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CENTRO PAULA SOUZA

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE TATUÍ

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO EMPRESARIAL

HENRI FAYOL

TATUÍ, SP

1º SEMESTRE / 2011
FATEC TATUÍ

SEMINÁRIO

HENRI FAYOL

AMANDA PEREIRA

ANA CAROLINA SCHULTZ

ANA CLÁUDIA PAQUES

ARIELLE ALMEIDA

LAIANE OLIVEIRA

ROSELI JUBRAN

GESTÃO EMPRESARIAL / 1º SEMESTRE / VESPERTINO

2011

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1. QUEM FOI HENRI FAYOL

Jules Henri Fayol nascido em Istambuli em 29/07/1841 e


falecido a 19 de novembro de 1925 em Paris, criado como filho
de um metalúrgico, e tendo vivido toda a sua infância em torno
deste tipo de atividade, acabou tornando-se engenheiro de minas
e, posteriormente, um dos diretores da companhia mineradora em
que trabalhava. Ele observou que com o crescimento desenfreado
que resultara da revolução industrial, as empresas não tinham
uma orientação apropriada em direção à ampliação dos serviços e
da produção de forma eficiente. Formou-se engenheiro de minas aos 19 anos e entrou para
uma companhia metalúrgica e carbonífera, onde desenvolveu toda a sua carreira. Aos 25 anos
foi nomeado gerente das minas e aos 47 assumia a gerência geral da “Compagnie Commantry
Fourchambault et Decazeville”, que no momento se encontrava em situação difícil. Em 1918
transmitiu a empresa ao seu sucessor, dentro de notável estabilidade. Fayol expôs sua Teoria
de Administração em seu famoso livro “Administration Industrielle et Générale”, publicado
em Paris em 1916. Exatamente como Taylor, Fayol empregou seus últimos anos de vida à
tarefa de demonstrar que, com previsão científica e métodos adequados de gerência,
resultados satisfatórios eram inevitáveis. Assim como nos Estados Unidos a Taylor Society
foi fundada para divulgação e desenvolvimento de sua obra, na França o ensino e o
desenvolvimento da obra de Fayol deram motivo à fundação do Centro de Estudos
Administrativos.

1.1 FAYOL E UM MOVIMENTO CRÍTICO

O jovem engenheiro tinha idéias bastante aprimoradas para seu tempo. Contrariando a
mentalidade da época e inclusive aos princípios de seu pai, Fayol começou a reunir pessoas
para discussões de assunto de negócios, o que resultou na criação de um Centro de Estudos
Administrativos.

2. TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO

A Teoria Clássica da Administração representa, hoje, a conquista de uma longa


história, no campo do conhecimento humano que despontou no início do século XX, no
quadro da 2ª Revolução Industrial. Com a 2ª Revolução Industrial, principalmente com o
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surgimento da energia elétrica e o uso dos combustíveis de petróleo, há um novo surto de
progresso, acompanhado da expansão do capitalismo financeiro, que viria permitir a criação
e o funcionamento de grandes organizações empresariais. Na Teoria Clássica de Fayol e
seus seguidores a ênfase é posta na estrutura da organização. O objetivo é buscar a maior
produtividade do trabalho, maior eficiência do trabalhador e da empresa. A Teoria Clássica
da Administração partiu de uma abordagem sintética, global e universal da empresa, com
uma visão anatômica e estrutural, enquanto na Administração Científica a abordagem era
fundamentalmente operacional (homem/máquina). Enquanto Taylor e outros engenheiros
americanos desenvolviam a chamada Administração Científica nos Estados Unidos, em
1916 surgia na França, expandindo-se rapidamente pela Europa, a chamada Teoria Clássica
da Administração desenvolvida por Henri Fayol. A Teoria Clássica partia do estudo do todo
organizacional e da sua estrutura para garantir a eficiência a todas as partes envolvidas,
fossem elas órgãos (seções, departamentos, etc.) ou pessoas (ocupantes de cargos e
executores de tarefas). A preocupação com a estrutura da organização como um todo
constitui, sem dúvida, uma substancial ampliação do objeto de estudo da TGA (abordagem
anatômica e estrutural).

2.1 SEIS FUNÇÕES BÁSICAS DA EMPRESA

Fayol parte da pressuposição de que toda empresa pode ser dividida em seis grupos, a saber:
1- Funções Técnicas: produção de bens ou serviços de empresa;
2- Funções Comerciais: compra, venda e permutação;
3- Funções Financeiras: procura e gerência de capitais;
4- Funções de Segurança: proteção e preservação de bens e das pessoas;
5- Funções Contábeis: inventários, registros, balanços, custos e estatísticas;
6- Funções Administrativas: integração de cúpula das outras cinco funções.

2.2 CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO

Para aclarar o que sejam as funções administrativas, Fayol define o ato de administrar como
sendo:
1- Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação.
2- Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa.
3- Comandar: dirigir e orientar o pessoal.

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4- Coordenar: ligar, unir, harmonizar os atos e esforços coletivos.
5- Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as
ordens dadas.
Estes são os elementos da administração que constituem o chamado processo administrativo,
e que são localizáveis em qualquer trabalho do administrador em qualquer nível ou área de
atividade da empresa. Em outros termos, tanto o diretor, o gerente, o chefe, o supervisor, o
encarregado – cada qual em seu nível – desempenham atividades de previsão, organização,
comando, coordenação e controle, como atividades administrativas essenciais.

3. PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL


Fayol ao definir os princípios gerais da administração deixou claro que: os princípios não são
rígidos nada é absoluto em matéria administrativa tudo em administração é questão de
medida, de ponderação e de bom senso os princípios são maleáveis e adaptam-se a qualquer
circunstância, tempo ou lugar. 
a)Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a
eficiência. Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de dar ordens e o poder de
esperar obediência, responsabilidade é uma conseqüência natural da autoridade. Ambos
devem estar equilibradas entre si;
b)Disciplina: depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito aos acordos
estabelecidos;
c) Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o
princípio da autoridade única;
d)Unidade de direção: uma cabeça é um plano para cada grupo de atividades que tenham o
mesmo objetivo;
e) Subordinação de interesses individuais aos interesses gerais: os interesses gerais devem
sobrepor-se aos interesses particulares;
f) Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e para
a organização em termos de retribuição;
g)Centralização: refere-se à concentração da autoridade no topo da hierarquia da organização;
h)Cadeia escalar: é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo. É o
princípio de comando;
i) Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana;
j) Eqüidade: amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal;

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k)Estabilidade e duração (num cargo) do pessoal: a rotação tem um impacto negativo sobre a
eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer num cargo tanto
melhor;
l) Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e assegurar seu sucesso;
m) Espírito de equipe: harmonia e união entre as pessoas são grandes forças para a
organização.

4. DIVISÃO DO TRABALHO E ESPECIALIZAÇÃO


A organização deve caracterizar-se por uma divisão do trabalho claramente definida. A
divisão do trabalho conduz à especialização e à diferenciação das tarefas. A idéia básica era a
de que as organizações com elevada divisão do trabalho seriam mais eficientes do que aquelas
com pouca divisão do trabalho. Enquanto a Administração Científica se preocupava com a
divisão do trabalho no nível do operário, fragmentando suas tarefas, a teoria clássica se
preocupava com a divisão dos órgãos que compõem a organização, isto é, departamentos,
seções, divisões, etc. A divisão do trabalho pode ocorrer em duas direções:
a) Verticalmente: níveis de autoridade e responsabilidade (escala hierárquica);
b) Horizontalmente: diferentes tipos de atividades desenvolvidas na organização.
A Departamentalização refere-se à especialização e ao desdobramento horizontal da
organização. A homogeneidade é obtida na organização quando são reunidos, na mesma
unidade, todos os que estiverem executando o mesmo trabalho, pelo mesmo processo, para a
mesma clientela, no mesmo lugar.

5. CONCEITO DE LINHA E STAFF

Fayol se preocupou muito com a chamada “Organização Linear”, que constitui um dos tipos
mais simples de organização. A organização linear se baseia nos princípios de:
a) Unidade de Comando ou supervisão única: Um indivíduo possui apenas um chefe;
b) Unidade de Direção: Todos os planos se integram a planos maiores que conduzam os
objetivos da organização;
c) Centralização da Autoridade: toda a autoridade máxima de uma organização deve estar
centralizada no topo;
d) Cadeia escalar: a autoridade deve estar disposta em uma hierarquia.

 Essa organização linear apresenta uma forma piramidal. Nela ocorre a supervisão linear,
baseada na unidade de comando e que é o oposto à supervisão funcional de Taylor. Na
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organização linear os órgãos de linha, ou seja, os órgãos que compõem a organização
seguem rigidamente o princípio escalar (autoridade de comando). Porém, para que os órgãos
de linha possam executar suas atividades especializadas, tornam-se necessários órgãos
prestadores de serviço especializados, como assessoria, recomendações, conselhos, e outros.
Esses não obedecem ao conceito de princípio escalar nem possuem autoridade de comando.
Tais serviços e assessorias não podem ser impostos obrigatoriamente aos órgãos de linha,
mas simplesmente oferecidos. Sua autoridade - chamada de autoridade de staff - é
simplesmente autoridade de especialista e não autoridade de comando.

6. HISTORIA DA ESCOLA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA

A abordagem típica dessa Escola é a ênfase nas tarefas, e seu nome deriva da aplicação de
métodos científicos (observação, experiência, registro, análise) aos problemas da
administração, com vistas a alcançar maior eficiência industrial, produzir mais, a custos mais
baixos.
O objetivo inicial de F. Taylor estava voltado para eliminar os desperdícios nas indústrias
americanas, comprovadamente um dos elementos importantes na formação dos preços dos
produtos. Dessa forma, visava-se alcançar maior produtividade e, como menores custos e
melhores margens de lucro, enfrentar a crescente concorrência em todos os mercados.
Para Taylor, a organização e a administração das empresas devem ser estudadas e tratadas
cientificamente e não empiricamente. A improvisação deve ceder lugar ao planejamento e o
empirismo à ciência. Assim, a obra de Taylor se reveste de especial importância pela
aplicação de uma metodologia sistemática na análise e na solução dos problemas da
organização, no sentido de baixo para cima.

7. APRECIAÇÃO CRÍTICA DA TEORIA CLÁSSICA

Abordagem simplificada da organização formal - organização é concebida apenas em


termos lógicos, formais e abstratos sem considerar o conteúdo psicológico e social. Também
é prescritiva e normativa, como na administração científica, onde os autores se preocupam
em determinar como as empresas devem conduzir-se em todas as situações, através do
processo administrativo e quais os princípios gerais que devem seguir para obter máxima
eficiência.

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Ausência de trabalhos experimentais - como Taylor, Fayol fundamenta seus conceitos
na observação e no senso comum, seu método é empírico e concreto, baseado na experiência
e no pragmatismo, ou seja, ausência de métodos rigorosamente científicos. Extremo
racionalismo na concepção da administração - preocupação demasiada com a apresentação
racional e lógica das proposições, sacrificando a clareza das idéias. Teoria da máquina -
visão mecanicista da organização - a organização deve ser arranjada tal como uma máquina.
Enfatiza a divisão do trabalho, de tal modo que o operário seja um especialista, saiba muito
a respeito de pouca coisa.
Abordagem incompleta da organização - a teoria clássica somente se preocupou com a
organização formal, o estudo da organização do ponto de vista da sua anatomia, a sua forma,
descuidando-se completamente da organização informal, não considera o comportamento
humano dentro das organizações. 
Abordagem de sistema fechado - da mesma forma que a administração científica, a
teoria clássica trata a organização como se fosse um sistema fechado, composto de umas
poucas variáveis, perfeitamente conhecidas e previsíveis, e de alguns poucos aspectos que
podem ser manipulados através de princípios gerais e universais de Administração.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo como ótica a visão da empresa a partir da gerência administrativa, Fayol focou
seus estudos na unidade de comando, autoridade e na responsabilidade (obsessão pelo
comando). Conceptualização da empresa como um Sistema Fechado, em que a tecnologia
operativa é determinante para o seu funcionamento. A gestão da empresa centra-se na
otimização do sistema produtivo interno sendo o indivíduo considerado como uma peça de
todo o maquinismo. Exige-se uma adaptação total e mecânica do indivíduo ao sistema
produtivo. Cada empregado deveria executar instintivamente as ações que lhe eram
distribuídas obtendo-se assim a eficiência máxima. A aplicação "cega" da Teoria Clássica à
gestão das empresas conduziu a situações de ruptura que provocaram o colapso de algumas
delas. Situação, aliás, caricaturada por Charles Chaplin no filme "Tempos Modernos". No
entanto, a aplicação da Teoria Clássica a unidades elementares das empresas revelou-se
particularmente adequada. A implementação da Teoria Clássica foi exemplar na Ford Motor
Company entre os anos de 1910 e 1920. O produto era único (Ford modelo T) e a produção
não satisfazia a procura; é célebre a frase atribuída a Henry Ford “forneceremos aos nossos
clientes o automóvel que pretendam desde que seja um Ford modelo T de cor preta”.
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REFERÊNCIAS

http://cultura.culturamix.com/personalidades/pensadores/fayol

http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/teoria-classica-da-administracao-
segundo-henri-fayol/13239/
http://www.webadministrador.com.br/trabalhos-de-administracao/109-henry-fayol

http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/fayolhenri.htm
http://www.historiadaadministracao.com.br/jl/index.php?
option=com_content&view=article&id=52:jules-henri-fayol&catid=10:gurus&Itemid=10
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/HenrFayo.html
http://www.biografiasyvidas.com/biografia/f/fayol.htm
http://www.artigonal.com/administracao-artigos/um-pouco-sobre-henri-fayol-661666.html

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OBS.: Professor Sérgio, depois de inúmeras pesquisas, não conseguiu chegar a uma conclusão clara e específica sobre a origem de
Fayol. Em alguns sites dizem que ele nasceu em Constantinopla na França, em outros diz que foi em Istambul e em outros, que ele
nasceu na Grécia e foi educado na França. Por favor, se possível, desconsidere a afirmação citada no seminário se estiver errada, e
tire-me essa dúvida. Obrigada.

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