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CURSO TÉCNICO EM SERVIÇOS JURÍDICOS INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO

Autores: Gabriela Leite Toledo


Isabelle Vitoria da Silva Couto
Maria Clara de Oliveira Cabral
Maria Eduarda Martinelli do Rosário
Pedro Hugo Silvério Machado

Orientador: Prof. Francis Augusto Guimarães


1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho busca mostrar a grave e preocupante realidade do sistema


prisional brasileiro, visando a melhoria da ressocialização do indivíduo e buscar
propostas para auxiliá-los. Ao adentrar no tema, é possível perceber toda a trajetória das
penitenciárias do Brasil e as diversas falhas encontradas ao longo dela.

1.1. OBJETIVO

Ser capaz de evidenciar se a ressocialização está sendo aplicada corretamente e


mostrar as alterações que podem ser feitas para uma possível melhoria, propondo-se a
justiça e o bem coletivo já que muitas vez acaba resultando em consequências graves na
volta a sociedade numa maneira até mais violenta da que adentrou ao estabelecimento
penal.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. A HISTÓRIA DAS PRISÕES E DOS SISTEMAS DE PUNIÇÕES

• Desde a criação do mundo sempre existiu os chamados "sistemas de punição". Só


durante a Idade Média, surgiu o que chamamos de "penitenciária".

• O surgimento do iluminismo juntamente com as dificuldades econômicas que


afetavam a população, o que acarretou mudanças para a pena privativa de liberdade.

2.2. TRANSFORMAÇÃO DA PRISÃO

• A partir desse novo pensamento, a prisão passa a ser basicamente o que é hoje:
privar o sujeito da liberdade para que sua punição seja aprender de acordo com o
isolamento, para assim levá-lo a refletir sobre seus erros cometidos, tornando isso o
reflexo de sua punição.
3. PRISÃO NO BRASIL
3.1. DÉFICIT DE VAGAS NO SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO

• Há mais de 20 anos, o Brasil já estava convivendo com o problema de déficit de vagas


no sistema prisional.

• Atualmente possuímos a 3ª maior população carcerária do mundo, estando apenas


atrás dos Estados Unidos e da China.

3.2. PRESOS PROVISÓRIOS

• Cerca de 300 mil são presos provisórios, ou pessoas que estão esperando a data do
julgamento. E que há em todo país mais 300 mil mandados de prisão pendentes de
cumprimento, dos quais a grande maioria (94%) são procurados pela justiça.
3.3. QUEM COMPÕE O SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO?

Os dados do Infopen de 2019 mostram que, 49% dos presos se declaram pardos; 32%
brancos; 16% negros; 0,8% amarela e 0,21% indígena.

317.542 – não completaram o Ensino Fundamental;


101.793 – não completaram o Ensino Médio;
18.711 – são analfabetos;

3.4. ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS

• Estima-se que o Brasil tenha 70 ou mais facções criminosas.

• Com tantas facções no país é basicamente inevitável que haja algum tipo de conflito
entre as mesmas dentro dos ambientes penais e é sobre esses que resultam em
massacres.
4. PROBLEMAS DA INCLUSÃO
4.1. A SAÚDE, HIGIENE E ALIMENTAÇÃO DENTRO DAS PRISÕES

• Nota-se que nenhuma autoridade se importa com a situação que se encontra o


sistema prisional e a sociedade infelizmente aceita esse tratamento, sem ao menos
pensar nas consequências.

4.2. A VIOLÊNCIA DENTRO DAS PRISÕES

• Em vez das regras previstas nas legislações, o que prevalece lá dentro é a "lei do mais
forte”. Casos de abusos sexuais tornaram-se comuns e doenças transmissíveis são
contraídas.

• Aqueles que trabalham nesses locais, ao invés de denunciarem, omitem ou até


mesmo auxiliam sua prática em troca de valores.

• As ameaças e agressões também fazem parte do cotidiano das prisões.


4.3. O RETORNO À SOCIEDADE

• A participação da sociedade na reintegração do preso ao convívio social é um fator


essencial para que a ressocialização surta efeitos positivos.

• A principal dificuldade enfrentada é ingressar no mercado de trabalho, pois além da


marca de ex-presidiário, a maioria deles não possuem ensino fundamental completo e
nem experiência profissional.

5. ALTERNATIVAS PARA A CRISE CARCERÁRIA E RESSOCIALIZAÇÃO


5.1. O TRABALHO PRISIONAL COMO MEDIDA RESSOCIALIZADORA

• O trabalho faz parte dos direitos sociais de todos os cidadãos de acordo com o artigo 6 da
CF. E no artigo 41, da LEP também lista o trabalho como direito de criminosos, mas,
infelizmente, pouquíssimas instituições oferecem empregos.
5.2. A EDUCAÇÃO NOS ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS

• O principal objetivo da educação nas prisões é capacitar os indivíduos a buscarem um


futuro melhor quando saírem, pois a educação é considerada um requisito básico
para o ingresso no mercado de trabalho e a maioria dos presos nem sequer tem
escolaridade.

• A educação prisional estimula o detento a buscar novos rumos enquanto conquista a


liberdade.

5.3. O DESENVOLVIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

• O desenvolvimento de políticas públicas é um fator crucial para que o Estado possa


oferecer a execução de pena que verdadeiramente atenda aos objetivos de
ressocialização do indivíduo.

• É preciso que o governo entenda que para diminuir o problema carcerário deve
investir em políticas públicas voltadas não só para a criminalidade, mas também nas
áreas de educação, saúde, segurança e a geração de empregos.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

• A crise no sistema prisional brasileiro vem se agravando há anos. E


consequentemente, o assunto vem recebendo tratamentos politizados e é
fortemente influenciado por diversas visões sensacionalistas.

• Nesse contexto, é necessário investir no desenvolvimento das pessoas privadas de


liberdade durante o cumprimento da pena e durante a sua reabilitação e
reintegração, devendo proporcionar espaço de reflexão, amadurecimento,
acompanhamento psicossocial e desenvolvimento profissional. Meios que trazem de
volta a sensação de se sentir útil em uma sociedade, usando a educação como forma
de reinserção no meio social.

• É preciso repensar a forma como a nossa LEP é implementada, pois a atual intenção
não está sendo concretizada, já que os altos índices de nos mostram um sistema
completamente falido, conhecido até mesmo como "faculdade do crime”.
7. REFERÊNCIAS

A HISTÓRIA DAS PRISÕES E DOS SISTEMAS DE PUNIÇÕES. Disponível em:


http://www.espen.pr.gov.br/Pagina/historia-das-prisoes-e-dos-sistemas-de-punicoes.
Acesso em: 19/04/2022.

BRAGA, Leidiane Inacia Menezes. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS PENAS. Disponível em:
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/direito/evolucao-historica-das-penas.htm.
Acesso em: 24/04/2022.

NASCIMENTO, Stephany. SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO: A REALIDADE DAS


PRISÕES NO BRASIL. Disponível em: https://www.politize.com.br/sistema-carcerario-
brasileiro. Acesso em: 15/06/2022.

MEDEIROS, Andrezza. SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO: Crise e implicações na pessoa


do condenado. Editora Letras Juridicas; 1ª edição, publicado em 16 de abril de 2018.

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