional? 1. Deverá ser escrita sob forma de
PERSPECTIVAS O professor deverá conduzir através de perguntas os fracção.
alunos para apontarem as principais características 2. O numerador e o denominador
de uma função racional. devem ser polinómios.
3. O denominador obrigatoriamente
P; porquê que a função no quarto exemplo da página devera ser um polinómio não nulo.
2; 𝒇(𝒙) = 𝒙 + 𝟐𝒙 + 𝟏 de domínio 𝑫𝒇 = 𝑹 é também
𝟐
A: neste caso seu denominador é igual a 1,
uma função racional pois a função polinomial é um acaso
especial de função racional
FORMAÇÃO DO CONCEITO ASSIMPTOTA
VERTICAL DE UMA FUNÇÃO: o caso do livro
de texto em uso.
Actividade do professor Actividade do aluno
I – ORIENTAÇÃO PARA O P: abrir o manual na página 4. Observem o gráfico da A: escutam o professor e tentam responder
𝑥
PROBLEMA função 𝑓(𝑥) = , determinem o seu domínio. as questões. 𝑫𝒇 = {𝒙 ∈ 𝑹: 𝒙 − 𝟐 ≠ 𝟎}
𝑥−2
• Asseguramento Localizem no gráfico o ponto que não pertence ao 𝑫𝒇 = {𝒙 ∈ 𝑹: 𝒙 ≠ 𝟐}
do nível de domínio da função. Graficamente a recta 𝑥 = 2, lugar
partida geométrico de todos os pontos de abcissa 2.

P: com ajuda do que encontramos nesta página, Dentre várias respostas os alunos deverão

vamos responder as questões colocadas no manual. concluir que:

1ª questão
O que acontece aos valores de 𝑓(𝑥) quando 𝑥 se A: quando 𝒙 se aproxima de 2, por valores à
aproxima de 2 (zero do denominador)? esquerda de 2, a função tende para menos
infinito.

P: e como é que podemos representar


simbolicamente a expressão, “quando 𝒙 se aproxima A: 𝐥𝐢𝐦− 𝒇(𝒙) = −∞
𝒙→𝟐

de 2, por valores à esquerda de 2, a função tende


para menos infinito”?

A: quando 𝒙 se aproxima de 2, por valores à


P: quando 𝑥 se aproxima de 2, por valores à direita de direita de 2, a função tende para mais
2, para que valores tende a função? E como infinito. 𝐥𝐢𝐦+ 𝒇(𝒙) = +∞
𝒙→𝟐
podemos representar simbolicamente?

P: 2ª questão o que acontece aos valores da função,


A: quando 𝑥 se aproxima de +∞, o gráfico
𝑓(𝑥), quando 𝑥 se aproxima de +∞? E de −∞? E qual
da função aproxima-se da recta 𝑦 = 1
será a representação simbólica?
Simbolicamente lim 𝑓(𝑥) = 1
𝑥→+∞

quando 𝑥 se aproxima de - ∞, o gráfico da


função aproxima-se da recta 𝑦 = 1
Simbolicamente lim 𝑓(𝑥) = 1
𝑥→−∞

P: informa aos alunos que os símbolos +∞ e −∞ não


são números reais, são indicadores de certos
comportamentos das variáveis.
P: qual é o significado das rectas 𝑥 = 2 e 𝑦 = 1 para o
• Motivação gráfico da função 𝑓(𝑥) =
𝑥
? como ela condiciona
𝑥−2

o comportamento da função? que nome recebe a


recta em função deste condicionamento no seu
comportamento?
• Orientação Devemos continuar a realizar o estudo de outras
para o funções racionais e analisar se sempre teremos as
objectivo mesmas situações para rectas do género.

II – TRABALHO COM O P: para dar resposta as estas questões vamos A: alunos tentam dar explicações segundo o
PROBLEMA observemos outra os gráficos de algumas funções na exposto na página 5. Transcrevendo as
página 5. Façamos as anotações devidas no caderno situações, depois de confirmar nos gráficos.
1
Sendo 𝑓(𝑥) = temos:
𝑥

𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝟎 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝟎


𝒙→+∞ 𝒙→−∞

𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = +∞ 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = −∞


𝒙→ 𝟎+ 𝒙→𝟎−
1
A: para a função 𝑓(𝑥) = temos:
𝑥−3

𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝟎 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝟎


𝒙→+∞ 𝒙→−∞

𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = +∞ 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = −∞


𝒙→ 𝟑+ 𝒙→𝟑−

III – SOLUÇÃO DO P: para qualquer uma das funções quando 𝒙 → ±∞ o A: atendem as explicações do professor
PROBLEMA gráfico da função aproxima-se da recta 𝒚 = 𝟎. Então
a recta 𝒚 = 𝟎, recebe que nome assimptota horizontal
ao gráfico das funções.
1
Na função 𝑓(𝑥) = , quando 𝑥 → 0, o gráfico da
𝑥

função → ±∞ aproximando-se da recta 𝑥 = 0. A recta


𝑥 = 0, é uma assimptota vertical do gráfico de 𝑓

1
Na função 𝑓(𝑥) = , quando 𝑥 → 3, o gráfico da
𝑥−3

função → ±∞ aproximando-se da recta 𝑥 = 3. A recta


𝑥 = 3, é uma assimptota vertical do gráfico de 𝑓

A: definição de assimptota vertical


P: o que é uma assimptota vertical e o que é uma
A recta 𝑥 = 𝑎 é uma assimptota vertical do
assimptota horizontal? copiarem para os cadernos as
gráfico de 𝑓 se 𝑓(𝑥) → +∞ ou 𝑓(𝑥) → −∞
definições na página 6.
Quando 𝑥 tende para pela direita ou pela
esquerda.
definição de assimptota horizontal
A recta y= 𝑏 é uma assimptota horizontal do
gráfico de 𝑓 se 𝑓(𝑥) → 𝑏 quando 𝑥 → +∞ ou
quando 𝑥 → −∞

IV – CONSIRAÇÕES P: alerta os alunos que uma assimptota vertical nunca A: copiam para os cadernos o teorema da
RETROSPECTIVAS E intersecta o gráfico de uma função, mas uma página 7.
PERSPECTIVAS assimptota horizontal pode intersectar o gráfico da Seja uma função racional definida por
função. 𝑛(𝑥)
𝑓(𝑥) =
𝑑(𝑥)
Onde 𝑛(𝑥) e 𝑑(𝑥) são polinómios. Se 𝑎 é um
número real tal que 𝑑(𝑎) = 0 e 𝑛(𝑎) ≠ 0,
então a recta 𝑥 = 𝑎 é uma assimptota
vertical ao gráfico de 𝑦 = 𝑓(𝑥)

Formação do conceito de limite de uma


função num ponto
I – ORIENTAÇÃO PARA O PROBLEMA Nível de partida
Os alunos devem conhecer o conceito de função numérica e
ser capazes de representar graficamente. Devem possuir
habilidades no trabalho com inequações e valores absolutos,
ou seja, devem dominar os conteúdos presentes na definição.
Motivação
Analise de problemas que mostram como, ideias intuitivas do
conceito limite podem levar a contradições com conceitos
matemáticos válidos
Orientação para os objectivos
Expressões como se aproximam, tende, se diferencia cada vez
menos, serão cada vez menos pequenos. Os alunos devem
compreender a necessidade de escrever matematicamente
ditas expressões. Informar aos alunos que suas reflexões nos
exemplos geométricos podem ser aplicadas em processos
infinitos análogos como no caso de analisar o comportamento
dos valores de uma função quando a variável independente
se aproxima a um valor, e como devemos precisar
matematicamente esta nova relação.

II – TRABALHO COM O PROBLEMA Utilizar gráficos de funções com distintas possibilidades apara
analisar seu comportamento.
Os alunos devem compreender os seguintes aspectos
fundamentais:
• Fala-se de limite quando ao aproximar-mos a um
ponto do domínio os valores da função se
aproximam a um número.
• O valor do limite pode coincidir ou não com o valor
da função num ponto
Finalmente é recomendável trabalhar analiticamente

III – SOLUÇÃO DO PROBLEMA • Os alunos devem estar em condições de formular a


definição:
IV – CONSIRAÇÕES RETROSPECTIVAS E Neste caso, quais foram os meios ou procedimentos utilizados
PERSPECTIVAS que permitiram elaborar a definição?
1. A utilização de ilustrações gráficas com as diferentes
possibilidades, através das bandas horizontal e
vertical, resultou sugestivo para a introdução de 𝜀 e
𝛿
2. Trabalhar numericamente alguns exemplos
esclareceu a relação entre 𝜀 e 𝛿
3. Se deve comprovar que quando uma função
numérica tem limite este limite é único.
4. A definição pode ser usada para comprovar que um
número dado é limite, mas não se pode utilizar para
calculá-lo, mas o que torna necessário encontrar
procedimentos que permitem o cálculo de limites de
funções.

Assimilação do conceito de limite de uma


função num ponto. Estruturação
metodológica do sistema de exercícios
para o desenvolvimento de habilidades no
cálculo de limites
Para que um grupo de exercícios seja considerado como um sistema, é necessário levar
em consideração, fundamentalmente, que funções reitoras pode realizar cada um, que
objectivos específicos nos propusemos alcançar através deles e que condições
concretas apresentam os alunos. Os mesmos devem ser elaborados tendo em conta o
nível de conhecimentos e habilidades dos alunos para os quais se estrutura
(diferenciação individual).

Aspectos importantes que contribuem para a estruturação do sistema de exercícios cujo


objectivo fundamental é a assimilação do conceito de limite de uma função num ponto.
Para a assimilação de um conceito os alunos devem realizar diferentes acções:

• Identificar o conceito

• Realizar o conceito

• Aplicar o conceito

O conceito de limite de uma função num ponto é um conceito de relação e para sua

assimilação é recomendável que se proponha exercícios onde estão presentes as

acções mencionadas.

• Exercícios para a identificação do conceito limite de funções

Aqueles que se dão gráficos de funções e se pede aos alunos que analisem se existe ou

não o limite em pontos indicados. Nestes casos a actividade do aluno se orienta

graficamente através do uso de bandas horizontais e verticais.

Ainda aqueles em que os alunos têm que provar utilizando a definição que o limite de

uma função quando a variável independente se aproxima de um número dado é um

certo valor numérico.

• Exercícios para a realização do conceito

Para a realização do conceito deve-se levar em consideração as seguintes variantes:

✓ Dada uma função e um número ao qual tende a variável, determinar seu limite.

✓ Dado um número real e outro ao qual se aproxima a variável, determinar uma

função que tenha como limite o primeiro número.

✓ Propor exemplos de funções com seus limites.

A definição não permite determinar directamente o limite de uma função num ponto,

pelo que não possível a realização do conceito até que não se conheça os limites de

algumas funções simples como:

✓ O limite de uma função constante

✓ O limite de 𝑓(𝑥) = 𝑥, limite da função identidade

✓ O limite de 𝑓(𝑥) = √𝑥, e as operações com limites.

Exemplo:

O fundamental neste complexo de matéria é conseguir o desenvolvimento de

habilidades no cálculo de limites, quer dizer acções de realização.


O conceito de limite de uma função num ponto se aplica no tratamento do teorema

de unicidade do limite, no teorema sobre as operações com limites, etc e na formação

de outros conceitos importantes como são a continuidade e a derivada.

É importantíssimo verificar que a aplicação neste caso se dá na elaboração de uma

nova matéria e conduz a que a assimilação se alcance a longo prazo de acordo a sua

complexidade.

É necessário levar em consideração esta concepção de aplicação e integrá-la na

estrutura da exercitação que se elabore para que esta possa ter propriamente um

caracter de sistema.

Formação e assimilação do conceito de


derivada
Um dos conceitos matemáticos mais importantes é, sem dúvida o conceito de derivada.
É o suporte do cálculo infinitesimal, um dos ramos da Matemática que mais aplicação
tem na ciência e na técnica contemporânea.

Este conceito tem grande importância na formação politécnica geral, e na


matemática em particular. Trata-se de um ponto que propicia um momento de inter-
relação de quase todos os blocos de conteúdo no ensino da matemática.

O tratamento da Unidade da qual o conceito toma parte, esta concebido como


momento introdutório de calculo de derivadas de funções elementares.

Condições prévias para o seu estudo

✓ O conceito de limite e suas propriedades


✓ Gráficos das funções envolvidas no estudo

Formas convenientes de estruturação do conteúdo envolvendo o conceito de Derivada

Tangente à uma curva


Derivada de uma função
Regras de derivação
Derivadas de funções racionais Derivadas de funções irracionais
Cálculo de derivadas
Aplicações das derivadas para Outras aplicações da derivada
analise de funções

Nela se reflecte o lugar central do conceito de derivada, que ao mesmo tempo que
suas aplicações (analise da monotonia, determinação de extremos e resolução de
problema de valores extremos) os pontos metodológicos fundamentais desta unidade.

São muitas as vias metodológicas para o tratamento metodológico do conceito


derivada.

MOTIVAÇÃO

Recomenda-se utilizar mais de uma situação motivacional para atrair a atenção dos

alunos para o novo conceito que se pretende definir. Neste sentido são particularmente

importantes três problemas que historicamente incidiram de maneira directa no

surgimento do conceito de derivada:

• A determinação da tangente a uma curva num ponto

• A determinação da velocidade instantânea de um móvel num instante dado

• A determinação da densidade de uma linha material num ponto determinado

(não iremos detalhar aqui)

A estruturação da motivação

P: acabamos de nos ocuparmos da problemática da determinação da pendente da tangente de uma curva


𝑦
num ponto dado. No mesmo observamos que tal pendente não fica correctamente determinada por 𝑚 =
𝑥

das diferentes secantes que passam pelo ponto prefixado do gráfico. “situação similar apresentam-se em

física, por exemplo a velocidade média de um móvel em movimento rectilíneo uniforme é calculável pela
𝑠
expressão: 𝑣 = (onde 𝑠 é o incremento do espaço percorrido e 𝑡 o tempo gasto). O que acontece se o que
𝑡

se necessita é determinar a velocidade do móvel num instante preciso do movimento? É característica da


𝑠
mesma expressão 𝑣 = ?
𝑡

A: evidentemente que não

P: quer dizer que nos encontramos diante da necessidade de definir, com rigor, expressões que apresentam

a determinação de uma magnitude num valor instantâneo. Será possível isto? Como definir o instrumento

matemático que caracteriza tais situações?

Características de algumas vias metodológicas a serem utilizadas na motivação

Via indutiva
MOTIVAÇÃO

TRABALHO NO PROBLEMA Situações de partida Tangente a uma curva num

ponto, velocidade de um móvel

Estratégias Analise de diferenças e

semelhanças entre elas.

Situações da física e da

matemática

Características não comuns Representação das funções

correspondentes, distintas

posições dos pontos

selecionados, etc.

SOLUÇÃO DO PROBLEMA Características não essenciais Existência em todos os casos de

um limite da razão do incremento

da função e o incremento da

variável independente quando

este tende para zero

Definição do conceito

VIA CONSTRUTIVA

A via construtiva, variante da via indutiva, pode desenvolver-se a partir da

determinação da equação da tangente a uma curva num ponto, sobre a base da

construção da recta tangente como caso limite das secantes a curva que passam pelo

ponto prefixado. A definição previa do conceito de tangente a uma curva num ponto

pode justificar-se a partir da necessidade de encontrar uma característica rigorosa e

geral da tangente a uma curva, mas para além dos casos particulares estudados

(circunferência, elipse e parábola). A partir deste conceito se define então o conceito

de derivada de uma função num ponto.

VIA DEDUTIVA

Parte-se da definição e se explica esta através de uma ou várias das situações

assinaladas, entre as quais a tangente á uma curva ocupa um lugar preferencial por

tratar de uma situação propriamente matemática e pelas suas possibilidades de

ilustração.

Uma vez definido o conceito, deve-se realizar algumas considerações retrospectiva e

perspectivas. Incluem a problemática da existência da derivada de uma função num


ponto (recordar o caso clássico de 𝑦 = 𝑥 no ponto 𝑥 = 0), e a relação entre

continuidade e derivação.

A formação de um conceito pode requerer mais de uma aula, o conceito de derivada

é um exemplo vivo desta situação, esta situação deve ser levada em consideração ao

se planificar este conteúdo.

Fixação do conceito
Como se trata de um conceito de relação, devem ser utilizadas acções de realização

como de identificação.

Para as acções de realização é conveniente que os alunos derivem da definição uma

sucessão de indicações como a seguinte:

1. Substituir 𝑥 por x+∆𝑥 e achar 𝑓(𝑥 + ∆𝑥)

2. Achar o incremento da função: ∆𝑦 = 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥)


∆𝑦 𝑓(𝑥+∆𝑥)−𝑓(𝑥)
3. Dividir por ∆𝑥: =
∆𝑥 ∆𝑥

∆𝑦
4. Calcular o limite quando ∆𝑥 tende para zero: lim = 𝑓(𝑥)
𝑥→0 ∆𝑥

Sobre a base destas indicações os alunos podem resolver exercícios como os seguintes:

• Calcula a derivada da função nos pontos indicados:

Como parte da necessidade de variação da formulação dos exercícios, é de grande

utilidade incluir também durante a realização do conceito tarefas como a seguinte:

1
• A recta de equação 𝑦 = 5𝑥 − é a tangente ao gráfico da função 𝑓 no ponto
2

𝑥 = 2. Determine 𝑓´(2)

A identificação da derivada

A acção de identificação deste conceito se leva a cabo através do reconhecimento

de pontos de um gráfico dado, nos quais a função tem ou não derivada

Também se trabalha a identificação do conceito durante a resolução de exercícios

onde, dada função e o ponto, o aluno deve comprovar que o valor dado também

constitui ou não derivada da função no ponto dado.

Aplicação do conceito
A acção de aplicação do conceito de derivada exige um número grande de situações

que vão desde a analise de funções até ao cálculo integral.

Um dos principais campos de aplicação do conceito derivada do ponto de vista

metodológico é a resolução de problemas de optimização.

Síntese da proposta do programa vigente

Taxa de variação de uma função num intervalo

Taxa média de variação de uma função num intervalo

Taxa de variação ou derivada de uma função num ponto

A presentação das regras de derivação

Cálculo das derivadas de funções polinomiais

Significado geométrico da derivada de uma função num ponto e a determinação da equação da recta

tangente ao gráfico de uma função num ponto

Relação entre sentido de variação de uma função e a derivada

Relação entre os extremos de uma função e a derivada

Nimi Ya Henda Inácio da Costa


Proposta apresentada por no âmbito do trabalho docente e metodológico – MARÇO 2022

Você também pode gostar