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Ficha Informativa
Nome
O que é um Fóssil?
Fósseis (do latim fossilis) são restos, ou ainda vestígios de seres vivos ou da sua actividade,
que viveram em épocas geológicas anteriores à actual e que ficaram preservados nas rochas
em que se depositaram.
Figura
1- Crânio humano
fossilizado.
Para que se forme um fóssil é necessário que as evidências sofram uma série de
transformações químicas e físicas ao longo de um período de tempo. Assim, só se consideram
fósseis os vestígios orgânicos com mais de 13.000 anos (idade aproximada da última glaciação
do Quaternário – o Würm).
É sobretudo nos estratos das rochas sedimentares que surgem à superfície (afloramentos) que
vamos encontrar a grande parte dos fósseis.
A maioria destas rochas forma-se pela deposição de sedimentos (areias, argila, cascalho, etc.),
em camadas ou estratos, o que facilita o processo de enterramento dos cadáveres e,
consequentemente, a formação dos fósseis.
Formação de Fósseis
O corpo dos seres vivos, após a sua morte, fica directamente exposto a um conjunto de
agentes erosivos (a chuva, o vento, as alterações de temperatura, os seres vivos, etc.) que
podem levar à destruição rápida das suas partes mais moles ou ao seu total desaparecimento.
Deposição de um sedimento
fino e impermeável sobre o ser
vivo.
de que resulta a transformação da sua matéria orgânica em matéria mineral, as partes duras
são mais lentamente decompostas, permanecendo mais tempo nos estratos sedimentares, e
por isso são as que se encontram mais vezes, ou o seu molde nas rochas.
Tipos de Fossilização
De acordo com as condições do ser vivo e do meio, podem ocorrer diversos tipos de
fossilização. Podemos classificar, simplificadamente, estes processos em quatro grupos.
Figura 7- Molde externo.
Mineralização – Ocorre preenchimento de poros e
cavidades por minerais, acabando os materiais originais que
compõem o ser vivo por ser substituídos por outros mais estáveis.
Figura 8- Trilobite mineralizada. Figura 9- Troncos de árvores mineralizados.
Figura 10- Garra de ave (Moa) com Figura 11- Mamute preservado em gelo
partes moles preservadas. A preservação descoberto na Sibéria. O gelo interrompe a
ocorreu no interior de uma gruta com actividade dos microrganismos decompositores
atmosfera seca e estéril. e retarda a decomposição físico-química.
Idade Absoluta e Idade Relativa das Rochas e dos Fósseis que nelas se encontram
Conhecer a idade das rochas permite retratar a História da Terra e compreender a sua
evolução. Os geólogos dispõem de processos que permitem determinar a idade das rochas.
A idade das pessoas pode ser referida de acordo com critérios diferentes.
Podemos indicar a idade de uma pessoa: comparando-a com a idade de outros, idade
relativa, ou indicando o número preciso de anos, idade absoluta.
Idade Absoluta
Do mesmo modo, os geólogos são também capazes, utilizando aparelhos apropriados, que
medem a radioactividade natural que existe em quase todos os materiais, de determinar a
idade absoluta de uma rocha, indicando, com uma boa aproximação, o número de milhões de
anos (M.a.) que ela possuiu.
Idade Relativa
Para determinar a idade relativa dos estratos os geólogos baseiam-se nos fósseis existentes
nesses estratos e na aplicação dos princípios que vais aprender:
Formulado no Séc. XVII pelo dinamarquês Nicolau Steno, o Princípio da Sobreposição dos
Estratos diz-nos que:
Numa sequência de estratos não deformados, cada estrato formado é mais antigo do que os
que estão por cima e mais recente do que aqueles que se encontram debaixo dele.
Assim, de acordo com o Princípio da Sobreposição dos estratos, o estrato 1 é o mais antigo de
todos e foi o primeiro a formar-se. O estrato 8 é o mais recente de todos e o último a formar-
-se. O estrato 4 é mais recente do que os estratos 1, 2 e 3 e mais antigo do que os estratos 5,
6, 7 e 8.
Do mesmo modo posso concluir que
os fósseis de Trilobites são os mais
antigos de todos pois o estrato que
os contém encontra-se debaixo de
todos os outros que apresentam
fósseis.
Figura 15- Dobras (A) e falhas (B), excepções ao Princípio da Sobreposição dos Estratos.