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1 ± Justificativa

A arte do Bispo do Rosário é muito intrigante, assim como a vida e as crenças do artista.
Dentre seus trabalhos, um que desperta grande curiosidade são as faixas de miss, em
que o artista bordou vários registros. A pesquisa tem como intuito investigá-las em seus
diversos aspectos: data de produção, o conteúdo gravado, materiais utilizados, bem
como a compreensão das marcas deixadas pelo artista em seu trabalho.

2- Problemática

Bispo do Rosário vivia confinado em um mundo particular, de onde ele realizou suas
diversas obras. O grupo tem como foco o estudo das faixas de misses, deixadas pelo
Bispo. As faixas feitas em tecido branco e bordadas em azul foram produzidas com o
intuito de representar diferentes misses de estados e países ao redor do mundo. O
entendimento do que tais faixas representavam para o Bispo, bem como as quais misses
ele se referia e o significado das palavras gravadas, é de fundamental importância para
se tentar encontrar parte de um significado em seu mundo.

Bispo do Rosário foi um artista que fez diversos trabalhos, dentre estes trabalhos o que
mais chamou nossa atenção e despertou a nossa curiosidade, foram as faixas de miss.

Nessas faixas foi escrito, em forma de bordado, misses e regiões.

A intenção é de descobrir o porquê que o artista fazia essas faixas, porque bordava tal
conteúdo nas faixas, qual o material utilizado por ele

3. Objetivos:

3.1. Objetivo Geral:

Através de uma análise aprofundada da obra, particularmente das faixas de miss


elaboradas por Arthur Bispo do Rosário, buscamos investigar as faixas de miss com o
objetivo de verificar as referências expostas pelo artista e um maior contato com esse
ambiente de criatividade individual, conhecendo melhor o artista e encontrando
referências que poderão contribuir como inspiração no universo da moda.
Investigar as faixas de misses realizadas por Bispo do Rosário,co o objetivo de verificar
as referências expostas pelo Artista.
3.2: Objetivo Específico:

- Trabalhar interdiciplinarmente.

- Aprofundar o conhecimento acadêmico pela obra do Bispo.

- Aprender a conviver com as diferenças individuais de um trabalho em grupo.

- Aumentar o acervo de cada um sobre arte, arte bruta, arte do inconsciente e um Brasil
dos anos 50.

4. Desenrolando a história

Com a intenção de aprofundar mais no assunto Bispo do Rosário, foi escolhido um sub-
tema que será um guia para o andamento do trabalho. Com as pesquisas realizadas em
torno de seu mundo, determinamos como sub-tema, uma de suas obras que nos chamou
mais atenção: As Faixas de Misses.

Para desenvolvermos, foi necessário fazer um aprofundamento na história e origem do


Bispo do Rosário e até mesmo um estudo sobre sua época com relação aos concursos de
misses. O estudo sobre as faixas de misses é de grande interesse para o grupo, por ser
uma obra inspirada no mundo feminino e produto de um trabalho diferenciado, que se
utiliza de recursos recicláveis, dado que o Bispo tinha carência de materiais e
ferramentas. Começaremos então abordando as origens do Bispo e logo a seguir
assuntos relacionados às faixas de misses.

4.2. . As origens do Bispo do Rosário e suas tradições

Arthur Bispo do Rosário nasceu em, a data é controversa, 1909 (segundo a Marinha de
Guerra do Brasil, a qual se dedicou entre 1925 e 1933) ou em 1911 (conforme registros
da companhia de eletricidade Ligth, onde trabalhou como lavador de bonde e
borracheiro por quatro anos). Descendente de escravos africanos veio de uma família de
origem simples. Sofria de esquizofrenia e por isso passou a maior parte de sua vida
assombrado por misticismos e alucinações nas instituições psiquiátricas.

Na noite de 22 de dezembro de 1938, teve alucinações que lhe diziam que deveria
apresentar-se à Igreja da Candelária. Peregrina pelas ruas, dirigindo-se a várias igrejas.
Por fim, chega ao Mosteiro de São Bento, onde declara aos monges ser um enviado de
Deus, incumbido da tarefa de julgar os vivos e os mortos.

É preso como indigente e demente, sendo conduzido ao Hospital dos Alienados, um


hospício situado na Praia Vermelha.

Um mês depois, é transferido para a Colônia Juliano Moreira, no bairro de Jacarepaguá,


onde permaneceria por cerca de cinqüenta anos.

Bispo do Rosário foi diagnosticado como portador de esquizofrenia paranóide, que é um


dos quatro tipos principal dessa patologia caracterizado pela ocorrência de visões,
alucinações, sentimentos de perseguição e em que é comum o doente escutar vozes.

A partir desse período, começa a produzir seu trabalho artístico, motivado por um
pedido de Deus para que reconstruísse o universo e registrasse a passagem divina pela
terra. Produziu um acervo de bordados e estandartes. Esses trabalhos, postumamente,
ganharam o Brasil e o mundo com seus traços de arte pop contemporânea e a sua
trajetória.

Bispo do Rosário faleceu no hospital psiquiátrico em 1989.

Bispo do Rosário cresceu em meio a procissões, quadrilhas e festas em sua região em


que os participantes se destacavam por suas vestes coloridas e profusamente bordadas.
Agulhas abriam caminho em pontos de cruz para compor desenhos e salpicar brilho nas
fantasias. Cada traje impunha o devido respeito, encerrava tradições africanas, indígenas
e nordestinas. Os bordados são considerados uma marca muito forte em Japaratuba.

4.2. A origem dos concursos de misses


De acordo com o jornalista Roberto Macedo, em uma entrevista exibida no programa
diário do jornalista Jô Soares, que foi ao ar em julho de 2002, a origem das faixas é
muito discutida. O jornalista afirma que a definição de beleza existia desde a mitologia
grega. Os cultos pagãos realizados na primavera para que se obtivesse uma boa colheita
sempre elegiam a mulher de maior beleza. Até mesmo a escolha da Imperatriz da China
era um processo semelhante a um concurso de beleza, onde cada província enviava uma
candidata para que o Imperador escolhesse, entre elas, a mais bonita.

Estes ³concursos de beleza´ estão presentes há muito tempo na história da humanidade.

Ainda segundo Macedo, no século XIX, nos Estados Unidos da América, existiam
concursos como ³miss milho´ e ³algodão´. Até essa época as seleções eram realizadas
apenas com a presença das candidatas. Porém, na segunda metade do século XIX com a
criação da máquina fotográfica, os jornais de Paris passaram a realizar concursos de
beleza por fotografia.

O concurso Miss Universo foi criado no estado da Califórnia, em 1952, pela empresa de
vestuário Pacific Mills. Com o passar dos anos, o evento passou a ser realizado pelas
empresas Kayser-Roth Corporation e Gulf and Western Industries, até ser comprado por
Donald Trump em 1996.

No Brasil, o concurso começou a ser realizado em Petrópolis no ano de 1954, no estado


do Rio de Janeiro. A partir deste ano a beleza e a elegância das mulheres brasileiras
começaram a se destacar em todo o mundo.

As transmissões televisivas, encabeçadas pela Rede Tupi, passaram a ter peso depois
que sua sede foi transferida de Petrópolis para a então capital federal em 1958. O
concurso brasileiro se tornou o segundo evento mais importante do país, ficando atrás
apenas da Copa do mundo da FIFA.

Em 1963, o Brasil conquista suas duas únicas vitórias, a primeira no Miss Universo com
Ieda Maria Vargas, e a segunda com Martha Vasconcellos. Nesse período o país chegou
às semifinais e finais do concurso por várias vezes. Em 1971, a segunda colocada no
Miss Brasil, Lucia Tavares Petterle, Miss Guanabara, foi eleita Miss Mundo.
Com crises de audiência e retirada de patrocínios, o concurso passou por uma grave
crise financeira e foi exibido pela ultima vez em 1977 pela TV Tupi, retornando ao ar
em 1981 pelo canal SBT.

Mesmo com as grandes modificações realizadas, o concurso nunca mais obteve o


³glamour´ dos famosos ³anos dourados´.

4.3. Admiração e inspiração do Bispo

(...) A cama improvisada no chão, fotos de mulheres penduradas


nas paredes, pilhas de jornais, chapéus (...) (Bispo Apud
Hidalgo, 1966p. 142)

Bispo viveu na época onde os concursos de misses estavam em se auge, e a maioria das
pessoas acompanhavam as transmissões. Os concursos eram realmente populares na
época. Assim como os concursos, as candidatas gozavam de sucesso e admiração por
quase toda parte do mundo.

³Sonhei que uma rainha caminhava linda e pra, pelo teto do


meu quarto´. Anos mais tarde, comentaria: ³Os concursos de
misses representavam uma união dos povos. Se hoje eles não
têm mais importância, isso é mau sinal. É o final dos tempos´
(Bispo Apud Hidalgo, 1966, p.104).

4.4. Conhecimento sobre o assunto

As misses deflagravam em Bispo o sentido da pureza e da missão diplomática. De olho


nas guerras, crises e mazelas entre chefes de estado brigões, ele colocava nas mãos das
moças a tarefa de reunir nas passarelas interesses mundiais tão dispersos. Os concursos
eram grandes j 
   
  diluídos nas notícias diárias que o Bispo
acompanhava como podia. Pedia que lhe comprassem jornais, lia com atraso os que
apareciam na Colônia Juliano Moreira e folheava a revistas.
Bispo do Rosário permaneceu na marinha por sete anos. Devido ao grande número de
viagens realizadas por ele, recolheu conhecimentos históricos e geográficos utilizando-
os para bordar as faixas das misses.

Suas obras passam por uma construção simbólica, que se correlaciona com
acontecimentos variados ocorridos durante sua história de vida. Bispo não pode ser
considerado um homem alienado, tendo em vista que lia muitos livros, jornais e
revistas, principalmente as revista ³ð 
´ e   j ´. Porém, seu processo
criativo não recebeu influências do mundo da arte e seu objetivo nunca foi o de criar
obras de arte.

A revista ð
surgiu no final dos anos 19, tendo sua primeira publicação em 10
de novembro de 1928. Patrocinada pelos Diários Associados de Assis Chateaubriand, ð

é considerada a principal revista ilustrada brasileira do século XX, sendo
responsável por toda uma reformulação técnica e estética no meio jornalístico. Entre
várias seções interessantes da revista, uma que se destacou bastante foi a seção de
assuntos relacionados a moda, como por exemplo, ilustrações feitas por Alceu Penna e
matérias de concursos de misses: as eliminatórias estaduais, entrevistas com as eleitas
dos estados, com ex-misses e os preparativos para o concurso de Miss Brasil e, depois,
o de Miss Universo em Long Beach( EUA). O certame era acompanhado pelo país
inteiro através da revista e, aonde chegava a TV, pela Tupi. É importante ressaltar que a
revista, na época, tinha um alcance muito maior do que a televisão.

A revista   j  surgiu na década de 50, sendo considerada a segunda maior revista


brasileira da época. Empregando uma concepção moderna, a revista tinha como fonte de
inspiração a ilustrada parisiense    j e utilizava, como principal forma de
linguagem, o fotojornalismo. Atingiu rápido sucesso e em poucas semanas chegou a ser
a revista semanal de circulação nacional mais vendida do país, destituindo a renomada
e, até então, hegemônica ð
 Apresentava notícias sobre concursos e viagens de
misses, curiosidades da cultura brasileira como o carnaval de rua e escolas de samba e
até mesmo abordava assuntos sobre a ciência.

Samuel Wainer Filho, jornalista interessado na rotina do Bispo, ouviu do próprio Arthur
Bispo do Rosário, diante da faixa com inscrições Miss Afeganistão:
µ¶ - Leio jornal todo dia, anoto tudo, a ação dos países, separo em papéis e faço a faixa,
escrevo os dizeres. Sei que a Rússia invadiu as fronteiras desse país. Eu também sinto
da mesma forma¶¶. (Bispo Apud HIDALGO.1996, p. 122)

4.5. sateriais e bordados

Qualquer elemento do reino de fantasia do Bispo do Rosário ganhava um sentido sob a


sua lógica.

As obras do Bispo têm a característica da bricolagem, ou seja, tudo aquilo que se pode
fazer sem a ajuda de um profissional especializado. Todo o seu trabalho foi criado a
partir de objetos que já existiam: sucatas e restos em geral do dia a dia, como o lixo que
era produzido dentro da Colônia Juliano Moreira, uma instituição de grande porte e que
o produzia em grandes quantidades. Funcionários e pacientes nem sempre
compreendiam as motivações religiosas e tendências artísticas do Bispo, mas passaram
a levar para ele todo tipo de sucata, em troca de objetos do escambo local ou
emprenhavam-se na compra de quinquilharias no comércio de Jacarepaguá e Madureira.
Muita coisa ele mesmo garimpava. Arthur Bispo recolhia e guardava esses materiais
para construir outros objetos, com utilidade diferente. Seu trabalho nasceu do que as
pessoas consideravam como lixo.

Em entrevista dada à Universidade Estadual de Londrina, por Marta Dantas (2010) a


autora esclarece fatos interessantes sobre os materiais utilizados pelo Bispo para realizar
suas obras:

³A cidade em que o Bispo nasceu concentrou grande número de bordadeiras. Por


isso, o trabalho do artista traz a memória dos gestos de mãos que bordam, um trabalho
feminino, que provavelmente ele viu quando criança. Ele se apropriava de textos
encontrados em revistas, ou criava textos enigmáticos para serem reproduzidos nos
bordados. Em várias obras ele bordou uma espécie de dicionário de nomes, e criou uma
poesia visual, brincando com a ordem alfabética deles.´

Os bordados eram feitos com linhas de roupas e cobertores da instituição, que ele
mesmo desfiava. Transformou panos retos em faixas semelhantes as das misses.

E não bastam apenas as faixas, o autor também constrói cetros (distinções de poder sob
forma de bastões curtos. Os chefes de várias culturas adotaram o cetro ao longo dos
séculos como sinal de autoridade) feitos em madeira e revestidos com linhas azuis.
Importante lembrar-nos de que todas as representações de Bispo dirigiam-se a um
receptor especial, para quem ele levaria as coisas deste mundo para mostrar-lhe no dia
do reencontro: Deus.

Cada faixa eleborada por Bispo estampava uma infinidade de palavras bordadas. Em
letras grandes, MISS BRASIL, MISS AMAZONIA, MISS PARÁ, entre outras. No
rastro, pequenas anotações de lugares, impressões, registros autobiográficos. A faixa
dedicada ao Brasil era uma mistura:

ILHA DAS ENXADAS ILHA FISCAL OBSERVATÓRIO

ILHA DE PAQUETÁ ILHA DO GOVERNADOR

ILHA ARSENAL DA MARINHA PONTAPORÃ

FRONTEIRA PARAGUAI ILHA DO LACE

PALACIO DA ALVORADA NITEROY RIO DE JANEIRO

MINAS GERAIS SÃO PAULO PARANÁ

SANTA CATARINA RIO GRANDE DO SUL


Bispo dedicava obras às misses dos mais gloriosos e dos mais sofridos países do
planeta. Bélgica, Jamaica, até a Nigéria, que enfrentava fome e miséria, mereceu
registro. A atenção aos detalhes não era privilegio nacional. A faixa da Miss América,
por exemplo, reunia minúcias geográficas:

ATLANTA NOVA YORK PALACIO CASA BLANCA

ESCOLA NAVAL ACADEMIA ANAPOLIS

WEST POINT HOLLYWOOD CAROLINA DO NORTE

FLORIDA WASHIGTON SÃO FRANCISCO

CALIFÓRNIA WYOMING LUISIANA NOVO MEXICO...

As seguintes faixas com informações a seguir, encontram-se no Museu Bispo do


Rosário Arte Contemporânea na cidade e estado do Rio de Janeiro, Brasil.

Miss Amazônia

Sem data

Tecido, madeira, linha de tecido e metal

Rosácea de tecido

Faixa 61x 12 cm Cetro 70 cm Rosácea 26

Miss Brasil

Sem data

Tecido bordado, fio plástico, barbante e tubo de alumínio.


Cetro de alumínio, metal e linha de tecido

Faixa 61x12 Cetro 68

Miss França

Sem data

Faixa de tecido, bordado e tubo de alumínio

Cetro de madeira, linha de tecido e metal.

Faixa 72 cm Cetro 70 cm

5. BIBLIOGRAFIA

HIDALGO, Luciana. Arthur bispo do Rosário: o senhor do labirinto. Rio de Janeiro:


Rocco, 1996.

DANTAS, Martha. Martha Dantas em entrevista sobre Bispo do Rosário [abr.2010].

Entrevistadores: Mirian Peres da Cruz. São Paulo: Divisão de Artes Plásticas da Casa de
Cultura da UEL, Avenida JK, local: 1.973. 2010.

Entrevista concedida a Casa de Cultura da UEL.

MACEDO, Roberto. Roberto Macedo: sobre o trabalho de Bispo do Rosário [jul. 2002].

Entrevistadores: Jô Soares. São Paulo: PROJAC, 2002.

Entrevista concedida ao programa de televisão 


 
.

BRASIL, Miss. Miss Brasil. Wikipédia, disponível em


http://pt.wikipedia.org/wiki/Miss_Brasil; Acesso em: 24 out. 2010
Revista O Cruzeiro, um projeto civilizador através das fotos reportagens, (1945-1957);
Disponível em:

http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:MzsqwMJJO4UJ:www.unisino
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BR&ct=clnk&gl=br;Acesso em: 25 out. 2010.

Livros e revistas, Traca. Disponível em:

http://www.traca.com.br/?tema=padrao&pag=revistaocruzeiro&mod=inicial e
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AQUINO, Ricardo, AS OBRAS DE ARTUR BISPO DO ROSÁRIO: ENSAIO


FENOMENOLÓGICO.Disponível em:

http://74.125.155.132/scholar?q=cache:PBWAHLVp7roJ:scholar.google.com/+Arthur+
bispo+do+ros%C3%A1rio+lia+muito+e+gostava+de+apreciar+fotos+de+misses-
+a+imagem+da+mo%C3%A7a+casta+e+bela.+Em+1963+Ieda+Maria+Vargas+ganhou
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FOOGRAFIAS DAS EDIFICAÇÕES E OCUPAÇÕES. Disponível em:


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Celso Lima Estamparia. Disponível em:


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Centro. Disponível em:

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Revisa Crioula, Ed.01, artigos. Disponível em:

http://www.fflch.usp.br/dlcv/revistas/crioula/edicao/01/Artigos/02.pdf;Acesso em: 27
out. 2010.

6. Conclusão:

As obras do Bispo do Rosário são consideradas genuínas manifestações de novas


tendências nas artes plásticas que se desenvolveram a partir da metade do século 20.

Bispo do Rosário foi um artista peculiar, que com suas obras levou o mundo a se
questionar sobre a loucura. Entre vários trabalhos magníficos que o Bispo fez, as faixas
de miss se destacaram por nos levar a entender que ele era uma pessoa culta, que
adquiriu conhecimento através de meios de comunicação sociais populares enquanto
estava isolado em um hospício e também enquanto era livre em suas viagens, nos
fazendo acordar e acreditar que pode haver formas de arte em qualquer lugar e em
qualquer pessoa, tudo depende somente do ponto de visto e dos preconceitos.
Inspirando-nos para criar e acreditar mais no trabalho do outro.

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