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UNIVERSIDADE CEUMA

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CURSO SERVIÇO SOCIAL

DINAILSON DE JESUS COSTA VIEIRA

RESSOCIALIZAÇÃO NAS PRISÕES: UMA ANÁLISE SOBRE OS AVANÇOS E


DESAFIOS E O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL

São Luís – MA
2022
DINAILSON DE JESUS COSTA VIEIRA

A RESSOCIALIZAÇÃO NAS PRISÕES: UMA ANÁLISE SOBRE OS AVANÇOS


E DESAFIOS, E O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL

Projeto de Pesquisa apresentado à


disciplina de Estratégias e
Elaboração de Projeto de Pesquisa
em Serviço Social, ministrado pela
Profª Ma. Graciane Pereira Santos,
como pré-requisito da disciplina
para obtenção de nota.

São Luís – MA
2022
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ...............................................................................................4
2 PROBLEMATIZAÇÃO .........................................................................................4
3 HIPÓTESE ...........................................................................................................9
4 OBJETIVOS ....................................................................................................... 10
4.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 10
4.2 OBEJTIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 10
5 JUSTIFICATIVA................................................................................................. 11
6 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................. 11
7 METODOLOGIA ................................................................................................ 15
8 CRONOGRAMA ................................................................................................ 16
REFERÊNCIAS..................................................................................................... 18
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1 APRESENTAÇÃO

O presente projeto de pesquisa foi proposto com um intuito de falar sobre a


ressocialização tendo base no levantamento histórico, ela tem como objetivo
recolocar o indivíduo na sociedade com o sistema de ressocialização onde uma
equipe de profissionais irá trabalhar para que isso aconteça, dito isso será abordado
as mudanças que esse sistema vem sofrendo os desafios enfrentados, e um
pequeno levantamento histórico, para saber como surgiu as primeiras ideias de
ressocialização nas prisões, até o fim do suplício e o aparecimento dos modelos de
prisões atuais, especificando sobre a equipe de profissionais que é responsável
pela sistema de ressocialização, apresentar elementos que fazem com que, essa
ressocialização seja lenta e precária.
Será mostrado também os objetivos da pesquisa tal como objetivo central
que é ressocialização, e alguns separados que são importantes para a pesquisa,
metodologia que será aplicada para fazer o projeto, um cronograma detalhando as
atividades da pesquisa e a justificativa que fala sobre a importância do tema
proposto, trabalhado também a importância do assistente social no meio prisional,
tal como desafios que ele enfrenta seu papel nesse meio e sua importância na
garantia de direitos do apenado.
Esses e outros assuntos vão ser abordados ou decorrer do texto, para assim
explicar a importância da ressocialização nas prisões as dificuldades e o papel do
estado nesse meio, estudar o sistema em si e elaborar soluções para esse
problema que está muito presente no país e no mundo.

2 PROBLEMATIZAÇÃO

A ressocialização nas prisões foi um caso de muito preconceito em alguns


países, antes de começar as primeiras ideias de ressocialização, em todo mundo
havia muitos casos de torturas era muito comum ver os corpos suplícitados nas
praças nas ruas, uma vez que as instituições denominadas prisões não tinha ideias
de reeducar o indivíduo mais sim punir pelo que se fez, se alguém praticasse um
homicídio ele deverá pagar na mesma proporção.
Segundo Mendes (2014) “Na idade antiga a prisão era Vista
como um lugar de tortura, dessa forma era possível
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perceber que na idade antiga o encarceramento era tido


como um lugar de tortura, e carregando uma ideia de
punição e não de pena propriamente dita”

Como podemos observar as prisões não tinham intenção alguma de resgatar


o indivíduo, só pensava em punir e torturar o indivíduo, para assim fazer sofrer por
consequência do que ele fez, sem ideia de ressocialização era muito comum os
presos morrerem por conta que não aguentavam as torturas constantes, foram
relatados muitos casos reais que aconteceram por conta desse antigo sistema.
Segundo Foucallt (1987 p. 68) “ uma pessoa foi condenado a pedir perdão em
público diante da portaria da igreja, arrastados por um carroça estando nua” torturas
como essas eram comum, e coisas desumanas aconteceu naquela época, o
indivíduo era torturado e não tinha ninguém ali para protegê-lo e muito menos para
protegê-lo e tão pouco para assegurar seus direitos, direitos esses que o indivíduo
tem mesmo estando detido, nessa época a ideia de direito ao apenado não existia,
com o passar dos tempos e novas reformas que foi aparecer o sistema prisional
moderno que é o que conhecemos hoje, mais pessoas sofreram de mais no
decorrer dessa história de formação, e não tiveram esses privilégios e foram
brutalmente torturados, por isso não podemos esquecer das prisões da idade antiga
pois elas deixaram um março histórico para todo o mundo.
Como foi visto não havia ideia de ressocialização nas prisões, quando surgiu
as primeiras ideias de prisões modernas no fim do século XVIII, e no começo do
século XIX, o objetivo principal era somente punir Foucallt (1987) diz que a prisão
se fundamenta na “privação da liberdade” como isso ele quis dizer que o melhor
jeito de punir o homem não seria com multas oi com torturas como na antiguidade,
mais sim o tirando o que se é mais precioso sua liberdade, dentro desse contexto
a prisão só estava ali para punir mais com o tempo foi mudando essa ideia, a
educação no sistema penitenciário é iniciada a partir da década de 1950, até o
princípio do século XIX, como já citado a prisão era utilizada unicamente como lugar
de contenção de pessoas até então não havia proposta de requalificação de
apenados.
Está proposta veio a se desenvolver somente quando começou a surgir
dentro dos prédios os programas de tratamentos, antes disso não havia qual quer
forma ou pensamento de ressocialização, desta maneira a partir daí, veio as
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propostas de ressocialização, com a inserção de educação escolar nas prisões,


que por sua vez foram inseridos em meados dos anos 1950, com o surgimento
desse sistema teve uma motivação a mais na ideia de ressocialização com o fator
educação. Foucault (1987 p. 224) diz “a educação é por parte do poder público ao
mesmo tempo uma precaução Indisponível no interesse da sociedade e uma
obrigação para com o detento”. Dessa forma, o governo disponibilizou um grupo de
profissionais da educação para fazer esse Trabalho, com a ideia de ressocialização
de pessoas detidas. A partir dessa ideia de ressocialização surgiu uma terceira
vertente da prisão moderna justamente um assunto que é de estrema importância
lembrar.
Segundo Escola Britânica (2021). “As prisões tem três
objetivos principais, elas punem criminosos ao tirar sua
Liberdade. Também tem a importante função de manter
malfeitores perigosos longe das ruas, e finalmente, pode
ajudar a reabilitar prisioneiros, ou seja, transformá-los em
pessoas melhores.”

Tendo isso em vista podemos ver com clareza que essa “prisão”, tem vários
papeis no Que diz respeito tanto na proteção de inocentes como na prisão de
culpados, ela foi criada como o objetivo de punir e também de ressocializar o
apenado. Mas, sabemos que atualmente essa ideia está muito longe de acontecer,
por conta da corrupção do sistema, vários maus feitores estão soltos porque
simplesmente tinham dinheiro, se pararmos para visitar qualquer presido vamos ver
que a maioria dos presos são pessoas que estão em um grupo considerado pobre,
alguns estão ali só porque tentaram roubar para comer. Assim, como já citado
muitos assassinos estão presos e isso é bom para a sociedade, ladrões,
agressores, isso dá uma certa calma na sociedade, então é aí que entra a terceira
função, que vai ser o foco principal do decorrer do texto, a parte da reabilitação,
que é responsabilidade de uma equipe de profissionais, que tem o papel importante
de fazer esses detidos se arrependam do que já fizeram e tentar encaixar esse
indivíduo novamente na sociedade.
No contexto atual as prisões evoluíram e foi visto mais a chamada
ressocialização dos apenados, mais esse sistema não é de todo perfeito, longe de
ser perfeito o sistema prisional brasileiro é cheiro de corrupção e por conta dessas
e outras as prisões são superlotadas, atrasos no sistema de requalificação, dessa
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forma os modelos das prisões que temos hoje no Brasil são superlotação e violação
dos direitos humanos e precarização dos serviços.
“Torres (2005) afirma que as prisões são instituições sócias
que historicamente sevem para causar sofrimento e
desgraça humana, atribuindo as pessoas que não
correspondem as normas morais e as leis, o confinamento
e a punição [..] (TORRES 2005 p. 17).

Como podemos observar na afirmação acima deixa bem claro que prisões
são lugares de sofrimento, tocando no assunto de ressocialização, o assistente
social tem um papel importante nesse meio o profissional tem o papel de reeducar
e assegurar os direitos dos preso, o profissional de serviço social é muito criticado
por defender o apenado, muitas críticas cem da própria sociedade por ele tá
defendendo um assassino, mas temos que lembrar que todo cidadão é cercado de
direitos e temos que assegurar os mesmos, não importa se o indivíduo é um doutor
ou simplesmente uma pessoa comum que se encontra detido, mesmo ele estando
preso ele tem direitos e é dever do estado e do profissional de serviço social garantir
que esses direitos serem assegurados, o assistente social enfrenta muitos desafios
e esses desafios são impostos pelo próprio estado por conta do atraso dos
julgamentos, se observamos muitas instituições tem a maioria dos apenados
pobres ou negros, assim mostrando o porquê do estado atrasar tanto esses
processos de ressocialização, o estado e o sistema é preconceituoso e corrupto,
aceita muitas propinas, dito isso sabemos que casos de pessoas com condições
melhores vão ser resolvidas mais rápido pelo dinheiro que eles tem, o pobre que
não tem condições para isso, logicamente sofrerá no sistema como citado pelo
autor acima.
O sistema prisional brasileiro vem sofrendo uma grande crise atualmente a
lei de execução penal brasileira lei nº 7. 216 de julho de 1984, mesmo sendo uma
das melhores e mais complexas do mundo, infelizmente no país não é colocado a
ação em prática, como já citado o estado não dá o suporte necessário a esse
sistema e prefere tratar as penas, apenas como um meio de castigar o indivíduo
pelo crime realizado.
Segundo Roberto (2011 p.49) “a crise de pena de morte deu
origem a uma nova modalidade de sanção penal a pena
privativa de Liberdade, uma grande invenção que
demostrava ser meio, mas eficaz de controle social.”
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Devido à crise está sendo encontrada no sistema prisional brasileiro nos dias
atuais, percebe-se que diversas modificações e do tempo e de todas as leis
existentes, a pena privativa de Liberdade no Brasil continua não realizando os
objetivos que são propostos.
A lei de execução penal em seu artigo 1°dispoe “a execução penal tem por
objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar
condições para harmônica integração social do condenado e do internado.
Analisando o que foi dito nesse artigo, podemos observar que a execução
penal possui como finalidade além de efetivar cumprimento da pena, a
ressocialização do indivíduo, mais infelizmente quanto a Ressocialização não tem
produzido os resultados que deveriam ser alcançados, fazendo assim com que
esse sistema enfrente uma crise.
Ressocializar é dar suporte ao apenado para que ele possa ser reintegrado
na sociedade, é buscar compreender o motivo que levou o detido a cometer tal
crime, e depôs de tudo isso oferecer por direito uma oportunidade de mudar, e ter
um futuro melhor independente do que aconteceu no seu passado.
Podemos ver também nas prisões a falta de higiene nas celas nos
corredores e até mesmo nos banheiros, situações como essas que não podem
acontecer segundo o artigo 12 da Lep prive “a assistência material ao preso e ao
internado consistirá no fortalecimento da alimentação, do vestuário e instalações
higiênicas”
Nas celas os presos sofrem com a superlotação, um amontoado de presos
disputando um espaço, sendo obrigados a conviverem no meio do lixo insetos e
esgotos abertos sujeitos aos mais diferentes tipos de doenças.
Segundo Roberto (2011, p. 166), nas prisões clássicas
existem condições que podem exceder efeitos nefastos
sobre a saúde dos internos as deficiências do alojamento e
da alimentação faltam o desenvolvimento da tuberculose,
enfermidade por excelências das prisões, contribuem
igualmente para deteriorar a saúde dos reclusos más
condições de higiene dos locais, originadas na falta de ar,
na umidade e nos odores nausebendos.

Sujeitos a situações péssimas esse apenado sofria muito e não tinha acesso
aos direitos que são impostos a ele, essas situações desumanas vem acontecendo
no cenário prisional brasileiro, e o estado tenta fazer alguma coisa para melhoria
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dessa Situação, mas como já citado o estado não tem um cuidado maior para essa
população que se encontra detida.
Pode ser citado como forte agente a superlotação carcerária que por sua vez
não está presente somente nas penitenciárias, mais também em cadeias públicas,
dito isso esse elemento está presente em todo o sistema, essa superlotação está
relacionada a vários fatores são eles, o aumento da quantidade de presos
efetuados durante os últimos anos, atraso do judiciário no julgamento dos
processos e o descaso do estado na implantação de medidas que auxiliam a
Ressocialização e a chamada volta do preso na sociedade. Grande parte do
sistema é lento e não tem interesse por isso a Ressocialização é tão precária nas
prisões, estado sistema tudo é precário e não tem políticas suficientes para a
reeducação do apenado.
Diante dos fatos apresentados questiona-se que:
1. O estado deveria elaborar mais políticas para aprimoramento da
Ressocialização dos apenados?
2. A reeducação dos apenados poderia ser feita de maneira mais efetiva?
3. Como a sociedade deveria ver o indivíduo depois de ter passado pelo
processo de ressocialização?

3 HIPÓTESE

A ressocialização das prisões é um fenômeno histórico que vem se


desenvolvendo ao longe dos anos e o sistema é lento e precário, e são necessários
mais interesse e investimento do estado, na realização de políticas públicas para
reeducar o apenado.
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4 OBJETIVOS

4.1 objetivo geral

Analisar o processo de ressocialização nas prisões e sua relação com o


trabalho do Assistente social.

4.2 objetivos específicos

• Conhecer o processo de construção sócio-histórica das prisões;


• Conhecer o trabalho do Assistente social no meio prisional;
• Compreender o sistema prisional no contexto atual e sai relação com a
ressocialização;
• Compreender as médias adotadas no processo de ressocialização.
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5 JUSTIFICATIVA

O estudo em questão e sua escolha se dão a partir de uma curiosidade que


surgiu depois de assistir um documentário no history, sobre o tema
“encarceramento em massa – a tragédia prisional brasileira”, e também por
estimulo se estudos passados, que despertaram a curiosidade de escrever sobre
esse tema.
É se extrema importância falar sobre esse tema para saber a realidade dessa
população que se encontra encarcerada, e saber sobre o papel do estado no meio
prisional, quais as políticas e os diretos que ele deve ofertar ao apenado. Esse
projeto parte de curiosidade e indagações e contribuirá para a reflexão, análise da
realidade carcerária é as dificuldades enfrentadas por esses apenados no dia a dia
deles.
Parte também de curiosidade sobre o processo de ressocialização desses
apenados, como esse processo acontece quais medidas são adotadas para tornar
essa Ressocialização possível, e quais dificuldades são enfrentadas nesse
processo, saber também sobre a chamada superlotação das prisões, saber as
causas disso está acontecendo, fazer uma análise planejada sobre o sistema
prisional e especificar um profissional que é importante para tornar a
ressocialização possível, o assistente social no meio prisional como uma figura
responsável pela reeducação dos apenados e preparo para volta a sociedade.
É interessante saber mais sobre esse sistema por conta que essa população
é pouco vista pela sociedade e mesmo depois de cumprir sua pena e passar por
todo o processo de ressocialização continuam sendo rejeitados pela sociedade
principalmente na busca de emprego. Analisar esse fato que parte de uma base
comum na sociedade e infelizmente é muito vista o preconceito.

6 REFERENCIAL TEÓRICO

Ao longo da história pessoas que se encontram detidas, mas instituições


denominadas prisões sofreram muito por conta do sistema, o levantamento
histórico do sistema prisional vem do suplício ao novo sistema prisional que
observamos hoje, trabalharemos acima das ideias de alguns autores, e vamos
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observar a ideia de cada uma a respeito das prisões e da punição do indivíduo, um


deles é Michel foucallt. Que como o livro vigiar e punir separa o nascimento da
prisão em três partes, suplício, punição e disciplina.
No que diz respeito a suplício Foucault (1887 p.11) diz que “eles não
secionam os mesmos crimes, não punem o mesmo gênero de delinquentes, mas
definem bem, cada um deles, um certo estilo penal” as penas aplicadas na
antiguidade eram severas e a punição do indivíduo era torturas e por consequência
o óbito, o corpo suplícitado era muito visto nessas passagens históricas, com o
passar do tempo foi modificando toda a ideia de castigo tanto no Estados Unidos
como na Europa. “Época de grandes escândalos para a justiça tradicional época
dos inúmeros projetos de reforma, nova teoria de lei e do crime nova justiça moral
ou política do direito de punir” Foucault p.13; antigamente as prisões foram figura
de sofrimento e desgraça humana, logo depois foi modificando esse sistema e o
corpo suplícitado foi deixando de ser uma atração nas cidades e aos poucos foi
sumindo da história, como citado esse período ficou marcado por grandes
escândalos para a justiça tradicional. E com novas reformas veio modificando a
ideia de punir o indivíduo.
Antes o indivíduo passava por um julgamento informal e era logo levado para
câmaras de torturas mais com o passar do tempo foi modificando e o chamado juiz
da época faz outra coisa bem diferente de jugar.
Como afirma Foucault p.24 “ao longe do processo penal, e
da execução da pena, prolifera toda uma série de instâncias
anexas, pequenas justiças e juízes paralelos se
multiplicaram em torno do julgamento principal: peritos,
psiquiátricos, ou psicólogos, magistrados da aplicação das
penas, educadores funcionários da administração
penitenciária fracionam o poder legal de punir”

O autor tenta dá ênfase aos acontecimentos passados dando uma ideia de


que ninguém tem o direito de punir o indivíduo, nenhum poder e nenhuma pessoa
tem esse direito, como visto antes com torturas realizadas aos apenados, uma vez
que esse apenado não passou por um julgamento legal ninguém tem o direito de
puni-lo ou de propriamente tortura-lo. Essa afirmação além de ironizar o poder da
época deixa claro que o poder de julgamento é um conjunto e não uma decisão
individual de pessoas aleatórias.
No que diz respeito a punição podemos começar falando do chamado “olho
por olho dente por dente” essa expressão, dizia que se alguém cometer um crime
13

deveria pagar na mesma proporção do delito, essa ideia para a época era
revolucionária uma vez o suplício iria “sumir”. Foucallt afirma “que as penas sejam
moderadas e proporcionais aos delitos que a morte só seja imputada contra os
culpados assassinos, e sejam abolidos os suplícios que revoltavam a humanidade”.
O protesto contra o suplício era encontrado em toda parte na segunda metade do
século XVIII, então o povo estava realmente revoltado com esse sistema de punir.
Pouco tempo depois essas ideias de punição foi findando e aos poucos foram
chegando na ideia de resgate do indivíduo, como foi observado até então não havia
ideia de ressocialização do apenado.
Quando entramos no contexto atual a ressocialização aparece de uma
maneira desfaçada o sistema prisional brasileiro é um dos melhores, mas mesmo
assim não atende ao critério de ressocializar e devolver o indivíduo para a
sociedade como é previsto. O estado tem uma demanda muito grande e não
consegui atender todos aqueles processos que estão pendentes, e querendo ou
não cada papel ali é uma vida que se encontra detida em uma prisão, alguns casos
de pessoas inocentes mais sem ter como provar ou por atraso do processo
encontra-se presa, sendo mais uma pessoa na fila de espera.
Segundo Beccaria (1764 p.10) o conjunto de todas essas
pequenas porções de liberdade é o fundamento do direito
de punir todo exercício do poder que se afasta dessa base
é abuso e não justiça, é um poder de fato e não de direito;
é uma usurpação e não mais um poder legítimo.

Uma ideia diferente a respeito de punir o autor fala sobre o direito do


apenado de uma maneira mais discreta, fazendo pouco da justiça onde por sua vez
o apenado que se encontra fora dos padrões de diretos que são impostos a ele,
esse direito já deixa de ser um direito e se transforma em um poder de fato, uma
vez que o apenado fica dependente do sistema para voltar a sociedade e tentar
mudar de vida, o sistema que enfrenta uma grande crise, nós atrasos dos
processos e nas superlotações das prisões, apesar de tudo isso o estado deveria
oferecer mais políticas que ajudassem na Ressocialização dessas pessoas, a partir
do momento que ao invés de ajudar o indivíduo a alcançar a Ressocialização, ele
atrasa ela, isso não é mais justiça mais sim abuso de poder como o autor deixa
claro, o sistema prisional precisa se sensibilizar mais e o estado realizar mais
políticas para a ajuda da Ressocialização, e assim acabar com essa crise no
sistema prisional brasileiro.
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A ressocialização é um alvo de grande discussão “ajudar bandido” é o termo


usado pela própria sociedade, infelizmente vivemos hoje em um mundo cheio de
preconceito tanto como o indivíduo como com a cor ou classe do indivíduo, segundo
dados da revista comissão de direitos humanos e minorias “além da precariedade
do sistema carcerário as políticas se encarceramento e aumento da pena se voltam,
via regra, contra a população negra e pobre entre os presos 61,7 % são negros ou
pardos”. Como perdemos observar os dados mostram que esse Padrão das prisões
são comuns, pessoas que não tem condições de pagar uma fiança ou até mesmo
um advogado para defende-lo. Esse padrão é muito visto na comunidade
carcerária, e por conta disso hoje o Brasil sofre com as superlotações dos presídios,
é importante destacar o nível de escolaridade dessa população carcerária, que de
acordo com o departamento penitenciário nacional (DEPEN) em 2014, 75% dos
apenados tem até o ensino fundamental completo, um indicador de baixa renda.
Dados como esse mostra a precarização dessa comunidade e quando pensamos
em Ressocialização desses apenados chegamos em um dos elementos principais
do nosso texto, que é o assistente social que fica responsável pela reeducação
desses apenados e tem o dever de encaixar novamente esse indivíduo na
sociedade.
Segundo o que está imposto no artigo 22 da lei de execução penal de 1989.
“o assistente social tem por finalidade amparar o preso e o internado e prepara-los
para o retorno a liberdade”. Tendo como base o artigo 22 da lei de execução penal
podemos observar que o assistente social tem um papel importante na
ressocialização dos apenados ele é o profissional que vai preparar o apenado ao
retorno a liberdade, o assistente social passa por muitos desafios porque ele tem
que assegurar os direitos dos apenados, mais essa não é uma tarefa fácil porque
muitas instituições tratam seus prisioneiros da pior forma possível, isso dificulta
muito o trabalho do Assistente social, mas com todo isso ele faz sei trabalho da
melhor maneira possível.
As práticas aplicadas pelo Assistente social nas prisões são práticas
humanizadas como, conversas c a presença de psicólogos em alguns casos tem
que ser feito um planejamento onde eles agendam visitas tanto ao apenado como
aos familiares, tentando dá uma melhor possibilidade para esses apenados de sair
da prisão com um melhor entendimento, e elaborando também atividades para
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reeducação, tendo em vista a possibilidade do apenado possa vim se arrepender


dos seus atos passados e viver uma vida melhor, visando o futuro e esquecendo
do passado, não cabe só a instituição a Ressocialização mais também a aceitação
da própria sociedade, como já citado o apenado depois que sai da prisão e está
totalmente qualificado para retornar a sociedade, mesmo assim ele é alvo de
preconceito, então além da ressocialização tem vários motivos que tem que ser
colocado em vista nessa discussão.
Se toda sociedade reconhecesse o esforço do indivíduo pela mudança a taxa
de sucesso seria maior, porque quase todos as pessoas voltam as vezes para a
mesma vida por conta da rejeição da própria sociedade, todo ser humano merece
uma segunda oportunidade independente do que ele fez ou passou, pensamentos
como esses mudariam muitas vidas, essa ideia de ressocialização se paramos para
observar já vem a muitos anos atrás, e passa despercebido na história.
Segundo Luís Carlos (2012 p.18) o que existe de
ressocializador na punição e de punição na
Ressocialização, não há como esclarecer com exatidão
nem o melhor historiador seria capaz. Contudo, o breve
histórico que se segue aspira somente a isso, demostra
mesmo de forma panorâmica quanto será sempre em vão
a atividade de compartimentar o que há no homem de razão
e sentimentos, pois que seja ressocialização hoje talvez
sempre tenha existido.

Como podemos observar essa discussão é ampla e tem muitos conflitos a serem
feitos e discutidos, a Ressocialização de apenados é um assunto muito interessante
a ser estudado e alvo de muito preconceito no decorrer da história, mais ao longo
dos anos esse sistema vem se desenvolvendo e vencendo barreiras, um estudo
sobre Ressocialização sempre será intrigante e cheio de curiosidades
principalmente por parte do sistema prisional tento no desenvolvimento da história
em países como os estados unidos ou até mesmo do continente europeu, e no
próprio Brasil, essa análise é breve e com certeza tem muitas outras perguntas e
curiosidades sobre ressocialização. Mas buscamos a garantia de direitos dessa
população carcerária e assegurar a dignidade e liberdade dos apenados, a qual o
projeto se propõe e compromete realizar.

7 METODOLOGIA
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O método de pesquisa será o materialismo histórico dialético, por permitir


interpretar a realidade da comunidade carcerária, a partir desses estudos intender
o sistema prisional como um todo, de falhas a práticas que são tomadas para tornar
possível a Ressocialização de pessoas apenadas. Quando parte dos objetivos
pode observar as dificuldades enfrentadas na regulamentação dos direitos dos
apenados.
A pesquisa também é bibliográfica onde buscar conhecimento maior sobre
o assunto a partir de ideias de determinados autores que por sua vez falam de
maneira crítica a respeito do sistema prisional, mostrando a precarização do
sistema e a dificuldade do estado para realizar seu papel, uma pesquisa de campo
é necessária, para fazer uma análise mais detalhada do que se fala, onde o
pesquisador pode fazer intervistas tanto com os apenadas, como com a equipe de
profissionais que ficam responsáveis por assegurar os direitos dos apenados, será
realizado questionários específicos, baseado em uma Intervista onde buscará
saber o ponto de vista de dois públicos que estão no mesmo ambiente mas, em
realidades diferentes.
Essa pesquisa pode ser realizada de maneira detalhada pelo menos uma
semana de visita em uma penitenciária para aplicar o questionário e entrevistar pelo
menos 10 apenados, e alguns responsáveis pela instituição, esse sistema de
entrevista tem como objetivo ouvir a realidade deles seja nas celas nos corredores
ou até mesmo nos banheiros a realidade como todo, para assim saber se está
sendo feito como descrito na lei de execução penal artigo 12 “ assistência material
ao preso e ao internado consistirá no fortalecimento da alimentação do vestuário
e instalações higiênicas”. Os dados serem apresentados ao final por tabela para
saber se estatísticas da qualidade de vida nas prisões, a as dificuldades da
Ressocialização, e a margem qualitativa e quantitativa das pessoas que estão
detidas em presídios.

8 CRONOGRAMA

Atividades Meses 2022.1


Fev. Mar. Abr. Mai. Jun.
Pesquisa bibliográfica X X
Leitura de textos X X
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Elaboração do projeto X X
Entrega do projeto X
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REFERÊNCIAS
BITENCOURT, Cezar Roberto. Falência da pena de prisão: causas e
alternativas. 5.ed. São Paulo: Saraiva Jur, 479 p. 2017.

BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas, 1764.

BRASIL. Lei de execução Penal. Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984.

VOLOIS, Luís. Carlos. Conflitos entre ressocialização e princípio da legalidade


penal. São Paulo, 2012.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. 20ª ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.

https://escola.britannica.com.br/artigo/pris%C3%A3o/482285

MENEZES, J. do E. S. Panorama histórico das prisões. Conteúdo jurídico, 2014.


Disponível em:
<http://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/38632/panoramahistorico-
das-prisoes>.

SISTEMA carcerário brasileiro: negros e pobres na prisão. Câmara dos deputados,


2018. Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/comissoes/comissoespermanentes/cdhm/noticias/sistemacarcerario-
brasileiro-negros-e-pobres-na-prisao>.

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