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Vou falar agora sobre as dificuldades que os ex-detentos encontram ao retornar a

sociedade

começando pelo processo de socialização dentro dos presídios

Dando uma pesquisada na internet, eu encontrei uma tese de doutorado do doutor


Cezar Roberto Bitencourt, a tese dele foi Evoulução e crise da pena privativa de
liberdade

Nessa tese, ele retrata o termo "prisionalização" que é nada mais do que o
processo de socialização que ocorre dentro dos presídios

A realidade do sistema prisional acabar inserindo no preso uma espécie de


"socialização" nas
cadeias, isso porque os detentos acabam por aderir a diversos costumes, passando a
ver a vida
de uma nova maneira e essa nova realidade acba gerando uma espécie de cultura
prisional.
Isso quando o recluso passa muitos anos privado de sua liberade.

Um exemplo que posso citar, é um conhecido meu que quando saiu da cadeia uma mania
muito forte
que ele tinha era do nada começar a falar muito alto, ai so mais tarde ele falou
que era
por causa de quando ele conversava com o amigo dele la dentro, era gritando de uma
cela pra
outra.

Mas enfim, esses costumes impostos pela realidade do sistema prisional são
vivenciados mesmo
fora da prisão, mesmo que sem querer.

Agora vou falar sobre o processo de ressocialização

O processo de ressocialização visa reducar as pessoas privadas de liberadade para


se adequarem
às condições e leis da sociedade e nesse sentido o detento tera oportunidade de
reduzir sua pena e sair
do presidio com com habilidades que irão lhe trazer alguma renda.

Contudo essa ideia não parece sair do papel, já que apenas 18% da população
carcerária pratica alguma
atividade laboral.

isso ocorre porque não existem muitas práticas que estimulem a retomada dos estudos
ou até mesmo o trabalho.
dificultando ainda mais a reinserção desses reclusos na sociedade.

Outro problema bastante recorrente que acaba compromentendo a ressocialização é que


a maior parte dos
detentos possui apena educação básica, como por exemplo 53% possui ensino
fundamental incompleto.

Bom, eu falei sobre o processo agora vou falar sobre os desafios.

Acho que o maior problema que os ex-detentos encontram ao sair, é o preconceito da


sociedade quanto à sua
ficha criminal

Porque po, vamo falar a verdade aqui, não é qualquer 1 que quer um cara com um 33
uma passagem de trafico
trabalhando ali do seu lado. Imagina alguem com uma passagem por homicidio.

ent é complicado. É importante trabalhar a conscientização da população quanto ao


acolhimento dessas pessoas.

Esse estigma faz com que os condenados sejam céticos ao sistema e processo de
ressocialização.

EEm 2016, o Datafolha fez uma pesquisa onde a famosa


definição de que “bandido bom é bandido morto” teve a concordância de 57% da
população brasileira.

e olhando por esse lado, fica muito mais facil de entender o porque
esses ex-detentos acabam sendo reincidentes no crime.

Pensa aqui comigo, ele muitas vezes não é aceito pela família nem pela comunidade e
muito menos
pelo mercado de trabalho. o que que sobra pra ele?

Outro desafio enfrentado com bastante frequência é o tratamento desumanizado pelo


qual os detentos passam em
uma unidade prisional, a qual inflûencia diretamente no modo como vão agir e
condicionar o pensamento.

Isso entra naquela questão que eu tinha falado antes do processo de


prisionalização.

Com isso, a prisão deve ser um ambiente de aprendizado e conscientização, não


punição apenas. Sendo assim,
é preciso que não somente entidades governamentais, mas também a população entenda
o sentido e os efeitos do
tratamento humanizado em presídios

Pra terminar, acho bom falar também de das possibilidades de tratamento para a
ressocialização

Um dos tratamentos mais populares pra a ressocialização é a oferta de cursos


profissionalizantes.
Eles podem ser de barbearia, corte de cabelo, plantio etc. Feito em parceria com
empresas e
instituições de ensino, os detentos têm a oportunidade de aprender uma função nova
e ainda podem ganhar
dinheiro com isso pra quando eles saírem pelo menos ja ter um dinheiro guardado.

Um exemplo bom aqui, é da Ufes, que não sei se vcs se lembram, mas um tempo atras
tinham cortado algumas verbas, e com isso uma solução que eles encontraram foi de
colocar alguns presidiários
pra trabalhar na parte da limpeza.

Apesar de tudo, De acordo o levantamento, em um ano, o numero de pessoas presas,


caiu de 709,2 mil para 682 mil, enquanto a superlotação foi de 67% para 54%

isso porque o cnj tem atuado para o fortalecimento de politicas alternativas à


prisão, incluindo monitoração
eletrônica e justiça restaurativa, como por exemplo audiências de custódia.

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