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Língua Portuguesa

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“Os relógios”

Bom mesmo seria viver salteado, dia sim, dia não. Vivería-mos
menos, mas vivería-mos melhor. Pelo menos, um pouco mais
descansados. Não acrescentar nada do ontem para o hoje nem
esperar nada do hoje para o amanhã: a verdadeira pausa. [...]
O homem é um prisioneiro do tempo, vive algemado num
relógio de pulso. No dia em que decidi libertar-me do tempo, deitei
fora o meu relógio de pulso. Mas ninguém imitou o meu gesto e a
minha situação piorou: agora estou preso ao relógio dos outros.
Quem tem relógio tem a vantagem de atrasar ou adiantar o tempo,
conforme a sua vontade.
As horas passam de acordo com estado de espírito de cada
pessoa e não de cada relógio. Os ponteiros do relógio são uma
bússola: o pequeno indica para onde devo ir, o grande diz se devo ir
devagar ou depressa.

Leon Eliachar – Adaptado por Elisabete Gomes

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