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Material Digital do Professor

Matemática – 6º ano
1º bimestre – Plano de desenvolvimento

O plano de desenvolvimento apresentado neste bimestre tem o objetivo de explicitar os


objetos de conhecimento e as habilidades a serem trabalhados no bimestre e sua disposição no Livro
do Aluno, bem como sugerir práticas de sala de aula que contribuam para a aplicação da metodologia
adotada.

1. Objetos de conhecimento e habilidades da BNCC


Referência no
Objetos de conhecimento Habilidades
material didático
Sistema de numeração
decimal: características,
leitura, escrita e comparação (EF06MA01) Comparar, ordenar, ler e escrever números naturais e
de números naturais e de números racionais cuja representação decimal é finita, fazendo uso
números racionais da reta numérica.
representados na forma
decimal
Sistema de numeração
(EF06MA02) Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o
Unidade 1 decimal: características,
que prevaleceu no mundo ocidental, e destacar semelhanças e
leitura, escrita e comparação
diferenças com outros sistemas, de modo a sistematizar suas
de números naturais e de
principais características (base, valor posicional e função do zero),
números racionais
utilizando, inclusive, a composição e decomposição de números
representados na forma
naturais e números racionais em sua representação decimal.
decimal
Aproximação de números
(EF06MA12) Fazer estimativas de quantidades e aproximar
para múltiplos de potências
números para múltiplos da potência de 10 mais próxima.
de 10
Operações (adição,
(EF06MA03) Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculos
subtração, multiplicação,
(mentais ou escritos, exatos ou aproximados) com números
divisão e potenciação) com
naturais, por meio de estratégias variadas, com compreensão dos
números naturais
processos neles envolvidos com e sem uso de calculadora.
Divisão euclidiana
Aproximação de números
Unidade 2 (EF06MA12) Fazer estimativas de quantidades e aproximar
para múltiplos de potências
números para múltiplos da potência de 10 mais próxima.
de 10
(EF06MA14) Reconhecer que a relação de igualdade matemática
não se altera ao adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir os seus
Propriedades da igualdade
dois membros por um mesmo número e utilizar essa noção para
determinar valores desconhecidos na resolução de problemas.

2. Atividades recorrentes na sala de aula


O levantamento de conhecimentos prévios dos alunos sobre os temas que serão desenvolvidos
ao longo do bimestre é uma atividade recorrente e importante de ser adotada pelo professor.
Verifique o que os alunos trazem consigo dos anos iniciais do Ensino Fundamental sobre as diferentes
funções dos números no cotidiano e sobre a representação de um número natural em classes e ordens.
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No quinto ano do Ensino Fundamental o trabalho feito com os alunos no sistema de numeração
decimal é realizado com números até a ordem das centenas de milhar. Espera-se, portanto, que a
apropriação de características do sistema de numeração decimal e da comparação e ordenação desses
números seja um conhecimento já elaborado pelos alunos nessa fase e que eles o manifestem no
levantamento de conhecimentos prévios sugerido. A manifestação oral e coletiva promove ainda o
desenvolvimento da oralidade e da socialização. Os trabalhos em duplas ou em grupo são importantes
para que compartilhem suas estratégias de cálculo e aprendam a respeitar as diferenças com relação
a outros indivíduos. No trabalho com as propriedades de igualdade previsto para o bimestre, promova
a investigação de situações em que uma igualdade não se altera quando seus dois membros são
multiplicados por um mesmo número, quando são divididos por um mesmo número diferente de zero
ou quando adicionamos ou subtraímos o mesmo número a seus dois membros no exercício da
habilidade de reconhecer que a relação de igualdade matemática não se altera ao adicionar, subtrair,
multiplicar ou dividir os seus dois membros por um mesmo número e utilizar essa noção para
determinar valores desconhecidos na resolução de problemas e peça que a correção de problemas
seja realizada em duplas ou grupos. Ao reservar um tempo para a correção em duplas e fazer dessa
atividade uma recorrência, os alunos serão ainda mais estimulados a desenvolver suas capacidades
argumentativas e investigativas.

Listar na lousa os tópicos que serão desenvolvidos a cada aula norteia os alunos em seu
aprendizado durante e após as aulas, permitindo que eles façam uma análise do que apreenderam do
conteúdo num processo que tange a autoavaliação momentânea do trabalho executado na aula.

Nas aulas em que o trabalho seja com o sistema de numeração romano pode-se, caso haja um
relógio com os símbolos romanos disponível, usar a leitura das horas como uma atividade recorrente
e que beneficia o reconhecimento dos símbolos desse sistema.

As estimativas, estimuladas por meio do trabalho com o objeto de conhecimento aproximação


de números para múltiplos de potências de 10, devem também ser estimuladas de maneira recorrente.
Ao lidar com imagens em que podem ser observados muitos elementos, textos com informações
relacionadas a grandes quantidades, entre outras situações, a estimativa pode e deve ser estimulada.

3. Relação entre a prática didático-pedagógica e o


desenvolvimento de habilidades
A linguagem matemática é um dos componentes de um processo de desenvolvimento da
comunicação e da expressão da sociedade como um todo. A apropriação das diversas formas de
expressão da linguagem matemática é parte constituinte da evolução do indivíduo como cidadão ativo.
O desenvolvimento da capacidade de comunicação em linguagem matemática requer a aprendizagem
de sinais e termos próprios dessa ciência, para que a utilização dessa linguagem seja natural e exercida
de forma social. Reconhecer as características de um sistema de numeração, seja ele o adotado pela
sociedade em que está inserido, seja aqueles adotados por civilizações mais antigas ou distantes, é
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parte da aquisição da independência do indivíduo em diversas tarefas que compõem o cotidiano. Ler
e operar com números no sistema decimal é essencial no cotidiano de qualquer indivíduo social, uma
vez que os números são parte constituinte da nossa realidade. Assim, as habilidades trabalhadas neste
bimestre são relevantes não só para a evolução dos alunos em sua formação, mas também para que
se insiram na sociedade e tenham participação ativa.

O ensino da matemática não pode estar ligado apenas à transmissão de conhecimentos e deve
buscar o relacionamento com o contexto sociocultural em que os alunos estão inseridos. Assim, para
que desenvolvam as competências gerais e as habilidades específicas relacionadas aos objetos de
conhecimentos específicos para cada bimestre, é necessário que a prática didático-pedagógica
contemple propostas que contribuam para esse fim.

As práticas didático-pedagógicas devem levar em consideração o compartilhamento de ideias


e a evolução invidual e coletiva dos alunos em sala de aula. A aprendizagem pode e deve ser favorecida
pela troca, e o estímulo à interação entre os alunos é um fator importante para esse favorecimento.

Neste bimestre, o objetivo é levar os alunos a conhecer características de sistemas de


numeração enfatizando o sistema de numeração decimal. Eles poderão também refletir sobre
sistemas de numeração posicional com características diferentes das do sistema de numeração
decimal, além de compreender as propriedades das quatro operações e como utilizá-las para
desenvolver o cálculo mental e entender como esse raciocínio se aplica a diversas situações do
cotidiano, por exemplo, calcular o valor de uma compra ou conferir o troco. O uso do ábaco e do
meterial dourado podem ser utilizados como recurso enriquecedor nas aulas direcionadas ao trabalho
com as características do sistema de numeração decimal. Essas práticas inserem os alunos em um
processo de autonomia de seu desenvolvimento como cidadão e por isso devem ser valorizadas como
ações de ensino fundamentais no progresso deles.

4. Gestão da sala de aula


A gestão da rotina de uma sala de aula ou de uma turma é muitas vezes embasada na
experiência que o professor adquiriu na vivência de situações semelhantes em turmas ou aulas
anteriores. Durante o planejamento da aula o cuidado com detalhes como o material que precisa ser
providenciado, os recursos disponíveis na escola em que leciona, a leitura de material complementar,
entre outros, favorece o desenvolvimento da aula e, consequentemente, do aprendizado dos alunos.
Atividades que podem ser realizadas com maior facilidade se forem utilizados materiais manipuláveis,
como palitos, por exemplo, devem ser organizadas antecipadamente para que o material possa ser
providenciado com antecedência e disponibilizado aos alunos no momento da atividade. Algumas
atividades com símbolos numéricos podem ser favorecidas com o uso de material manipulável, como
no caso do trabalho com o sistema de numeração decimal, que pode ser enriquecido com o uso do
material dourado ou do ábaco ainda nessa fase inicial do sexto ano. Caso a opção seja disponibilizar o
material para os alunos manipularem, é preciso verificar com antecedência a disponibilidade do
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material e se será necessário dividir os alunos em grupos para as manipulações das peças de modo
que nenhum aluno fique sem material.

Entretanto, o planejamento, ainda que detalhado, não exime o professor dos imprevistos que
podem ocorrer com qualquer turma. Uma gestão da sala de aula bem-sucedida deve levar em conta o
que motiva os alunos da turma, entender sua linguagem e o contexto social e cultural a que eles
pertencem, adequando suas aulas de modo a sempre respeitar as diferenças em prol de um
aprendizado efetivo. No trabalho com sistemas de numeração, verifique o que mais instiga a
curiosidade dos alunos da turma. Se eles manifestarem interesse pelas representações de números
em símbolos egípcios, por exemplo, promova atividades de representação de números com esse
símbolo, estimulando também a interação entre os colegas em atividades como um aluno representar
o número de sua casa com símbolos e o colega fazer a leitura desse número dizendo qual é o número
da casa em que o outro mora. O mesmo pode ser feito com o sistema de numeração romano, ou até
com os ideogramas japoneses, sempre atentando ao que desperta o interesse de cada turma.

A sala de aula deve ser um ambiente que favorece o compartilhamento e a troca de ideias
durante todo o processo de aprendizagem. Planejar a organização do ambiente da sala de aula deve
sempre levar em conta que a participação ativa dos alunos no processo de aprendizado deve ser
favorecida. Assim, atividades com indicação para trabalho em grupos ou em duplas devem ser
previstas pelo professor para que o ambiente da aula seja modificado sem que seja necessário
demandar muito tempo da aula. Durante as atividades, é importante circular pela sala e verificar a
interação entre os alunos, incentivando a participação de todos, até mesmo nas atividades em grupo.

5. Acompanhamento do aprendizado dos estudantes


Todo processo de avaliação pressupõe um objetivo a ser atingido. Dessa maneira, podemos
entender que as metas para o aprendizado dos alunos em cada bimestre tenham como referência os
objetos de conhecimento e as habilidades descritas e previstas em cada uma dessas etapas. O processo
de avaliação de um aluno é também uma oportunidade de aprendizado para o professor. Eventuais
erros em questões ou problemas podem ser encarados como oportunidades para que juntos,
professor e aluno, reanalisem a questão e reflitam sobre o aprendizado.

O reconhecimento, a leitura e a escrita de símbolos e números constituem o passo inicial para


a apropriação da linguagem matemática. Comparar e ordenar números é parte de uma habilidade
fundamental ao desenvolvimento dos alunos. Assim, acompanhar o desenvolvimento dessas
habilidades de maneira cuidadosa deve ser um processo contínuo para que o aluno tenha condições
de evoluir constantemente no aprendizado da Matemática.

O acompanhamento do aprendizado dos alunos pode ser instrumentado por diversas


ferramentas, além de questões de avaliação tradicionais. A observação das práticas no cotidiano das
aulas pode contar com o apoio das fichas de acompanhamento, nas quais é possível fazer anotações e
registros que auxiliam no diagnóstico individual e coletivo do processo de aprendizagem. É importante
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verificar a evolução da turma na habilidade de “Reconhecer que a relação de igualdade matemática


não se altera ao adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir os seus dois membros por um mesmo número
e utilizar essa noção para determinar valores desconhecidos na resolução de problemas” pois o
exercício dessa habilidade será requisitado com frequência no estudo de diversos outros temas.

Além disso, é importante estimular cada aluno a se autoavaliar, dando a ele a oportunidade
de analisar suas dificuldades e explicitá-las, de preferência fazendo o registro por escrito. Ao escrever
sobre suas dificuldades, os alunos analisam o próprio aprendizado e detectam o que compreenderam
e o que não compreenderam ao longo do bimestre.

6. Fontes de pesquisa para uso em sala de aula ou para


apresentar aos estudantes
• CORREA, J. A compreensão intuitiva da criança acerca do conceito de divisão por quotas
de quantidades contínuas. In: Brito, Márcia R. F. Solução de problemas e a matemática
escolar. Campinas, SP: Alínea, 2006.
• KAMII, C. Desvendando a aritmética: implicações da teoria de Piaget. Campinas, SP:
Papirus, 1995.

7. Projeto integrador
Título: Construindo um ábaco
Tema Uso do plástico e de outros materais recicláveis na construção de objetos

Problema central Impactos do descarte de materiais como o plástico no meio ambiente e como utilizar produtos
enfrentado descartados para construir objetos que favoreçam o aprendizado nas escolas

Ábacos construídos com material reciclável, que podem ser disponibilizados para as turmas
Produto final
nas aulas de Matemática

Justificativa

O uso excessivo do plástico é tema de grande preocupação nos últimos anos. Mais de 8 bilhões
de toneladas de plástico foram produzidas desde a década de 1950, e o uso dele por pessoa chega a
60 quilogramas por ano. O descarte do plástico e de outros materiais de difícil degradação no ambiente
traz graves consequências para toda a cadeia alimentar. A conscientização sobre maneiras de diminuir
o consumo de plástico e outros materiais, bem como utilizar material reciclável na produção de
objetos, é importante para a sociedade como um todo, visto que diminui a quantidade de material
descartado no ambiente diariamente e, assim, contribui para uma preservação maior do planeta.
Nesse sentido, ao trabalhar projetos que incentivam a reciclagem de materiais, a escola promove o
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desenvolvimento de uma atitude cidadã em todos os alunos envolvidos e cumpre o papel de dar a eles
ferramentas para que possam se desenvolver de maneira geral.

Competências gerais desenvolvidas

• Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico,


social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações, fenômenos e
processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e naturais),
colaborando para a construção de uma sociedade solidária.
• Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo
a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar
causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar soluções com
base nos conhecimentos das diferentes áreas.
• Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifestações
artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas
diversificadas da produção artístico-cultural.
• Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-visual (como
Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para
expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes
contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
• Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica, significativa,
reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo as escolares) ao se comunicar,
acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas.
• Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e
experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e
fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida pessoal, profissional e social, com
liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
• Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar
e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os
direitos humanos e a consciência socioambiental em âmbito local, regional e global, com
posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
• Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas
emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas e com a pressão
do grupo.
• Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar
e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da diversidade de
indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem
preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa
ou de qualquer outra natureza, reconhecendo-se como parte de uma coletividade com a
qual deve se comprometer.
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• Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e


determinação, tomando decisões, com base nos conhecimentos construídos na escola,
segundo princípios éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – 3ª versão. p. 18-19.
Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/linha-do-tempo-2017-dezembro/BNCCpublicacao.pdf>. Acesso em: 19 dez. 2017.

Habilidades em foco

Disciplina Objeto de aprendizagem Habilidade


Sistema de numeração
(EF06MA02) Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o
decimal: características,
que prevaleceu no mundo ocidental, e destacar semelhanças e
leitura, escrita e comparação
diferenças com outros sistemas, de modo a sistematizar suas
Matemática de números naturais e de
principais características (base, valor posicional e função do zero),
números racionais
utilizando, inclusive, a composição e decomposição de números
representados na forma
naturais e números racionais em sua representação decimal.
decimal
(EF06CI04) Associar a produção de medicamentos e outros materiais
Ciências Materiais sintéticos sintéticos ao desenvolvimento científico e tecnológico, reconhecendo
benefícios e avaliando impactos socioambientais.
(EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes formas de expressão
Arte Materialidades artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura,
escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.).
(EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais
circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e
Estratégia de leitura:
Língua fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de
apreender os sentidos
Portuguesa abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados,
globais do texto
explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas;
em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente.

Objetivos

• Realizar pesquisa em livros, revistas, jornais ou internet sobre a produção de materiais


sintéticos, avaliando os impactos do descarte desses materiais no ambiente.
• Arrecadar material reciclável para a produção de ábaco.
• Construir um ábaco feito de material reciclável.

Duração

4 a 8 aulas.

Material necessário

Para a realização do projeto, os alunos utilizarão fontes de pesquisa como jornais e revistas ou
um computador com acesso à internet. A produção do ábaco será feita com materiais recicláveis que
serão recolhidos, e pode haver necessidade de utilizar ferramentas como tesoura com pontas
arredondadas, tintas, pincéis, cola e canetas hidrográficas. Cada ábaco será decorado de acordo com
a criatividade dos alunos e os materiais disponíveis para essa tarefa.
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Perfil do professor coordenador do projeto

O projeto é idealizado para ser coordenado pelo professor de Matemática. A participação dos
professores de Ciências e de Artes é desejável e enriquecedora. Os professores devem estar envolvidos
harmoniosamente no projeto, capazes de sugerir alternativas e adaptações para a exploração de
outros objetos de aprendizagem que acharem convenientes.

Desenvolvimento

Etapa 1 – Identificação dos materiais que podem ser utilizados na produção

Os alunos devem ser organizados em roda para uma conversa sobre os materiais que podem
ser utilizados na produção do ábaco. Esclareça que eles devem fazer uma pesquisa sobre o uso
excessivo do plástico e de outros materiais de difícil degradação e sobre o fim dado a cada material –
se é descartado em sua maioria, se costuma ser usado para reciclagem, etc. – e depois decidir quais
objetos vão utilizar na confecção de seu ábaco, para que, posteriormente, arrecadem esses materiais,
de modo que a produção seja possível. Relembre o que é um ábaco e como ele é usado para
representar números no sistema de numeração decimal. Mostre figuras do ábaco explicando os
elementos constituintes para que eles saibam o que vão produzir: deve haver uma base em que serão
fixadas hastes ou varetas. A base pode ser feita de caixas de leite ou de conserva, isopor, potes de
sorvete, entre outros. Além disso, para representar os números será necessário encaixar nas hastes ou
nas varetas fichas ou bolas móveis que podem ser produzidas com tampinhas de garrafa, bolas de
isopor, bolachas de papelão, entre outros. Deixe que os alunos reflitam sobre os materiais que podem
ser utilizados e discutam de forma coletiva. Caso tenham dificuldade para definir os materiais que
podem ser utilizados, comente as sugestões apresentadas aqui ou outras que lhe ocorra.

Etapa 2 – Pesquisa sobre os materiais

Peça aos alunos que se organizem em grupos de 3 ou 4 alunos. Esses grupos serão mantidos a
partir desta etapa até o final do projeto. Esclareça que, definidos os materiais que vão compor o ábaco
que construirão, eles devem fazer uma pesquisa a respeito desses materiais sobre os seguintes itens:

• Do que esse material é feito? (Tampinhas de garrafa, por exemplo, podem ser feitas de
plástico ou de alumínio.)
• Qual é a finalidade desse material quando produzido? Como ele é descartado? É usado
para reciclagem?
• Quais são os impactos do descarte desse material no meio ambiente?
Essa etapa é importante para que os alunos possam se apropriar dos conhecimentos sobre os
impactos socioambientais da produção e do descarte do plástico e de outros materiais, dando assim
maior significado ao uso desses materiais que poderiam ser descartados no ambiente na produção de
outros objetos. É também nessa etapa que buscamos favorecer o desenvolvimento das habilidades de
“Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em
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reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em


entrevistas os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas [...]” e de
“associar a produção de medicamentos e outros materiais sintéticos ao desenvolvimento científico e
tecnológico, reconhecendo benefícios e avaliando impactos socioambientais”.

Etapa 3 – Arrecadação de materiais recicláveis

Uma vez definidos os materiais que farão parte do ábaco, cada grupo deve começar a
arrecadação dos materiais para a produção. Eles podem desenvolver essa etapa de maneira autônoma,
decidindo qual é a melhor maneira de cumpri-la. Cada integrante do grupo pode se encarregar de um
tipo de material ou todos arrecadam todos os tipos, como preferirem. A arrecadação pode ser feita no
bairro onde moram, nos condomínios, pedindo aos familiares que separem os materiais antes do
descarte, etc. Serão necessários: 4 objetos para as hastes, 36 fichas ou bolas móveis para encaixar nas
hastes e 1 objeto para servir de base para o ábaco. Combine um dia para que essa etapa de
arrecadação termine e os alunos possam trazer os materiais arrecadados e iniciar a produção do ábaco.

Etapa 4 – A construção do ábaco

Os alunos devem estar reunidos em grupos, os mesmos definidos na etapa 2, e iniciar a


construção do ábaco. Comente que eles podem pintar ou fazer colagens na base, nas hastes e nas
bolas móveis, decorando os ábacos livremente, favorecendo o desenvolvimento da habilidade
“Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem,
quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.).”. Se
achar necessário, peça ajuda ao professor de Arte no desenvolvimento dessa etapa.

A confecção do ábaco pode obedecer às etapas a seguir.

• Medir a base do ábaco e dividi-la em 4 partes iguais na horizontal (a base pode ser um
isopor ou uma caixa de leite, por exemplo. O professor pode ajudar os grupos verificando
se estão com alguma dificuldade nas medições e na divisão, uma vez que os materiais
podem variar, variando também suas dimensões, e as medidas podem apresentar alguma
dificuldade para a divisão nesta fase do aprendizado dos alunos. Assim, medidas
aproximadas já são suficientes para a construção do ábaco).
• Com uma caneta ou uma caneta hidrográfica, fazer a marcação em cada uma dessas partes
das classes e das ordens dos números que serão representados no ábaco:
Da esquerda para a direita: UM (unidade de milhar) C (centena) D (dezena) U (unidade)

• Fixar as quatro hastes na base (as hastes podem ser palitos de churrasco, canudos firmes,
pedaços de arame, entre outros). Caso seja necessário furar a base para fixar as hastes,
oriente os alunos a pedir a ajuda do professor para evitar que se machuquem.
• Encaixar as bolas ou as fichas nas hastes para representar os números (esses elementos
podem ser tampas de garrafas PET, bolas de isopor, bolas de massa de modelar, potinhos
pequenos de plástico, entre outros). Caso seja necessário furar esses elementos para
colocá-los nas hastes, oriente os alunos a pedir a ajuda do professor para evitar que se
machuquem.
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O ábaco está pronto. Após sua montagem, os alunos podem apresentar sua criação explicando
os objetos que utilizaram e como foi o processo de escolha desses materiais, apresentando, se possível,
os resultados da pesquisa realizada. Os ábacos construídos podem ser usados para exercitar a
representação de números e, encerradas a atividades com eles, podem ficar disponíveis na biblioteca
da escola para auxiliar também no aprendizado de outras turmas e outros segmentos do Ensino
Fundamental, caso haja na escola em que estudam.

Observação: caso seja possível, pedir aos alunos que construam ábacos com mais ordens,
aumentando o número de hastes e de bolas móveis. Assim, será possível representar números maiores
também.

Proposta de avaliação das aprendizagens

A avaliação do processo de aprendizagem pode ser realizada por meio das atividades
propostas neste projeto. A apresentação dos resultados da pesquisa pode ser um indicador da
evolução das habilidades de “Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e
eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a
perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados, explicações
dadas ou teses defendidas [...]” . Durante a pesquisa e também na apresentação dela é possível avaliar
a evolução da habilidade “associar a produção de medicamentos e outros materiais sintéticos ao
desenvolvimento científico e tecnológico, reconhecendo benefícios e avaliando impactos
socioambientais”. Na manipulação do ábaco, é possível verificar se os alunos conseguem representar
os números no sistema decimal, avaliando a aquisição do objeto de conhecimento “Sistema de
numeração decimal: características, leitura, escrita e comparação de números naturais e de números
racionais representados na forma decimal” e a montagem do ábaco e sua decoração é um indicador
auxiliar da evolução do desenvolvimento da habilidade de “Experimentar e analisar diferentes formas
de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
instalação, vídeo, fotografia, performance etc.)”.

Para saber mais – aprofundamento para o professor

www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/a-importancia-da-
educacao-ambiental-nas-escolas/20002. Acesso em: 22 jul. 2018.

www.sbem.com.br/revista/index.php/emr/article/view/233. Acesso em: 22 jul. 2018.

www.sbem.com.br/enem2016/anais/pdf/4771_3778_ID.pdf. Acesso em: 22 jul. 2018.

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