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Quando as três pessoas chegam à cabana, que não ficava muito distante de onde estavam, então
eles se deparam com uma criança enferma, o outro filho do camponês que estava deitado sobre
um a cama sendo velado pela mãe, que sem esperanças esperava pacientemente pela morte do
filho, que muito debilitado pelo pouco alimento que recebera contraiu uma terrível febre que o
fazia ter constantes convulsões.
Era o que faltava para Deméter banhar em lágrimas, o sentimento de compaixão era o que mais
predominava naquele momento no coração da deusa, tanto que só pela chegada dela na cabana o
menino parou de ter convulsões e até respirava melhor. O banquete servido depois de um quarto
de hora consistia em poucas frutas e ainda alguns frutos secos que ainda restavam pelas
redondezas, nessa hora Deméter pediu para que a camponesa colocasse algumas papoulas na
mesa para decorar, papoulas estas que ela havia colhido pouco antes de entrar e que fizeram com
que o jantar satisfizesse a todos de um modo muito estranho.
A mulher ao vê-la caiu aos seus pés implorando perdão por tão tamanha imbecilidade que havia
cometido pelos seus cegos cuidados de mãe, Deméter, que apesar de contrariada tinha motivos
para irar-se permaneceu calada, pois de fato, faria o mesmo pela sua filha, que até então estava
perdida.
Curar o menino fora uma das formas de agradecer a hospitalidade daquela tão simples gente, mas
Deméter não se conteve com esse feito, ensinou àquela família um ritual de fertilidade que seria o
segredo para a prosperidade do que ainda seria uma cidade, a cidade de Elêusis. O ritual deveria
ser feito em uma noite clara no início da primavera para convidar as flores mais fortes e vigorosas
para os campos férteis daquele lugar, essas flores trariam consigo uma planta que seria o néctar
do contato com a deusa Deméter, uma néctar que seria preparado com vinho branco e orquídeas,
que deixaria inconsciente que o tomasse, tendo visões olímpicas e sobre-humanas.
O primeiro a sentir tais efeitos fora o camponês, o patriarca da família, que após tomar um gole da
primeira bebida feita pela deusa, perdeu as forças e lentamente desabou pelo chão como o tronco
de uma árvore cortada, por algum tempo permaneceu inerte, até o momento em que começou a
levantar as mãos para os céus e balbuciar palavras sem sentido para os que presenciavam a cena.
Logo após o efeito de tal poção acabar um vento leste soprou delicadamente no meio da noite
com o cheiro dos narcisos revigorando as pessoas presentes.
Deméter advertiu-os, no entanto, que esse era um segredo familiar, que somente deveria ser
utilizado pelas pessoas que compunham a família o que dela no futuro fizessem parte. Pouco a
pouco a família dos camponeses de Elêusis ficou famosa, e muitas pessoas vieram habitar
naquelas terras, onde agora o simples camponês era chefe, e seus filhos como príncipes, e a fama
prospera da cidade continuava a varrer a Grécia e se solidificar como a melhor terra do mundo,
como agradecimento foi criado um magnífico templo para Deméter, que fora esculpida conforme
a visão que os primeiros camponeses tiveram dela, de uma forma simples, mas majestosa.