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Do Lo Men or
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ª
Ed., Coimbra: Coimbra Editora, 1985, p. 224-225
Por outro lado, não basta, que o menor declare ou inculque ser maior. São
necessários artifícios, manobras ou sugestões de carácter fraudulento».
O art. 126.º não diz que cessa anulabilidade; diz que o menor não a pode
invocar, o que significa que o acto continua anulável. Mas não teria
sentido uma anulabilidade que ninguém pudesse invocar. Por outro lado, o
fundamento geral da incapacidade, que é a presunção de não haver
suficiente entendimento e vontade, é incompatível com o afastamento
dessa incapacidade por um acto do menor, que justamente se presume
não ser dotado de entendimento e vontade suficientes. Diríamos assim
que a lei apenas pretendeu excluir a actuação pessoal do menor, mas não
dos seus representantes.
O artigo 125.º/1, c), permite, como vimos, aos herdeiros do menor invocar,
em certos prazos, a anulabilidade. Pensamos que não poderão fazê-lo
quando o próprio menos esteja incurso no artigo 126.º: dolo quanto à
idade ou emancipação. Na verdade, não podem os sucessores receber
algo que nunca tivesse pertencido ao de cuius.
«Mas será apenas o menor que não tem esse direito [de invocar a
anulabilidade]? Ou deverá entender-se que também o pai, o tutor ou o
administrador de bens, ou qualquer herdeiro do menor, não pode invocar
a anulabilidade, no caso de ter havido dolo da parte deste?
Por fim: